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Bolsonaro “flerta com risco de genocídio de brasileiros”, dizem deputados à OMS e ONU

Numa carta enviada nesta segunda-feira, deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara denunciam o comportamento do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia do coronavírus.

O documento é assinado pelo presidente da Comissão, deputado Helder Salomão (PT), além dos parlamentares Padre João (PT), Túlio Gadêlha (PDT) e Camilo Capiberibe (PSB).

Uma das cartas foi enviada ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. Nela, os deputados listam 22 pronunciamentos e atos de Bolsonaro sobre o vírus, chamando-o de “gripezinha”, minimizando seus impactos e atacando governadores e a imprensa.

“Considerando a letalidade massiva do Covid-19, as preocupações de caráter socioeconômico não podem ser sobrepor à preocupação com medidas para a preservação de centenas de milhares de vidas”, apontaram os deputados.

“Tampouco podem ser pretexto para o pouco caso e a irresponsabilidade de Bolsonaro a tratar a pandemia como um problema menor, objeto de “fantasia” e “histeria”, eximindo-se de sua responsabilidade de chefe de governo”, afirmam.

“O Presidente da República Federativa do Brasil flerta com o risco de um genocídio e menospreza a possibilidade de óbito de idosos. Nenhum cidadão, muito menos um mandatário, pode usar a liberdade de expressão para desinformação e para colocar em situação de risco a saúde e a vida de mais de 200 milhões de pessoas”, denunciam.

“A conduta de Jair Messias Bolsonaro a respeito do Covid-19 foi objeto de cinco representações criminais perante o Supremo Tribunal Federal”, dizem. Uma delas é de autoria de seis partidos políticos: Partido Democrático Trabalhista, Partido dos Trabalhadores, Partido Socialismo e Liberdade, Partido Comunista do Brasil, Partido Socialista Brasileiro e Rede Sustentabilidade.

A queixa apontam seis crimes cometidos pelo chefe de estado: “perigo para a vida ou saúde de outrem, infração de medida sanitária preventiva, prevaricação e incitação ao crime”. “Conforme demonstram as experiências de outros países e os dados científicos, essa diretriz governamental, se efetivada, pode custar centenas de milhares de vidas”, apontam.

Além de Tedros, uma carta também foi direcionada para a Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet. Nela, o grupo repete a queixa e pede “esclarecimentos de quais os parâmetros internacionais devem ser obedecidos e quais estão sendo desrespeitados no caso em questão”.

Eles ainda pedem “providências, na alçada de competência das autoridades destinatárias, que possam auxiliar o Brasil nesse momento de emergência”.

A mesma carta foi direcionada para Joel Hernández García, Presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Dainius Puras, relator da ONU para direito à saúde, David Kaye, relator da ONU para liberdade de expressão e Rosa Kornfeld-Matte, especialista independente para direitos das pessoas idosas.

O documento ainda aponta que estudos estimam que, no país, “apenas 11% dos casos são notificados”. Eles ainda denunciam o “pouco caso e a irresponsabilidade de Bolsonaro a tratar a pandemia como um problema menor, objeto de “fantasia” e “histeria”, eximindo-se de sua responsabilidade de chefe de governo”.

A carta diz que “Bolsonaro demonstra não compreender que o isolamento vertical é inviável para um vírus letal e que tem parte expressiva da população pertencente a grupos de risco”. “No Brasil, 30 milhões de brasileiros são idosos, 10% tem asma, 13 milhões têm diabetes e 25% da população é hipertensa. No país, em particular, há pelo menos outros dois problemas: a ausência de disponibilidade de testes amplos e a maior parte da população compartilhando moradias pequenas com famílias numerosas”, insistem.

 

 

*Jamil Chade/Uol

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Bolsonaro acelera deterioração do Brasil

El País faz uma análise de um ano de governo Bolsonaro em que ele tenta trazer um dos pontos dessa tragédia em seu ataque a democracia.

Lógico que a coisa nesse governo é ainda muito pior.

Inflação, recessão, desemprego em massa, precarização, bicos, endividamento do povo e quebradeira de empresas.

Nenhuma pasta do ministério de Bolsonaro funciona. Os ministros são escancaradamente incompetentes. Então, o resultado não poderia ser outro.

O desastre está 100% garantido.

A direita nunca teve projeto para o Brasil e sim contra. Não seria diferente com Bolsonaro e Moro atuando juntos.

El País: Bolsonaro acelera deterioração da democracia no Brasil

A chegada ao poder no Brasil de Jair Bolsonaro — o primeiro presidente ultradireitista desde o retorno à democracia em 1985 — veio acompanhada de grandes temores por parte de seus adversários e das minorias. O primeiro ano de mandato incluiu confrontos com outros poderes do Estado, ataques à imprensa, à ciência, à história… decisões controvertidas e infinitas polêmicas. O militar reformado, que mantém vivo o discurso de nós contra eles da campanha e é abertamente hostil à esquerda, testou as instituições do Brasil.

O apoio à democracia caiu sete pontos, a 62% desde sua posse, os indiferentes ao formato de Governo aumentam enquanto se mantém em 12% a porcentagem dos que acreditam que em certas circunstâncias a ditadura é melhor, de acordo com a pesquisa do Datafolha divulgada no Ano Novo.

O Congresso, no qual não tem maioria, deteve suas iniciativas legislativas mais radicais como eximir policiais e militares de responsabilidade em tiroteios com bandidos e purgar os livros escolares de esquerdismo. O Supremo também foi uma barreira. Mas em áreas como a política cultural, destruiu tudo aquilo que não bate com sua visão. Os editoriais contra seus instintos autoritários são frequentes.

A ONU ligou os alarmes já em setembro, através de sua alta comissária para os Direitos Humanos, a ex-presidenta Michele Bachelet, que após criticar o aumento de mortos por disparos policiais afirmou: “Nos últimos meses observamos uma redução do espaço cívico e democrático, caracterizado por ataques contra os defensores dos direitos humanos e restrições impostas ao trabalho da sociedade civil”. Bolsonaro respondeu cruelmente ao ofender a memória do pai da chilena, um militar assassinado pela ditadura a quem acusou de comunista.

O último relatório anual sobre a qualidade da democracia no mundo do V-dem, um instituto da Universidade de Gotemburgo, coloca o Brasil no top 30% dos mais democráticos, mas alerta sobre sua guinada à autocracia (e a dos EUA, entre outros). O balanço de 2018, antes de Bolsonaro, já apontava uma deterioração desde os anos conturbados do impeachment da esquerdista Dilma Rousseff.

Ainda que o relatório sobre 2019 só fique pronto em alguns meses, o diretor do V-dem, o professor Staffan I. Lindberg, alerta que, baseado em suas observações, o Brasil vive “uma guinada à autocracia das mais rápidas e intensas do mundo nos últimos anos”.

O que mais preocupa esses acadêmicos, diz por telefone da Suécia, são os esforços do presidente e seu Governo para calar os críticos, sejam adversários políticos, juízes que investigam a corrupção, jornalistas, acadêmicos e membros da sociedade civil. “Foi o que fez (Recep Tayyip) Erdogan quando levou a Turquia da democracia à ditadura, o que faz (Viktor) Orban na Hungria, que está prestes a deixar de ser uma democracia, e exatamente o que (Narendra) Modi faz na Índia”, alerta Lindberg.

Os exemplos são inúmeros. Bolsonaro destituiu o diretor do órgão que realiza a medição oficial do desmatamento na Amazônia, pediu um boicote ao jornal Folha de S.Paulo e às empresas anunciantes, sugeriu que o jornalista norte-americano Glenn Greenwald possa ser preso no Brasil por revelações jornalísticas, em um discurso no Chile elogiou Pinochet e no Paraguai, Stroessner. A lista continua e é longa.

O diretor do V-dem afirma que “Bolsonaro é o presidente com menos restrições (das instituições democráticas) desde o final do regime militar” porque quando assumiu a Presidência as instituições — do Congresso à Promotoria Geral da União — já sofriam um enfraquecimento. De fato, desde 2017 o instituto de análise não considera o Brasil uma democracia liberal, e sim uma democracia eleitoral.

A visão da advogada constitucionalista Vera Chemim é menos sombria. Afirma que o presidente “não significa uma ameaça real à democracia ainda que continue atirando no próprio pé” com polêmicas desnecessárias que podem se tornar contraproducentes para seus interesses porque reforçam a esquerda e ofuscam a ação de seu Governo.

Chemim afirma que “o Estado de direito democrático é suficientemente sólido e relativamente maduro para sobreviver a qualquer tentativa de intervenção político-ideológica que possa desconstruir o regime democrático conquistado a duras penas em 1985” e consagrado na Constituição. Diz que o presidente “não afetou as instituições democráticas ainda que tenha de fato agitado a conjuntura política e jurídica quando se expressa e age de maneira impulsiva e explosiva, alimentando ainda mais a profunda polarização ideológica entre as supostas direita e esquerda”.

Bolsonaro faz referências constantes à necessidade de governar para a maioria e eliminar até o último vestígio de seus antecessores esquerdistas, como frisou dias atrás ao mencionar os livros de texto. Abordou o assunto sem ser perguntado por nenhum dos jornalistas que o esperavam diante de sua residência em Brasília, seu local favorito para se comunicar com a imprensa. “A partir de 2021, todos os livros serão nossos, feitos por nós. Os pais irão adorar. Terão a bandeira na capa. Terão o hino. Hoje, como regra, os livros são um monte de coisas escritas, é preciso suavizar (…) Não pode ser como esse lixo que hoje é a regra”.

O especialista sueco alerta sobre dois assuntos: uma vez calados os críticos e a imprensa, os Governos têm o domínio absoluto da informação. E “não são necessárias mudanças legais para que um país se transforme em uma autocracia eleitoral. Veja a Bielorrússia”.

 

 

*Com informações do El País

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No Chile, manifestantes tentam invadir o Congresso e prédio é evacuado

Manifestantes tentaram invadir o Congresso Nacional chileno no início da tarde desta sexta-feira (25). Eles foram detidos pela polícia chilena, com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água. O edifício teve que ser evacuado e as atividades legislativas suspensas. Já são 19 mortes registradas, com 2.840 pessoas detidas e 295 feridas por armas de fogo nos protestos contra a política neoliberal do país.

Agência Brasil – No início da tarde de hoje, manifestantes tentaram invadir o Congresso Nacional chileno, mas foram detidos por Carabineros, a polícia chilena, com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água. O edifício teve que ser evacuado e as atividades legislativas suspensas.

Hoje é o oitavo dia de protestos no país. Já são 19 mortes registradas, com 2.840 pessoas detidas e 295 feridas por armas de fogo. Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atualmente alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, disse que enviará, na próxima segunda-feira (28), uma missão de verificação para acompanhar os conflitos no país e examinar denúncias de violações dos direitos humanos.

As manifestações começaram na semana passada, com o anúncio do aumento das passagens do metrô. Mesmo depois de o presidente Sebastián Piñera ter voltado atrás e cancelado o aumento, os protestos continuaram. O Chile, um país reconhecido por ter bons indicadores de governança, expôs suas debilidades e uma grande desigualdade social. Os manifestantes reclamam do alto custo de vida, dos baixos salários e aposentadorias, do sistema de saúde e educação, que não é acessível a todos.

O presidente Sebastián Piñera anunciou um pacote de medidas para tentar acalmar os ânimos e conter as manifestações, mas não foi suficiente. Os protestos continuaram. A população argumenta que nenhuma das medidas anunciadas terá aplicação imediata e que são iniciativas que ainda terão de passar pelo Congresso.

 

 

*Com informações do 247

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Flamengo diz que não convidará Bolsonaro para a final: seria um insulto ao povo do Chile

Pessoas do Flamengo asseguraram que o clube não convidou Jair Bolsonaro para acompanhar a final da Copa Libertadores, dia 23 de novembro, a priori em Santiago.

E, asseguram, não planejam fazê-lo, diz Mauro Cezar em seu Blog.

Nos bastidores, crescem rumores de que a decisão possa mudar de local, em virtude do clima de tensão no Chile.

Mais cedo, o jornal O Globo publicou que o Presidente da República recebera convite do clube para comparecer ao estádio no cortejo diante do River Plate.

O que seria um absurdo completo, além de uma falta de respeito com o povo chileno,, que em maioria repele admiradores do ex-ditador Augusto Pinochet.

Bolsonaro já o elogiou publicamente, como a outros personagens semelhantes da história, caso do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos grandes representantes da repressão que marcou a ditadura militar no Brasil. Ele vai além, chega a se referir ao torturador condenado como “herói nacional”.

O Estádio Nacional de Santiago, palco da decisão, preserva velha arquibancada dos tempos em que a ditadura de Pinochet o utilizava como prisão. Lá, por cerca de dois meses, 20 mil pessoas ficaram aprisionadas.

No local, o regime torturava e matava opositores. E naquele setor, de madeira, se lê a frase “Um povo sem memória é um povo sem futuro”. É uma forma de evitar que esse trecho macabro da história seja esquecido.

Bolsonaro é admirador de personagens como sanguinário militar que atuou como ditador no Chile de 1973 a 1990.

Tê-lo como convidado seria muita falta de noção, e de respeito, ao povo chileno. Soaria como uma afronta, um deboche, puro escárnio. Uma patética provocação depois que o brasileiro insultou o pai da ex-presidente chilena e comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, torturado e morto pela ditadura militar.

Em meio aos protestos cercados por violência no país, convidar Bolsonaro para comparecer a Santiago seria como se o Flamengo dissesse ao povo do Chile algo forte o bastante para despertar antipatia e ódio pelo clube. Era só o que faltava, depois de tanto bajular o Presidente da República e políticos de seu partido, cartolas do clube cometerem tamanha tolice, insultando o Chile, sua gente e sua história. Ainda mais em momento tão tenso.

 

 

*Com informações do Blog do Mauro Cezar

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Terror no Chile: Manifestantes foram crucificados em delegacia; Instituto dos Direitos humanos investiga

Além de 18 mortos, 2,6 mil pessoas estão detidas em todo o país desde o dia 18, entre elas quase 300 crianças e adolescentes. Do total de 584 pessoas feridas, 245 foram por armas de fogo.

De acordo com uma das 31 reclamações judiciais abertas pelo Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) do Chile, três homens e um menor de idade de 14 anos teriam sido presos pelos policiais e “‘crucificados’ na estrutura metálica da antena” da delegacia da região de Peñalolén, bairro de Santiago, segundo documento adquirido pela imprensa chilena.

A instituição dos Carabineros (nome dado à Polícia militar chilena) confirmou ao Estadão a existência da investigação, mas disse que não poderia se manifestar e nem “confirmar algo que está sendo investigado, até que saia o resultado”.

Uma outra investigação em aberto se refere às acusações feitas ainda na terça-feira de que a estação de metrô Plaza Baquedano, em Santiago, desativada desde o início dos protestos, está sendo utilizada pela polícia como centro de tortura e agressões físicas.

O INDH também denunciou em reclamações formais nove casos de violência sexual praticada por policiais em detidos, incluindo em um menino que estava acompanhado do tio.

Nem os funcionários do próprio instituto ficaram ilesos de ataques da polícia, que disparou jatos d’água e bombas de gás lacrimogêneo contra um grupo de três observadores do instituto, ainda no fim de semana. De acordo com o INDH, eles estavam devidamente equipados, com coletes e capacetes amarelos que levam o nome do instituto.

Após sessão na Comissão de Direitos Humanos do Senado nesta quinta-feira, o Diretor Geral dos Carabineros, Mario Rozas, garantiu que há “protocolos de atuação”. Ele também negou o uso da palavra “repressão”, reiterando que a polícia utiliza o termo “controle da ordem pública” para justificar sua atuação na contenção dos protestos, incluindo o uso de balas de borracha contra manifestantes, que faz parte de um protocolo padrão.

No último balanço divulgado na tarde de quinta-feira pelo INDH, 2,6 mil pessoas estão detidas em todo o país desde o dia 18, entre elas quase 300 crianças e adolescentes. Do total de 584 pessoas feridas, 245 foram por armas de fogo. O instituto abriu 59 ações judiciais, sendo cinco delas por casos de homicídios cometidos pelas forças policiais e do Exército chileno, que também trabalha nas ruas desde o decreto de estado de emergência em diversas regiões do país.

Segundo dados oficiais, os embates já deixaram 18 mortos, mas de acordo com o INDH, há casos subnotificados de mortes provocadas pelos agentes.

O aumento das denúncias e o apelo feito a ex-presidente do Chile e alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, inclusive em forma de convite do presidente Sebastián Piñera, fez com que a ONU enviasse na quinta-feira uma missão ao país para investigar os casos.

 

 

*Com informações da Forum

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Brasil é denunciado na ONU por morte de Ágatha

Nova iniciativa ocorre às vésperas da viagem de Jair Bolsonaro para a Assembleia Geral das Nações Unidas. Violência policial será um dos motivos da pressão internacional contra o Brasil.

A cúpula da ONU recebeu, neste fim de semana, uma denúncia contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel e contra o Estado Brasileiro pela execução da menina Ágatha Vitória Sales Félix, de 8 anos.

Na sexta-feira, Ágatha foi atingida por um tiro quando seguia para casa acompanhada de seu avô, na favela da Fazendinha. Ágata foi levada à UPA do Alemão, mas não resistiu aos ferimentos.

A denúncia foi feita pelos movimentos Papo Reto, Fórum Grita Baixada, Instituto Raízes em Movimento, Fórum Social de Manguinhos, Mães de Manguinhos, Movimento Moleque, Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência e Arquitetxs Faveladxs, em conjunto com a organização de direitos humanos Justiça Global.

Os documentos foram entregues às vésperas do discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU. Receberam as denúncias a Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e à Relatoria Especial sobre Execuções Sumárias e Extrajudiciais.

Há duas semanas, a ex-presidente do Chile criticou a violência policial no Brasil e alertou para o encolhimento dos espaços democráticos no País. Como resposta, Bolsonaro elogiou Augusto Pinochet, o general chileno responsável pelo regime que matou do pai de Bachelet e a torturou.

Agora, diante do caso de Ágatha, os movimentos de favelas do Rio pedem que Alto Comissariado da ONU faça uma declaração “pública e incisiva”, cobrando o Estado Brasileiro e Witzel sobre a morte de Ágata. Ele também qualificam de “genocídio” a realidade dos jovens negros nas favelas do Rio.

O grupo ainda pede que a ONU “demande uma explicação do Estado Brasileiro, direcionada à comunidade internacional, sobre as brutais violações de direitos humanos praticadas contra as favelas, as quais violam frontalmente obrigações e tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário”.

Os documentos sustentam a tese de que a morte de Ágatha é uma “consequência direta da política de “abate” imposta pelo governador Wilson Witzel às favelas do Rio. Tal política encontra respaldo também nos discursos e práticas do Governo Federal, que atua pela autorização do extermínio contra a população negra e pobre”, declararam.

O documento relata à ONU também a “dramática situação humanitária na qual se encontram as favelas do Rio de Janeiro, assoladas por brutais violações de direitos humanos, com recordes históricos de letalidade policial sendo quebrados mês após mês”.

De Janeiro a Agosto 2019, 1249 pessoas foram mortas pela polícia no estado do Rio de Janeiro. O número representa, segundo as entidades, um aumento de 16% das mortes decorrentes de ação policial em relação a 2018. No Estado do Rio de Janeiro, 30% dos homicídios no estado foram praticados pela polícia; na capital, a proporção é de mais de 40%.

 

 

*Jamil Chade/Uol

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Bachelet convida Ana Estela Haddad para rede latina de proteção à primeira infância

“Ana Estela deve agregar a experiência de políticas públicas coordenadas por ela quando foi primeira-dama de São Paulo, na gestão de seu marido, Fernando Haddad”, diz colunista.

A ex-presidente do Chile e Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, convidou a ex-primeira-dama de São Paulo, Ana Estela Haddad, para integrar uma rede internacional de proteção à primeira infância na América Latina. A informação é da colunista Mônica Bergamo, na Folha desta quinta (5).

Bachelet encabeça a Horizonte Ciudadano, uma entidade que “trata de políticas públicas voltadas a metas de desenvolvimento sustentável” fixadas pela Comissão de Direitos Humanos para 2030.

Na visão de Bergamo, “Ana Estela deve agregar a experiência de políticas públicas coordenadas por ela quando foi primeira-dama de São Paulo, na gestão de seu marido, Fernando Haddad (PT-SP), na prefeitura, de 2013 a 2016.”

Assista às  entrevistas com Ana Estela Haddad concedidas ao GGN

 

*Do GGN

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Vídeos: Mundo reage ao insulto de Bolsonaro à Michelle Bachelet

Em resposta a uma declaração da Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, Jair Bolsonaro fez mais um ataque e apologia ao regime ditatorial. Ele elogia a morte do pai de Bachelet pelo regime de Augusto Pinochet. “Só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973”, disse Bolsonaro.

Alberti, o pai de Bachelet, foi preso e torturado por se opor ao golpe militar de 1973 liderado por Augusto Pinochet e morreu de ataque cardíaco na prisão. Em 2014, dois militares chilenos aposentados foram condenados à prisão por torturá-lo. Bachelet e sua mãe, Ángela Jeria, também foram presas.

A reação ao ataque de Bolsonaro foi rápido nas redes sociais. “Bolsonaro elogia frequentemente a ditadura militar de 21 anos no Brasil e expressou admiração por governantes como Pinochet, cujo regime matou mais de 3.000 pessoas de 1973 a 1990”, afirma o jornal The Guardian nesta tarde.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, também se pronunciou em entrevista ao vivo à imprensa em repúdio contra Jair Bolsonaro. No Chile, deputados e senadores de esquerda, centro e direita também questionaram o presidente brasileiro considerando um ataque à ex-presidente chilena. Confira algumas reações:

https://twitter.com/delucca/status/1169350261950881797?s=20

 

 

*Com informações do Mídia Ninja

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O governo Bolsonaro acabou, a economia se desintegrou e o Brasil travou

Dizer que Bolsonaro vem cometendo suicídio político, é um erro, pois mortos não se matam. O que Bolsonaro tem feito, atacando aliados, em sua autofagia ensandecida, é apenas covardia de quem não tem coragem de dizer à nação que aquele deputado que viveu 30 anos às custas do suor do povo sem produzir um único projeto, é o mesmo que preside o país e não tem a menor ideia do que está fazendo na cadeira da presidência.

O governo Bolsonaro é um filme de terror trash que, sem enredo, apela para a violência gratuita, sem qualquer elaboração técnica ou qualidade dos atores que fazem parte do elenco.

Se hoje, Bolsonaro chamou policiais federais de babacas, Paulo Guedes de burro chucro e Moro de ingênuo provinciano, ou seja, jeca, no mesmo passo, no dia seguinte em que um jovem negro é torturado e chicoteado em um supermercado, com a alegação de que tentou roubar um chocolate, ele elogia os torturadores que mataram o pai de Michelle Bachelet, de maneira proposital, como forma de aplaudir o açoite do menino. Bolsonaro não quer outra coisa, senão fugir dos assuntos que aterrorizam hoje os brasileiros, a volta da miséria e, com ela a fome, o desemprego crescente, a epidemia de bicos, o tombo da atividade industrial, a quebra de milhares de comerciantes e, o pior, a falência da máquina do Estado prestes a travar com um iminente caos.

Bolsonaro se comporta como um rato assustado em campo aberto, que não sabe para onde ir. Sente o cheiro de sua morte política, mas não sabe quem e de onde vem o primeiro predador que o engolirá.

Enquanto isso, ele produz fumaça, criando furdunços até mesmo com o Papa, tudo para que não se recorde que esse incompetente está somente mantendo coerência com seu portfólio de 30 anos como deputado em que se mostrou, misericordiosamente, inútil, nulo, vivendo apenas dos mesmos rojões que utiliza na presidência para tentar esconder o imbecil completo que é como presidente.

Não adiantar tentar encontrar justificativas ou imaginar que esse ogro tenha alguma carta na manga, não tem. O falsário já deu e a paciência de todos com seus vômitos públicos, já acabou e faz tempo, como mostrou o Datafolha.

É hora de encarar a realidade de que o jumento caiu no buraco e quebrou o pescoço.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas