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Política

Lula vê traição de presidente do BC e tentativa de levar Brasil à recessão

Diálogo da autoridade monetária com o governo está estremecido depois de comunicado que sinaliza manutenção de juros altos.

De acordo com a Folha, o presidente Lula e ministros de seu governo consideram que o presidente do Banco Central, Roberto Campos, traiu a confiança que o governo depositava nele para dialogar e participar de um esforço conjunto para que o Brasil supere os problemas econômicos que hoje enfrenta sem passar por uma recessão.

No entendimento do mandatário e de sua equipe, o governo atual, com pouco mais de um mês no poder, não tem responsabilidade sobre o déficit fiscal e a inflação, que impulsionam as taxas de juros. E mereceria um voto de confiança em seu compromisso de levar o rombo para 1% neste ano, e de zerá-lo em 2024.

Mesmo diante das metas claras, dizem interlocutores diretos de Lula, o Banco Central não apenas manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano pela quarta reunião consecutiva —a primeira desde que Lula tomou posse—, como endureceu o discurso e disse que deve deixar as taxas em patamares altos por mais tempo.

Com essa mensagem, o BC estaria dificultando a recuperação do crédito e a atividade econômica no país, e colocando o Brasil na rota da recessão.

Lula e o governo acreditam que os alertas feitos pelo Copom foram muito além do que seria necessário. E passaram a desconfiar da atuação de Roberto Campos, indicado ao cargo por Jair Bolsonaro para um mandato de quatro anos.

Ministros de primeiro escalão começaram a evitá-lo. E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o elogiava, já mostrou contrariedade com sua atuação.

Lula tem afirmado, segundo os mesmos interlocutores, que Campos foi tratado com respeito e consideração, e que não houve reciprocidade por parte dele.

O presidente do Banco Central sempre foi alinhado com o bolsonarismo.

Apesar da autonomia da instituição, aprovada no governo passado, Campos chegou a ir a jantares de Bolsonaro com empresários organizados para apoiar as medidas econômicas adotadas pelo presidente e pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes.

Campos até discursava nos encontros, e admitiu em um deles que recebia conselhos de não ir a eventos com políticos que integravam o governo.

Mas justificava: como os ministros de Bolsonaro eram ‘técnicos’, não haveria problema em se misturar com eles. A proximidade não macularia sua autonomia e independência.

O presidente do Banco Central se mantém próximo dos bolsonaristas. Foi à posse de Tarcísio de Freitas no governo de São Paulo e, até meados do mês, seguia em um grupo de WhatsApp que reúne ex-ministros de Bolsonaro.

Em entrevista à Rede TV! nesta semana, Lula deixou claro que está contrariado com Roberto Campos, a quem se referiu como “esse cidadão”.

“Quero saber do que serviu a independência do Banco Central. Eu vou esperar esse cidadão [Campos Neto] terminar o mandato dele para fazermos uma avaliação do que significou o banco central independente”, disse Lula.

O BC divulgou o comunicado em que subiu o tom e contrariou o governo Lula na quarta (1º), depois de manter a Selic em 13,75%.

O texto fazia alertas sobre as incertezas fiscais e a piora nas expectativas de inflação, que estão se distanciando da meta em prazos mais longos.

Sinalizava ainda que o BC deve deixar os juros no patamar atual por mais tempo —hoje o mercado prevê o início do afrouxamento monetário em setembro.

“O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que têm mostrado deterioração em prazos mais longos desde a última reunião”, afirmava o comunicado.

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Lula vai propor a Biden criação do ‘Clube da Paz; presidente planeja se encontrar com Sanders e esquerda democrata nos EUA

Outro tema prioritário do encontro será a defesa da democracia frente a movimentos de extrema-direita.

Segundo o G1, um dos assuntos na reunião bilateral da próxima sexta-feira (10) entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Joe Biden, será a proposta de criação de um organismo multilateral para negociar o fim da Guerra na Ucrânia.

A proposta já foi apresentada por Lula no encontro com o chanceler alemão Olaf Scholz, na semana passada. O grupo foi batizado por Lula de “Clube da Paz” e prevê a participação não só das potências globais, mas também de países de diversos continentes para tratar do conflito ucraniano.

Outro tema prioritário do encontro será a defesa da democracia frente a movimentos de extrema-direita. A pauta inclui ainda a discussão sobre as mudanças climáticas e investimentos americanos no Brasil.

Os temas do encontro foram alinhados num encontro nesta sexta-feira (3) de Lula com a embaixadora americana no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley.

Além da reunião bilateral com Biden, está previsto um encontro com representantes da ala mais à esquerda do Partido Democrata. A ideia é que o senador Bernie Sanders e a deputada Alexandria Ocasio-Cortez se encontrem com Lula.

Os detalhes ainda estão sendo definidos. Há uma possibilidade de Lula estender a viagem por mais um dia para atender a pedidos de encontro com entidades e sindicatos americanos. Lula deverá conceder uma entrevista exclusiva a algum veículo de mídia dos Estados Unidos.

A comitiva presidencial terá os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente) e Mauro Vieira (Relações Exteriores), além do assessor especial da Presidência, Celso Amorim. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também participa, mas vai embarcar antes.

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Política

Lula não descarta disputar reeleição em 2026

Durante a campanha eleitoral, no ano passado, Lula repetiu que não tinha intenção de se candidatar novamente para a Presidência da República em 2026. Hoje, no entanto, o petista não descartou essa possibilidade.

Se chegar no momento, sabe, e estiver uma situação delicada e eu estiver com saúde…porque também só posso ser candidato se eu estiver com saúde perfeita, sabe? Mas saúde perfeita com oitenta e pouco, 81 de idade, energia de 40 e tesão de 30. Pronto, aí eu posso [ser candidato].”

A declaração foi dada ao jornalista e colunista do UOL Kennedy Alencar, no programa “É Notícia”, da RedeTV!. A entrevista será transmitida hoje, às 23h15.

A pergunta sobre a possibilidade da reeleição foi feita no fim da conversa. Ao responder, inicialmente, o presidente falou sobre as eleições do ano passado.

Eu tenho consciência que somente a minha candidatura poderia derrotar o Bolsonaro. Não é nenhuma vaidade, não, é consciência de que, pelo legado que eu tinha, eu poderia ganhar essas eleições.”

Em seguida, o petista disse que é necessário “construir novos candidatos em 2026”. “Eu não serei candidato em 2026. Eu vou estar com 81 anos de idade, sabe? Eu preciso aproveitar um pouco a minha vida, porque eu tenho 50 anos de vida política.”

Somente após a quarta intervenção do jornalista, Lula assumiu que pode ser candidato —se houver uma “situação delicada”.

Ao falar sobre possíveis novos nomes para a disputa eleitoral de 2026, Lula também afirmou que tem “gente extraordinária” em seu governo —e citou aliados que sempre foram próximos. O vice Geraldo Alckmin (PSB), que já foi candidato ao Planalto, ficou fora da lista.

“Temos o Rui Costa [do PT, ministro da Casa Civil], nós temos o Wellington [Dias, do PT, ministro do Desenvolvimento Social], nós temos o Camilo [Santana, do PT, ministro da Educação], nós temos Flávio Dino [do PSB, ministro da Justiça], nós temos o Renanzinho [Renan Filho, do MDB, ministro dos Transportes]. Nós temos gente da maior qualidade, você não tem noção, e essa é a razão do meu sucesso”, afirma.

Eu vou contribuir para que surjam muitas e novas lideranças para que o Brasil nunca mais vote num psicopata para ser presidente do Brasil.”

A possibilidade de disputar a reeleição —ainda que em uma “situação delicada”— marca uma mudança de discurso. Em outubro do ano passado, às vésperas do segundo turno, Lula chegou a publicar nas redes sociais que seria “um presidente de um mandato só”.

*Com Uol

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Política

Bolsonaro pede para perder o quarto turno contra Lula

Se você não pode derrotar seu inimigo, junte-se a ele.

Bolsonaro está pedindo para ser derrotado outra vez por Lula nos últimos 90 e poucos dias, e será. Perdeu ao não se reeleger presidente em 30 de outubro passado. Perdeu com o fracasso do golpe de 8 de janeiro. Perderá na eleição de amanhã no Congresso.

Do seu refúgio na Flórida, nos Estados Unidos, a salvo, por ora, de ser preso, não tinha porque se meter na escolha do próximo presidente do Senado, mas se meteu. Declarou apoio a Rogério Marinho (PL-RN), seu ex-ministro do Desenvolvimento Regional.

Marinho é pule de 10 para ser derrotado por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), candidato à reeleição com o apoio de Lula. Pacheco elegeu-se há dois anos presidente do Senado com o apoio de Bolsonaro. Operou em sintonia com ele até o fim do seu governo.

O que pode ganhar Bolsonaro apoiando Marinho? Nada ganharia apoiando quem Lula apoia, mas nada perderia se permanecesse neutro. O governo propaga a ideia de que esse será o terceiro turno entre Lula e Bolsonaro. Será o quarto. O terceiro foi o golpe.

Quando um não quer, dois não brigam. Lula aprendeu a lição com a mãe dele. Por isso, reconhecendo a força de Arthur Lira (PP-AL) dentro da Câmara dos Deputados, preferiu aliar-se a ele a perder se o enfrentasse. A reeleição de Lira está garantida.

Se você não pode derrotar um inimigo, junte-se a ele. O PT votará em Lira, e espera ocupar um lugar na direção da Câmara, além da presidência da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante. Na Câmara, o PL de Bolsonaro tem a maior bancada.

A disputa de Lira é com o passado. Ninguém superará Ulysses Guimarães, que foi, ao mesmo tempo, presidente do MDB, da Câmara e da Assembleia Constituinte de 1988. Um ano depois, candidato a presidente da República, teve apenas 4,60% dos votos.

Lira quer pelo menos bater o recorde de votos estabelecido por Ibsen Pinheiro (MDB-RS) e João Paulo Cunha (PT-SP). Os dois foram eleitos presidente da Câmara com 434 votos de um total possível de 513 – Ibsen em 1991, Cunha em 2003.

Com o apoio de 19 partidos e se não houver traição, Lira pode atingir a marca de 496 votos. Seria um feito histórico. Uma eleição por aclamação. Lula espera tirar proveito disso. Ele precisa de Lira para governar.

*Noblat/Metrópoles

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Política

Chanceler alemão diz a Lula, “Vocês fizeram falta”

Durante gestão Bolsonaro, Brasil se afastou de nações consideradas estratégicas comercialmente por questões ideológicas, como a China.

Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chanceler e primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou estar muito contente com a visita ao território brasileiro.

Em declaração ao lado de Lula, Scholz disse que é muito bom ter o Brasil de volta ao cenário internacional. “Vocês fizeram falta, Lula”, afirmou o chanceler. Durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Brasil se afastou de nações consideradas estratégicas comercialmente por questões ideológicas, como é o caso da China.

Os chefes de governo do Brasil e da Alemanha se reuniram na tarde desta segunda e trataram de temas como meio ambiente, democracia e acordo entre Mercosul e União Europeia (leia mais abaixo).

Ao iniciar sua fala, Olaf parabenizou Lula pela vitória nas eleições e comentou os atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas radicais invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

“As imagens das invasões no Congresso, no Palácio do Planalto e no STF, há três semanas, ainda estão muito presentes na minha e na nossa memória e me deixaram profundamente consternado”, afirmou o chanceler.

Segundo ele, a a democracia brasileira “é forte e resistiu” aos ataques “ultrajantes contra as insituições”. “É sinal que nós temos que defender, de fato, a nossa democracia. Gostaria de reafirmar que vocês podem contar com total solidariedade da Alemanha”, prosseguiu.

Acordo UE-Mercosul

Durante a declaração conjunta, Lula disse esperar que o acordo entre o Mercosul – formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – e a União Europeia, que reúne 27 países europeus,”se tudo der certo”, seja fechado ainda no primeiro semestre deste ano.

“Alguma coisa tem que ser mudada. […] Nós vamos fechar esse acordo, se tudo der certo, quem sabe até o meio desse ano. Até o fim desse semestre é a nossa ideia de tentar encaminhar para que a gente tenha um acordo e comece a discutir outros assuntos, porque temos muitas coisas pela frente, e não apenas esse acordo com a União Europeia”, afirmou.

Já o chanceler alemão disse que o acordo é de interesse tanto do Brasil quanto da União Europeia. “Ambos queremos que haja um rápido avanço nessa questão”, afirmou.

As negociações do tratado entre os blocos foram concluídas em 28 de junho de 2019, mas para que o acordo passe a funcionar de fato, deve passar por um processo de revisão e ratificação por parte dos congressos nacionais dos países do Mercosul e pelo Parlamento Europeu.

Reunião com o chanceler

A visita do chanceler Olaf Scholz ocorre quase um mês após a visita do presidente da Alemanha, Franz-Walter Steinmeyer, por ocasião da posse de Lula, em 1º de janeiro.

Após ser recepcionado no Palácio do Planalto, Lula e Olaf se reuniram por cerca de uma hora e meia, acompanhado apenas de tradutores. Eles conversaram sobre a guerra na Ucrânia que completa um ano no próximo mês e as consequências globais do conflito em termos de paz e segurança, segurança alimentar e energética.

Depois, os dois chefes de governo se reuniram com as delegações de cada país. Pelo governo brasileiro participaram os ministros:

  • vice-presidente Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio);
  • Mauro Vieira (Relações Exteriores);
  • Marina Silva (Meio Ambiente);
  • Alexandre Silveira (Minas e Energia); e
  • Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).

Assessor especial de Lula, Celson Amorim também esteve presente na reunião.

O país europeu é o quarto que mais exporta para o Brasil. Em 2022, a corrente de comércio bilateral superou US$ 19 bilhões, com exportações brasileiras de US$ 6,3 bilhões, importações de US$ 12,8 bilhões e superávit alemão de US$ 6,5 bilhões.

Além disso, Brasil e Alemanha mantêm parcerias em temas-chave da agenda internacional contemporânea, como paz e segurança, meio ambiente, mudança do clima, digitalização e transição energética.

*Com Metrópoles

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Lula promete barrar tráfego aéreo e fluvial de garimpo ilegal em Roraima

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou nesta segunda-feira, 30, um esforço conjunto do governo para barrar o transporte aéreo e fluvial de garimpeiros ilegais e outros criminosos no território ianomâmi, no oeste e noroeste de Roraima. Em meio a um cenário de desnutrição e abandono generalizado, o governo federal decretou situação de emergência pública em saúde na região há duas semanas, informa a Veja.

As ações, diz comunicado da Presidência, visam impedir o acesso de pessoas não autorizadas pelo poder público à região buscando não apenas impedir as atividades ilegais, mas também para frear a disseminação de doenças. A força-tarefa deverá garantir, ainda, a prestação de assistência nutricional e médica aos ianomâmi, acesso à água potável por meio de poços artesianos e cisternas e a medição da contaminação por mercúrio dos rios e habitantes.

Apesar de não estipular quanto tempo será necessário para articular as iniciativas, Lula determinou que as ações sejam feitas “no menor prazo”. A decisão foi tomada após reunião emergencial com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça), José Mucio (Defesa), Sônia Guajajara (Povos Originários), Silvio de Almeida (Direitos Humanos), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

Também participaram do encontro o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno, a presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Joenia Wapichana, e o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa.

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Opinião

Lula: uma mão pesada contra o golpismo; e outra estendida à esperança. Por Boaventura de Sousa Santos

Confiemos no gênio político de Lula, para com uma mão pesada punir os golpistas presentes e futuros, e com outra, solidária, amparar e devolver a esperança ao seu povo.

Dificilmente se encontrará na política internacional um começo tão turbulento de um mandato democrático como o que caracterizou o do presidente Lula.

A democracia esteve por um fio e está salva (por agora), devido a uma combinação contingente de fatores excepcionais: o talento de estadista do presidente, a atuação certa no momento certo de um ministro no lugar certo, Flávio Dino, logo secundado pelo apoio ativo do STF.

As instituições especificamente encarregadas de defender a paz e a ordem pública estiveram ausentes, e algumas delas foram mesmo coniventes com a arruaça depredadora de bens públicos.

Quando uma democracia prevalece nestas condições, dá simultaneamente uma afirmação de força e de fraqueza. Mostra que tem mais ânimo para sobreviver do que para florescer. A verdade é que, a prazo, só sobreviverá se florescer e para isso são necessárias políticas com lógicas diferentes, suscetíveis de criarem conflitos entre si. E tudo tem de ser feito sob pressão. Ou seja, o futuro chegou depressa e com pressa.

O Brasil não volta a ser o que era antes de Jair Bolsonaro, pelo menos durante alguns anos. O Brasil tinha duas feridas históricas mal curadas: o colonialismo português e a ditadura. A ferida do colonialismo estava mal curada, porque nem a questão da terra, nem a do racismo antinegro, anti-indígena e anticigano (as duas heranças malditas) estavam solucionadas. A última só o primeiro governo de Lula começou a enfrentar (ações afirmativas etc.).

A ferida da ditadura estava mal curada devido ao pacto com os militares antidemocráticos na transição democrática de que resultou a não punição dos crimes cometidos pelos militares. Estas duas feridas explodiram com toda a purulência na figura de Jair Bolsonaro.
O pus misturou-se no sangue das relações sociais por via das redes sociais e aí vai ficar por muito tempo por ação de um lúmpen-capitalismo legal e ilegal, racial e sexista, que persiste na base da economia, uma base ressentida em relação ao topo da pirâmide, o capital financeiro, devido à usura deste.

Esta ferida mal curada e agora mais exposta vai envenenar toda política democrática nos próximos anos. A convivência democrática vai ter de viver em paralelo com uma pulsão antidemocrática sob a forma de um golpe de Estado continuado, ora dormente ora ativo. Assim será até 2024, data das eleições norte-americanas, devido ao pacto de sangue entre a extrema direita brasileira e a norte-americana.

A tentativa de golpe de 8 de janeiro alterou profundamente as prioridades do presidente Lula. Dado o agravamento da crise social, a agenda de Lula estava destinada a privilegiar a área social. De repente, a política de segurança impôs-se com total urgência. Prevejo que ela vá continuar a ocupar a atenção do Presidente durante todo o tempo em que o subterrâneo golpista mostrar ter aliados nas Forças Armadas, nas forças de segurança e no capital antiamazônico.

Este capital está apostado na destruição da Amazônia e na solução final dos povos indígenas. A fotos dos Yanomami que circularam no mundo só têm paralelo com as fotos das vítimas do holocausto nazista dos anos de 1940.

Como poderia eu imaginar que, oito anos depois de dar as boas-vindas na Universidade de Coimbra aos líderes indígenas de Roraima (comitiva em que se integrava a agora ministra Sônia Guajajara) e de receber deles o cocar e o bastão da chuva – uma grande honra para mim – assistiria à conversão do seu território, por cuja demarcação lutamos, num campo de concentração, um Auschwitz tropical?

O Brasil precisa da cooperação internacional para obter a condenação internacional por genocídio do ex-presidente e alguns dos seus ex-ministros, nomeadamente Sergio Moro e Damares Alves.

Quando o futuro chega depressa, faz exigências que frequentemente se atropelam.

O drama midiático causado pela tentativa de golpe exige muita atenção e vigilância por parte dos dirigentes. Contudo, visto das populações marginalizadas a viver nas imensas periferias, o drama golpista é muito menor do que:

  • Não poder dar comida aos filhos
  • Ser assassinado pela polícia ou pelas milícias
  • Ser estuprada pelo patrão ou assassinada pelo companheiro
  • Ver a casa ser levada pela próxima enxurrada
  • Sentir os tumores a crescer no corpo por excessiva exposição a inseticidas e pesticidas, mundialmente proibidos mas usados livremente no Brasil
  • Ver a água do rio onde sempre se buscou o alimento contaminada ao ponto de os peixes serem veneno vivo
  • Saber que o seu jovem filho negro ficará preso por tempo indefinido apesar de nunca ter sido condenado
  • Temer que o seu assentamento seja amanhã vandalizado por criminosos escoltados pela polícia.

Estes são alguns dos dramas das populações que no futuro próximo, responderão às sondagens sobre a taxa de aprovação do presidente Lula e seu governo. Quanto mais baixa for essa taxa, mais champanhe consumirão os golpistas e lideranças fascistas nacionais e estrangeiras.

Confiemos no gênio político do presidente Lula, que sempre viveu intensamente estes dramas da população vulnerabilizada, para governar com uma mão pesada para conter e punir os golpistas presentes e futuros e para com uma mão solidária, amparar e devolver a esperança ao seu povo de sempre.
Reprodução/TVT

Boaventura de Sousa Santos é professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Autor, entre outros livros, de O fim do império cognitivo (Autêntica) e do recém-lançado Descolonizar – Abrindo a História do Presente (Boitempo).

*RBA

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Enquanto os cães ladram, a caravana de Lula passa

O governo Lula está ainda em fase embrionária, não para a mídia industrial. Por isso, é pueril Mervais e Doras tentarem produzir paixões, discutindo cada ponto e vírgula ditos por Lula, em que tudo se reduz à formas velhas e tradicionais da mídia patarata.

Esse tipo de bazófia da mídia brasileira atravessa séculos. Fazer o quê! A vida caseira nas redações industriais parou no tempo. Parece mesmo ser desvio biológico, ou sei lá uma questão de estilo típico de uma imprensa provinciana, incapaz de buscar uma fisionomia sequer decalcada em alguma coisa menos primitiva que beire ao semibárbaro.

Mas sabe como é, corporativismo a gente vê por aqui.

Uma coisa são os fatos, outra, são as tendências na hora de fazer a narrativa dos fatos.

Enquanto isso, Lula parte para dentro, não para a guerra contra o espelho da mídia, mas para dentro do Brasil, criando literalmente uma caravana, já anunciada pelo presidente em suas redes sociais, para conhecer e resolver os problemas reais do Brasil.

O nome disso é íntima harmonia entre o presidente e o povo.

E que fique claro, não é um exame superficial, é um exame daquele que escaramuça o problema em busca da chave do caso.

Lógico, Lula faz o correto ao filiar os ministros na mesma jornada.

Ninguém é ingênuo o suficiente para imaginar que, já já, surge inesperadamente a falange contrária, a da oposição. Sem perceberem que, agindo assim, os próprios adversários de Lula filiam-se a ele.

Como se sabe, política feita com inteligência, é uma obra de arte que se cota pelo seu coeficiente. E nisso, o mundo inteiro sabe que Lula é o cara.

Lula é daquele tipo que sabe como ninguém que um político cresce na medida em que se nacionaliza, ao contrário dos tecnocratas que acham que o país tem que ser uma chocadeira artificial de seus mirabolantes planos, sem rumo e sem qualquer efeito benéfico para a coletividade. O resultado disso é um borralho neoliberal. Mas dito sempre com elegância filosófica, é o pode-se chamar de buraco n’água chique.

Se Bolsonaro abandonou o país, Lula quer aperfeiçoar estudos que contemplem o Brasil como um todo para que nenhuma pequena cidade fique de fora do projeto nacional.

Por isso é fundamental que o nascedouro de um novo Brasil ou a volta do Brasil, como queiram, pinte com um pincel mais atrevido as tintas desse país para frisar cada paisagem de cada canto, por mais remoto que seja.

Lula, em menos de um mês, já mudou completamente o ambiente brasileiro. Quanto a isso, não resta a menor dúvida.

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Política

Lula veta envio de munição do Brasil para tanques na Ucrânia

Para manter neutralidade e não provocar os russos, presidente nega pedido da Alemanha.

De acordo com a Folha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou um pedido do governo da Alemanha para que o Brasil fornecesse munição de tanques que seria repassada por Berlim à Ucrânia em guerra com a Rússia.

A decisão ocorreu no último dia 20, na reunião do petista com os chefes das Forças Armadas e o ministro da Defesa, José Múcio. Foi a véspera da demissão do comandante do Exército, Júlio Cesar de Arruda.

O general levou a proposta para discussão, mostrando que o esforço do premiê Olaf Scholz para montar um pacote de ajuda na área de blindados pesados a Kiev é mais amplo do que vem sendo divulgado.

Após semanas de pressão dos EUA e de aliados ocidentais, Scholz decidiu nesta semana enviar um contingente de 14 tanques Leopard-2 e, mais importante, liberou a reexportação dos armamentos para quem quiser doá-los à Ucrânia —12 países na Europa operam cerca de 2.300 blindados do tipo.

De acordo com militares e políticos com conhecimento do episódio, Arruda afirmou que o Brasil embolsaria cerca de R$ 25 milhões por um lote de munição estocada para seus tanques Leopard-1, o modelo que antecedeu o tanque desejado pelo governo de Volodimir Zelenski. Ele levantou a hipótese de exigir de Berlim que não enviasse o produto para Kiev, o que não faria sentido.

Lula disse não, argumentando que não valia a pena provocar os russos. O Brasil, apesar de ter condenado na ONU a invasão iniciada em 24 de fevereiro de 2022, mantém uma posição de neutralidade por motivos econômicos, recusando participar de sanções contra a Rússia do presidente Vladimir Putin.

O pedido por munição de Leopard-1 sugere que Berlim está disposta a ofertar o antigo modelo, do qual a fabricante Rheinmetall dispõe de 88 unidades em estoque. Elas precisariam ser preparadas para uso, o que o presidente da empresa diz que pode levar o ano todo, mas o problema principal hoje é a munição.

O Leopard-1 só é operado por Brasil (261 unidades, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, de Londres), Chile (30), Grécia (500) e Turquia (397) —os dois últimos, membros da Otan, aliança militar ocidental, assim como a Alemanha. O tanque tem um canhão com calibre de padrão antigo, de 105 mm, enquanto o Leopard-2 usa munição de 120 mm.

Não foi a primeira tratativa do gênero. No ano passado, a Alemanha sondou extraoficialmente o governo para comprar munição do blindado com canhões antiaéreos Gepard que tirou da aposentadoria para enviar à Ucrânia, sem sucesso. O Brasil ainda opera o modelo.

A Folha procurou Itamaraty, Ministério da Defesa e Exército, operador das munições, para comentar e especificar a natureza do pedido: se foi oficial ou uma sondagem. A Defesa disse não ter recebido pedido de autorização de exportação, o que passa primeiro pelas Relações Exteriores —que, como o Exército, ainda não respondeu. O detalhamento apresentado por Arruda na reunião sugere que o assunto teve andamento.

O Brasil não está sozinho na sua negativa. Os EUA pediram ao novo governo colombiano de Gustavo Petro que o país cedesse antigos helicópteros soviéticos Mi-8 e Mi-17 para Kiev, que opera esses modelos.

Levaram um não, relatou Petro nesta semana, assim como o aliado americano Israel negou a liberação de um lote de mísseis antiaéreos Hawk. Tel Aviv deu a desculpa de que o material é velho e inconfiável, mas pesou o fato de o governo ter relação próxima, embora nem sempre amigável, com Moscou.
Fertilizantes motivam o Brasil

Já a motivação central da posição de Lula tem nome: fertilizantes, vitais para o agronegócio do país e que têm de ser majoritariamente importados. A Rússia é, há anos, a líder desse mercado —de 2018 a 2022, vendeu em média 22% do produto consumido pelos brasileiros.

No ano passado, com os embargos ocidentais, seguradoras e transportadoras marítimas pararam de fazer negócio com embarques russos, e rotas alternativas foram criadas até um acordo para a exportação de grãos da Ucrânia durante a guerra em tese reabrir o mercado para Moscou —a Rússia reclama, contudo, que o Ocidente não faz sua parte.

O resultado foi um salto nos preços internacionais, visível no Brasil: apesar de ter importado 8 milhões de toneladas de fertilizantes de Moscou, 1,3 milhão de toneladas a menos do que em 2021, o lucro dos russos cresceu 58,8% no período, um recorde de US$ 5,6 bilhões vendidos para brasileiros.

Esse cenário puxou o resultado da balança comercial com a Rússia em favor do Kremlin, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior. Em comparação com 2021, o Brasil comprou ao todo 37% a mais de Moscou em 2022, totalizando US$ 7,8 bilhões. Os russos estão em sexto no ranking de países que mais venderam ao Brasil. Em relação a exportações, compraram meros US$ 1,9 bilhão de produtos brasileiros.

A Rússia, apesar da pressão das sanções, conseguiu navegar a crise em 2022. Com a venda de petróleo e gás com desconto, a partir do gradual fechamento do mercado prioritário da Europa, viu China e Índia multiplicarem o comércio com o país.

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Opinião

O porquê da mídia se incomodar tanto com a afirmação de Lula de que Dilma sofreu golpe

Pela própria grande mídia, sai a notícia de que Valdemar da Costa Neto Presidente do PL, diz que havia propostas de decreto golpista ‘na casa de todo mundo’ que orbita o universo bolsonarista.

Em última análise, o que nos diz uma revelação como essa? É que, dar golpe de Estado no Brasil virou uma coisa banal, uma cultura da direita brasileira.

A questão é, como chegamos a isso que desembocou em Bolsonaro?

Com essa reação estrambótica da mídia com a declaração de Lula de que Dilma sofreu um golpe, tudo leva a crer que a mídia não quer que a história seja recontada e que, lógico, diga o que todos sabem, que ela foi a grande protagonista. Muitos jornalistas que afiançaram a chefia da casa, agora, que se sentem constrangidos, reagem mal, tão mal que não conseguem falar em outro assunto.

Este é o caso de Dora Kramer, que parece não ter outro assunto e todos os dias martela a mesma gororoba, a de que não foi golpe. Pior, ela acha que está totalmente certa, porque o golpista Temer, anda de trelelê com a própria jornalista, que se sente empoderada com as negativas do usurpador patife.

O caso de Temer, numa situação dessa, é considerado mais grave, pois, como se sabe, ele, como vice-presidente de Dilma sabotou-a, em um combinado com as duas figuras que não tem graça comentar sobre seus dotes no mundo da canalhices, Aécio e Cunha falam por si.

O que a mídia não percebe é que ela imita a Janaína Paschoal, o Cunha e o próprio Aécio e Temer, que também reagiram contra a fala de Lula, imagina isso!

Se tivessem todos a consciência tranquila, fossem integrais, nem dariam bola para o que Lula falou, mas reagem assim porque têm culpa no cartório.

A mesma mídia, que fala em modernidade e que o Brasil precisa copiar os modelos econômicos das grandes democracias do mundo, esteve diretamente envolvida nos últimos três golpes que a democracia brasileira sofreu, 1964 com os militares; 2016 contra Dilma e, 2018 contra Lula, quando a mídia fez questão de filmar a sua absurda prisão de , condenado sem uma mísera prova de crime, depois de quatro anos de uma perseguição implacável da Força-tarefa da Lava Jato, que revirou do avesso não só a vida de Lula, mas de toda a sua família.

Pois bem, a mídia, quando o STF diz textualmente que Sergio Moro era um juiz parcial, o que , em outras palavras, quer dizer um juiz corrompível, incapaz para assumir tal função, os jornalões, cinicamente, estamparam que a parcialidade de Moro não era prova de que Lula não havia cometido crime.

Antes, porém, a mídia ignorou por completo a série Vaza Jato produzida e publicada pelo Intercept, simplesmente porque não queria tirar a aura de herói de Sergio Moro, esculpida nas suas redações.

A mídia aplaudiu, comemorou a ida de Moro para o governo Bolsonaro. Hoje, ela quer jogar também esse fato para debaixo do tapete. Afinal, qualquer mãe defende sua cria, é compreensível.

O fato é que a mídia brasileira, que adora escandalizar em garrafais quando quer dizimar reputações de quem ela considera inimiga do mercado, não suporta e não aceita que se descreva um processo de golpe, que tem muito mais importância do que um fato em si, para que as pessoas entendam como a banda toca.

Daí, essa chiadeira de quem tem a mão amarela quando a palavra golpe surge no debate nacional.

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