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Política

Mauro Vieira: caracterizar ação da África do Sul contra Israel como antissemitismo é ‘mudar o assunto’

Ministro das Relações Exteriores do Brasil saiu em defesa do posicionamento do governo Lula sobre ação que acusa Israel por genocídio em Gaza.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, defendeu a posição do Brasil em apoiar a ação movida pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça perante o genocídio em Gaza e afirmou, diante das críticas e ataques o governo brasileiro tem sido alvo, que “tentar caracterizar o processo como manifestação de antissemitismo é uma forma desafortunada de tentar mudar de assunto”.

Além disso, classificou tais tentativas como “uma forma desafortunada de questionar a legitimidade da democracia multirracial do Sul Global”. As afirmações foram feitas em um artigo de opinião do chanceler veiculado no jornal Folha de S. Paulo, publicado neste sábado (20/01).

Vieira escreveu sobre seu “acompanhamento com vivo interesse” sobre esse debate, lembrando que como o Brasil, 65 países se manifestaram a favor da ação sul-africana em proteção da população palestina. Ainda ressaltou que o simples “apoio político não prejudica” as decisões da Corte sobre o futuro do processo contra o governo israelense.

Assim, lembrou que o Brasil apoia o processo diante do direito internacional em Gaza e um “número alarmante de vítimas civis”, que já chegaram a 25 mil, sendo 70% mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde palestino.

“Diante da grave situação no terreno, que inclui cifras alarmantes de 142 funcionários de agência humanitária das Nações Unidas e cerca de 100 jornalistas entre os mortos, parece-nos fundamental que o principal órgão judiciário da ONU se manifeste”, instou.

O ministro do presidente Lula ainda lembrou que “evitar o risco do genocídio ao pedir a suspensão imediata das operações militares dentro e contra Gaza” podem trazer alívio humanitário em meio ao conflito.

Rebatendo argumentos de que a posição do governo brasileiro poderia comprometer sua posição como suposto mediador do conflito, o chanceler afirma que essas afirmações “partem da suposição equivocada de que o Brasil é candidato a ser uma espécie de mediador universal. Essa pretensão não existe e não é realista”, declara.

Vieira ainda escreve sobre o posicionamento ser “coerente e consistente na política externa brasileira”, reconhecendo “coragem e altivez” do governo em se posicionar a favor “dos direitos fundamentais” do povo palestino.

Vieira ainda adiciona que o apoio do Brasil à ação sul-africana não exclui o entendimento de que “Israel tem o direito de defender e proteger seus de cidadãos”, mais uma vez condenando “os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro”.

*Opera Mundi

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Mundo

Lula se reúne com Mauro Vieira para debater situação do Equador

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá se reunir nesta quarta-feira (10) com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir a crescente crise de segurança no Equador. A reunião deverá ocorrer no Palácio da Alvorada, em Brasília.

De acordo com informações obtidas pela GloboNews, Mauro Vieira já iria ao local para participar de uma videoconferência com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. O compromisso, que não havia sido divulgado previamente, foi confirmado à reportagem por fontes no Itamaraty.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá se reunir nesta quarta-feira (10) com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir a crescente crise de segurança no Equador. A reunião deverá ocorrer no Palácio da Alvorada, em Brasília.

De acordo com informações obtidas pela GloboNews, Mauro Vieira já iria ao local para participar de uma videoconferência com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. O compromisso, que não havia sido divulgado previamente, foi confirmado à reportagem por fontes no Itamaraty.

A crise no Equador foi desencadeada pela fuga do criminoso José Adolfo Macías, conhecido como “Fito”, líder da facção criminosa “Los Choneros”, nesta semana. Desde então, o país tem enfrentado uma onda de violência, com relatos de ao menos oito mortos e dois feridos até a noite da última terça-feira.

O Palácio do Planalto também teme que a escalada da violência atinja brasileiros que vivem no Equador e há indícios de que ao menos um brasileiro tenha sido sequestrado em Guayaquil. O caso está sendo acompanhado pelo Itamaraty.

 

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Mundo

Mauro Vieira diz que é ‘lamentável’ e ‘moralmente inaceitável’ ONU não conseguir acordo sobre conflito entre Israel e Hamas

Presidência brasileira do Conselho de Segurança chegou ao fim sem resolução sobre Oriente Médio.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta terça-feira que é “lamentável” e “moralmente inaceitável” que o Conselho de Segurança da ONU não tenha conseguido chegar a um acordo sobre o conflito entre Israel e Hamas.

— A estabilidade regional e internacional são essenciais para a prosperidade e desenvolvimento. Em outubro, ocupamos a presidência do Conselho de Segurança da ONU que coincidiu com os trágicos desenvolvimentos em Israel e na Faixa de Gaza, diz O Globo.

Mobilizamos todos os nossos esforços para reverter a paralisia do principal órgão do sistema multilateral em favor de uma solução para a alarmante situação humanitária na região. É lamentável, além de moralmente inaceitável, que uma vez mais o conselho de segurança não tenha conseguido estar à altura de seu nobre mandato.

A presidência brasileira do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) chegou ao fim na semana passada. A diplomacia do Brasil Brasil tentou, mas não conseguiu aprovar nenhuma resolução que pudesse levar o conflito entre Israel e o Hamas a um cessar-fogo ou à abertura de corredores humanitários para retirada das população civil da Faixa de Gaza.

Ao longo das últimas semanas, foram colocadas em votação no conselho diversas propostas, apresentadas, por exemplo, por Brasil, Estados Unidos e Rússia. Todas foram vetadas, sob diversas alegações. Mas não houve acordo para aprovação dentro do conselho.

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Mundo

Brasileiros ficam de fora de segunda lista para deixar a Faixa de Gaza

Na quarta-feira (1º) e quinta-feira (2), respectivamente, a primeira e a segunda listas foram divulgadas com as nacionalidades contempladas a deixar Gaza pela passagem de Rafah, na fronteira com o Egito.

Ao todo, as duas listas somam permissões para Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão, República Tcheca, membros da Cruz Vermelha e de ONGs, Azerbaijão, Barhein, Bélgica, Coreia do Sul, Croácia, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Macedônia, México, Suíça, Sri Lanka e Chade, segundo a CNN.

Além dos 367 norte-americanos liberados nesta sexta-feira, a segunda lista já havia autorizado a passagem de 400, em um total de 576 estrangeiros, segundo a embaixada.

Saída de brasileiros
Na tentativa de incluir o grupo de 34 brasileiros nas próximas levas de civis retirados da Faixa de Gaza, o chanceler Mauro Vieira telefonou nesta quinta-feira (2) à tarde para o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry.

Na conversa, segundo relatos feitos à CNN, Shoukry se comprometeu a “fazer gestões” amanhã para que os brasileiros sejam incluídos nas próximas listas.

A expectativa, no Itamaraty, era de que dificilmente esse contato telefônico entre os chanceleres tivesse efeitos práticos já nesta sexta-feira (3). Há esperança, porém, de que os brasileiros possam ser liberados de Gaza para o Egito em questão de dias.

Diplomatas brasileiros ouviram na quinta-feira, na sede do ministério em Jerusalém, que não há ingerência israelense na elaboração das listas e nem discriminação contra cidadãos do país.

Mais cedo, em entrevista à CNN, o embaixador Alessandro Candeas, chefe da representação do Brasil em Ramallah (Cisjordânia), disse que faltam “critérios claros” sobre as listas de autorizados a deixar Gaza pela passagem de Rafah. “Não há critério transparente. Nos parece relativamente aleatório”, afirmou Candeas.

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Mundo

Egito aceitou receber brasileiros de Gaza, diz ministro das Relações Exteriores

Expectativa é que brasileiros possam cruzar cruzar a fronteira neste sábado.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse nesta sexta-feira que o governo do Egito aceitou receber os brasileiros que estão na Faixa de Gaza em saída pela fronteira, ao sul do enclave. Segundo ele, a expectativa é que os brasileiros possam cruzar o local neste sábado.

— (Os brasileiros) sairiam neste ônibus, que os transportará amanhã. E, o que nós propusemos, é que saíssem e fossem levados para um aeroporto, uma localidade muito próxima da fronteira, onde um avião da Força Aérea Brasileira estará esperando.

O chanceler brasileiro falou sobre o assunto após reunião do Conselho de Segurança da ONU, que terminou sem acordo para aprovação de resolução ou comunicado.

De acordo com o Itamaraty, o Escritório de Representação do Brasil em Ramala “identificou cerca de 20 brasileiros”, na sua maioria mulheres e crianças, interessados em sua retirada da Faixa de Gaza. Parte deles permanece reunida em escola local, aguardando evacuação para o sul. A Embaixada em Tel Aviv solicitou formalmente ao Governo de Israel que não bombardeie a escola, diz O Globo.

A outra parte do grupo estaria, segundo informação do ministério, no Sul da Faixa de Gaza, para onde muitas pessoas se deslocam após o alerta de evacuação emitido pelas forças de Israel.

O Brasil contratou veículos para transporte dos brasileiros até a fronteira egípcia tão logo seja possível a passagem por Rafah, de acordo com o governo.

— A ideia do governo é de retirá-los o mais rápido possível (de Gaza) e embarcá-los o mais rápido possível (em avião da Força Aérea Brasileira) — acrescentou Mauro Vieira.

Desde quinta-feira, o governo brasileiro intensificou o esforço diplomático para tentar repatriar os brasileiros. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bem como Mauro Vieira e o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, buscaram interlocução junto a egípcios e israelenses para que os brasileiros saiam em segurança de Gaza.

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Rela;óes Exteriores

Novo chanceler, Mauro Vieira anuncia normalização das relações entre Brasil e Venezuela

Presidente Nicolás Maduro, no entanto, não pode vir à posse de Lula, pois só tem permissão de entrar no país em 1º de janeiro.

O futuro ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (14) que o Brasil irá restabelecer as relações com a Venezuela. “O presidente me instruiu a restabelecer as relações com a Venezuela e com o presidente [Nicolás] Maduro a partir do dia 1º”, informou.

O chanceler anunciado por Lula na última sexta-feira também anunciou dois nomes para o Itamaraty: Maria Maura Rocha para secretária-geral, o cargo mais importante depois do ministro, e Ricardo Monteiro como seu chefe de gabinete.

Maduro na posse

Em relação à presença do presidente venezuelano na posse de Lula, Vieira disse crer que não seria possível, uma vez que Maduro teria que entrar no País antes do dia 1º de janeiro, data da cerimônia. Uma portaria assinada por Jair Bolsonaro em 2019 proíbe a entrada de autoridades venezuelanas no Brasil e reconhece Juan Guaidó como chefe de estado legítimo do país.

Segundo nota da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, ministros de Jair Bolsonaro acreditam ser impossível o governo federal revogar a portaria para autorizar a participação de Maduro na posse. Um dos membros do governo afirmou que “só o papa” poderia liberar a entrada do venezuelano. O vice-presidente diplomado, Geraldo Alckmin, já recebeu uma negativa do governo Bolsonaro na semana passada.

*Com 247

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Chanceler escolhido por Lula foi humilhado por Bolsonaro há 4 anos

Futuro chefe do Itamaraty, que já ocupou o posto durante a gestão de Dilma, recebeu ‘punição’ quando o atual presidente assumiu e nomeou o descabido e desnecessário Ernesto Araújo.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (9) que o embaixador Mauro Vieira será o chanceler de seu governo, ou seja, o ministro das Relações Exteriores. Vieira é um dos mais experientes e respeitados integrantes da diplomacia brasileira em atividade e já foi chefe do Itamaraty durante o governo de Dilma Rousseff (PT), depois de ter ocupado os cargos mais importantes da carreira durante os governos do PT, o de embaixador nos EUA, nação mais poderosa do mundo, na Argentina, principal vizinho e parceiro econômico do Brasil na América Latina, e na ONU, o organismo internacional mais importante da Terra.

Quando Jair Bolsonaro (PL) chegou ao poder, em 1° de janeiro de 2019, uma reviravolta ocorreu na diplomacia do país até então visto como um dos mais influentes do mundo nesse campo. Ernesto Araújo, um “embaixador” que nunca ocupou uma embaixada e que era visto por todos como um lunático que defendia posições esdrúxulas e sem nexo, defensor de teorias da conspiração de radicais de extrema direita, foi nomeado para comandar o Itamaraty e toda a prestigiada máquina de relações internacionais do gigante continental.

A essa altura, Vieira sabia que não ocuparia cargos relevantes por razões óbvias, mas era, naquele momento, um dos profissionais mais habilidosos e reconhecidos do ramo. Um figurão digno de ocupar postos elevados num serviço que outrora fora realizado por mitos da diplomacia como o Barão do Rio Branco, Ruy Barbosa e Graça Aranha, para citar apenas alguns.

A intenção de então ex-chanceler era ir para uma embaixada europeia importante, mas de segunda linha nas Relações Exteriores. Ele sugeriu a Ernesto, naquele momento seu chefe, por mais que a situação hierárquica fosse sem sentido, que o colocassem na representação de Atenas, na Grécia. O pedido parecia simples e resolveria dois problemas: Vieira seguiria fazendo o que sabe e o novo governo ultrarreacionário não o colocaria em nenhum cargo importante, diante da paranoia comunista.

Só que Bolsonaro não aceitou a proposta até certo ponto simplista e insignificante e determinou que fosse levantada qual era a embaixada menos expressiva da Europa, com instalações mais precárias, para que então o ex-chanceler de Dilma fosse despachado para lá. A resposta à consulta foi Zagreb, na Croácia e foi pra lá que o presidente de extrema direita mandou o veterano e experiente diplomata.

Agora, de volta aos holofotes, Vieira terá uma tarefa irônica. Reconstruir as relações do Brasil com o mundo justamente demolidas pela mentalidade de Ernesto Araújo e Jair Bolsonaro, que um dia o largaram num canto escuro do Velho Continente para humilhá-lo e puni-lo.

A essa altura, Vieira sabia que não ocuparia cargos relevantes por razões óbvias, mas era, naquele momento, um dos profissionais mais habilidosos e reconhecidos do ramo. Um figurão digno de ocupar postos elevados num serviço que outrora fora realizado por mitos da diplomacia como o Barão do Rio Branco, Ruy Barbosa e Graça Aranha, para citar apenas alguns.

Só que Bolsonaro não aceitou a proposta até certo ponto simplista e insignificante e determinou que fosse levantada qual era a embaixada menos expressiva da Europa, com instalações mais precárias, para que então o ex-chanceler de Dilma fosse despachado para lá. A resposta à consulta foi Zagreb, na Croácia e foi pra lá que o presidente de extrema direita mandou o veterano e experiente diplomata.

Agora, de volta aos holofotes, Vieira terá uma tarefa irônica. Reconstruir as relações do Brasil com o mundo justamente demolidas pela mentalidade de Ernesto Araújo e Jair Bolsonaro, que um dia o largaram num canto escuro do Velho Continente para humilhá-lo e puni-lo.

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