Mauro Cid

Cada um siga a sua vida

Tudo indica que as labaredas de fogo, que saíram da boca de Mauro Cid, na delação, têm um poder incendiário de ferocidade canibalesca contra Bolsonaro.

Vincado até aqui à imagem de Bolsonaro, o que se diz é que, um sorriso de canto de boca de Cid, depois da frase proferida por Bolsonaro em entrevista, “cada um siga a sua vida”, fez Mauro Cid tirar da sacola sua trombeta e, numa delação preliminar, estampar com cores vivas, crimes capazes de azedar o fígado de qualquer civilização.

Bolsonaro, todos sabem, tem como especialidade jogar nos ombros dos outros os escombros de suas armações. Mudam-se os moldes, mas não o padrão que Bolsonaro usou em suas ações, de forma interminável, durante toda a sua vida política. Fez isso, inclusive, com os filhos em seu mercado de rachadinhas, formação de quadrilha e peculato.

Com o primogênito Flávio, só para dar um exemplo, assumiu para si a paternidade de Queiroz e de todo o esquema montado por Bolsonaro.

Flávio age o tempo todo como um político figurativo, uma espécie de espelho do próprio pai, e não se sente ofendido quando alguém aponta isso.

Na verdade, todos os filhos de Bolsonaro usaram essa etiqueta panfletária para se elegerem com grande margem de votos. Ou seja, é uma prática absolutamente amadurecida que Bolsonaro opera com seus pares.

Mas parece que, com Mauro Cid a coisa fedeu e a mentira, que é outro produto de Bolsonaro, enfrentará um coeficiente pessoal do ex-ajudante de ordens, que se chocou frontalmente com Bolsonaro, ao estilo do velho patrão.

Trocando em miúdos, os próprios, Cid e Bolsonaro se transformaram em adversários.

Enquanto Mauro Cid sai da cadeia, Bolsonaro entra.

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Joias: PGR aposta que Cid tem provas físicas contra Bolsonaro

Novas evidências motivariam atropelo de Moraes a Aras; promotores se dizem aborrecidos.

A Polícia Federal e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, aceitaram e homologaram o acordo de delação, libertando o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, em menos de 48 horas. Essa rapidez, segundo procuradores da República, deve significar que o tenente-coronel tem mais do que palavras a oferecer.

A aposta é que Cid tem provas materiais contra Bolsonaro no desvio e recompra dos relógios presenteados por autoridades estrangeiras. O militar teria apresentado uma amostra do que pode vir a Moraes, que aceitou a evidência. A avaliação é que só a palavra de Cid não bastaria.

Essas potenciais provas justificariam o atropelo do ministro do STF à Procuradoria-Geral da República. A falta de comunicação com os promotores, sobretudo com o procurador-geral Augusto Aras, não pegou bem nos prédios do Ministério Público.

Aras usou o Twitter para afirmar que a PGR não aceita delações conduzidas pela PF, como foi o caso do acordo de Cid. O PGR ainda comparou o caso a delações feitas pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que depois sofreram questionamentos e não renderam condenações.

Aborrecidos, promotores disseram em reserva ao blog que a ação de Moraes “desprestigia” a PGR. Prestigio este que cada vez se torna menor desde o auge da Lava Jato, em 2015.

Moraes homologou no sábado (09/09) o acordo de delação premiada proposto pela defesa de Mauro Cid e concedeu liberdade provisória ao tenente-coronel. Ele deve usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair de casa depois das 20h.

*Blog do Noblat

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Família Bolsonaro está ‘totalmente no escuro’ sobre delação de Mauro Cid

Desconhecimento do conteúdo de eventuais revelações do ex-ajudante de ordens deixa o ex-presidente e seus filhos em silêncio.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, sua mulher Michelle e os filhos Flávio, Eduardo e Carlos se calaram diante da proposta de delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que por quatro anos serviu o casal na Presidência da República e teria muito segredos a revelar, segundo Hugo Marques, Veja.

Bolsonaro postou hoje mensagem religiosa nas redes sociais, proferidas durante um discurso. “E três pequenas frases que mais ouço quando estou no meio do povo: ‘não desista, Deus te abençoe, estamos orando por você’. Muito obrigado a todos”, diz Bolsonaro no discurso reproduzido nas redes, que teria relação com sua internação. Amanhã o presidente deve passar por nova cirurgia na barriga.

O senador Flavio Bolsonaro preferiu divulgar mensagens com críticas ao presidente Lula. Na sexta-feira, Flavio publicou foto junto com o pai e o jogador Neymar, fazendo referência aos períodos de dificuldades. “Contra tudo e contra todos!!! Fazendo história mais uma vez! Parabéns, super campeão!”, escreveu Flávio.

O deputado Eduardo Bolsonaro também tem dado prioridade a mensagens com críticas ao governo Lula. O vereador Carlos Bolsonaro também divulgou mensagens com críticas à viagem de Lula à Índia e outras sobre a disputa eleitoral em São Paulo.

O silêncio da família está relacionado à falta de conhecimento do teor da proposta de delação de Mauro Cid, que deixou a prisão neste sábado, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Um dos interlocutores da família Bolsonaro disse a VEJA que todos estão “totalmente no escuro” sobre o conteúdo da delação de Cid.

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Defesa de Cid cita risco ao militar e à família caso ele continuasse preso

Em pedido aceito por Moraes, advogado afirma que deslocamentos, como para depoimentos, poderiam desencadear ‘uma série de especulações’.

Na decisão em que concedeu liberdade ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, destacou um trecho do pedido apresentado pela defesa do militar em que cita o risco de mantê-lo preso por mais tempo no Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília. A soltura de Cid foi determinada neste sábado, quando também homologou um acordo de delação premiada do ex-auxiliar de Bolsonaro, segundo O Globo.

Segundo o defensor Cezar Bitencourt, todos os deslocamentos de Cid enquanto estivesse na prisão, como por exemplo para prestar depoimentos à Polícia Federal, precisaria ser requisitado ao Comando do Exérito, o que poderia desencadear uma “série de especulações”.

“Preso, é necessário requisitá-lo ao Comando do Exército, acionar todo o aparato estatal para deslocá-lo, desencadeando uma série de especulações que lhe colocam em risco, o que também é estendido a sua família”, diz trecho da petição da defesa.

Cid, que é tenente-coronel da ativa do Exército, estava preso desde o dia 3 de maio e é alvo de suspeitas que envolvem fraude em cartões de vacinação, venda irregular de presentes dados ao governo brasileiro e tramas para um possível golpe de estado no país.

No pedido de liberdade aceito por Moraes, a defesa de Cid destacou que o tenente-coronel não tem antecedentes criminais, possui endereço fixo e é militar. Além disso, destacou que, mesmo em liberdade, poderá continuar contribuindo com a investigação sem ser monitorado e com “menor complexidade”.

A defesa de Cid afirmou ainda que, afastado qualquer risco de comprometimento da investigação, os fundamentos que justificavam sua prisão não existiam mais após quatro meses de prisão.

Moraes acatou o pedido da defesa e concedeu liberdade ao tenente-coronel, mas com algumas condições, como utilizar tornozeleira eletrônica, a proibição de sair de casa à noite e se comunicar com outros investigados nos casos dos quais é alvo.

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Arquivos no celular de Mauro Cid revelam detalhes sobre venda e recompra de joias nos EUA

Um contato de telefone na agenda do tenente-coronel Mauro Cid reforçou a suspeita de investigadores da Polícia Federal (PF) de que ele tenha feito uso de uma viagem oficial aos Estados Unidos para negociar a venda de relógios e joias presenteados a Jair Bolsonaro (PL) por autoridades estrangeiras e que deveriam ser incorporadas ao patrimônio da União, mas que o ex-mandatário tentou se apropriar. Arquivos armazenados na nuvem do celular do ex-ajudante de ordens da Presidência mostram que no dia 14 de junho de 2022 ele registrou em seu aparelho um número associado ao Mark Miami Diamond Club, joalheria especializada na venda de joias e relógios localizada em Miami, na Flórida, segundo o 247.

Segundo o jornal O Globo, a data em que o registro do contato da loja foi incluído na agenda do celular coincide com o período em que Cid estava nos Estados Unidos, após acompanhar Bolsonaro para a reunião da Cúpula das Américas, em Los Angeles, na Califórnia. Bolsonaro viajou para os EUA no dia 8 de junho e, após participar do evento, liderou uma motociata com apoiadores em Orlando, na Flórida, no dia 11 daquele mês. “Bolsonaro voltou ao Brasil naquele mesmo dia. Cid, entretanto, ficou”, ressalta a reportagem.

De acordo com a PF, o militar passou os dias seguintes indo a diversas joalherias na tentativa de vender os presentes de luxo recebidos por Bolsonaro. A investigação aponta, por exemplo, que no dia 13 de junho, ele esteve em um shopping da Pensilvânia, onde vendeu dois relógios – um Rolex e um Patek Philippe – recebidos por Bolsonaro por mais de R$ 300 mil.

Ainda conforme a reportagem, a investigação apontou também que Cid enviou o endereço da mesma loja ao segundo-tenente Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro, em março deste ano, quando tentavam reaver os relógios e devolvê-los, como determinado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Nos registros do aparelho celular de Mauro Cid também aparecem imagens de malas, objetos empacotados e presentes recebidos pela Presidência em viagens oficiais, alguns dos quais foram solicitados de volta pelo Ministério Público junto ao TCU, como uma réplica do Palácio Taj Mahal, uma escultura de cavalo prateada e um sol esculpido em um quadro de ossos de camelo. Apenas estes itens foram avaliados em cerca de R$ 75,6 mil.

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Bolsonaro e auxiliares estão no escuro sobre delação de Mauro Cid

Polícia Federal aceitou proposta de acordo de delação premiada feita pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus auxiliares mais próximos dizem, nos bastidores, estarem no escuro sobre a proposta de delação premiada feita pelo tenente-coronel Mauro Cid, diz, Igor Gadelha, Metrópoles.

Conforme o blog da jornalista Andreia Sadi revelou e o Metrópoles confirmou, a Polícia Federal aceitou um acordo de delação com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Ainda não foi divulgado, porém, sobre que temas Cid estaria disposto a falar. O militar é investigado em uma série de temas, entre eles, os casos das joias e da falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19.

Nos bastidores, Bolsonaro e auxiliares dizem não saber detalhes. A principal suspeita de bolsonaristas é de que a delação do militar estaria relacionada ao inquérito sobre a falsificação dos certificados de vacina.

Ao longo da tarde de quinta-feira (7/9), aliados e auxiliares do ex-presidente da República tentaram insistentemente contato com a defesa e com diferentes familiares de Mauro Cid, mas não tiveram retorno.

Apesar de admitirem não terem informações concretas sobre a delação, Bolsonaro e seus auxiliares combinaram de reforçar o discurso publicamente de que “não há o que Cid delatar”.

 

Polícia Federal fecha acordo com Mauro Cid para delação premiada

Mauro Cid é investigado em uma série de operações da Polícia Federal, entre elas, a que apura venda ilegal de joias da Presidência da República.

A Polícia Federal aceitou o acordo de delação premiada oferecido pela defesa de Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada pela Globo News e confirmada pelo Metrópoles nesta quinta-feira (7/9).

O militar é investigado em uma série de operações da Polícia Federal. Entre elas, a que apura a venda ilegal de joias e outros objetos do acervo da Presidência da República durante a gestão do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

A expectativa de que Cid faça uma delação se intensificou após o advogado Cezar Roberto Bitencourt assumir a defesa do militar, em agosto.

Agora, após a confirmação da PF, cabe ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) darem o aval e analisarem as condições para que o acordo seja firmado.

A reportagem do Metrópoles procurou a defesa de Mauro Cid para tratar sobre o assunto, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Em nota, a Polícia Federal afirmou que não se manifestará sobre o assunto, “considerando o sigilo das investigações e o bom andamento dos trabalhos de polícia judiciária”.

O ex-ajudante de ordens está preso, suspeito de envolvimento em um esquema de fraude nos cartões de vacinação de familiares e do ex-presidente.

Bolsonaro, o amigo da onça: Cid diz que Bolsonaro o arrastou para a lama

Enquanto todos comemoram hoje o dia do amigo, num áudio, compartilhado nas redes, aparece Mauro Cid dizendo a Fabio Wajngarten, que seu amigo Bolsonaro o arrastou para a lama.

Todos sabem que uma das marcas de Bolsonaro, é a traição, sobretudo com “amigos” que caíram em desgraça para defender Bolsonaro fora dos canais oficiais.

A conversa de Cid com Wajngarten, o ex-ajudante de ordens, no popular, diz que Bolsonaro é um mega alemão, Wajngarten concorda com ele.

´É o preço que se paga por andar com e dar cobertura a ratos.

Ora, o capitão foi expulso das Forças Armadas por ameaça de atos terroristas, prometendo espalhar bombas pelos quartéis e explodir a estação de tratamento de água do Guandu, que abastece a cidade do Rio de Janeiro, recebeu como condecoração um manifesto do comando do exército, espalhado nos quartéis, alertando os soldados para não se misturarem com Bolsonaro.

A previsão estava correta, fora da cadeia, que é seu lugar de mérito, Bolsonaro abusou da trairagem com seus supostos amigos, Daniel Silveira que o diga, assim que foi preso, Bolsonaro o colocou na banca de promoção, de forma fria e calculada, e seu nome nunca mais foi balbuciado por Bolsonaro.

É o mérito dos super heróis que Bolsonaro criou para lhe servir de cães de guarda.

Certamente, o facínora que presidiu o Brasil nos últimos quatro anos, achava-se indestrutível, mas, na verdade, acabou entregando na bandeja a cabeça dos que o julgavam amigo. Bastava cair em desgraça que Bolsonaro nem consultava uma segunda opção, dizia que a ajuda estava longe de seu alcance para fazer frente com o judiciário e atirava seus aliados aos leões o mais rápido possível.

Lógico, sua memória deletava o “compadre” fiel .

Mauro Cid não é um traído exclusivo, muitos foram arrastados para a lama, outros foram enterrados por ela na horizontal, deixando claro que uma legião de tolos, que deu a Bolsonaro crédito de amigo, mesmo sem confessar publicamente, hoje, como Mauro Cid, está arrependida.

Bolsonaro nunca foi amigo de ninguém, sempre foi amigo da onça.

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Ex-funcionário do Planalto diz que Mauro Cid sempre tratava presentes de Estado como bens pessoais de Bolsonaro

Ex-braço-direito sempre dizia que itens recebidos eram personalíssimos – o que permitiria ao mandatário levá-los quando deixasse o cargo, afirma Marcelo Vieira, ex-chefe do gabinete de documentação histórica.

Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tratava todos os presentes recebidos ao longo do governo como personalíssimos – ou seja, de propriedade privada do ex-presidente, segundo Andreia Sadi, G1 .

A afirmação é do gabinete de documentação histórica da Presidência da República, Marcelo da Silva Vieira, em entrevista exclusiva ao Estúdio i, da GloboNews.

“O Cid já chegava dizendo que aquilo era personalíssimo. E eu falava assim: ’pelo amor de Deus, isso não é personalismo”, afirmou Vieira. “Passei quatro anos explicando isso para ele. E ele continuou. eu não sei se ele não entendia ou se entrava por um ouvido e saía pelo outro.”

Questionado sobre se Cid tinha uma visão distorcida sobre o que era personalíssimo ou não, Vieira se reserva a dizer que “ele tinha a interpretação dele”.

O que são itens personalíssimos
Os itens personalíssimos são aqueles que o presidente pode usar enquanto está no cargo e pode levar consigo quando deixar o cargo. Normalmente, são itens de menor valor ou de consumo, como roupas, alimentos e perfumes.

Itens de valor, como os relógios de luxo e outros itens de valor, pertencem à União e não podem ser levados pelos mandatários quando deixam o cargo.

A Polícia Federal espera que Mauro Cid conte o que ela ainda não sabe

Jogo que segue sem data para acabar

No último dia 5 de março, em mensagens trocadas por celular com Fabio Wajngarten, dublê de advogado e assessor de imprensa de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordem do único presidente derrotado ao tentar se reeleger, deixou claro que sabia da ilegalidade do desvio das joias milionárias sauditas.

Sabia que eram bens de interesse público, e que se fizessem parte legalmente do acervo pessoal de Bolsonaro, a União teria direito de preferência para a aquisição no caso de venda. Bolsonaro surrupiou as joias sem mais nem menos, vendeu-as nos Estados Unidos e recomprou-as quando o crime foi descoberto.

Foi Mauro Cid que contou em depoimento à Polícia Federal que sabia da falta de base legal para a operação de venda e recompra das joias? Afinal, ele já falou à polícia mais de 24 horas, e seu advogado diz que colabora com as investigações. Não, não foi ele que contou. Mauro Cid confirmou apenas o que a polícia já sabia.

É verdade que o militar preso desde o início de maio tem cantado como um passarinho que parecia ser mudo. Mas também é verdade que a maioria das coisas que cantou, a Polícia Federal estava cansada de saber. Vai ter que cantar o que ela desconhece se quiser negociar uma delação premiada, o que reduziria sua pena.

Mauro Cid e seu advogado afirmam que a delação premiada está fora de cogitação. Um militar honrado não delata, muito menos o seu superior. Conversa mole! Delata sim, ou pode delatar em troca de menos anos de cadeia. Tanto mais se ele não for o único a ser punido caso escolha permanecer em silêncio.

O pai de Mauro Cid, um general, pagará caro pelo silêncio do filho. A mulher de Mauro Cid, também. Há mensagens golpistas dela no celular do marido. Ela sabia da falsidade do certificado de vacinação contra a Covid-19 que lhe garantiu livre trânsito nos Estados Unidos, afastando o risco de ser recambiada para o Brasil.

Mauro Cid ainda não abriu a guarda para cantar o que a Polícia Federal espera ouvir. A Polícia Federal ainda não abriu a guarda para revelar o que de fato sabe a respeito de Mauro Cid. Jogo que segue, sem data para terminar. Mauro Cid é o maior interessado em que acabe logo. Quer ir para casa nem que seja de tornozeleira.

*Blog do Noblat

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