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Lula é estampado na capa da World Finance: “Bem vindo de volta ao palco mundial”

Na edição publicada em 9 de janeiro, a revista World Finance estampou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na capa e destacou a volta do Brasil no cenário internacional após quatro anos de destruição do governo de Jair Bolsonaro (PL). “Bem-vindo de volta ao palco mundial”, diz a mensagem de capa.

“Os últimos quatro anos levaram Luiz Inácio Lula da Silva de uma cela para o palácio presidencial do Brasil. Em um retorno político de proporções inigualáveis, o novo presidente eleito do país volta agora para terminar a obra iniciada há duas décadas”, diz a reportagem. Vale lembrar que a World Finance é uma revista de análise da indústria financeira e da economia mundial.

Ainda no texto, a revista lembra que os dois primeiros governos do petista “experimentou um rápido crescimento econômico, enquanto o compromisso de Lula com os programas de combate à fome tirou milhões de pessoas da pobreza”.

“Quando Lula assumiu o cargo pela primeira vez em 2003, a economia brasileira estava em um estado lamentável. A nação estava sobrecarregada com uma imensa carga de dívida, enquanto o governo cessante falhou em suas promessas de gerar empregos e reduzir a divisão social. Muitos anteciparam que a eleição de Lula anunciaria o fim do neoliberalismo no Brasil, inaugurando uma era de intervenções radicais e revisões drásticas na política econômica. Mas essa abordagem revolucionária não se concretizou. Ao assumir o poder, Lula surpreendeu seus partidários e críticos ao adotar um plano econômico muito mais convencional do que o previsto”.

“Depois de anos de baixo desempenho e crescimento lento, o Brasil estava crescendo. Ao final do segundo mandato de Lula como presidente em 2010, o país era uma espécie de potência global – tanto econômica quanto culturalmente. Selecionado para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, o país havia se consolidado como um importante player no cenário global, aberto a negócios, aberto a investimentos e aberto a visitantes. Eternamente escalado como ‘o país do futuro’, parecia que, finalmente, o futuro havia chegado ao Brasil”, prossegue.

“Reconstruir o Brasil será um desafio de proporções imensas – mas pode ser apenas a luta para a qual Lula passou toda a sua carreira se preparando”, prossegue.

* O Cafezinho

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Lula justifica troca no Exército e diz que Forças Armadas não podem servir a um político

Dois dias após demitir o comandante do Exército, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (23) esperar que a mudança no comando do Exército traga de volta a normalidade da relação com o meio militar..

“As Forças Armadas não existem para servir a um político e sim para proteger o povo brasileiro.”

Em visita à Argentina, o presidente afirmou ainda que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não respeitou a Constituição e se meteu nas Forças Armadas.

“O que aconteceu é que Bolsonaro não respeitou a Constituição e não respeitou as Forças Armadas. E tenho certeza que vamos colocar as coisas no lugar. O Brasil vai voltar à normalidade”, afirmou.

“Todas as carreiras de Estado não podem se meter na política no exercício de sua função, porque essa gente tem estabilidade, essa gente não pertence a nenhum governo, pertence ao Estado brasileiro. Eles precisam aprender a conviver democraticamente com qualquer pessoa.”

Lula admitiu, mas disse não saber explicar, o apoio a Bolsonaro pelas forças de segurança do país, ao que chamou de fenômeno. Ele citou parte das Polícias Militares, das Forças Armadas e da Polícia Rodoviária Federal. “Isso é reconhecido por qualquer cidadão que faça política no Brasil.”

O presidente demitiu no sábado (21) o comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, em meio a uma crise de confiança aberta após os ataques golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília. Arruda ficou menos de um mês no cargo máximo do Exército.

*Folhapress

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Política

Com 22 dias de governo, Lula, voando baixo, tratorou os bolsonaristas e virou o fascismo pelo avesso

Quem subestimou a volta de Lula, fazendo premonições de que daria tudo errado, certamente está tendo uma compreensão bem diferente.

Lógico, a coisa varia de acordo com o grau de inteligência de cada um. Mas a fisionomia inconfundível de seu governo, de temperamento emotivo, representa o próprio Lula e o mesmo se confunde com o povo.

É claro que mercado é mercado, mesmo que não paire no ar qualquer dúvida sobre a responsabilidade fiscal, que é uma das marcas pessoais de Lula, a especulação é parte do negócio dessa gente e sempre terá alguém surgindo do nada para dizer, de forma superficial e datada, que Lula ainda não encontrou a chave que levará o país ao futuro. Mas tudo isso é vago, simplório e com aquela velha armadilha para consumo interno do próprio mercado, o mesmo que comeu mosca no escândalo das Lojas Americanas, caindo num tipo de balão que só cai quem não entende nada do riscado.

Ou seja, se alguém quer saber sobre o futuro econômico do país, é inútil prosseguir tentando caminhar nesse terreno alagadiço da bolsa de valores.

Se é uma coisa que Lula conhece bem, é a atmosfera da vida caseira, por conta de sua origem.

Dito isso, Lula segue a passos largos e de forma muitas vezes inesperada, contrariando as expectativas daqueles que costumam agourar a vida alheia. Esse é um estilo histórico da direita no Brasil, recorrendo sempre à velha e carcomida falsa moral, porque simplesmente não sabe produzir um contraditório que pare de pé.

Conclusão lógica: a popularidade de Lula cresce à medida em que os dias passam, enquanto denúncias de atrocidades, corrupção, que brotam da chocadeira do clã Bolsonaro e, claro, a popularidade do genocida despenca como uma jaca podre e mole.

Isso, porque sabemos que a batata de Bolsonaro está no forno do STF e, a cada dia, aumenta o número de pessoas que sonham em vê-lo atrás das grades.

O fato é que, com Lula, o ambiente brasileiro mudou, está respirável e a sensação diária de vitória no campo de batalha, onde Lula defende a população contra a ferocidade dos fascistas, o sentimento é de uma política que frisa e esmaga aquela paisagem trevosa que se evapora por conta de uma postura rigorosamente acentuada que patenteia o governo Lula.

Não se tem a ilusão de que o gado está domado, mas está paralisado, pois não há como reagir perante o governo a partir de futricas, mentiras como o velho mundo bolsonarista. O bolsonarismo hoje é jeca, triste, impotente, desalentado, enquanto Lula peita a arquitetura macabra e muda a paisagem brasileira.

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Política

Lula compartilha programa da Saúde para voluntários em terras ianomâmi

A pasta divulgou comunicado neste domingo (22/1) apontando que vai acelerar o recrutamento de profissionais através do programa Mais Médicos. Segundo o Governo, falta de assistência levou à morte de 570 crianças ianomâmis.

O Ministério da Saúde divulgou neste domingo (22/1) um formulário para voluntários que tenham interesse em fazer parte da Força Nacional do SUS e que serão enviados para tratar da crise humanitária nas terra ianomâmi, em Roraima. O chamado foi compartilhado pelo presidente Lula em uma rede social.

“Ajude a compartilhar. O Brasil é o país da solidariedade e esperança”, escreveu o presidente.

A Força Nacional do SUS é um programa de cooperação voltado a “medidas de prevenção, assistência e repressão a situações epidemiológicas, de desastres ou de desassistência à população quando for esgotada a capacidade de resposta do estado ou município.”

O formulário abrange profissionais de diversas áreas, entre elas enfermagem, nutrição, psicologia, biomedicina e assistência social.

Mais Médicos

Outra medida da sala de situação criada pelo governo no último dia 20 é a aceleração do recrutamento de profissionais através do programa Mais Médicos, criado em 2013.

De acordo com o Ministério da Saúde, os editais vão abranger profissionais formados tanto no Brasil quanto no exterior, que serão enviados ao Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami.

Emergência de saúde

Nesta sexta-feira (20/1), o Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública no território indígena ianomâmi. A terra é a maior do país, em extensão territorial, e sofre com a invasão de garimpeiros.

No ano passado, 99 crianças do povo ianomâmi morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região, segundo divulgado pelo Ministério dos Povos Indígenas. As vítimas foram crianças entre um a 4 anos. Ainda segundo o governo, 570 crianças ianomâmi morreram ao longo dos últimos 4 anos.

*Com Correio Braziliense

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Política

Lula: o que vi em Roraima foi um genocídio

A cenas encontradas pelo presidente e sua comitiva na Terra Yanomami deixaram todos estarrecidos e indignados com a devastação causada pelo governo Bolsonaro.

O presidente Luiz Inácio da Silva ficou profundamente abalado com a situação do povo Yanomami em Roraima, onde esteve neste sábado (21) e, na manhã deste domingo declarou que “mais que uma crise humanitária, o que vi em Roraima foi um genocídio”.

https://twitter.com/LulaOficial/status/1617121512506511368?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1617121512506511368%7Ctwgr%5E0dcdf79b999213f78182702c13cca2435257d26d%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-3792916542284319550.ampproject.net%2F2301041800000%2Fframe.html

Não apenas Lula, mas toda a comitiva que o acompanhou ficou estarrecida com o que viu. Cenas que trazem à mente imediatamente as imagens das fotos dos campos de concentração nazistas.

Com sua companheira, Janja Lula da Silva, o presidente levou ao território Yanomami as ministras dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e da Saúde, Nísia Trindade. E mais os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, da Defesa, José Múcio, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, da Secretaria-Geral, Márcio Macedo e do Gabinete de Segurança Institucional, General Gonçalves Dias. Também integraram a comitiva o comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, e o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba.

O cenário encontrado foi de devastação por responsabilidade direta do governo de Jair Bolsonaro. O ministro da Justiça, Flávio Dino, pediu a abertura de investigações por crime de genocídio.

*Com Forum

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Política

Lula chega a Roraima e anuncia medidas de emergência contra fome no território Yanomami

Ministério da Saúde declara emergência em saúde pública na região, abandonada pelo governo Bolsonaro. Quase 100 crianças Yanomami morreram em 2022.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Boa Vista neste sábado (21) para anunciar medidas para enfrentar a crise sanitária na Saúde Yanomami, principalmente frente aos casos de desnutrição grave entre crianças na reserva indígena, que é maior do país.

Lula chegou às 9h49 Base Aérea de Boa Vista. A grave situação de desassistência na saúde Yanomami fez com que o Ministério da Saúde declarasse emergência de saúde pública na noite dessa sexta-feira (20).

Da Base, ele e a comitiva de ministros foi para a Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami, na zona Rural de Boa Vista, onde foi recepcionado por indígenas que entoaram cantos ao vê-lo. Além disso, alguns seguram cartazes com pedidos de ajuda, como “Vidas indígenas importam” e “fora garimpo”.

Após a visita na Casai, Lula anuncia as ações emergenciais para a população indígena. O presidente está acompanhado dos ministros:

Nísia Trindade (Saúde)

Sônia Guajajara (Povos Indígenas)

Wellington Dias (Desenvolvimento Social)

Flávio Dino (Justiça)

José Múcio (Defesa)

Silvio Almeida (Direitos Humanos)

Márcio Macêdo (Secretaria-Geral)

General Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional)

e o comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno

O secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, também integra a comitiva.

* * *

Veja os tuítes de Lula e das ministras dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e da Saúde, Nísia Trindade (a foto é do momento do embarque em Brasília):

Leia a declaração oficial do Ministério da Saúde:

O Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional diante da necessidade de combate à desassistência sanitária dos povos que vivem no território Yanomami. A portaria, publicada nesta sexta-feira (20), em edição extra do Diário Oficial da União, foi assinada pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Além da declaração de emergência, o Ministério instalou também o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE – Yanomami) como mecanismo nacional da gestão coordenada da resposta à emergência no âmbito nacional. A gestão do COE estará sob responsabilidade da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), considerando a tipologia da emergência.

O Coe é o responsável por coordenar as medidas a serem empregadas durante o estado de emergência, incluindo a mobilização de recursos para o restabelecimento dos serviços de saúde e a articulação com os gestores estaduais e municipais do SUS.

Desde a última segunda-feira (16), equipes do Ministério da Saúde se encontram na região Yanomami, território indígena com mais de 30,4 mil habitantes. O grupo se deparou com crianças e idosos em estado grave de saúde, com desnutrição grave, além de muitos casos de malária, infecção respiratória aguda (IRA) e outros agravos.

Após o retorno da missão, que deverá acontecer no próximo dia 25, a equipe tem cerca de 15 dias para apresentar um levantamento completo sobre a crítica situação de saúde que os indígenas se encontram. Técnicos estão analisando toda a situação saúde na região, dos atendimentos prestados e insumos disponíveis.

O Ministério da Saúde instalou nesta sexta-feira (20) uma Sala de Situação para tratar da grave crise sanitária e humanitária dos povos indígenas Yanomamis. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou o dramático quadro de desnutrição constatado pelos profissionais de saúde enviados aos territórios indígenas, e anunciou o envio imediato de cestas básicas, insumos e medicamentos.

*Com Forum

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Bolsonarismo

Etchegoyen quer nova anistia para militares que atacaram democracia

Chefe do GSI no governo Temer, general ataca STF, reclama da imprensa e faz ameaça velada a Lula.

O general Sérgio Etchegoyen está enfezado. Acha que os golpistas do 8 de Janeiro viraram vítimas de injustiça. Em entrevista à TV Pampa, o ex-ministro esbravejou contra os tribunais, o governo e a imprensa. Ao comentar os ataques à democracia, usou eufemismos como “acidente” e “triste episódio”.

O militar chefiou o Gabinete de Segurança Institucional no governo Temer. De volta à planície, foi contratado por uma agência de comunicação corporativa. Pendurou a farda, mas continuou a ser lido e requisitado como porta-voz da caserna.

A exemplo de Bolsonaro e seus apaniguados, o general nutre pouco apreço pelo Judiciário. Considera que o STF e o TSE “carecem de credibilidade”. Para ele, os juízes são “apaixonados por microfones” e gostam de “falar mal do país lá fora”. “Isso é inaceitável”, condenou. Sobre os extremistas que atacam o sistema eleitoral, emitiu opiniões mais amenas. “É legítimo duvidar do resultado”, disse.

Etchegoyen está invocado com Lula. Nos últimos dias, o presidente criticou a segurança do Planalto e afirmou que “perdeu a confiança” em parte dos militares. Para o ex-ministro, a frase revelou “profunda covardia”. De Lula, não dos militares que permitiram a invasão. “É a velha técnica de procurar culpados”, protestou. “Como é que se pacifica o país a partir daí? Como é que pacifica as Forças Armadas?”.

A imprensa, sempre ela, também entrou na mira do general. Ele acusou a mídia de perseguir Bolsonaro, ultrapassando “todos os limites da razoabilidade”. Numa declaração curiosa, reclamou de excesso de jornalismo na cobertura do quebra-quebra. “Esse episódio merece uma abordagem mais objetiva e menos panfletária. Menos jornalística, sem ofensa”, palpitou. A despeito das críticas, o ex-ministro confidenciou que se informa cada vez menos por veículos tradicionais. “Abandonei muito o noticiário”, admitiu.

Os Etchegoyen têm um longo histórico de envolvimento em golpes e conspirações. O avô do general, que alcançou a mesma patente, tentou impedir a posse de três presidentes. Um de seus alvos foi Juscelino Kubitschek, inventor da cidade que os bolsonaristas tentaram destruir.

Em 2014, quando ainda estava na ativa, o general de Temer se projetou ao atacar a Comissão Nacional da Verdade, que investigou crimes da ditadura militar. Não era só reacionarismo, era defesa do clã. Seu pai e seu tio foram apontados como responsáveis por graves violações aos direitos humanos. Os dois nunca foram julgados graças à Lei da Anistia.

Nove anos depois, o oficial sugere um novo perdão, desta vez em favor dos extremistas de Brasília. “Espero profundamente que os responsáveis pelos nossos destinos façam uma reflexão e tenham a grandeza de buscar a pacificação”, discursou.

Ao pregar a impunidade de colegas de farda, Etchegoyen disse defender a “tranquilidade” e o “bom senso”. Acrescentou que o governo precisa “harmonizar a sociedade” para “poder andar”. “Por enquanto, os sinais que está dando é (sic) que não consegue andar. E possivelmente tenha acabado (sic) no dia 8 de janeiro”, opinou. Sobre o futuro do presidente, o general soltou uma frase enigmática: “É muito difícil prever o que vai acontecer”.

As ameaças veladas de Etchegoyen animaram o apresentador da TV Pampa, que chamou o golpe de 1964 de “revolução” e manifestou saudades da “velha Arena”. Num momento de descontração, o general contou que torce pelo Grêmio, celebrou a contratação de Suárez e elogiou o livro “As 44 regras do poder”. Ao que tudo indica, referia-se “As 48 leis do poder”, um best-seller de autoajuda empresarial.

Na contracapa, o leitor encontra dicas para “conquistar o que deseja”: “esperar o momento certo para atacar”, “criar uma aura de mistério para confundir os inimigos”, “encobrir todos os atos em cortinas de fumaça”.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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Educação

Vídeo: Lula se emociona na reunião com reitores de universidades federais

Em discurso após reunião com reitores de universidades e institutos de educação federais nesta quinta-feira (19), Lula chorou ao falar da vitória brasileira contra a falta de civilização e o ódio imposto pelo “coisa”, como se referiu a Jair Bolsonaro (PL).

“Eu quando comecei a falar com vocês, vocês perceberam que eu até gaguejei porque eu estava emocionado com esse encontro”, disse Lula com os olhos marejados.

“Eu tenho 77 anos de idade e eu nunca vi o Brasil tomado pelo ódio que ele foi tomado. Ele foi tomado pelo ódio porque em algum momento este país teve muita gente que começou a negar a política. E na hora que você começa a negar a política, acontece o que aconteceu nos EUA com o Trump, acontece o que aconteceu no Brasil com o ‘coisa’ – porque eu não quero falar o nome dele”, emendou falando do “surgimento de uma extrema-direita fanática, raivosa, que odeia tudo aquilo o que não combina com o que eles pensam”.

“É um novo monstro que temos que enfrentar e derrotar. E não é uma coisa apenas brasileira, mas uma coisa do mundo afora. […] E eu acho que o Brasil não merecia passar por isso”, afirmou o presidente.

Lula ainda falou dos retrocessos nas escolas, nos locais de trabalho, “em cada lugar que as pessoas estava habituadas a uma certa civilização”.

“As coisas mudaram no Brasil, mudaram a ponto de acontecer o que aconteceu no dia 8 aqui em Brasília. Nós estamos aqui nesse salão, que foi semidestruído e podemos fazer reunião nele porque um grupo de funcionários de empresas terceirizadas, que ganham salário mínimo, que não tem sequer plano de saúde, limpou isso aqui para que a gente pudesse se reunir”, disse, emocionando a plateia.

Lula ainda sinalizou que deve fazer contratação de pessoas na área de manutenção do Planalto. “Não faz sentido, dentro do Palácio onde está o Presidente da República, que vive falando em Justiça social todo dia, a gente ter trabalhador terceirizado aqui dentro. Aqui a gente tem que contratar as pessoas, profissionalmente, têm que ganhar mais que o mínimo e ter plano de saúde. Porque senão o nosso discurso ficae evasivo”, disse, se emocionando.

Cancelier

Lula ainda lembrou os 5 anos e 4 meses da morte do reitor Luiz Carlos Cancelier, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que se matou após um processo de perseguição pela Lava Jato.

“Faz 5 anos e 4 meses que esse homem se matou pela pressão de uma polícia ignorante, de um promotor ignorante, de pessoas insensatas, que condenaram antes de julgar, e a gente nem podia fazer um ato em memória dele porque nesse país deixou de se existir reunião de reitores há muito tempo”.

“Então eu quero aproveitar esse momento, com 5 anos e 4 meses de atraso, que você, Luiz Carlos Cancelier, que pode ter morrido a sua carne, mas suas ideias estarão no meio de nós a cada momento que a gente pensar em educação, na formação profissional do povo brasileiro. Esteja onde estiver, pode estar certo que aqui tem muita gente disposto a dar sequência ao trabalho que você fazia e às ideias que acreditava. Você morreu, mas suas ideias continuam vivas”, disse Lula, novamente emocionado.

 

*Com Forum

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Bolsonarismo

Lula diz que ‘Inteligência do governo não existiu’ e manda recado: ‘Quem quiser fazer política que tire a farda’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ser contra a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os ataques golpistas às sedes dos Poderes. Em entrevista à GloboNews, o petista disse que a iniciativa poderia criar “um tumulto” e que “não vai ajudar” a chegar aos responsáveis pelos atos do dia 8 de janeiro.

— O que nós podemos investigar numa CPI que a gente não possa investigar aqui e agora? Nós estamos investigando, tem mil e trezentas pessoas presas. O que você pensa que a gente vai ganhar com uma CPI? — questionou o presidente. — Nós (governo) temos instrumentos para fiscalizar o que aconteceu nesse país. Uma comissão de inquérito pode não ajudar e ela pode criar uma confusão tremenda, sabe? Nós não precisamos disso agora.

Lula ponderou, porém, que a decisão é do Congresso, mas que, caso seja consultado, recomendará a aliados que não apoiem a iniciativa.

Após um ímpeto inicial, em que parlamentares do PT e de siglas aliados assinaram requerimentos para criar CPI, integrantes da base do governo no Congresso passaram a adotar cautela nos últimos dias ao tratar do assunto. A avaliação de petistas é que a criação da CPI poderia acabar por dar holofote para bolsonaristas radicais, além do risco de não trazer avanços para investigações do caso e servir mais para uma disputa política.

Maior partido da Câmara e do Senado, o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, já avisou que vai tentar enquadrar o governo petista caso uma CPI seja realmente criada. Integrantes da legenda têm falado em omissão dos ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio.

— Já nos manifestamos que qualquer CPI tem que ser ampla porque a falha foi geral. A partir da próxima legislatura veremos— disse o senador Carlos Portinho (PL-RJ), ex-líder de Bolsonaro no Senado, ao GLOBO.

Por ter as maiores bancadas nas duas Casas, o PL tem direito a indicar mais parlamentares para um eventual colegiado do que as outras siglas.

Um dos pedidos de CPI partiu da senadora Soraya Thronicke (União-MS), que é adversária tanto de Bolsonaro quanto de Lula. Em uma postagem no Twitter, ela comentou a resistência do governo Lula em apoiar a CPI.

— A CPI não será de um governo, não terá ideologia e nem partido… A CPI será imparcial e investigará atos e fatos. Quem não deve, não precisa tremer — declarou.

Aliados do governo também temem que uma “caça às bruxas” neste momento possa atrapalhar a montagem de uma base ampla de apoio ao governo. Hoje já há uma proximidade com PSD e MDB, mas o Palácio do Planalto procura também agregar o União Brasil e se aproximar de setores do PP, Republicanos e até de uma ala do PL.

Escolhido para liderar a bancada do PT na Câmara em 2023, o deputado Zeca Dirceu (PR) evita se comprometer com o apoio à CPI e põe em dúvida até mesmo a apresentação de representações no Conselho de Ética contra os bolsonaristas radicais ligados aos atos terroristas.

— Não decidimos ainda. Estamos conferindo as denúncias e buscando provas-, disse ao GLOBO sobre a possibilidade de o PT tentar enquadrar o episódio no Conselho de Ética.

Um dia depois dos ataques do dia 8 de janeiro, parlamentares do PT chegaram a apresentar um requerimento para que uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), com deputados e senadores, fosse instalada no Congresso. Agora, o novo líder da bancada prega mais cautela no uso do instrumento.

— Entendo que o Congresso precisa de unidade agora para enfrentar os golpistas e terroristas — afirmou Zeca Dirceu.

Outros parlamentares do PT seguem a mesma linha adotada pelo líder na Câmara.

— Não vejo porque a gente fazer esse embate político quando na

verdade é caso policial —disse o deputado Alencar Santana (PT-SP). Ele acrescenta: — Como está havendo uma ação rápida, precisa e eficiente, eu particularmente entendo que não há necessidade da Câmara avançar eventualmente na apuração. O que mais nós iríamos revelar além daquilo que está sendo revelado?

Na semana passada, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), já havia adotado discurso semelhante ao do deputado do Paraná. O senador da Bahia assinou a CPI proposta por Soraya Thronicke, mas disse que o governo não definiu se irá apoiar a iniciativa.

— Não tem posição de governo nisso. Na verdade, a assinatura é individual. Eu pessoalmente também assinei, acho que a ideia é boa, mas acho que a gente tem que avaliar até porque ela só começaria em fevereiro-, declarou o Wagner sobre um pedido de CPI feito pela senadora Soraya Thronicke (União-MS). -Se até lá a Polícia Federal estiver esclarecido, a Justiça estiver caracterizado os crimes executados, não sei se continua tendo objeto a própria CPI — disse.

O senador chamou a atenção para o fato de que a CPI foi pedida por uma senadora que não é da base. Wagner também afirmou que as assinaturas precisarão ser novamente colhidas após fevereiro, quando começar a nova legislatura do Senado.

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Bolsonarismo

Lula diz que Brasília teve tentativa de golpe “por gente preparada” e afirma que Bolsonaro tem culpa, “instigou o ódio”

O presidente Lula (PT) afirmou hoje em evento no Planalto que os atos golpistas que aconteceram no último dia 8 foram uma tentativa de golpe, e culpou seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

Eles não se contentaram, depois da nossa posse maravilhosa […], esperaram uma semana e tentaram dar um golpe. O que houve aqui foi uma tentativa de golpe, por gente preparada. Não sei se o ex-presidente mandou, o que sei é que tem culpa, porque passou quatro anos instigando ódio.

Em conversa com jornalista, na semana passada, Lula pediu que as investigações sobre os atos do dia 08 de janeiro cntinuem intensas e sugeriu que as invasões podem ter sido orquestradas. Para o presidente houve conivência por parte dos militares na sede do governo durante os atentados.

Teve muita gente conivente. Teve muita gente da Polícia Militar conivente, muita gente das Forças Armadas aqui dentro coniventes. Eu estou convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar, porque não tem porta quebrada. Ou seja, alguém facilitou a entrada deles aqui”

Hoje o petista falou após encontro com lideranças sindicais para discutir o reajuste do salário mínimo para os próximos anos. Durante o encontro, Lula aproveitou também para criticar o orçamento que recebeu do governo anterior. Segundo o presidente, o valor não é suficiente para cumprir as promessas feitas pelo próprio Jair Bolsonaro.

“Começamos a governar antes de tomar posse porque o governo que estava aí fez um orçamento que não dava para cumprir nem o que ele prometeu durante as eleições. Nós só vamos ter o nosso orçamento em 2024 e tenho certeza que vamos cumprir cada coisa que prometi durante a minha campanha. Não há outra razão para eu estar aqui senão melhor a vida do trabalhador e acabar com a fome”.

*Com Uol

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