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Política

PF vincula primeira-dama e “gabinete do ódio” com contas inautênticas

A Polícia Federal vinculou a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e um assessor do Palácio do Planalto pertencente ao chamado “gabinete do ódio” a contas inautênticas usadas para disseminar mensagens. A medida faz parte do inquérito aberto para investigar atos antidemocráticos, como o que aconteceu em abril do ano passado.

Na investigação, os policiais escreveram uma “hipótese criminal” segundo a qual, para “obter vantagens político-partidárias”, o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus três filhos parlamentares —- Eduardo, Carlos e Flávio —- mobilizariam redes sociais para “incitar parcela da população à subversão da ordem política” de meados de 2018 até 2020.

Para demonstrar isso, listaram uma série de contas de redes sociais inautênticas detectadas por auditoria do Facebook —e que foi confirmada por quebras de sigilos realizadas pelos agentes. No chamado “grupo Brasília”, a polícia localizou 31 pessoas vinculadas a contas usadas para “operações executadas por um governo para atingir seus próprios cidadãos”, como informou a rede social.

07.jun.2021 – Em lista, PF vincula Michelle Bolsonaro e assessor a contas inautênticas no inquérito dos atos antidemocráticos - Reprodução/PF - Reprodução/PF

Na relação, Michelle Bolsonaro é listada pela PF como “esposa de Jair Messias Bolsonaro”, o “proprietário” das contas Bolsonaronews, no Instagram. Em outros trechos do inquérito, Tércio Arnaud Tomaz, que é assessor da Presidência da República no chamado “gabinete do ódio”, é apontado pela polícia como proprietário das contas Bolsonaronews no Facebook e Tercio Arnaud Tomaz.

O UOL procurou a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.

Um dos exemplos do vínculo da primeira-dama com as contas inautênticas está num relatório policial. Uma quebra de sigilos de endereços de internet mostra que, em 5 e em 6 de novembro de 2018, Arnaud usou a rede de Michelle Bolsonaro, instalada na casa do presidente da República na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Lá, acessou as contas Bolsonaronews e Tercio Arnaud Tomaz.

O email cadastrado na operadora de telefonia era de uma assessora do presidente da República. “Trata-se, ao que tudo indica, do endereço residencial do próprio Presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro”, escreveu o analista da Polícia Federal.

07.jun.2021 – Em fluxograma, PF vincula Michelle Bolsonaro e assessor a contas inautênticas no inquérito dos atos antidemocráticos - Reprodução/PF - Reprodução/PF

Presidência fez 408 acessos a conta inautênticas

Os dados do Facebook indicam que 1.045 acessos a contas inautênticas foram feitos em órgãos públicos. Foram 408 acessos de dentro da Presidência da República e 15 do Comando da 1ª Brigada da Artilharia Antiaérea, ambos para acessar contas Bolsonaronews e Tercio Arnaud Tomaz. Essas duas contas eram acessadas ainda de dentro da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, mas o relatório não informa se era mesmo o gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos).

Na Câmara dos Deputados, foi identificado que os acessos a essas e outras contas partiram do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), filho “03” do presidente, e de um assessor dele. No Senado, ainda não houve resposta do órgão. Na Presidência, a PF solicitou as informações cadastrais novamente porque os dados vieram em formato digital incorreto.

PF tentou acessar conteúdo de mensagens

A Polícia Federal tentou obter o conteúdo das mensagens das contas com quebra de sigilo. Porém, parte das mensagens não foi identificada ou indicava estar apagada. Na parte que a polícia obteve, há críticas ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional, além de material de propaganda para o presidente da República.

Pedir o fechamento de Poderes, como o Congresso e o STF, ou pedir a volta da ditadura militar e do Ato Institucional 5 (AI-5) é ilegal de acordo com a Lei de Segurança Nacional. São os chamados atos antidemocráticos, como os realizados em 19 de abril de 2020 e que causaram a abertura de um inquérito no Supremo contra deputados bolsonaristas e empresários. O próprio Jair Bolsonaro participou de um deles.

No entanto, na conta Bolsonaronews, as mensagens obtidas pela polícia indicam apenas publicidade para Jair Bolsonaro e críticas a meios de comunicação e à oposição.

PGR rejeitou aprofundar investigação

Ao final do relatório, a PF indica que é preciso aprofundar as investigações relacionadas ao uso de mídias sociais para incentivar atos antidemocráticos nas ruas. Para os investigadores, haveria um ciclo que se retroalimenta, segundo o UOL apurou.

Com mobilização em redes, seria formada uma “onda de ódio” na internet seguida de manifestações nas ruas para fechar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. E, depois disso, nova mobilização em mídias sociais. No entanto, a Procuradoria-Geral da República rejeitou aprofundar as investigações propostas pela Polícia Federal. O órgão comandado por Augusto Aras defendeu que fossem arquivadas as apurações relacionadas a deputados bolsonaristas.

A decisão cabe ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Um conjunto de decisões do próprio Supremo diz que, quando o Ministério Público pede o arquivamento de uma investigação, esse pedido não pode se recusado, à exceção de poucas circunstâncias.

*Do Uol

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PF analisa contas derrubadas pelo Facebook e identifica uso de rede em nome de Michelle, além de mil acessos com internet da Presidência, Câmara, Senado e Exército

No âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, Polícia Federal cruzou dados de relatório produzido pela Atlantic Council com dados cadastrais de provedoras de internet e vê ‘uso da estrutura da Administração Pública’ para publicações em contas classificadas como ‘inautênticas’ pelo Facebook.

Segundo reportagem do Estadão, a Polícia Federal identificou que ao menos 1.045 acessos de contas ‘inautênticas’ ligadas à aliados do presidente Jair Bolsonaro – derrubadas pelo Facebook há quase um ano – partiram de órgãos públicos como a Presidência da República, a Câmara dos Deputados, o Senado e o Comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército. Além disso, ao analisar parte dos perfis apontados pela rede social como falsos, os investigadores que atuam no inquérito dos atos antidemocráticos conseguiram identificar assinantes de redes privadas das quais partiram 844 acessos, incluindo uma provedora ligado à primeira-dama Michelle Bolsonaro.

As informações constam em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal pela delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro em dezembro. No documento de 154 páginas, a delegada descreve os achados da PF, com base no relatório da Atlantic Council – instituição que realiza análise independente de remoções do Facebook por comportamento inautêntico coordenado – ao tratar de uma das hipóteses criminais sob suspeita no inquérito dos atos antidemocráticos.

Em tal linha de investigação, a PF mira o ‘movimento online de pessoas associadas para supostamente promover a difusão de ideias com potencial de causar instabilidade na ordem política e social’, identificada no relatório produzido para o Facebook. Após a plataforma divulgar a derrubada das contas apontadas no documento, os investigadores pediram para acessar os dados.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, deferiu o acesso ao relatório, no qual, segundo os investigadores, o Facebook apontou que a derrubada das contas se deram ‘em consonância com as medidas previstas para a seguinte tipologia estabelecida pela empresa’ – “Operações executadas por um governo para atingir seus próprios cidadãos. Isso pode ser particularmente preocupante quando combinam técnicas enganosas com o poder de um Estado”

A partir do documento, a PF buscou ‘dados externos e independentes’ para checar as informações do relatório e identificou 80.552 acessos das contas apontadas no documento. Os investigadores seguiram a análise e decidiram se debruçar sobre um dos três grupos que atuavam ‘utilizando contas inautênticas e de forma coordenada’, o chamado Grupo Brasília.

“Utilizando o grupo Brasília como referência, limitou-se o escopo da análise a aproximadamente 15.528 vínculos de conta -> endereço IP. Desse universo foram solicitados às operadoras (Claro, Tim, Oi e Vivo) dados cadastrais de 5.120 vínculos de contas com endereço IP, sendo que apenas 844 acessos tiveram seus assinantes identificados (total 31 assinantes), dos quais alguns deles com vínculos com os proprietários das contas inautênticas apontadas pelo Facebook”, diz o relatório.

A PF aponta a mulher do presidente Jair Bolsonaro, Michelle, como assinante da provedora de internet na qual foi acessada a conta ‘Bolsonaro News’ e o perfil de Tercio Arnaud Thomaz, que é assessor do presidente e integra o chamado “gabinete do ódio”, núcleo instalado no terceiro andar do Palácio do Planalto. Também consta na lista um assessor parlamentar lotado no gabinete do senador Flávio Bolsonaro, Fernando Nascimento Pessoa. A partir de sua internet, teriam sido acessadas as contas ‘SnapNaro’, ‘Trump We Trust’, ‘DiDireita’, ‘Tudo é Bolsonaro’, ‘Porque o Bolsonaro?’ e ‘Snapressoras’.

Dentro da amostragem – os 15 mil acessos selecionados para análise – a PF identificou que 1.045 deles partiram de órgãos públicos – o comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea, a Presidência da República, a Câmara dos Deputados, o Senado e a Câmara dos Vereadores do Rio. Em na internet de todos os órgãos, com exceção da rede do Senado, uma das contas acessadas foi a de Tercio Arnaud Thomaz.

A PF busca identificar se mais de uma pessoa utilizava as contas sob suspeita e solicitou dados de usuários à Presidência da República, à Câmara, ao Senado e à Câmara de Vereadores do Rio. Segundo os dados fornecidos pela Câmara, um conta de nome ‘Eduardo Guimarães’ estaria ligada ao usuário de Carlos Eduardo Guimarães, listado como secretário parlamentar do deputado Eduardo Bolsonaro, e também ao usuário do próprio parlamentar.

Segundo os investigadores, está pendente o envio de dados pelo Senado e pela Presidência com relação aos dados cadastrais dos usuários ligados ao acesso das contas derrubadas pelo Facebook. A Secretaria-Geral da Presidência encaminhou dados sobre os usuários, mas ‘devido ao formato do arquivo digital apresentado foi solicitado novo envio’. Já com relação à Câmara Municipal do Rio, a instituição alegou que não possuía arquitetura de registro de logs de acesso à internet e assim não conseguiria fornecer as informações.

Em uma outra fase, a PF ainda analisou o conteúdo de 88 contas identificadas pela Atlantic Council, sendo que a análise preliminar indicou ‘provável supressão de conteúdo’ de diversas páginas. Os investigadores listaram os proprietários das contas, o número de seguidores, a quantidade de imagens publicadas, além de outros dados.

A PF lembra das pendências que existem no âmbito da linha de investigação aberta com base nas informações prestadas pelo Facebook, mas indica que apesar da apuração não ter sido concluída, ‘não há impedimento para o compartilhamento de dados e subsequente avaliação da repercussão desses fatos em outras esferas’.

COM A PALAVRA, A SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO DO GOVERNO

A reportagem entrou em contato, por e-mail, com o órgão. O espaço está aberto para manifestações.

*Do Estadão

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Com mais um escândalo, e dos grandes, Michelle Bolsonaro é escrachada nas redes

E não é para menos, afinal é uma soma significativa que envolve o presidente da República e a primeira-dama, R$ 7,5 milhões. Sem dúvida, isso tem que ser esclarecido o mais rápido possível.

Internautas estão indignados com mais uma ação de corrupção envolvendo Michelle Bolsonaro e colocaram a #Michelle nos assuntos mais comentados do Twitter nesta quinta-feira (1).

O governo Bolsonaro desviou R$ 7,5 milhões doados para a compra de testes rápidos da Covid-19 para o programa Pátria Voluntária, coordenado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro.​

O frigorífico Marfrig, um dos maiores do país, anunciou em 23 de março que doaria esse valor ao Ministério da Saúde para a compra de 100 mil testes rápidos do novo coronavírus. O Brasil já se encontrava em pandemia e não tinha esse material para seguir a orientação da OMS (Organização das Nações Unidas) de testar em massa a população.

https://twitter.com/provacconsulta/status/1311510749697708033?s=20

https://twitter.com/GeorgMarques/status/1311630971394052098?s=20

 

*Com informações do 247

 

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Programa comandado por Michelle Bolsonaro repassa doações a ONGs aliadas de Damares

Criado em julho de 2019, o Pátria Voluntária busca estimular o terceiro setor; ministra alega que entidade tem capilaridade nacional.

Um programa beneficente liderado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, repassou, sem edital de concorrência, dinheiro de doações privadas a instituições missionárias evangélicas aliadas da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

Beneficiada com R$ 240 mil, a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) foi indicada por Damares para receber os recursos, segundo documentos do programa Pátria Voluntária, comandado por Michelle.

A AMTB consta do site da Receita Federal e em sua própria página na internet com o mesmo endereço de registro da ONG Atini, fundada por Damares em 2006 e onde a ministra atuou até 2015. A Folha esteve no local, onde funciona um restaurante desde novembro do ano passado.

Criado por decreto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em julho do ano passado, o Pátria Voluntária é coordenado pela Casa Civil e tem como objetivo fomentar a prática do voluntariado e estimular o crescimento do terceiro setor, arrecadando dinheiro de instituições privadas e repassando para organizações sociais.

Os recursos das doações repassadas às ONGs são oriundos do projeto “Arrecadação Solidária”, vinculado ao Pátria. O programa já consumiu cerca de R$ 9 milhões dos cofres públicos em publicidade pagos pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Duas organizações filiadas à AMTB também receberam verbas de doações sem que houvesse um edital público. O Instituto Missional, com R$ 391 mil, e o SIM (Serviço Integrado de Missões), com R$ 10 mil.

A AMTB e o Missional foram as que receberam os maiores repasses até agora. Todos os recursos foram destinados à distribuição de cestas básicas “a famílias vulneráveis”.

Com sede em Maringá (PR), o ​Instituto Missional é dirigido por Weslley Kendrick Silva, um empresário que tem fotos em seu perfil no Facebook em confraternização com Damares e o secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente de Damares, Maurício Cunha.

Cunha dirige a ONG CADI (Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral), filiada à AMTB. Segundo a Casa Civil, a definição de quem recebe os recursos do programa do governo ocorre “no âmbito do Conselho de Solidariedade”, que foca em projetos que beneficiam grupos mais vulneráveis à pandemia do novo coronavírus.

A ata de uma reunião do programa, obtida pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação, mostra que Damares apresentou o nome da AMTB para receber os recursos do programa de Michelle. O documento foi elaborado durante um encontro do Conselho de Solidariedade, composto por representantes dos ministérios da Mulher, do Desenvolvimento Regional, da Ciência e Tecnologia, Casa Civil e Secretaria de Governo.

A Fundação Banco do Brasil, que apoia o programa, também faz parte. ​A reportagem pediu a prestação de contas das organizações à Casa Civil, que respondeu que é realizada para a Fundação Banco do Brasil.

Já a fundação respondeu que “informações relativas à prestação de contas são remetidas pela Fundação BB à Casa Civil, conforme previsto no acordo firmado entre as partes”. “Desta forma, a solicitação deverá ser feita à Casa Civil”, disse.​​

Segundo o registro da reunião do dia 11 de maio, a secretária-executiva do programa, Adriana Pinheiro, disse que a AMTB “foi apresentada pela ministra Damares por ser uma entidade séria, que trabalha há muitos anos com esse público e possuem potencial para chegar a essa população mais distante”.

A secretária-executiva adjunta do colegiado, Pollyana Andrade, completou que a AMTB “é uma organização que tem muitas outras vinculadas a ela, e isso faz com que ela tenha um potencial muito grande para chegar a este público”.

 

*Com informações da Folha

 

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Bolsonaro deu passaporte diplomático a Flordelis, chamada por Michelle de “amada irmã em Cristo”

A pastora e deputada federal Flordelis (PSD-RJ), denunciada pela polícia e pelo Ministério Público como mandante do assassinato do próprio marido, teve um passaporte diplomático concedido pelo governo federal, expedido no dia 20 de março de 2019 e válido até 31 de julho de 2023. O documento oficial – oferecido também ao esposo assassinado, Anderson do Carmo – foi autorizado por meio de portaria do Ministério das Relações Exteriores, assinada pelo chanceler Ernesto Araújo.

Se é verdade que a deputada de primeiro mandato jamais fez jus ao passaporte pelos motivos que costumam ensejar a emissão deste tipo de documento, como a participação em missões oficiais ao exterior ou participação em comissões que trabalham com temas internacionais, fato é que Flordelis gozava da intimidade do casal e da família presidencial.

A parlamentar jamais tentou esconder esse fato, pelo contrário, estampa – ou estampava – em suas redes sociais qualquer episódio capaz de prová-lo.

Na cerimônia de posse do presidente Jair Bolsonaro, publicou um vídeo no Youtube chamado “Os Bastidores da Posse de Jair Bolsonaro”, em que a deputada circula pelos convidados e conversa com personalidades da política, em cenas como a que se vê abaixo.

Flordelis também goza da amizade e do carinho da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Em entrevistas a canais evangélicos do Youtube e páginas de igrejas neopentencostais, é fácil encontrar imagens das duas juntas em eventos religiosos e sociais, assim como elogios e afagos trocados.

Quando o marido de Flordelis foi assassinado, Michelle enviou uma mensagem de solidariedade que viralizou no meio evangélico, em que a primeira-dama trata a deputada como “amada irmã em Cristo”.

 

*Vinícius Segalla/DCM

 

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Matéria Opinião

O jornalista Daniel Gullino foi ameaçado por Bolsonaro porque fez a pergunta que a mídia deveria fazer

Dilma, neste sábado, teve a preocupação de separar os jornalistas da Folha dos donos da empresa. Ela fez muito bem porque tem grandes jornalistas escrevendo, mesmo que não seja pelo motivo nobre de prestigiar a pluralidade.

Por que pode-se afirmar isso? Porque os editoriais da Folha sempre tiveram um lado, o da Folha, o dos interesses comerciais e, consequentemente sua posição política segue os caminhos que o dinheiro indica.

O jornalista Daniel Gullino é do Globo, dos Marinho, mas cumpre um papel fundamental como profissional. Hoje ele deu uma mostra significativa de profissionalismo, fazendo o que a mídia deveria fazer diuturnamente, perguntar a Bolsonaro, por que Queiroz depositou o montante de R$ 89 mil na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro?

Pela torpeza da resposta de Bolsonaro (minha vontade é encher sua boca com uma porrada), Daniel Gullino acertou em cheio, mostrando que Bolsonaro não estava preparado para aquela pergunta e, não estando preparado, mostrou-se ainda mais despreparado para responder. Isso revela que ele vem sendo poupado pela mídia nativa de perguntas sobre os inúmeros escândalos que envolvem sua família.

Ou seja, isso fala tanto de Bolsonaro quanto da grande mídia, ou seja, há um pacto de silêncio sobre esse escárnio que envolve Queiroz e Michelle.

Talvez a coisa seja um pouco mais complexa, porque o jornalista em questão se mantém atento com matérias espinhosas sobre as respostas que Bolsonaro nunca deu, como a que ele publicou no dia 07 de agosto, intitulada Bolsonaro nunca explicou circunstâncias de suposto empréstimo a Queiroz 

E sabe-se muito bem que, quando um jornalista incomoda Bolsonaro, ele parte para o ataque, como fez com a jornalista Patrícia Campos Mello, por ter publicado uma excelente matéria sobre a rede de fake news, a partir do gabinete do ódio que motivou a abertura da CPMI que pode ainda custar a cassação da chapa Bolsonaro/Mourão.

O fato é que jornalistas como Daniel Gullino e Patrícia Campos Mello podem sim prestar um grande serviço ao país, mesmo estando dentro de empresas de mídia que colocam seus interesses empresariais em primeiro lugar e, com isso, convidam outros tantos jornalistas a fazerem o mesmo e com a mesma coragem.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Notícias e Parceiros Política e Poder

Bolsonaro diz a jornalista, ‘Minha vontade é encher tua boca com uma porrada, tá’

Bolsonaro, neste domingo, quebrou o prumo, perdeu o verniz de paz e amor, tirou a focinheira e partiu pra cima de um jornalista ao ser perguntado sobre os depósitos feitos por Fabrício Queiroz na conta bancária da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Durante visita à Catedral de Brasília, Bolsonaro foi questionado por um repórter do jornal O Globo sobre o motivo dos depósitos feitos a Michelle.

O genocida então reagiu com o ódio que marca sua trajetória miliciana com uma intimidação: “Minha vontade é encher tua boca com uma porrada, tá”

Perguntado se aquele show de tirania era direcionado a toda a imprensa, não respondeu, o que significa que sim. Era só tocar no calcanhar de Aquiles do cachorro louco que ele atacaria mostrando o caminho das pedras para a oposição para atiçar a besta fera e a mesma entregar a rapadura, ou seja, que essa é a chave de sua queda.

Os repórteres questionaram se a declaração do presidente era direcionada a toda imprensa ou apenas ao repórter que fez a pergunta. “Isso é uma ameaça presidente?”, questionaram. Bolsonaro não respondeu e deixou o local em seguida. Bolsonaro seguiu para o Palácio da Alvorada.

Os jornalistas, entretanto, foram proibidos pelos militares de seguir para o espaço reservado à imprensa na entrada da residência oficial do presidente da República.

 

*Da redação

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Matéria Opinião

Suspeito de matar Marielle depositou 400 mil na conta de Queiroz que fez depósitos na conta de Michelle Bolsonaro.

Capitão Adriano transferiu R$ 400 mil para conta de Queiroz, estima MP-RJ.

Adriano é o miliciano que foi condecorado pelo clã por ordem de Bolsonaro a Flávio. Adriano estava preso por ter assassinado um flanelinha.

Pelo menos R$ 69,5 mil foram depositados nas contas bancárias de Queiroz por restaurantes administrados pelo miliciano e seus familiares.

Em novembro passado, Queiroz pediu que a mãe de Adriano permanecesse escondida no interior de Minas Gerais, após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) garantir o andamento das investigações sobre o esquema criminoso do gabinete de Flávio Bolsonaro, quando este era deputado estadual no Rio de Janeiro.

O advogado de Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, também chefiava a defesa Capitão Adriano.

A mãe e a ex-mulher do Capitão Adriano eram “funcionárias fantasmas” do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, de acordo com a investigação conduzida pelo MP-RJ.

A mãe de Adriano realizou 17 depósitos no valor total de R$ 91.796 na conta bancária de Queiroz.

Capitão Adriano era chefe da milícia que domina as comunidades de Rio das Pedras e Muzema, na zona oeste do Rio.

Queiroz e a mulher trocaram mensagens de celular que indicam que o advogado Luís Gustavo Botto Maia, responsável pelas contas eleitorais de Flávio Bolsonaro, faria uma proposta financeira a Adriano e seus familiares, em troca de silêncio do miliciano.

PF e MP encontraram ligações entre o miliciano Adriano da Nóbrega. Acusado da matar Marielle, Ronnie Lessa, era vizinho de Bolsonaro e Carlos no condomínio Vivendas da Barra.

Queiroz depositou na conta de Michelle Bolsonaro 21 cheques que somam R$ 72 mil.

Mulher de Queiroz depositou R$ 17 mil na conta de Michelle Bolsonaro quando o marido era assessor de Flávio.

Ou seja, Queiroz e a esposa repassaram R$ 89 mil para Michelle Bolsonaro.

Precisa desenhar?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Matéria Política

Queiroz depositou R$ 72 mil na conta de Michelle, foram ao menos 21 cheques

Preso por envolvimento em um esquema de “rachadinhas” (também conhecido como crime das rachadinhas) quando trabalhava para Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz depositou pelo menos 21 cheques na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, entre 2011 e 2018.

O valor total chega a R$ 72 mil. A revelação desmente Jair Bolsonaro que, em dezembro de 2018, antes de tomar posse, afirmou que o depósito de R$ 24 mil de Queiroz nas contas de Michelle seriam referentes a um empréstimo de R$ 40 mil que ele teria concedido ao amigo de décadas. Quebra do sigilo de Queiroz mostra que não há qualquer depósito de Bolsonaro.

Após a quebra de sigilo de Queiroz autorizada pela Justiça, autoridades verificaram que o ex-assessor recebeu R$ 6,2 milhões em suas contas entre 2007 e 2018. Do total, R$ 1,6 milhão seriam salários recebidos como PM e como assessor na Alerj, onde era funcionário de Flávio Bolsonaro. Outros R$ 2 milhões teriam vindo de 483 depósitos de servidores do gabinete do parlamentar, o que indicaria o esquema de rachadinha. Outros R$ 900 mil foram depositados em dinheiro, sem identificação do depositante.

Queiroz foi preso no último dia 18 em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio Bolsonaro. De acordo com relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez movimentações atípicas de R$ 7 milhões de 2014 a 2017.

O procurador da República Sérgio Pinel afirmou, no semestre passado, ter encontrado “fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo Flávio Bolsonaro. O MP-RJ disse ter encontrado indícios de que o senador lavou R$ 2,27 milhões com compra de imóveis e em sua loja de chocolates.

 

*Com informações do 247

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MICHEQUES: Queiroz pagou 21 cheques a Michelle; fato contradiz Bolsonaro, afirma revista de direita.

O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, depositou pelo menos 21 cheques para a primeira-dama Michelle Bolsonaro, fato que contraria a versão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de que Queiroz teria pago um único cheque à sua mulher. Segundo a revista Crusoé, os pagamentos datam desde 2011.

A publicação conseguiu a informação tendo acesso à quebra de sigilo bancário de Queiroz, autorizada pela Justiça na investigação da suposta prática de “rachadinha” no gabinete de Flávio, então deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Os extratos detalham as movimentações do ex-assessor para Michelle, que totalizam R$ 72.000 entre 2011 e 2016.

Quando a informação de que Queiroz havia depositado um cheque de R$ 24.000 para Michelle veio à tona, ainda no fim de 2018, Bolsonaro deu a justificava de que se tratava do pagamento de um empréstimo que ele tinha feito para o ex-assessor de Flávio, no valor de R$ 40.000.

O depósito do cheque aparece em um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que listou o pagamento a Michelle entre movimentações atípicas que somam R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz. O documento foi anexado pelo MPF (Ministério Público Federal) à investigação que deu origem à Operação Furna da Onça, que chegou a prender dez deputados estaduais da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Segundo os extratos de Queiroz, Michelle recebeu três cheques do ex-assessor em 2011, todos no valor de R$ 3.000. No ano seguinte, foram mais seis depósitos na mesma quantia. Já em 2013, foram três cheques no mesmo valor. O ano de 2016 é o que concentra a maior movimentação para a primeira-dama, totalizando R$ 36.000 em nove cheques.

(…) UOL