Durante a cerimônia, o presidente destacou a educação como ferramenta ‘poderosa’ para romper ‘ciclo da fome’.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta sexta-feira (6) o título de doutor honoris causa da Universidade Paris 8, em Saint-Denis, na França. A homenagem da universidade, herdeira dos protestos estudantis e sindicais de Maio de 68, ocorre durante a primeira viagem de Estado à França de um presidente brasileiro desde 2012.
“Esta universidade nasceu da esperança e da coragem do povo francês, no calor das ruas de 1968. Construiu-se como resposta às exigências de uma juventude que sonhava com um mundo mais igualitário e um ensino mais acessível, crítico e conectado às realidades sociais. Acolheu estudantes de todas as origens como parte central de seu projeto”, lembrou Lula durante o discurso.
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Eu tenho certeza de que esse título de Doutor Honoris Causa é muito mais uma homenagem à capacidade de resistência do povo brasileiro do que a qualquer outra coisa que eu tenha feito no meu país. Por isso, muito obrigado a vocês por este reconhecimento.
Lula e Bolsonaro, temos que admitir, são dois fenômenos políticos. Lula venceu no século 21 todas as eleições que disputou, três dele e duas com Dilma.
Ou seja, 5 eleições que o fenômeno Lula papou.
Bolsonaro, por sua vez, foi presidente com uma fraude armada por ele e Sergio Moro.
Moro para ser ministro de Bolsonaro, prendeu Lula sem provas de crime, pois, do contrário, Lula venceria a eleição no 1º turno, como apontavam todas as pesquisas.
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Sem falar que Bolsonaro e Carluxo armaram uma facada comédia para o miliciano fugir dos debates com Haddad, claro, por motivos óbvios.
Mesmo assim, esse fenômeno chamado Bolsonaro foi o único presidente que não conseguiu se reeleger depois da volta da democracia.
Postar aquele imbróglio da Quaest, sinceramente, não dá.
O troço é um mexe e remexe para ajustar uma narrativa com palavrinhas ajeitadoras e dar um gás numa direita que está tecnicamente morta.
Sim, Bolsonaro é um defunto político.
Seus filhos têm zero carisma para assumir o bastão que cairá na primeira curva da corrida presidencial, se não cair na passagem do bastão.
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Michelle, como diz Mauro Cid, tem um passado tenebrosamente sujo, seja lá o que isso quer dizer.
Tarcísio é o candidato do bolsonarismo tucano. Aquele partido que morreu de inanição.
A Farinha Lima, o nome já diz. Essa gente só mete o nariz no que não presta às custas dos pobres que pagam a conta nesse país e que sempre são escanteados pela direita na hora de repartir o bolo.
Tem a turma do nem nem, como Zema, Caiado e outros diabos menores.
Mesmo que as eleições no Brasil ainda estejam num retardado fieri, as vantagens naturais de quem está no poder, ou seja, Lula, se sobrepõem às analises ardilosas de pesquisas encomendadas pela banca.
isso fica claro que, em 2026, o substituto de Lula 3, será Lula 4. O resto são divagações sobre o crescimento da samambaia de direita.
A Quaest publicou hoje mais dados da pesquisa que realizou nos últimos dias, com oito cenários eleitorais para 2026.
Lula empata ou vence em todos.
Creio que isso seja um sinal importante de que o presidente, até pelo fato de estar no poder e ter controle da “máquina”, se mantenha como favorito para as eleições de 2026.
Se consideramos também que os indicadores econômicos permanecem sólidos, com previsão de crescimento do PIB para este ano e o próximo, desemprego em queda, contas públicas em ordem e inflação sob controle, tudo indica que o presidente deve iniciar sua campanha pela reeleição em situação bastante competitiva.
A pesquisa apurou o voto espontâneo, no qual o entrevistado precisa apontar seu candidato em 2026 sem que lhe seja apresentado previamente nenhum nome. O resultado é um pouco bizarro, com Lula e Bolsonaro pontuando apenas 11% e 9% respectivamente, o que sinaliza uma atmosfera de baixíssima temperatura política no país.
Difícil saber quem se beneficia com essa baixa temperatura, mas suponho que não deve ser ruim para o governo. Quando a temperatura política se eleva fora do período eleitoral, isso costuma significar crise política e insatisfação popular. Se tão pouca gente sabe em quem votar em 2026 (ou, o que me parece mais lógico, finge não saber, ou prefere não responder), é porque as coisas estão calmas.
O primeiro cenário para eventual segundo turno em 2026 traz o presidente Lula matematicamente empatado com Bolsonaro, com 41% para ambos, o que reflete a mesma divisão do país que vimos em 2022.
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O cenário 2, que prevê uma disputa entre Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, e Lula, no segundo turno, também traz igualmente um empate: 41% x 40%.
A pesquisa deixa claro ainda que a preferência do eleitorado bolsonarista, no caso de Jair não conseguir reverter a decisão que lhe cassou os direitos políticos, é por Michelle: 44% responderam que a preferem, contra apenas 17% para Tarcísio e 10% para Eduardo Bolsonaro.
Entre o eleitorado de direita (mas não identificado como bolsonarista), o maior grupo (32%) é formado pelos que defendem a candidatura de Tarcísio de Freitas.
Conclusão
Apesar da divisão das opiniões, a pesquisa Quaest reflete uma atmosfera de estabilidade política e normalidade democrática, o que não é ruim para quem está no poder.
O presidente Lula mantém suas chances para 2026, e a oposição já encontrou nomes fortes para substituir Jair Bolsonaro.
O avanço das investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, deve criar uma série de dificuldades para a oposição ao longo dos próximos meses. Em parte, a emoção gerada pelo processo nem é de todo ruim para os aliados de Bolsonaro, pelo engajamento que produz. Para uma oposição sem projeto nacional, o vitimismo pode ser uma oportunidade para construir uma campanha baseada exclusivamente nisso. Mas no geral será ruim para a direita, ainda mais agora que seu ídolo internacional, o presidente americano Donald Trump, está cada vez mais enfiando os pés pelas mãos com seu caos tarifário.
A pedido de vários leitores que, com razão, reclamavam que o excesso de anúncios atrapalhavam ou mesmo impediam a leitura das matérias.
Pois bem, como prometido, o Antropofagista achou por bem, como podem observar, retirar a monetização para que as matérias sejam acessadas sem qualquer obstáculo que as publicidades produzem, trazendo assim, uma outra brisa ao blog.
Logicamente que os custos para a manutenção do blog ficaram prejudicados.
Nesse sentido, pedimos aos leitores que contribuam com qualquer valor para que possamos nos dedicar à produção de matérias e análises mais necessárias do que nunca nesse momento em que a mídia industrial joga pesadamente contra o governo Lula com manipulações em prol da extrema direita.
Esperamos que gostem do novo formato, mais dinâmico e objetivo que facilita a leitura de todos. E que nos apoiem nessa nova etapa.
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Presidente brasileiro também receberá título de doutor honoris causa na Universidade de Paris 8.
O presidente Lula chegou à França nesta quarta-feira (4), por volta das 08h30 da manhã (horário de Brasília), com o objetivo de aprofundar a relação entre os dois países. Trata-se da primeira visita de Estado de um presidente brasileiro ao país em 13 anos, e da segunda visita do presidente Lula ao país.
A programação inclui encontros com o presidente francês, Emmanuel Macron, além de atividades econômicas, culturais e acadêmicas, e cerimônias oficiais que simbolizam o estreitamento da parceria estratégica entre Brasil e França.
Lenço Palestino Assim que desembarcou na capital francesa de Paris, Lula foi recebido com festa por brasileiros.
Um detalhe na recepção chamou a atenção: o presidente recebeu e vestiu um keffiyeh, lenço considerado um símbolo da luta do povo palestino. O gesto ocorre um dia após o mandatário reforçar duras críticas ao genocídio praticado pelo governo de Israel na Faixa de Gaza.
Em coletiva a jornalistas nesta terça-feira (3), o presidente voltou a subir o tom contra o governo de Israel e afirmou que o que vem acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, mas sim um genocídio praticado pelas forças israelenses contra o povo palestino
“O que está acontecendo em Gaza não é uma guerra, é um exército matando mulheres e crianças. Você não pode a pretexto de encontrar alguém, matar mulheres e crianças, deixar crianças com fome (…) É exatamente por conta do que o povo judeu sofreu na sua história que o governo de Israel deveria ter bom senso e humanismo no trato com o povo palestino. Eles se comportam como se o povo palestino fosse cidadão de segunda classe. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer o Estado palestino aqui na América do Sul”, afirmou o presidente.
PALESTINA E ISRAEL | “O que está acontecendo na Faixa de Gaza é um genocídio”, afirmou o presidente @LulaOficial, em conversa com jornalistas nesta terça-feira (3/6). “O governo de Israel deveria ter bom senso e humanismo no trato com o povo palestino”, afirmou o presidente. pic.twitter.com/1xFYcJo9Yv
As manchetes, sobretudo as do Globo anunciando a pesquisa Quaest, são hecatômbicas contra Lula.
A torcida dos Marinho contra o governo Lula em apoio aos agiotas da Faria Lima, é rastejante.
Alguns pontos importantes dessa pesquisa
Se o impacto do escândalo envolvendo fraudes no INSS foi um dos fatores citados como agravantes contra Lula, a mídia está manipulando descaradamente mais gente em favor dos golpistas.
Sem surpresa. É do DNA dos Marinho apoiar golpe no Brasil.
Em certa medida, isso é algo a ser comemorado pelo PT por não ser o roubo do INSS uma conta a ser paga pelo governo atual, mas pelo de Bolsonaro, como já se sabe que os mesmos pilantras do esquema de propina por dose da vacina Covaxin, contra a Covid, com o governo Bolsonaro, como denunciou a CPI, é que estão na cabeça dessa fraude do INSS no mesmo governo Bolsonaro.
Na pesquisa publicada nesta quarta (4), apenas 8% dos entrevistados sabem que o esquema vem do governo Bolsonaro. 31% por manipulação da mídia acham que é culpa do governo Lula.
A avaliação geral é negativa para 43% dos entrevistados, regular para 28%, e positiva para 26%. Ou seja, a negativa é inferior mais de 10% ao médio e bom que somam 54%.
Caiu de 56% para 48% a parcela que acredita que a situação econômica piorou. A conclusão é a de que, para a maioria dos brasileiros os resultados concretos da melhoria econômica começam a chegar no cotidiano.
A preocupação com preços de alimentos, combustíveis e contas básicas também recuou.
A avaliação positiva e negativa ficou dentro da margem de erro, Nesse quesito nada mudou.
No sentido restrito do termo, a coisa até que melhorou de maneira razoável para o governo e para a reeleição de Lula.
Durante entrevista à imprensa, Lula classificou como “inadmissível” a tentativa de autoridades estrangeiras influenciarem decisões da Suprema Corte brasileira e disse que a atitude de Eduardo Bolsonaro é “antipatriótica” e “terrorista”.
“O que é lamentável é que um deputado brasileiro, filho do ex-presidente, está lá a convocar os Estados Unidos a se meter na política externa do Brasil. Isso é grave. É uma prática terrorista, uma prática antipatriótica”, afirmou Lula.
Lula criticou o que considera um movimento de submissão política. “O cidadão que é deputado pede licença do seu mandato para ficar tentando lamber as botas do Trump e de assessores do Trump, pedindo intervenção na política brasileira. Não é possível aceitar isso”, disse.
O presidente também aproveitou para repreender o posicionamento recente do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que enviou um ofício ao Ministério da Justiça brasileiro questionando decisões judiciais que resultaram no bloqueio de redes sociais americanas no Brasil. Segundo o governo brasileiro, o documento tem caráter meramente informativo e não implicará em ações concretas.
Lula chama Eduardo Bolsonaro de lambe botas do Trump, olha essa joelhada voadora. pic.twitter.com/ZSRtr5U8rw
O estudo publicado na The Lancet Public Health em 29 de maio de 2025, intitulado “Health impacts of a national condicional cash transfer program on the Brazilian Population: a Synthetic Control and Microsimulation Study, 2004–19”, limitado por Rômulo Paes (Fiocruz), Daniella Cavalcanti (UFBA), Davide Rasella (Universidade de Barcelona) e outros, oferece uma análise detalhada do impacto do Programa Bolsa Família na saúde pública brasileira. Vou detalhar a metodologia e os dados por faixa etária, conforme solicitado.
Metodologia do Estudo O estudo combina duas abordagens principais para avaliar o impacto do Bolsa Família entre 2004 e 2019:
Método de Controle Sintético: Objetivo: Estimar o impacto causal do programa em indicadores de saúde, como mortalidade e internações hospitalares.
Procedimento: Comparar municípios brasileiros com alta cobertura do Bolsa Família (acima de 70% das famílias elegíveis atendidas) com um “contrafactual” sintético, ou seja, um grupo de controle construído a partir de dados de municípios com características socioeconômicas semelhantes, mas sem o programa ou com baixa cobertura.
Variáveis provadas: Mortalidade geral, mortalidade infantil (menores de 5 anos), mortalidade em idosos (acima de 70 anos) e internações hospitalares evitáveis (por condições sensíveis à atenção primária, como doenças preveníveis por vacinação ou acompanhamento médico).
Fonte de dados: Dados do Ministério da Saúde (DATASUS), Cadastro Único, e outros registros administrativos de 3.671 municípios, cobrindo mais de 87% da população brasileira.
Objetivo: Projeção dos efeitos passados e futuros do programa. Procedimento : Modelos estatísticos foram usados para simular o impacto do Bolsa Família em diferentes cenários, incluindo manutenção, expansão ou redução do programa até 2030. Isso permitiu estimar mortes e internações evitadas (ou adicionais, em caso de cortes).
Parâmetros: Inclui variáveis como cobertura do programa, adesão às condicionalidades (vacinação, consultas pré-natais, frequência escolar) e indicadores socioeconômicos (pobreza, desigualdade, acesso ao SUS).
Período de análise: 2004 a 2019, abrangendo o início e a consolidação do Bolsa Família, antes das mudanças significativas durante o governo Bolsonaro (como a substituição pelo Auxílio Brasil). Indicadores de saúde :
Internações: Redução de internações por condições sensíveis à atenção primária, como infecções respiratórias, diarreia e desnutrição.
Dados Específicos da Faixa Etária
O estudo destacou aspectos diferenciados por grupos etários, com resultados mais expressivos em crianças menores de 5 anos e idosos acima de 70 anos:
Crianças menores de 5 anos Redução da mortalidade infantil: O Bolsa Família foi associado a uma redução de 33% na mortalidade infantil em municípios com alta cobertura. Isso deve às condicionalidades do programa, como:
Vacinação obrigatória: Reduziu mortes por doenças preveníveis, como sarampo e coqueluche.
Acompanhamento pré-natal e pós-natal: Melhorou a saúde materna e neonatal, com complicações no parto e desnutrição.
Acesso a alimentos: A transferência de renda permitiu melhor nutrição, proporcionando casos de desnutrição graves.
Impacto quantitativo: Estima-se que cerca de 250 mil mortes infantis foram evitadas no período, representando uma parcela significativa das 713 mil mortes totais evitadas.
Idosos acima de 70 anos: Redução de internações: O programa reduziu internações hospitalares em 48% nessa faixa etária, especialmente por condições como diabetes, hipertensão e infecções respiratórias.
Mecanismo: A renda extra permite acesso a medicamentos, consultas regulares e melhores condições de vida (alimentação e moradia). Além disso, o acompanhamento de saúde exigido pelo programa incentivou a prevenção.
Impacto quantitativo: Aproximadamente 200 mil mortes de idosos foram evitadas, com cerca de 3,5 milhões de internações prevenidas.
População geral:
Mortalidade total: O estudo estimou que o Bolsa Família evitou 713 mil mortes no período de 2004 a 2019. Isso inclui mortes por causas evitáveis, como doenças infecciosas, desnutrição e complicações de doenças crônicas não tratadas.
Internações: Foram evitadas 8,2 milhões de internações hospitalares , com destaque para condições sensíveis à atenção primária, que poderiam ser prevenidas com acesso regular à saúde. Projeções Futuras (até 2030)
Expansão do programa: Se o Bolsa Família for ampliado para cobrir mais famílias elegíveis (mantendo condicionalidades), poderia evitar 683 mil mortes e 8 milhões de internações até 2030.
Redução ou desmonte: Um cenário de cortes no programa (como ocorreu parcialmente com o Auxílio Brasil) poderia resultar em 1,5 milhão de mortes adicionais e 15 milhões de internações no mesmo período, devido à perda de acesso a serviços de saúde e renda.
Detalhes Adicionais Custo-benefício: O programa custa cerca de 0,5% do PIB (em 2023, cerca de R$ 14 bilhões anuais para 20,5 milhões de famílias), mas gera economias significativas no SUS ao reduzir internações e mortes.
Integração com o SUS: O Bolsa Família potencializa o impacto do Sistema Único de Saúde, pois as condicionalidades garantem maior adesão a programas de saúde preventivos.
Desigualdades regionais: O impacto foi maior em regiões mais pobres, como Norte e Nordeste, onde a cobertura do programa atingiu até 80% das famílias elegíveis em alguns municípios.
Fontes e Validação Os dados foram extraídos de reportagens confiáveis ( Agência Gov , Folha de S.Paulo , Brasil de Fato , Fiocruz ) e do artigo original na The Lancet Public Health. A metodologia de controle sintético e microsimulação é robusta, amplamente aceita em estudos de impacto de políticas públicas, e os dados do DATASUS garantem alta confiabilidade.
Dados: Mortes evitadas: 250 mil (crianças), 200 mil (idosos), 263 mil (outras faixas, calculadas como 713 mil – 250 mil – 200 mil).
Internacionais evitadas: 3,5 milhões (idosos), 4,7 milhões (outras faixas, calculadas como 8,2 milhões – 3,5 milhões). Para crianças, não há dados específicos de internações no estudo, então foi atribuído 0 para simplificação.
O presidente Lula sancionou a lei que concede reajustes salariais aos servidores públicos federais do Executivo e reestrutura diversas carreiras do funcionalismo. O texto foi publicado nesta terça-feira (3) no Diário Oficial da União e oficializa os acordos firmados entre o governo e as categorias no ano passado. Veja a íntegra da lei.
A proposta foi inicialmente editada como Medida Provisória (MP 1286/24) em 2024 e aprovada pelo Congresso Nacional em maio deste ano, após tramitar como o Projeto de Lei 1.466/2025.
Impacto no orçamento e etapas de reajuste
De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o impacto da nova lei será de R$ 73,9 bilhões até 2027.
R$ 17,99 bilhões em 2025
R$ 26,76 bilhões em 2026
R$ 29,17 bilhões em 2027
Os aumentos ocorrerão em duas etapas:
Primeira parcela já em vigor, com efeito retroativo a janeiro de 2025 Segunda parcela a ser paga em abril de 2026 O governo calcula um reajuste médio de 27% entre 2023 e 2026 para o conjunto dos servidores. No ano passado, os servidores haviam recebido um reajuste de 9%, após anos de congelamento salarial. Entre 2017 e 2022, a inflação acumulada foi de cerca de 31,3%, enquanto a maioria das categorias não obteve reajustes no período.
Quem será beneficiado?
Para as categorias sem acordo formal com o governo, o reajuste padrão será de:
9% em 2025
9% em 2026
Para carreiras com subsídios já elevados, como diplomatas, auditores do Banco Central e auditores de Finanças e Controle, o reajuste será de 23% em dois anos.
Em fim de carreira, por exemplo, os subsídios passarão de R$ 29.832 para R$ 36.694 em 2026.
Cargos em comissão e funções de confiança também terão aumentos, que variam de 9% para os níveis mais baixos a 69% para os níveis mais altos, que passarão de R$ 18,8 mil para R$ 31,9 mil até 2026.
Novas carreiras e reestruturações
A lei também cria novas carreiras, com o objetivo de modernizar a administração pública e tornar os cargos mais atrativos para profissionais qualificados:
Carreira de Desenvolvimento Socioeconômico
Carreira de Desenvolvimento das Políticas de Justiça e Defesa
Carreira de Fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
O governo argumenta que a reestruturação permitirá melhor gestão dos órgãos, com racionalização das carreiras e alocação mais eficiente de pessoal. No caso das Instituições Federais de Ensino, também foram criados dois novos cargos para adequar os quadros às demandas atuais.
Além disso, cargos efetivos vagos serão transformados em novas posições, cargos em comissão e funções de confiança.
O projeto oficializa 38 acordos firmados pelo governo em 2024 com diferentes categorias de servidores entre elas técnicos, professores e carreiras estratégicas com reajustes superiores à inflação acumulada em muitos casos.
Os valores já estão contemplados na Lei Orçamentária de 2025, o que garante previsibilidade orçamentária para a execução dos aumentos.