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Educação

Vídeo: Lula se emociona na reunião com reitores de universidades federais

Em discurso após reunião com reitores de universidades e institutos de educação federais nesta quinta-feira (19), Lula chorou ao falar da vitória brasileira contra a falta de civilização e o ódio imposto pelo “coisa”, como se referiu a Jair Bolsonaro (PL).

“Eu quando comecei a falar com vocês, vocês perceberam que eu até gaguejei porque eu estava emocionado com esse encontro”, disse Lula com os olhos marejados.

“Eu tenho 77 anos de idade e eu nunca vi o Brasil tomado pelo ódio que ele foi tomado. Ele foi tomado pelo ódio porque em algum momento este país teve muita gente que começou a negar a política. E na hora que você começa a negar a política, acontece o que aconteceu nos EUA com o Trump, acontece o que aconteceu no Brasil com o ‘coisa’ – porque eu não quero falar o nome dele”, emendou falando do “surgimento de uma extrema-direita fanática, raivosa, que odeia tudo aquilo o que não combina com o que eles pensam”.

“É um novo monstro que temos que enfrentar e derrotar. E não é uma coisa apenas brasileira, mas uma coisa do mundo afora. […] E eu acho que o Brasil não merecia passar por isso”, afirmou o presidente.

Lula ainda falou dos retrocessos nas escolas, nos locais de trabalho, “em cada lugar que as pessoas estava habituadas a uma certa civilização”.

“As coisas mudaram no Brasil, mudaram a ponto de acontecer o que aconteceu no dia 8 aqui em Brasília. Nós estamos aqui nesse salão, que foi semidestruído e podemos fazer reunião nele porque um grupo de funcionários de empresas terceirizadas, que ganham salário mínimo, que não tem sequer plano de saúde, limpou isso aqui para que a gente pudesse se reunir”, disse, emocionando a plateia.

Lula ainda sinalizou que deve fazer contratação de pessoas na área de manutenção do Planalto. “Não faz sentido, dentro do Palácio onde está o Presidente da República, que vive falando em Justiça social todo dia, a gente ter trabalhador terceirizado aqui dentro. Aqui a gente tem que contratar as pessoas, profissionalmente, têm que ganhar mais que o mínimo e ter plano de saúde. Porque senão o nosso discurso ficae evasivo”, disse, se emocionando.

Cancelier

Lula ainda lembrou os 5 anos e 4 meses da morte do reitor Luiz Carlos Cancelier, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que se matou após um processo de perseguição pela Lava Jato.

“Faz 5 anos e 4 meses que esse homem se matou pela pressão de uma polícia ignorante, de um promotor ignorante, de pessoas insensatas, que condenaram antes de julgar, e a gente nem podia fazer um ato em memória dele porque nesse país deixou de se existir reunião de reitores há muito tempo”.

“Então eu quero aproveitar esse momento, com 5 anos e 4 meses de atraso, que você, Luiz Carlos Cancelier, que pode ter morrido a sua carne, mas suas ideias estarão no meio de nós a cada momento que a gente pensar em educação, na formação profissional do povo brasileiro. Esteja onde estiver, pode estar certo que aqui tem muita gente disposto a dar sequência ao trabalho que você fazia e às ideias que acreditava. Você morreu, mas suas ideias continuam vivas”, disse Lula, novamente emocionado.

 

*Com Forum

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Bolsonarismo

Lula diz que ‘Inteligência do governo não existiu’ e manda recado: ‘Quem quiser fazer política que tire a farda’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ser contra a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os ataques golpistas às sedes dos Poderes. Em entrevista à GloboNews, o petista disse que a iniciativa poderia criar “um tumulto” e que “não vai ajudar” a chegar aos responsáveis pelos atos do dia 8 de janeiro.

— O que nós podemos investigar numa CPI que a gente não possa investigar aqui e agora? Nós estamos investigando, tem mil e trezentas pessoas presas. O que você pensa que a gente vai ganhar com uma CPI? — questionou o presidente. — Nós (governo) temos instrumentos para fiscalizar o que aconteceu nesse país. Uma comissão de inquérito pode não ajudar e ela pode criar uma confusão tremenda, sabe? Nós não precisamos disso agora.

Lula ponderou, porém, que a decisão é do Congresso, mas que, caso seja consultado, recomendará a aliados que não apoiem a iniciativa.

Após um ímpeto inicial, em que parlamentares do PT e de siglas aliados assinaram requerimentos para criar CPI, integrantes da base do governo no Congresso passaram a adotar cautela nos últimos dias ao tratar do assunto. A avaliação de petistas é que a criação da CPI poderia acabar por dar holofote para bolsonaristas radicais, além do risco de não trazer avanços para investigações do caso e servir mais para uma disputa política.

Maior partido da Câmara e do Senado, o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, já avisou que vai tentar enquadrar o governo petista caso uma CPI seja realmente criada. Integrantes da legenda têm falado em omissão dos ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio.

— Já nos manifestamos que qualquer CPI tem que ser ampla porque a falha foi geral. A partir da próxima legislatura veremos— disse o senador Carlos Portinho (PL-RJ), ex-líder de Bolsonaro no Senado, ao GLOBO.

Por ter as maiores bancadas nas duas Casas, o PL tem direito a indicar mais parlamentares para um eventual colegiado do que as outras siglas.

Um dos pedidos de CPI partiu da senadora Soraya Thronicke (União-MS), que é adversária tanto de Bolsonaro quanto de Lula. Em uma postagem no Twitter, ela comentou a resistência do governo Lula em apoiar a CPI.

— A CPI não será de um governo, não terá ideologia e nem partido… A CPI será imparcial e investigará atos e fatos. Quem não deve, não precisa tremer — declarou.

Aliados do governo também temem que uma “caça às bruxas” neste momento possa atrapalhar a montagem de uma base ampla de apoio ao governo. Hoje já há uma proximidade com PSD e MDB, mas o Palácio do Planalto procura também agregar o União Brasil e se aproximar de setores do PP, Republicanos e até de uma ala do PL.

Escolhido para liderar a bancada do PT na Câmara em 2023, o deputado Zeca Dirceu (PR) evita se comprometer com o apoio à CPI e põe em dúvida até mesmo a apresentação de representações no Conselho de Ética contra os bolsonaristas radicais ligados aos atos terroristas.

— Não decidimos ainda. Estamos conferindo as denúncias e buscando provas-, disse ao GLOBO sobre a possibilidade de o PT tentar enquadrar o episódio no Conselho de Ética.

Um dia depois dos ataques do dia 8 de janeiro, parlamentares do PT chegaram a apresentar um requerimento para que uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), com deputados e senadores, fosse instalada no Congresso. Agora, o novo líder da bancada prega mais cautela no uso do instrumento.

— Entendo que o Congresso precisa de unidade agora para enfrentar os golpistas e terroristas — afirmou Zeca Dirceu.

Outros parlamentares do PT seguem a mesma linha adotada pelo líder na Câmara.

— Não vejo porque a gente fazer esse embate político quando na

verdade é caso policial —disse o deputado Alencar Santana (PT-SP). Ele acrescenta: — Como está havendo uma ação rápida, precisa e eficiente, eu particularmente entendo que não há necessidade da Câmara avançar eventualmente na apuração. O que mais nós iríamos revelar além daquilo que está sendo revelado?

Na semana passada, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), já havia adotado discurso semelhante ao do deputado do Paraná. O senador da Bahia assinou a CPI proposta por Soraya Thronicke, mas disse que o governo não definiu se irá apoiar a iniciativa.

— Não tem posição de governo nisso. Na verdade, a assinatura é individual. Eu pessoalmente também assinei, acho que a ideia é boa, mas acho que a gente tem que avaliar até porque ela só começaria em fevereiro-, declarou o Wagner sobre um pedido de CPI feito pela senadora Soraya Thronicke (União-MS). -Se até lá a Polícia Federal estiver esclarecido, a Justiça estiver caracterizado os crimes executados, não sei se continua tendo objeto a própria CPI — disse.

O senador chamou a atenção para o fato de que a CPI foi pedida por uma senadora que não é da base. Wagner também afirmou que as assinaturas precisarão ser novamente colhidas após fevereiro, quando começar a nova legislatura do Senado.

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Bolsonarismo

Lula diz que Brasília teve tentativa de golpe “por gente preparada” e afirma que Bolsonaro tem culpa, “instigou o ódio”

O presidente Lula (PT) afirmou hoje em evento no Planalto que os atos golpistas que aconteceram no último dia 8 foram uma tentativa de golpe, e culpou seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

Eles não se contentaram, depois da nossa posse maravilhosa […], esperaram uma semana e tentaram dar um golpe. O que houve aqui foi uma tentativa de golpe, por gente preparada. Não sei se o ex-presidente mandou, o que sei é que tem culpa, porque passou quatro anos instigando ódio.

Em conversa com jornalista, na semana passada, Lula pediu que as investigações sobre os atos do dia 08 de janeiro cntinuem intensas e sugeriu que as invasões podem ter sido orquestradas. Para o presidente houve conivência por parte dos militares na sede do governo durante os atentados.

Teve muita gente conivente. Teve muita gente da Polícia Militar conivente, muita gente das Forças Armadas aqui dentro coniventes. Eu estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar, porque não tem porta quebrada. Ou seja, alguém facilitou a entrada deles aqui”

Hoje o petista falou após encontro com lideranças sindicais para discutir o reajuste do salário mínimo para os próximos anos. Durante o encontro, Lula aproveitou também para criticar o orçamento que recebeu do governo anterior. Segundo o presidente, o valor não é suficiente para cumprir as promessas feitas pelo próprio Jair Bolsonaro.

“Começamos a governar antes de tomar posse porque o governo que estava aí fez um orçamento que não dava para cumprir nem o que ele prometeu durante as eleições. Nós só vamos ter o nosso orçamento em 2024 e tenho certeza que vamos cumprir cada coisa que prometi durante a minha campanha. Não há outra razão para eu estar aqui senão melhor a vida do trabalhador e acabar com a fome”.

*Com Uol

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Política

Alertado por Janja, Lula demite 43 militares da administração do Palácio da Alvorada

Após vistoria no Palácio da Alvorada, Janja expôs os estragos causados pela falta de manutenção nos tempos em que Jair e Michelle Bolsonaro ocuparam a residência oficial da Presidência da República.

Em uma série portarias divulgadas na edição desta terça-feira (17) do Diário Oficial da União (DOU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou 18 militares que exerciam cargos comissionados na “Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada” e de outras residências oficiais do governo, como a Granja do Torto.

As exonerações são assinadas por Maria Fernanda Ramos Coelho, secretária-executiva da Secretaria-Geral da Presidência, que era comandada pelo general Luiz Ramos no governo Jair Bolsonaro (PL) e agora está sob chefia de Márcio Macedo.

Lula demitiu os militares orientado pela esposa, a socióloga Rosângela Silva, a Janja, que denunciou o descaso do clã Bolsonaro com a conservação do Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República.

Os danos causados pela família Bolsonaro atrasaram a mudança de Lula para o Alvorada, o que deve acontecer somente no próximo dia 25, quando o presidente voltar da viagem à Argentina. No momento, Lula e Janja estão morando em um hotel em Brasília.

Veja a lista dos militares exonerados

  1. 2S FAB JOÃO BATISTA DOURADO DA SILVA;
  2. 2S FAB MARCOS RAFAEL SOUSA FERREIRA MARTINS;
  3. 2S FAB WEBER RODRIGUES MILHOMENS;
  4. 2º Sgt EB MISAEL RODRIGUES PEREIRA;
  5. 3º SG AR THIAGO MOURA DE SOUZA;
  6. Cb EB CLEITON CARVALHO DOS SANTOS;
  7. Cb FAB ERIC RODRIGUES PEREIRA;
  8. Cb EB JOÃO PAULO ALVES DE ALENCAR;
  9. Cb MB LUCAS BELMIRO DOS SANTOS BEZERRA;
  10. Cb EB PABLO JHEOVANNE MATIAS DE JESUS;
  11. Cb EB SANDRO ALVES DE OLIVEIRA;
  12. Sd EB ALESSANDRO RODRIGUES BENTO;
  13. Sd EB BENEDITO GABRIEL ALMEIDA DE ESPÍNDULA;
  14. Sd EB CAIO ESPINDA SOARES;
  15. Sd EB FERNANDO COSTA DE FREITAS;
  16. Sd EB GABRIEL DEUSDETE DOS SANTOS;
  17. Sd EB JOAB GUTEMBERG LEITE DE LIMA;
  18. Sd EB JOSUÉ PASSOS CARREIRO;
  19. Sd EB LEANDRO DA SILVA OLIVEIRA;
  20. Sd EB LUCAS RABELO MAIA;
  21. Sd EB MARCELO MOREIRA DE SOUSA; e
  22. Sd EB RICHARDSON DA SILVA SANTOS.
  23. SO MB JACKSON DE CASTRO CANTANHÊDE;
  24. 2º Sgt EB ANANIAS PEREIRA DOS SANTOS;
  25. 2S FAB JOSIMAR RORIZ MEIRELES;
  26. 2º Sgt EB REINALDO DA SILVA;
  27. 3S FAB ABIMAEL RIBEIRO DA SILVA;
  28. 3S FAB HUMBERTO CRISTIAN DE JESUS COIMBRA;
  29. Sd EB FELLIPE DE OLIVEIRA BOMFIM.
  30. SO MB ALAN VIEIRA BORGES;
  31. SO MB ALEXANDRE DE ASSIS RODRIGUES;
  32. SO MB EMERSON ANDRÉ CINTRA;
  33. SO MB MÁRIO ALVES DE ARAÚJO;
  34. SO MB WILLIAM NEON ALBUQUERQUE;
  35. 2º Sgt EB EZILEI DE SOUZA CORREIA;
  36. 2S FAB JOSÉ ROBERTO RODRIGUES DE ABREU;
  37. 2S FAB MARCOS LUCENA DE OLIVEIRA;
  38. 2º Sgt EB RAY CHARLIS MENDES DA SILVA;
  39. 3S FAB GILMAR AGUIAR JUNIOR;
  40. Cb EB FLÁVIO FELIPE VIANA NERI;
  41. LUCIANO CERQUEIRA DE ARAÚJO;
  42. JASIAN PEREIRA CARDOSO;
  43. MARCELO DE OLIVEIRA RAMOS.

*Com Forum

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Depois de trocar menos de 10% dos cargos do GSI, Lula agora quer mudanças

Apesar da desconfiança no entorno do petista, só sete de 80 cargos de confiança do Gabinete de Segurança Institucional têm novos ocupantes desde a posse.

Alvo de desconfiança do entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde antes da invasão de golpistas ao Palácio do Planalto, no último dia 8, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) passará por uma renovação dos quadros herdados do governo Bolsonaro. Dos 80 integrantes de cargos de confiança que compõem o órgão, apenas sete foram exonerados desde a posse do petista — menos de 10% do total.

A avaliação de ministros é que os militares responsáveis por zelar pela sede do Poder Executivo foram ineficientes durante os atos terroristas sem precedentes na história do país.

— O GSI está sendo mudado e será mudado quase na sua integralidade, quase 100% dele será renovado. Já começou e todas as pessoas serão renovadas para ter uma oxigenação e para botar pessoas com maior treinamento, com maior capacidade de ação e de reação — disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa, em entrevista ao Globo.

Hoje, o GSI é composto por cerca de 1.100 servidores — incluindo o pessoal da área administrativa —, sendo 80 integrantes de cargos de confiança. As mudanças promovidas até agora ocorreram de forma pontual na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial e em departamentos ligados à logística e à capacitação.

A maioria do efetivo do GSI é composta por militares das Forças Armadas, principalmente em áreas sensíveis como na segurança de autoridades e instalações. Mas também há civis que integram, em especial, as áreas administrativa e de planejamento.

No governo Bolsonaro, o GSI era comandado pelo general da reserva Augusto Heleno, que chegou a ser cotado para ser vice na chapa do ex-presidente em 2018. O órgão é composto majoritariamente por militares, uma das categorias mais alinhadas ao bolsonarismo.

 

O GSI teve sua atuação questionada por não ter conseguido impedir que golpistas invadissem o Planalto. O episódio gerou desgaste para o general da reserva Gonçalves Dias, escolhido por Lula para chefiar a pasta formada majoritariamente por militares. O GSI não respondeu aos questionamentos do GLOBO.

— Eu não consigo imaginar a Casa Branca sendo invadida. O uso de todas as forças na última instância seria utilizado para impedir isso. Deveria ter sido utilizada a energia máxima para impedir o que ocorreu — afirmou o ministro da Casa Civil.

Na tarde de 8 de janeiro, quando os golpistas acessaram as dependências do Planalto, o contingente do órgão era de apenas 40 homens.

Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, o responsável pela segurança do Planalto no momento da invasão, o militar José Eduardo Natale de Paula Pereira, do GSI, afirmou que só no Salão Nobre do segundo pavimento do prédio havia cerca de 700 pessoas, ou seja, o equivalente a 17 invasores para cada segurança.

“Havia por volta de 40 homens na tropa de choque do GSI para fazer a contenção dos milhares de manifestantes”, declarou Pereira. “Havia gritaria, barulho de cornetas e barulho de bombas. A maioria dos manifestantes vestia roupas verde e amarelo e outras roupas camufladas e desferiam palavras de ordem contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informando que não aceitavam ele como presidente legítimo”, acrescentou.

O baixo efetivo se somou ao fato de que, na véspera da invasão, o GSI decidiu dispensar reforço no Batalhão da Guarda Presidencial. A determinação, feita por escrito, ocorreu cerca de 20 horas antes do ato golpista, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. O batalhão é uma unidade do Exército, vinculada ao Comando Militar do Planalto (CMP), com atribuição de cuidar da segurança do Planalto.

*Com O Globo

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Política

Lula recebe o apoio de 27 governadores: ‘Eles querem é golpe e golpe não vai ter’

Governadores se unem em Brasília para condenar atos golpistas e fazem um ato simbólico ao caminhar, juntos até o STF.

Agência Brasil – Um dia após os atos golpistas que resultaram na depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), governadores e governadoras se reuniram em Brasília, na noite desta segunda-feira (9), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para reafirmar a defesa da democracia e condenar tentativa de ruptura institucional no país. Participaram da reunião todos os governadores ou vices dos 26 estados e do Distrito Federal.

Também estiveram no encontro os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal em exercício, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), além da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e de outros ministros da Suprema Corte.

“É importante ressaltar que este fórum [de governadores] se reúne respeitando as diversas matizes políticas que compõem a pluralidade ideológica e partidária do nosso país, mas todos têm uma causa inegociável, que nos une: a democracia”, destacou o governador do Pará, Hélder Barbalho, que articulou o encontro, e fez uma fala representando os governadores da Região Norte.

Durante a reunião, os líderes estaduais foram unânimes em enfatizar a defesa do estado democrático de direito no país. “Essa reunião de hoje significa que a democracia brasileira vai se tornar, depois dos episódios de ontem, ainda mais forte”, disse o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, em nome da Região Sudeste.

A governadora Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte, falou da indignação com as cenas de destruição dos maiores símbolos da democracia republicana do país e pediu punição aos golpistas. “Foi muito doloroso ver as cenas de ontem, a violência atingindo o coração da República. Diante de um episódio tão grave, não poderia ser outra a atitude dos governadores do Brasil, de estarem aqui hoje. Esses atos de ontem não podem ficar impunes”, afirmou, em nome da Região Nordeste.

Pela Região Sul, coube ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, destacar algumas das ações conjuntas deflagradas pelos estados, como a disponibilização de efetivos policiais para manter a ordem no Distrito Federal e desmobilização de acampamentos golpistas nos estados. “Além de estar disponibilizando efetivo policial, estamos atuando de forma sinérgica em sintonia para a manutenção da ordem nos nossos estados”.

A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, disse que o governo da capital “coaduna com a democracia” e lembrou da prisão, até o momento, de mais de 1,5 mil pessoas por envolvimento nos atos de vandalismo. Celina Leão substitui o governador Ibaneis Rocha, afastado na madrugada desta segunda, por decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Ela aproveitou para dizer que o governador afastado “é um democrata”, mas que, “por infelicidade, recebeu várias informações equivocadas durante a crise”.

Desde ontem, o DF está sob intervenção federal na segurança pública. O decreto assinado pelo presidente Lula ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional, o que ocorrerá de forma simbólica, assegurou o presidente da Câmara dos Deputados. “Nós votaremos simbolicamente, por unanimidade, para demonstrar que a Casa do povo está unida em defesa de medidas duras para esse pequeno grupo radical, que hostilizou as instituições e tentou deixar a democracia de cócoras ontem”.

Financiadores

Em discurso aos governadores, o presidente Lula agradeceu pela solidariedade prestada e fez duras críticas aos grupos envolvidos nos atos de vandalismo.

“Vocês vieram prestar solidariedade ao país e à democracia. O que nós vimos ontem foi uma coisa que já estava prevista. Isso tinha sido anunciado há algum tempo atrás. As pessoas não tinham pautam de reivindicação. Eles estavam reivindicando golpe, era a única coisa que se ouvia falar”, disse.

O presidente também voltou a criticar a ação das forças policiais e disse que é preciso apurar e encontrar os financiadores dos atos democráticos. “A polícia de Brasília negligenciou. A inteligência de Brasília negligenciou. É fácil a gente ver os policiais conversando com os invasores. Não vamos ser autoritários com ninguém, mas não seremos mornos com ninguém. Nós vamos encontrar quem financiou [os atos golpistas]”.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que que as investigações em curso devem resultar em novos pedidos de prisão preventiva e temporária, principalmente contra os financiadores.

Unidade

Presente na reunião, a ministra Rosa Weber, presidente do STF, também fez questão de enaltecer a presença dos governadores em um gesto de compromisso democrático com o Brasil. “Eu estou aqui, em nome do STF, agradecendo a iniciativa do fórum dos governadores de testemunharem a unidade nacional, de um Brasil que todos nós queremos, no sentido da defesa da nossa democracia e do Estado Democrático de Direito. O sentido dessa união em torno de um Brasil que queremos, um Brasil de paz, solidário e fraterno”.

Em outro gesto de unidade, após o encontro, presidente, governadores e ministros do STF atravessaram a Praça dos Três Poderes a pé, até a sede do STF, edifício que ontem também foi brutalmente destruído. A ministra Rosa Weber garantiu que o prédio estará pronto para reabertura do ano judiciário, em fevereiro.

Governadores e vices presentes:

  • Mailza Assis – vice-governadora do Acre
  • Paulo Dantas – governador de Alagoas
  • Clécio Luis – governador do Amapá
  • Wilson Lima – governador do Amazonas
  • Jerônimo Rodrigues – governador da Bahia
  • Renato Casagrande – governador do Espírito Santo
  • Daniel Vilela – vice-governador de Goiás
  • Carlos Brandão – governador do Maranhão
  • Otaviano Pivetta – vice-governador do Mato Grosso
  • Eduardo Riedel – governador do Mato Grosso do Sul
  • Romeu Zema – governador de Minas Gerais
  • Hélder Barbalho – governador do Pará
  • João Azevêdo – governador da Paraíba
  • Ratinho Jr. – governador do Paraná
  • Raquel Lyra – governadora de Pernambuco
  • Rafael Fonteles – governador do Piauí
  • Cláudio Castro – governador do Rio de Janeiro
  • Fátima Bezerra – governadora do Rio Grande do Norte
  • Eduardo Leite – governador do Rio Grande do Sul
  • Augusto Leonel de Souza Marques – representante do governo de Rondônia
  • Antônio Denarium – governador de Roraima
  • Jorginho Mello – governador de Santa Catarina
  • Tarcísio de Freitas – governador de São Paulo
  • Fábio Mitidieri – governador de Sergipe
  • Elmano de Freitas – governador do Ceará
  • Wanderlei Barbosa – governador do Tocantins
  • Celina Leão – governadora em exercício do Distrito Federal

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Política

Moro acusa Lula de ‘reprimir protestos’ e não condena ataques em Brasília

Juliana Dal Piva – No início da tarde deste domingo, o senador Sergio Moro (União Brasil- PR) escreveu em sua conta no Twitter que o governo Lula está “preocupado em reprimir protestos”. Horas depois, disse que os protestos têm que ser “pacíficos” e não condenou os ataques e a destruição ao patrimônio público em Brasília.

O primeiro post de Moro dizia que o governo Lula não faz um bom começo ao não aceitar opinião divergente. “O novo Governo Lula iniciou mais preocupado em reprimir protestos e a opinião divergente do que em apresentar resultados. De volta o loteamento político irrestrito de ministérios e estatais. Tudo em prol de uma misteriosa “reconstrução” sem qualquer rumo. Não é um bom começo”, escreveu.

O novo Governo Lula iniciou mais preocupado em reprimir protestos e a opinião divergente do que em apresentar resultados. De volta o loteamento político irrestrito de ministérios e estatais. Tudo em prol de uma misteriosa “reconstrução” sem qualquer rumo. Não é um bom começo.
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 8, 2023

Três horas depois, Moro tuitou novamente.”Protestos têm que ser pacíficos. Invasões de prédios públicos e depredação não são respostas. A oposição precisa ser feita de maneira democrática, respeitando a lei e as instituições. Os invasores precisam se retirar dos prédios públicos antes que a situação se agrave”.

Protestos têm que ser pacíficos. Invasões de prédios públicos e depredação não são respostas. A oposição precisa ser feita de maneira democrática, respeitando a lei e as instituições. Os invasores precisam se retirar dos prédios públicos antes que a situação se agrave. Sergio Moro (@SF_Moro) January 8, 2023.

Questionado pela coluna se tinha conhecimento da destruição do patrimônio público e se condenaria os ataques, Moro não respondeu. Depois da publicação, Moro enviou uma nova nota à coluna:”Como manifestei-me mais cedo, reprovo invasões, depredações ou qualquer forma de violência. Protestos precisam ser pacíficos, do contrário, perdem credibilidade. Peço que a matéria seja retificada, fazendo constar minha posição já expressada”

*Uol

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Justiça

Lula decreta intervenção federal na segurança do DF, e governo pede prisão de Anderson Torres

Bolsonaristas terroristas invadiram e depredaram os prédios dos 3 poderes em Brasília: Palácio do Planalto, Congresso e STF

O movimento golpista que ocorre há semanas em Brasília foi engrossado neste domingo por dezenas de ônibus que chegaram no fim de semana

Apesar disso, a PM do DF mantinha poucos homens na Esplanada dos Ministérios e não conseguiu frear os terroristas. Vídeo mostra policiais filmando os ataques

Dentro dos prédios, móveis e obras de arte foram destruídos no palácio presidencial, e documentos foram rasgados no STF. Veja FOTOS e VÍDEOS

Lula decretou intervenção para que o governo federal assuma a segurança pública do DF. O secretário de Segurança, o bolsonarista Anderson Torres, foi demitido pelo governador.

Liderança do PT pediu ao STF:

Apreensão de todos os ônibus que chegaram ao DF nos últimos dias Determinação de que todos os terroistas que estão na área da Esplanada sejam presos em flagrante Que todos o manifestantes em quarteis sejam retirados em 24 horas Afastamento do comando da PM do DF e investigação Que a PGR promova medidas cabiveis contra o governador Ibaneis Rocha
agora

O ministro Alexandre de Moraes determina prisão em flagrante de 30 pessoas no plenário do Senado Federal.

150 terroristas já estão presos em flagrante por depredação do patrimônio público, de acordo com o colunista Valdo Cruz. Forças de três estados vão auxiliar na segurança em Brasília. A PF identificou a centralização do planejamento dos atos terroristas.

Vândalos radicais invadem Congresso, STF e Planalto em Brasília: FOTOS
há 13 minutos

Veja lista de objetos depredados nas três sedes do poder, em Brasília

Brasão da República, cadeiras de ministros do STF, porta de armário de Alexandre de Moraes foram alguns dos itens destruídos.

  • brasão da República que fica no plenário do STF
  • cadeiras dos ministros do STF
  • porta do armário das togas do ministro do STF Alexandre de Moares
  • vitral da artista plástica Marianne Peretti no Congresso Nacional
  • vitrines do Congresso Nacional que exibiam objetos históricos
  • vidraças do STF (foram pichadas)

O ministro Alexandre de Moraes determina prisão em flagrante de 30 pessoas no plenário do Senado Federal.

150 terroristas já estão presos em flagrante por depredação do patrimônio público, de acordo com o colunista Valdo Cruz. Forças de três estados vão auxiliar na segurança em Brasília. A PF identificou a centralização do planejamento dos atos terroristas.

Brasão de República é retirado do plenário do STF

*Com G1

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Movimentos sociais se inspiram em Dilma para proteger Lula

Governo sem estrutura de organização popular fica sujeito a ‘ruptura’, disse ex-presidente que sofreu impeachment em 2016.

Segundo a Folha, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) lançou um apelo nas primeiras horas da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que reforçou a pressão de movimentos sociais por uma blindagem do novo mandato, com o alerta de que a ausência de mobilização popular poderá paralisar e até derrubar o governo.

A fragilidade política de um presidente eleito com margem apertada e refém de uma oposição hostil no Congresso e nas ruas está por trás da preocupação. Organizações ligadas ao petista dizem que é preciso dar suporte às medidas do governo, que promete buscar diálogo com a base.

Dilma afirmou na segunda-feira (2), durante a posse da ministra Esther Dweck (Gestão), que um governo não se mantém “sem uma estrutura de organização popular” e condicionou o lema “Democracia para sempre” —exaltado por Lula após ser empossado— ao convencimento da sociedade.

“Temos de nos organizar para conseguir apoiar que as medidas legislativas e políticas que o governo venha a tomar tenham apoio, tenham sustentação, e que não ocorra nenhuma ruptura que nós não possamos enfrentar”, afirmou a petista, que sofreu impeachment em 2016.

“Porque a gente diz que ‘ditadura nunca mais’, que daqui pra frente é ‘democracia sempre’. ‘Democracia sempre’ sem uma estrutura de organização popular não se mantém, sinto informar.”

A advertência ressoou como uma senha em movimentos como MST (dos sem-terra), MTST (dos sem-teto) e UNE (União Nacional dos Estudantes), que já previam mobilização permanente para fazer avançar suas agendas de interesse, em boa parte alinhadas com o discurso de Lula.

“É uma fala de quem sabe que foi golpeada por grupos poderosos e que a organização e a mobilização populares não tiveram forças suficientes para impedir”, diz Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP (Central de Movimentos Populares) e filiado ao PT.

Segundo ele, é consenso no segmento que a vigilância será necessária “para implementar o programa vitorioso nas urnas e impedir tentativas de golpe”. Porta-vozes dos militantes descrevem um período de profunda crise, que obriga os setores organizados a se equilibrarem entre cobrança e endosso.

Os movimentos conquistaram espaço na administração depois do afastamento que começou com Michel Temer (MDB) e atingiu níveis inéditos sob Jair Bolsonaro (PL). O ministro Márcio Macêdo (PT-SE) assumiu a Secretaria-Geral da Presidência com o discurso de que agora o segmento deve “se sentir em casa”.

“Acho que é uma fala [de Dilma] importante porque reconhece as organizações da sociedade civil como pilares da democracia”, diz Josué Rocha, da coordenação do MTST, aliviado com uma aproximação que ocorre “depois de quatro anos de ataque e criminalização”.

“Nossa mobilização será fundamental”, afirma a presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Bruna Brelaz. “Temos que ser guardiões da democracia e da reconstrução do Brasil depois da escalada autoritária, com a radicalização do discurso fascista, que alimentou uma parte da população.”

A Secretaria-Geral concentrará o diálogo com os movimentos no governo, mas há planos de descentralizar a tarefa, com representantes em outros ministérios para ouvir as reivindicações de cada área.

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Política

Governo Lula quer dar auxílio para crianças e jovens órfãos da pandemia

Medida é considerada resposta ao estrago causado pela ação negacionista de Jair Bolsonaro.

De acordo com a coluna de Malu Gaspar,  O Globo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende dar um auxílio para crianças e jovens de baixa renda que se tornaram órfãos em virtude da pandemia.

A medida, capitaneada pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi uma das sugestões do grupo de trabalho criado na transição para cuidar de questões da área.

É também uma das medidas consideradas pela atual administração para compensar o estrago causado pela ação negacionista do governo de Jair Bolsonaro na pandemia.

O ministro esta formatando um projeto de lei, a ser encaminhado em breve para a Presidência da República. O texto ainda precisa ser aprovado por deputados e senadores para entrar em vigor.

Ao todo, mais de 694 mil pessoas já morreram no Brasil por conta da Covid-19.

De acordo com um estudo conduzido por pesquisadores da Fiocruz e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), só nos primeiros dois anos da pandemia (2020 e 2021), cerca de 40,8 mil crianças e adolescentes perderam suas mães no Brasil por conta do coronavírus.

“A falta de coordenação nacional na implementação de medidas de distanciamento social contribuiu para a rápida disseminação de casos. Por sua vez, o manejo inadequado da epidemia de covid-19 provocou uma crise sem precedentes na saúde brasileira”, escreveram os pesquisadores.

Procurado pela equipe da coluna, o Ministério dos Direitos Humanos informou que a ideia do governo Lula é “beneficiar crianças que tenham perdido tanto o pai quanto a mãe ou o genitor ou responsável legal garantidor do sustento do grupo familiar”.

Ainda não foi fechado o valor do benefício, o que vai depender de acertos com a equipe econômica em um momento de ajuste fiscal e desequilíbrio nas contas públicas.

Mas integrantes da pasta avaliam que o impacto orçamentário não seria alto, já que o universo de beneficiados chegaria a aproximadamente 70 mil pessoas, segundo estimativas internas.

Almeida pretende se reunir ao longo dos próximos dias com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social) para discutir a proposta e acertar um plano de ação para a proteção de crianças e adolescentes órfãos.

Além do auxílio financeiro para esse grupo, o ministério avalia incluir na proposta a garantia de medidas de acolhimento e cuidado.

O estudo da Fiocruz e da UFMG também apontou uma taxa de mortalidade pela Covid-19 três vezes maior entre brasileiros analfabetos quando comparada à daqueles que completaram o ensino superior.

Para os pesquisadores, uma das possíveis explicações é que essas vítimas, com baixa escolaridade, tinham dificuldade de cumprir medidas de distanciamento social, já que tinham de garantir o sustento da família e trabalhar fora de casa, o que as deixou mais expostas à Covid-19.

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