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São duas as vias

Os meios de comunicação e áreas do conservadorismo vêm promovendo debate sem conteúdo político, estéril: é preciso fugir dos extremismos e encontrar uma terceira via.

O conservadorismo brasileiro manifestou-se de diversas formas ao longo da nossa história, mas sempre trazendo consigo a pesada herança do colonialismo e da escravidão.

Submeteu-se aos interesses ingleses e em seguida dos americanos, dentre outros grupos europeus: era melhor importar os produtos deles e exportar, em troca, nossos produtos agrícolas, com apoio de ampla aristocracia rural e escravocrata. Trabalharam contra a industrialização do País (no final do Século XIX, nos alertava o grande financista Amaro Cavalcanti, o Brasil importava palitos e cabos de vassoura) e fizeram o que puderam para impedir a Abolição. Quando julgaram necessário, deram golpes, derrubaram governos eleitos. Sempre atuaram através de diversos partidos e grupos políticos em cada fase da nossa história, tendo os meios de comunicação ao dispor.

Do outro lado, foram surgindo os que lutaram pela industrialização do Brasil, os que lutaram pela abolição da escravatura, uma das páginas mais bonitas da nossa história, os que fizeram a República, em especial os positivistas progressistas. Em seguida, os se alinharam à campanha civilista de Rui Barbosa e ajudaram a fazer a Revolução de 1930. A Revolução de 1930 implanta a legislação trabalhista e a Previdência Social, o salário mínimo, amplia a organização dos trabalhadores nos sindicatos (é preciso reconhecer que o Exército brasileiro ajudou neste período, pois o patronato e áreas da Igreja Católica não queriam), defende as águas e os minérios, organiza a saúde pública através dos Institutos de Aposentadorias, implanta as estatais estratégicas, reorganiza o Estado Nacional com poder de intervir na economia. Difunde a ideia do desenvolvimentismo para superar o atraso. Funda-se uma corrente, um pensamento político: o trabalhismo.

Ao longo do tempo, algumas figuras respeitáveis procuraram firmar rumos para a vida brasileira. Não podemos nos esquecer de três grandes, todos tragados pela sorte: Tancredo Neves, tragado pela morte prematura; Ulisses Guimarães, pelas ondas do mar e Franco Montoro, pelo conservadorismo e o neoliberalismo que assumiu o partido que ajudou a fundar.

Com a redemocratização e a nova Constituição, as duas rotas da política brasileira voltaram a se realinhar.

Do lado conservador, fabricaram dois estratagemas para superar a grande dificuldade que sempre enfrentaram: levar consigo o povo brasileiro: fabricaram o caçador de marajás, com Collor, e o mito do Plano Real, com Fernando Henrique Cardoso. Implantaram o neoliberalismo com as inspirações vindas da Tatcher, na Inglaterra, e Reagan, nos Estados Unidos, para o desmonte do Estado brasileiro, privatização dos setores estratégicos da nossa economia para deleite dos grupos econômicos e a derrocada dos direitos do povo. Do outro lado, surge a figura do Lula como nova liderança popular e o Partido dos Trabalhadores como organização política com ampla inserção nos sindicatos, universidades, área acadêmica e organizações sociais e se espalha em todo território nacional. Procura anunciar novo tom no trabalhismo, mas assume todos os seus fundamentos: legislação trabalhista, Previdência Social, defende as estatais estratégicas. E avança nas questões sociais para a superação da pobreza e da miséria.

O povo brasileiro, recomposto no seu lado da política, recupera-se e reage: elegeu Lula duas vezes e Dilma duas vezes contra o conservadorismo liderado pelo PSDB. Aliás, Brizola dizia com todas as letras: o PSDB é a nova cara da direita.

O conservadorismo, diante das dificuldades de lidar com o nosso povo, seus direitos e interesses, como já havia amargado contra Getúlio, Juscelino e Jango, desnuda-se de qualquer escrúpulo e atua na linha dos golpes anteriores, e com os meios de comunicação na mão e o judiciário ao lado: veste a direita de verde amarelo e a coloca nas ruas; derruba a Presidente Dilma; processa e prende Lula. E completa a tarefa com o que lhe resta fazer: elege Bolsonaro.

Agora, o conservadorismo quer se livrar do Bolsonaro diante do seu fracasso, o que todos de bom senso já previam, e procuram alguém ou correntes que possam superá-lo para continuar o mesmo projeto herdado do colonialismo e da escravidão: subjugar a nação e espoliar nosso povo. Até aqui não conseguiram se distanciar dele. Ciro Gomes sinalizou o que queria ao sair do país na disputa final, e com suas raízes de apoio ao regime militar e ao Plano Real, base do neoliberalismo no Brasil, presta imenso serviço com seus xingamentos contra Lula, tentando diminuir seu poder eleitoral, mas não consegue ir além dos 6 a 10% nas pesquisas; o PSDB, entre Doria e sua pesada carga de traição ao próprio partido e a Bolsonaro, e Eduardo Leite, igualmente eleitor de Bolsonaro; Mandeta, articulador da campanha de Bolsonaro, seu Ministro e que investia contra o próprio SUS; e outros pretendentes menores.

Superar Bolsonaro e sua gente será difícil para qualquer deles, pois carregam todos a mesma marca: todos apoiaram Bolsonaro e todos apoiam a política econômica neoliberal dele, inviável para a economia e os destinos do Brasil e de retirada de direitos, crueldade suprema com nossa gente. E agora não oferecem figuras respeitáveis.

E o povo brasileiro já demonstrou que voltou a seu campo, à sua via: está com Lula. E igualmente importante: Lula demonstra consciência do seu dever de liderar a nação.

São as duas vias da política brasileira, como sempre.

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Terceira via, o fascismo cheiroso, vai às ruas para ver o seu tamanho

Os primeiros cacos do bolsonarismo vão se juntar hoje numa manifestação que tem tudo para ter um tamanho ridículo.

Partidos que apoiam as políticas nefastas de Paulo Guedes vão para as ruas contra qualquer pauta de interesse do povo brasileiro. Essa gente é parte dessa hecatombe econômica refletida no preço dos combustíveis, do gás de cozinha, dos alimentos, do desemprego recorde. Essa gente também colocou Bolsonaro no poder e, por motivos que nada tem a ver com o sofrimento do povo, rompeu com Bolsonaro, mas não com a política neoliberal nefasta, porque, afinal, foi para isso que ela colocou um fascista no poder.

Eles são os fascistas cheirosos. Na verdade, é um movimento que tem a maior simpatia da mídia, são filhotes da Lava Jato, os mesmos que até hoje não aceitam que Sergio Moro, que barganhou com Bolsonaro a cabeça de Lula em troca de um ministério, é o cretino que é, ou seja, tão culpado pelas 600 mil mortes quanto Bolsonaro.

Na realidade, nessa escória está toda junta e misturada, não dá para dizer aonde termina Bolsonaro e aonde começa Dória; aonde começa o Vem pra Rua e o MBL e aonde termina o gabinete do ódio.

O motivo que fez com que essa turma participasse do golpe em Dilma,da  prisão de Lula e da eleição de Bolsonaro continua vivo, que é a implantação de um hiper neoliberalismo pinochetista que Paulo Guedes impõe ao país, colocando toda a sociedade de joelhos, com um número assustador de pessoas que passaram a morar nas ruas sem ter o que comer.

Eles são contra a logomarca Bolsonaro e não contra o que o seu governo pratica naquilo que é essencial para a sobrevivência do povo, sobretudo para as camadas mais pobres da população.

Isso vai sim selar o destino de Bolsonaro. E se o fracasso das manifestações de hoje, como tudo indica, se confirmar, não resta dúvida, a direita brasileira, que é uma só, vai se reagrupar em torno da reeleição de Bolsonaro para 2022, Temer deixou isso claro.

O objetivo final não é deixar que o PT volte ao poder, e sim não deixar que os pobres voltem a fazer parte do orçamento do Estado brasileiro. O resto é mera maquiagem verborrágica.

No fundo, é um ajuntamento de picaretas perfumados que, até ontem, vestiam verde e amarelo berrando ao lado de Bolsonaro contra mulheres, negros, índios e pobres, com a mesma ira e com os mesmos pulmões.

Essa gente acha que engana a quem? Foi ela quem criou o bolsonarismo para, em seguida, criar Bolsonaro.

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A raiz do genocídio no Brasil está na economia, no neoliberalismo imposto por Moro e Bolsonaro

Todo o processo de desnaturação da democracia a que assistimos no golpe em Dilma e, depois, em Lula, tinha a mesma raiz, a busca pelo lucro maior e pelos privilégios das classes economicamente dominantes.

Se nós não tivermos capacidade de entender isso, a esquerda pode até recuperar o poder, mas o processo que levou o país a essa hecatombe humanitária se manterá como semente permitindo que, à frente, esse processo seja retomado junto com os interesses que cercam essa perversidade.

Se hoje há como resultado uma tragédia humanitária no modelo escolhido por Bolsonaro, com a busca criminosa pela suposta imunidade de rebanho para o enfrentamento da covid, num outro momento, com a volta desse modelo econômico, outras hecatombes recairão sobre as camadas mais pobres da população.

É bom acrescentar aqui que não há qualquer diferença no modelo econômico adotado pela ditadura militar do atual governo ainda mais militar.

Na verdade, o que se vive hoje no Brasil foi herdado daquele período em que o modelo cívico brasileiro ficou totalmente subordinado à economia neoliberal. E o resultado foi uma dívida considerada impagável com o FMI, sendo paga por Lula décadas depois. Com os governos militares vieram a recessão e a hiperinflação que produziram uma explosão de favelamento no país.

A ideia de territorialização corporativa que se expandiu enormemente nos governos militares durante a ditadura, entregou recursos nacionais para serem utilizados, sobretudo a serviço das corporações internacionais. E o resto, como tanto gosta de falar Paulo Guedes, foi utilizado para o resto da sociedade, o que mostra que o cálculo econômico de hoje busca organizar o país da mesma forma. São as corporações que no período militar utilizaram e utilizam hoje o que há de mais essencial dos recursos públicos.

Não há outro dado a acrescentar para explicar a situação trágica a que o Brasil chegou nesse período de pandemia.

Bolsonaro, para se manter no governo, mesmo enfrentando uma saraivada de denúncias de crimes cometidos por ele e seu clã, preferiu arrumar uma briga com a sociedade do que com o grande capital internacional, obtendo como resultado esse genocídio que já matou mais de meio milhão de brasileiros, respaldado no factoide de que era preciso organizar o país a partir da economia para enfrentar a pandemia, impondo ao povo uma cartilha de incontáveis mentiras para se chegar a essa catástrofe que consagrou Bolsonaro como o maior genocida do mundo na atualidade.

Mas é bom lembrar que o que nós vivemos hoje teve início na Lava Jato de Moro, que foi a grande central dos interesses do mercado, do dinheiro em estado puro, dos banqueiros e seus templos. Foi essa concepção de sociedade em que o ser humano, no Brasil, passou a ser totalmente residual, que todo um processo foi dominado para que uma democracia de mercado fosse instalada a ferro e fogo.

E o resultado foram os golpes em Dilma, a prisão de Lula e a sociedade vítima de dois dos maiores vigaristas da história do Brasil, Bolsonaro e Moro. E foi com essa parceria que o Brasil chegou a uma tragédia humanitária e hecatombe econômica que não deixam a mínima esperança de melhora, não em curto tempo.

O que preveem os economistas é que o Brasil, com Bolsonaro, mesmo depois da pandemia, baterá recordes sobre recordes de desemprego e empobrecimento do seu povo.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro e Guedes são feitos do mesmo material

Artigo professor Silvio Almeida, publicado na Folha

O homem certo – A cada entrevista ou pronunciamento fica mais evidente que Paulo Guedes é o homem certo. Suas ideias, seu comportamento, sua gestão à testa do Ministério da Economia provam a cada dia que outro homem não estaria à altura —ou à baixeza, no caso— exigida para esse cargo. Nenhum outro ministro representa de forma tão essencial as forças políticas que levaram Jair Bolsonaro à Presidência da República.

O presidente da República e o ministro da Economia são absolutamente complementares e encarnam, ainda que em corpos distintos, um só espírito. São, portanto, apenas aparentes as suas contradições.

De um lado um sujeito cuja falta de modos é lida como “autenticidade”. Manda jornalistas se calarem, desdenha do sofrimento da pandemia e agride quem dele discorda. Encarna o autoritário, que muitos pedem.

Na outra ponta, o “intelectual”, reconhecido pelo mercado como grande gestor e homem de sucesso. É o campeão da liberdade, que o mercado deseja. Mas nada como os momentos de crise para erodir as aparências e fazer emergir das profundezas a natureza gemelar dos dois personagens. Quando acossados, o ódio que nutrem a pobres, a trabalhadores, a pequenos empresários e a aposentados emerge de forma primordial e sem freios.

Mas que espírito é esse que no governo brasileiro habita dois corpos e que tem o poder de se apresentar simultaneamente como defesa intransigente da liberdade e ameaça à democracia? Há alguns anos as ciências sociais, nas mais variadas áreas, têm se esforçado para compreender o fenômeno que alguns denominam como neoliberalismo autoritário. Acho que nenhum outro termo pode explicar melhor o “bolsoguedismo”.

O uso do termo neoliberalismo autoritário é controverso. O termo se refere às condições objetivas e subjetivas surgidas com as transformações no regime de acumulação e no modo de regulação do capitalismo provocadas pelas crises do fordismo e do Estado de bem-estar social. Tais mudanças levariam à atualização das formas de regulação estatal na economia e a processos de reorientação ideológica conduzidos pelas exigências da concorrência de mercado.

O que os mais diversos autores têm apontado é que desde as suas origens o neoliberalismo esteve relacionado com o esvaziamento da democracia, já que medidas para limitar o poder econômico são consideradas interferências políticas que ameaçam à liberdade.

A liberdade, na visão dos considerados teóricos do neoliberalismo, se materializa na ordem da concorrência, e não no contrato social. Trata-se, portanto, de construir o mercado blindado das demandas democráticas e de redistribuição igualitária, “livre” de constrangimentos sobre o investimento e a lucratividade capitalista. Isso explicaria o movimento para desmantelar os sistemas de proteção social, a oferta pública, gratuita e universal de saúde e educação e a facilitar a captura do orçamento público por interesses privados.

Mas há os que considerem um absurdo a vinculação entre autoritarismo e neoliberalismo e, para tanto, fornecem exemplos de governos e países democráticos que adotaram o receituário neoliberal.

Pierre Dardot denuncia a confusão teórica daqueles que acusam essa incompatibilidade. Segundo o autor francês, é preciso distinguir: 1) autoritarismo como regime político; 2) autoritarismo político neoliberal e 3) a dimensão autoritária irredutível do neoliberalismo. O primeiro não é exclusividade de governos neoliberais. O segundo é resultado da acomodação das políticas neoliberais a distintos regimes políticos, democráticos ou autoritários, o que é determinado pelas circunstâncias históricas. Já o terceiro é o que Dardot chama de “restrição do deliberável”, o que, em outras palavras, é a decomposição das instâncias de participação popular por meio de “reformas” e uso de medidas jurídicas excepcionais, especialmente no que se refere a decisões econômicas.

Guedes e Bolsonaro personificam a versão brasileira do centauro do neoliberalismo, que é metade liberdade econômica para o andar de cima da pirâmide social e metade repressão e violência para o andar de baixo. De vez em quando somos forçados a lembrar que é um único ser, com os mesmos projetos e o mesmo negacionismo da realidade social. No fundo, quem quer a liberdade de Guedes pede por autoritarismo; quem quer o autoritarismo de Bolsonaro é porque demanda a liberdade de Guedes.

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FHC diz que o neoliberalismo de Guedes é uma pandemia dentro da outra

É fato que Fernando Henrique, novamente, soltou o seu famoso “deixa disso” na hora de falar da tragédia sanitária provocada por Bolsonaro, dizendo que o impeachment do monstro poderia agravar o caos social, sanitário e econômico.

Nesse caso, o mais importante é que o papa do neoliberalismo tropical, que serviu tanto a Temer quanto a Guedes para a implantação de políticas recessivas e, consequentemente, desastrosas para a economia brasileira, não assume que o X da questão é a própria filosofia neoliberal, e sim algo que ele não sabe explicar o que fez desandar a maçaroca neoliberal tanto de Temer quanto de Guedes.

Mas não deixa de ser emblemático FHC separar as duas tragédias, sanitária e econômica, mesmo admitindo que uma otimiza a outra, mas que são em si independentes. Ou seja, mesmo que não tivesse a pandemia, a política de Guedes garantiria a tragédia econômica que o Brasil vive. Tragédia esta retirada da bíblia tucana da qual FHC é a divindade máxima.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Varejo, que apoiou maciçamente o golpe em Dilma e a eleição de Bolsonaro, tem a maior queda em 20 anos

Patrocinou o banquete e ficou do lado de fora. Esta é a mais pura realidade que os comerciantes brasileiros vivem sob o governo de Bolsonaro.

Provavelmente, agora, os comerciantes entendam que não mandam absolutamente em nada e que são meros garçons dos gafanhotos do sistema financeiro.

Eles que, de forma maciça, apoiaram o golpe em Dilma e a eleição de Bolsonaro, sentem a derrocada bater em suas portas, muitas já fechadas.

A grande maioria dos comerciantes do varejo acreditou que o problema deles era o salário dos trabalhadores que, na verdade, são os seus consumidores. Agora, eles estão aí consumidos pelas cabeças neoliberais que comandam o Brasil e o levam ao caos.

É o preço que estão pagando pela mentalidade tacanha do neoliberalismo voraz representado por FHC, Collor, Temer e, agora, por Bolsonaro, com Paulo Guedes, que sempre tiveram o apoio do comércio em geral. Hoje, esses comerciantes veem secar o leite de suas vaquinhas.

Mas o preconceito e a total falta de preparo intelectual e, consequentemente, de discernimento político e, portanto, incapazes de pensar um metro à frente, tomam uma bofetada na cara. Quem sabe assim não acordam do sonho de que fazem parte da elite.

*Da redação

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Vídeo: Desesperado com o avanço de Boulos, Covas retoma o BolsoDória

Bruno Covas, ao ver o crescimento significativo de Boulos, como é característico do PSDB, parte para a baixaria, assumindo de vez o discurso da direita, partindo para o ataque a Cuba e Venezuela. Ou seja, o mesmo neoliberalismo que golpeou Dilma a partir da não aceitação da derrota por Aécio, a prisão de Lula e a consequente eleição dessa coisa que hoje ocupa a cadeira da presidência.

Assista:

*Da redação

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Papa pede fim do neoliberalismo

O papa Francisco denunciou as desigualdades e o “vírus do individualismo” em sua nova encíclica, com o título “Fratelli tutti” (Todos irmãos) e divulgada neste domingo, na qual pede o fim “do dogma neoliberal” e defende a fraternidade “com atos e não apenas com palavras”.

Em um momento do texto, falando sobre como diferentes culturas devem conviver, Francisco fez referência à canção “Samba da Bênção”, de Vinicius de Moraes: “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida”.

Segundo o papa, devemos incentivar a cultura do encontro, em que todos podem aprender algo e na qual ninguém é inútil. “Isto implica incluir as periferias. Quem vive nelas tem outro ponto de vista, vê aspetos da realidade que não se descobrem a partir dos centros de poder onde se tomam as decisões mais determinantes.”

Temas sociais

Em sua terceira encíclica, de 84 páginas, o pontífice argentino retomou os temas sociais abordados ao longo de sete anos e meio de pontificado e reflete sobre um mundo afetado pelas consequências da pandemia de coronavírus.

No documento, escrito em espanhol e que permanecerá com o título em italiano em todos os idiomas, Francisco condenou o “dogma neoliberal”, um “pensamento pobre, repetitivo, que propõe sempre as mesmas receitas diante de qualquer desafio que se apresente”.

“A especulação financeira com o lucro fácil como objetivo fundamental continua provocando estragos”, advertiu, antes de acrescentar que “o vírus do individualismo radical é o vírus mais difícil de derrotar”.

“É possível aceitar o desafio de sonhar e pensar em outra humanidade. É possível desejar um planeta que assegure terra, teto e trabalho para todos”, destacou o pontífice, um pedido que fez em várias oportunidades durante suas viagens aos países mais pobres e esquecidos.

Um mundo fechado O Papa Francisco reivindicou o direito de todo ser humano de viver “com dignidade e desenvolver-se plenamente” e recordou que a pandemia evidenciou a incapacidade dos dirigentes de atuar em conjunto em um mundo falsamente globalizado.

“A fragilidade dos sistemas mundiais diante das pandemias evidenciou que nem tudo se resolve com a liberdade de mercado”, completou.

“Vimos o que aconteceu com as pessoas mais velhas em alguns lugares do mundo por causa do coronavírus. Não tinham que morrer assim (…) cruelmente descartados”, lamentou o pontífice.

Em sua encíclica mais social, depois de reiterar sua oposição à “cultura dos muros”, Francisco pediu uma nova ética nas relações internacionais.

“Uma sociedade fraternal será aquela que conseguir promover a educação para o diálogo com o objetivo de derrotar o ‘vírus do individualismo radical’ e permitir que todos deem o melhor de si mesmos”.

Reforma da ONU, oposição à pena de morte

“O mundo de hoje é, em sua maioria, um mundo surdo”, escreveu o papa, que também defende a reforma estrutural da Organização das Nações Unidas, reitera a total oposição da Igreja à pena de morte e comenta a questão da dívida externa dos países que “deve ser paga, mas sem prejuízo ao crescimento e subsistência dos países mais pobres”.

“Hoje afirmamos com clareza que a pena de morte é inadmissível e a Igreja se compromete com determinação para propor que seja abolida em todo o mundo.”

No documento, o pontífice também pede o diálogo e defende novos caminhos para alcançar a reconciliação entre os povos.

“Não é possível decretar uma ‘reconciliação geral’ com a pretensão de fechar por decreto as feridas ou cobrir as injustiças com um manto de esquecimento”, ressaltou Francisco, que cita o Holocausto, os bombardeios em Hiroshima e Nagasaki, a perseguições, o tráfico de escravos e os massacres étnicos.

“Esta encíclica representa a síntese de seu pontificado e a apresentou sozinho, sem estar acompanhado por outras autoridades da Igreja, porque é o símbolo de sua autoridade”, comentou o vaticanista Filippo di Giacomo ao canal italiano RaiNews24.

No texto, o papa afirma que “muitos ateus cumprem melhor a vontade de Deus que muitos crentes”, em uma espécie de advertência aos muitos políticos de todos os continentes que se sentem “autorizados por sua fé a apoiar diversas formas de nacionalismos fechados e violentos, atitudes xenófobas, desprezos ou inclusive maus-tratos aos que são diferentes.”

“Com esta encíclica o papa argentino toma posições claras”, declarou Carlo Petrini, fundador do movimento internacional Slow Food, ex-comunista, ecologista e autor de um livro sobre seus diálogos com o papa sobre a ecologia integral.

 

*Com informações do Uol

 

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Bolsonaro confessa que a economia fracassou em seu governo; Novidade? Zero

No mundo, aonde o neoliberalismo deu certo?

Nós, que já amargamos neoliberais fundamentalistas como Collor, FHC e, depois, Temer, com a mesma bíblia de FHC, Bolsonaro dobrou a aposta no fracasso. Portanto, é justo que ele e Guedes colham o que plantaram.

Como é modesto, diz que a culpa do fracasso é dos prefeitos e governadores. Isso mesmo, Bolsonaro, que tem a caneta e os cofres da união na mão, culpa prefeitos e governadores que respeitaram as orientações sanitárias da OMS.

Sobre os lucros extraordinários dos banqueiros que mandam e desmandam em seu governo, nem um pio do cínico.

Otimista, Bolsonaro diz que recuperação econômica não será rápida.

Para quem passou de boiada as reformas durante a pandemia, prometendo o céu na terra, vir com uma explicação dessa, de que a culpa pelo fracasso da economia é dos prefeitos e governadores, soa como anedota.

Lógico que ele não quer lembrar que entregou R$ 1,2 trilhão para os banqueiros e que simplesmente virou as costas para os micro, pequenos e médios empresários. E o desastre só não foi pior, porque os R$ 200 que ele queria como auxílio emergencial foi derrubado pelo Congresso que impôs a ele uma derrota, obrigando-o a pagar R$ 600.

Ainda, se Bolsonaro não tivesse se aliado à Covid, contra a população, em dois meses o Brasil teria voltado à normalidade econômica.

Então, o saldo negativo mostra uma economia extremamente frágil e, por tal resultado, só existe um único culpado, Jair Bolsonaro que, em quase dois anos, não governou o país, preocupado somente em livrar seus filhos e a si próprio da cadeia em função das revelações sobre sua organização criminosa que estouraram antes mesmo de tomar posse.

Na verdade, ficou até barato esse fracasso econômico de seu governo.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Mídia, tentando igualar Lula a Bolsonaro, reforça que Bolsonaro foi eleito por ela

Que a mídia está com um olho no peixe e, outro, no gato, em relação a Moro e Bolsonaro, disso não há dúvida.

O fim da Lava Jato e a saída de Moro do ministério da Justiça e Segurança Pública não rompeu o pacto de sangue entre os barões da comunicação e o ex-juiz de Curitiba. Afinal, Moro cumpriu o prometido, entregou a cabeça de Lula na bandeja, cometendo todos os ilícitos possíveis para não permitir que o PT voltasse ao poder, principalmente tendo Lula novamente como presidente da República.

O projeto neoliberal dos tucanos, derrotado quatro vezes seguidas nas urnas, foi imposto por Temer no golpe contra Dilma e Bolsonaro não fez qualquer gesto que não fosse o de avisar que Paulo Guedes daria continuidade ao que foi reiniciado por Temer.

Assim, Moro que, certamente, já prometeu aos donos do dinheiro grosso que seguirá trilhando pelo mesmo caminho antipovo dos neoliberais nativos, é colocado nesse furdunço do lado oposto de Bolsonaro.

Na verdade, Moro no governo, foi um serviçal obediente a Bolsonaro e usou a PF, do primeiro ao último dia como ministro, com Valeixo com tudo para proteger o clã Bolsonaro. Daí a espinafrada merecida que Moro tomou do deputado do Psol, Glauber Braga que o chamou de juiz corrupto e ladrão e capanga da milícia, justamente por incorporar em seu jogo o controle da Polícia Federal e, a partir disso, como uma polícia pretoriana, usá-la para blindar o clã e seus comparsas, Queiroz, a família do miliciano, empregada no gabinete do Flávio, a prensa no porteiro para mudar a versão e o desinteresse em se aprofundar em qualquer coisa que desaguasse em evidência de crime que envolvesse a família Bolsonaro.

Isso dito, fica claro que a mídia segue mais do que nunca antipetista, tanto que faz um jogo rasteiro e até previsível, para não dizer infantil, querendo pinçar uma frase de Lula dentro de um contexto amplo, mas justamente o que incomoda a mídia, que é a crítica ao neoliberalismo, já que a mídia brasileira se transformou num panfleto dos bancos e tenta associar Bolsonaro a Lula, como se ela não tivesse se estrebuchado para colocar o genocida no poder, como se pudesse colocar uma focinheira no monstro e docilizá-lo.

O que se vê é a mídia passando recibo de principal responsável pela ascensão de Bolsonaro, levando-o à presidência da República e promovendo essa carnificina contra o povo e o ataque às instituições que, hoje, o baronato midiático tanto critica.

Como sempre, falta inspiração para essa mídia de banqueiros, sempre muito preocupada em agradar os patrocinadores, acaba por denegrir quem pensa e age de forma inversa ao sistema financeiro predador e escorrega na própria casca de banana que jogou no chão, mostrando que o gabinete do ódio tem a quem puxar.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas