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Bolsonaro anunciou R$ 3 bilhões, mas Petrobras destinará R$ 300 milhões para custear gás aos mais pobres

Petrobras destina 90% a menos que o anunciado por Bolsonaro para custear gás aos mais pobres.

Projeto deve durar 15 meses, e os valores e critérios do auxílio ainda não foram divulgados pela estatal.

A Petrobras divulgou esta semana que destinará R$ 300 milhões para um programa de auxílio à compra de gás de cozinha e outros insumos essenciais por famílias em situação de vulnerabilidade durante 15 meses. O montante informado pela estatal é apenas 10% dos R$ 3 bilhões anunciados pelo presidente Jair Bolsonaro em entrevista ao Programa do Ratinho, do SBT, em 30 de julho.

O preço médio do botijão para consumidores brasileiros é de aproximadamente R$ 100. Houve aumento de quase 30% desde o início do ano, obrigando famílias a recorrerem a alternativas menos seguras, como álcool e lenha.

“O novo presidente da Petrobras, general Silva e Luna, está com uma reserva de aproximadamente R$ 3 bilhões para atender realmente esses mais necessitados. Seria o equivalente a um bujão de gás a cada dois meses”, sinalizou Bolsonaro em cadeia nacional há dois meses.

A declaração repercutiu a tal ponto que a petrolífera teve que lançar uma nota de esclarecimento, dois dias depois.

“Não há definição quanto à implementação e o montante de participação em eventuais programas. Qualquer decisão estará sujeita à governança de aprovação e em conformidade com as políticas internas da companhia”, disse a Petrobras, corrigindo a informação veiculada no SBT.

O montante aprovado pelo Conselho de Administração esta semana foi de R$ 300 milhões, 90% a menos que o sinalizado por Bolsonaro. Os critérios para acesso a esse subsídio e os valores a serem destinados para cada família ainda não foram divulgados.

Leia também: Gás de cozinha vai subir 7% e passar dos R$ 100 no Distrito Federal

Em paralelo ao programa que será custeado pela Petrobras, o governo estuda criar uma espécie de vale-gás para beneficiários do Bolsa Família até o final de 2022.

Para além da inflação acumulada no período, de 5,67%, o principal motivo dos reajustes no preço do botijão é a política adotada pela Petrobras desde o governo Michel Temer (MDB), que atrela os preços cobrados ao consumidor às variações do mercado internacional.

Com o dólar em alta, os combustíveis disparam. O impacto é sentido não apenas nos derivados de petróleo, mas em todas as cadeias produtivas, que refletem o aumento dos custos de transporte.

*Com informações do Brasil de Fato

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Economia

Petrobras volta ao centro das preocupações

Mais uma vez, a Petrobras volta ao centro dos noticiários. Ao que tudo indica, o arsenal de maldades ou de trapalhadas desse governo, também nesse quesito, parece não ter fim. A cada dia ou cada nova semana, a empresa volta ao foco das preocupações de boa parte da sociedade brasileira.

A manchete do momento diz respeito a mais um reajuste a ser promovido pela direção da estatal no preço de venda do óleo diesel em suas refinarias. De uma tacada só, o valor foi reajustado em quase 9%, saindo dos atuais R$ 2,81 para R$ 3,06 a cada litro. Os impactos derivados de tal decisão tecnocrática e de forte viés financista se farão sentir de forma praticamente horizontal pelo conjunto dos setores de nossa economia. Os custos serão imediatamente repassados pelos distribuidores de combustíveis para as empresas de transportes, para os caminhoneiros e para os consumidores finais, com consequências diretas e inescapáveis sobre quase todos os agentes econômicos em nossa sociedade.

Não bastassem as dificuldades por que passamos todos com a crise atual – o desemprego, a alta da SELIC e os altos índices de inflação – pois a partir de agora seremos todos obrigados a conviver com mais essa medida completamente desnecessária. Enfim, ao menos deveria ser encarada assim se estivéssemos frente a um governo que levasse em consideração os verdadeiros interesses nacionais em suas decisões de política econômica e energética.

Política de reajustes começou com Temer

O que está por trás de cada uma das inúmeras elevações nos preços dos derivados de petróleo oferecidos pela Petrobras na saída de suas refinarias tem suas raízes ainda no governo Temer & Meirelles, logo depois do golpe que levou ao impedimento de Dilma Roussef em 2016. Naquele momento, a decisão adotada foi de romper com o suposto “passado intervencionista” da política de preços administrados e estabelecer uma moderna “política de mercado” para os produtos refinados. A ideia genial foi de atrelar os preços da estatal às variações observadas no mercado internacional do óleo bruto em dólar. Uma loucura! Assim, passamos a estar diretamente subordinados a variações externas à nossa vontade ou realidade, tais como as especulações na cotação do barril de petróleo nas reuniões da OPEP, nas variações no mercado globalizado das “commodities” ou nas desvalorizações do real frente às moedas estrangeiras.

A orientação naquele momento foi uma grave e deliberada reversão na direção da de uma maior autonomia na extração do óleo e na capacidade de refino no Brasil. O projeto nacional vigente até então era o de reduzir, para não dizer eliminar, nossa dependência com relação ao “fator petróleo” frente ao resto do mundo. Lembremos que em 2006, a condição de autossuficiência já havia sido alcançada durante a gestão do Presidente Lula, quando em 2006 simbolicamente foi inaugurada a plataforma P-50. Alguns anos mais tarde, em 2010, tem início também as operações nas reservas do Pré Sal. Tratava-se de uma estratégia para evitar que os preços internos dos derivados fossem determinados pelos fatores externos.

No entanto, todo esse movimento foi abortado a partir de 2016. Além disso, a orientação do governo foi de promover a redução da capacidade de refino interna no Brasil e elevar o coeficiente de importação dos produtos refinados. Para tanto, a Petrobras passou a exportar mais óleo bruto e comprar em maior quantidade os derivados no mercado internacional. Tudo isso com a argumentação falaciosa de que tais medidas promoveriam uma redução de custos para o consumidor brasileiro.

A vitória de Bolsonaro e a chegada do superministro da economia não alteraram em nada tal determinação. Muito pelo contrário, Paulo Guedes terminou por reforçar estas e outras sandices liberaloides na esfera da política econômica. A preocupação toda era a de agradar ao coração e às mentes do financismo, mantendo o discurso doutrinário de apego irracional ao doutrinarismo da ortodoxia. Tudo contra o Estado, sempre em defesa do mercado.

A evolução dos preços do diesel desde a posse de Bolsonaro está retratada no gráfico abaixo.

Preço óleo diesel nas refinarias Petrobras (R$/litro) – 2019/2021

Para além das questões associadas à defesa de um modelo tão irracional quanto disfuncional para nosso País, o fato é que esse percurso dos preços do diesel tem provocado fissuras e irritações no próprio campo conservador, desagradando a setores que tanto contribuíram para a chegada do ex deputado federal do baixo clero ao Palácio do Planalto. Uma das categorias que mais tem reagido a tais medidas são os caminhoneiros, que passaram inclusive a ameaçar com novas paralisações nacionais.

É importante registrar que o atual presidente da Petrobras é o General Luna e Silva, militar da reserva e que havia sido nomeado por Temer como o primeiro militar a ocupar o posto de Ministro da Defesa. No início do atual governo, ocupou o cargo de Presidente da Itaipu Binacional. Na sequência, ele foi nomeado por Bolsonaro para o Petrobras em abril deste ano, em razão de um suposto descontentamento do presidente com os reajustes que já vinham sendo praticados nos preços dos combustíveis da estatal. Ele foi indicado para substituir Roberto Castello Branco, que havia assumido o cargo desde o início do governo, por indicação de Paulo Guedes. Ambos têm um passado comum na formação em economia, tanto na FGV/RJ como na Universidade de Chicago. A ver como será feita a cobrança do ex capitão para com um superior na hierarquia do “seu” Exército.

Críticas nas próprias Forças Armadas.

As cobranças públicas têm se tornado cada vez mais frequentes, em especial no interior das próprias Forças Armadas. As acusações dirigidas a Luna e Silva partem inclusive de publicações de associações de reservistas, que se mostram indignados com a postura do general no comando da estatal. Uma das críticas mais recorrentes referem-se aos salários espetaculares pagos ao mesmo, que seriam superiores a 230 mil reais. Realmente, um escândalo para um governo que mantém no discurso da austeridade seu mote mais repetido e que se agarra como pode na Reforma Administrativa, sempre com o argumento surrado de acabar com “privilégios”.

A pergunta mais instigante é por que Bolsonaro ainda insiste com essa maluquice? Afinal, sua popularidade desce ladeira abaixo a cada nova pesquisa e os efeitos de tais aumentos dos combustíveis em nada contribuem para seus intentos de buscar a reeleição. Na verdade, a oposição a quaisquer mudanças na atual política de preços dos combustíveis tem origem nos interesses do sistema financeiro e na oposição sistemática de Paulo Guedes a qualquer tipo de alteração que se assemelhe a uma possível intervenção governamental no setor.

Por um lado, isso poderia significar algum tipo de redução nos lucros da empresa, com as repercussões consideradas negativas no mercado das Bolsas de Valores, aqui dentro e no exterior. Por outro lado, algum tipo de mudança necessária na política de reajustes dos combustíveis poderia ser absorvido pelo próprio governo, por meio da assunção de tal diferença pela contabilidade do Tesouro Nacional. Em qualquer um dos casos, no entanto, o superministro seria obrigado a engolir mais uma derrota interna. E nessa queda de braço, ao menos por enquanto, Bolsonaro tem evitado expor um confronto aberto.

Porém, se existe alguma racionalidade nas decisões de governo, parece claro que os reajustes se apresentam como uma pedra no sapato do capitão. Aguardemos para ver como ele definirá uma solução que preserve o seu Ministro da Economia e reduza os efeitos deletérios de tais aumentos dos preços para seu projeto de permanecer no governo a partir de janeiro de 2023. Convenhamos que se trata de uma missão bastante difícil – quase impossível, eu diria.

*Paulo Kliass/Carta Maior

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Economia

Bolsa despenca e dólar sobe com mercados afundando nos EUA

Expectativa de elevação de juros ganha força com pressão inflacionária.

A Bolsa de Valores brasileira caiu 3,05%, a 110.123 pontos, e o dólar subiu 0,87%, a R$ 5,4260 nesta terça-feira (28), em um dia marcado por fortes baixas nos mercados de ações do exterior devido à expectativa de inflação e consequente elevação de juros nos Estados Unidos.

Em Wall Street, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam com quedas de 1,63%, 2,04% e 2,83%, respectivamente.

A tempestade nas bolsas está relacionada à busca dos investidores por ganhos com títulos do Tesouro dos Estados Unidos devido à expectativa de confirmação de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) elevará os juros básicos e reduzirá suas compras de ativos realizadas para estimular a economia no período mais grave da pandemia.

Os títulos do Tesouro dos Estados Unidos atingiram o maior valor em meses e estão atraindo investidores que passaram a abandonar o mercado de ações, principalmente quanto aos papéis de empresas de tecnologia que compõem o Nasdaq, segundo o Wall Street Journal.

A inflação é uma preocupação mundial devido a um cenário de elevação do preço das commodities.

O petróleo está no centro do problema. O barril do Brent, referência para o setor petrolífero, atingiu US$ 80,75 (R$ 437,71) na abertura do mercado, o maior valor desde 16 de outubro de 2018, segundo dados da Bloomberg. Ao final do dia, a commodity recuou 1,19%, a US$ 78,58 (R$ 425,95), após cinco altas consecutivas.

A elevação da commodity é um dos fatores de inflação global e, no caso específico dos Estados Unidos, a alta no custo de vida pode confirmar a elevação dos juros básicos a partir de 2022. Um dos reflexos disso para o Brasil é a valorização do dólar frente ao real, com reflexos na inflação e nos juros brasileiros.

“Estamos vendo esse aumento da expectativa de juros por lá muito por conta de um
dólar se fortalecendo frente a moedas emergentes e pela alta das commodities”, diz Pietra Guerra, especialista em ações da Clear Corretora.

“Esses dois fatores combinados refletem na subida da inflação e, com isso, pode ser que o Fed tenha que subir os juros da taxa básica para contê-la”, analisa.

No Brasil, que tem na Petrobras uma das mais importantes empresas do seu mercado de ações, a alta tem efeito ambíguo.

À primeira vista, a elevação da commodity beneficia o mercado acionário brasileiro porque impulsiona as ações da Petrobras. Mas a alta também pressiona os preços dos combustíveis, com reflexos na inflação e na pressão política para que o governo interfira nos preços praticados pela estatal.

Nesta terça (28), a Petrobras anunciou aumento de 8,9% no preço do diesel em suas refinarias, após 85 dias sem reajuste. O anúncio ocorre um dia depois de mais uma sequência de ruídos entre o governo e a estatal em relação aos preços dos combustíveis.

Nesta segunda-feira (27), a as ações da Petrobras, que tinham iniciado o dia subindo quase 2% impulsionadas pela alta do petróleo, passaram a devolver os ganhos após o presidente Jair Bolsonaro afirmar ter se reunido com o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) para discutir formas de “diminuir o preço” de combustíveis “na ponta da linha”.

*Com informações da Folha

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Economia

Empresas perdem R$ 195,3 bilhões em valor de mercado nesta quarta-feira com declarações golpistas de Bolsonaro

As ações das companhias listadas na bolsa de valores brasileira somavam R$ 5,257 trilhões na segunda-feira. Ao fim dos negócios desta quarta, passaram a valer R$ 5,061 trilhões, segundo levantamento da Economatica.

Com a escalada da crise política no país, as empresas de capital aberto da bolsa de valores brasileira, a B3, perderam R$ 195,3 bilhões em valor de mercado nesta quarta-feira (8), de acordo com um levantamento realizado pela provedora de informações financeiras Economatica.

As ações das companhias somavam R$ 5,257 trilhões na segunda-feira (6). Ao fim dos negócios desta quarta, passaram a valer R$ 5,061 trilhões.

As empresas que mais perderam valor de mercado foram Petrobras (queda de R$ 19,6 bilhões), Ambev (R$ 15,4 bilhões), Itaú (14,3 bilhões), Bradesco (R$ 12,2 bilhões) e Vale (R$ 10,1 bilhões).

Nesta quarta, o Ibovespa despencou 3,78%, a 113.413 pontos, e registrou a maior queda diária desde o dia 8 de março, com os investidores recebendo mal os atos antidemocráticos de 7 de setembro e os novos ataques de Bolsonaro aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na leitura dos analistas, as falas de Bolsonaro elevam o grau de incerteza na economia a um novo patamar. A avaliação é a de que o presidente deixou de lado a agenda econômica e perdeu o poder político para encaminhar medidas importantes no Congresso Nacional.

O mercado de câmbio também teve um dia de forte tensão. O dólar subiu 2,93% e cotado a R$ 5,3276 – a maior valorização percentual diária desde 24 de junho do ano passado.

*Com informações do G1

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Salário de coronel amigão de Bolsonaro na Petrobras chega a R$ 130 mil

Coronel Ricardo Marques foi apontado pelo próprio filho como autor de relatório que subnotificou casos de coronavírus.

O coronel reformado Ricardo Marques, amigo do presidente Jair Bolsonaro, nomeado como Gerente Executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras, ganha salário de R$ 70 mil mensais que, somado aos benefícios variáveis chega a R$ 130 mil por mês.

Ricardo Marques foi colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e é pai de Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor que produziu o relatório fake do Tribunal de Contas da União (TCU).

O coronel é apontado pelo próprio filho como responsável pelo vazamento do documento, que deu suporte para Bolsonaro falar que o número de mortos pela Covid-19 seria a metade do que foi divulgado pelo próprio Ministério da Saúde em 2020.

Ricardo Silva Marques se formou na AMAN em 1977, mesmo ano em que o presidente se graduou na academia. Em 2019, ainda na ativa, ganhou o cargo na gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras. No ano passado, Marques foi para a reserva.

Também em 2019, Alexandre Marques, que é amigo dos filhos de Jair Bolsonaro, foi indicado para uma diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O nome do auditor, no entanto, foi barrado pelo próprio TCU, que apontou conflito de interesse, uma vez que o BNDES é um dos órgãos fiscalizados pelo tribunal de contas.

*Com informações da Forum/Lauro Jardim

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Carol Proner: “Governo Biden intensifica estratégia lavajatista na América Latina”

A jurista e professora de Direito Carol Proner condenou a política externa para a América Latina do governo Joe Biden, nos Estados Unidos. Segundo ela, Biden investe em uma estratégia geopolítica que busca fortalecer a influência norte-americana na região.

Integrante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, Carol apontou para o caso do México, onde a ONG Mexicanos Contra a Corrupção foi denunciada pelo presidente Andrés Manuel López Obrador como objeto de interferência norte-americana. “E o presidente dos EUA diz que seguirão financiando as ONGs e os jornalistas a denunciar e combater a corrupção internacional, de modo que notamos claramente que o governo Biden não só não mudou essa técnica lavajatista como intensificou”, disse.

Ela comentou ainda a carta de 20 congressistas norte-americanos pedindo que as informações sobre como o Departamento de Justiça cooperou com a Operação Lava Jato sejam tornadas públicas. “Por isso que essa carta tem uma importância, mas a possibilidade de sabermos o que acontece, imagino que seja muito difícil. Porque a questão da corrupção é uma estratégia regional, geopolítica, estrutural, fundamental para a América Latina, agora entrando fortemente na América Central”.

“Estamos discutindo isso no Parlasul, na Comissão de Direitos Humanos, instrumentos de autodefesa que os Estados daqui da região têm que ter com relação à extraterritorialidade e à submissão da nossa jurisdição à jurisdição de outro país. Portanto, o Brasil tem que demandar essas questões. Setenta parlamentares brasileiros também foram aos Estados Unidos pedir informações ao Departamento de Justiça, porque isso é de interesse nacional. Estamos falando aí da Petrobras, a Eletrobras…”, completou a jurista.

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TCU absolve Dilma, mas Globo faz narrativa grosseira sugerindo o oposto

Quem viu ontem apenas a narrativa construída pelos comentaristas da GloboNews, certamente, supôs que Dilma foi condenada pelo TCU pelo placar que, na verdade, ela foi absolvida.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi absolvida nesta quarta-feira, 14, no processo que analisa a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras em 2006. Na época, Dilma era ministra de Minas e Energia e presidente do Conselho de Administração da estatal.

“Não há evidências nos autos de que todos os envolvidos soubessem da existência desse esquema”, ponderou o relator. “Relativamente aos membros do Conselho de Administração, os documentos a eles apresentados e as informações neles presentes não indicavam contradições ou falhas que lhes permitissem vislumbrar que a proposta para a aquisição partia de valor bem superior”.

Camarotti, junto com o restante dos comentaristas do chiqueirinho da GloboNews, afirmou que, durante o governo Dilma, houve um grande prejuízo que fragilizou enormemente as contas da Petrobras.

É a velha manipulação, daquelas que causam embrulho no estômago, porque, na verdade, o comentarista tentou fazer um gancho invertido já que, no momento em que o caso de Lula no STF está prestes a ser julgado, tudo o que a Globo não quer é anunciar que a acusação contra Dilma no caso da refinaria de Passadena foi apenas mais uma fraude da Lava Jato, pois investigou, esmiuçou e não achou uma mísera prova contra a ex-presidenta, assim como até hoje não encontrou nada, rigorosamente nada que servisse de prova contra o ex-presidente Lula.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

A mansão em que vive Pedro Barusco, o maior ladrão da Petrobras, desanca a tese de combate à corrupção de Moro

De 5 em 5 minutos, numa escandalosa campanha da Globo contra a suspeição de Moro, é repetido por um jornalista da GloboNews o que Fachin disse, que se Moro for considerado suspeito, pode anular toda a Lava Jato.

Segundo a grande mídia, a Lava Jato é um divisor de águas do combate à corrupção no país, mesmo assistindo à chegada ao poder não de um corrupto, mas de uma família de corruptos pelas mãos de Moro.

A mídia denuncia todos os casos de corrupção da família Bolsonaro, é verdade,  porém, faz questão de esquecer que quem o levou ao altar foi Moro, o chefe geral da Lava Jato.

Pior, negociou com Bolsonaro a prisão de Lula para ser super ministro e dar o pontapé inicial na sua carreira política rumo à presidência da República. Isso está mais do que cristalino.

Mas como o cinismo é o esporte favorito dos barões da mídia paratatá, não custa nada tentar afastar a figura de Moro do clã ao qual ele serviu como capanga enquanto esteve no governo.

A foto em destaque desse artigo não é da mansão de R$ 6 milhões de Flávio Bolsonaro, o que de cara já derruba a falácia de que a Lava Jato é um divisor de água, ou seja, um grande avanço no combate à corrupção, mas não é. Essa mansão é de Pedro Barusco, tido pela própria operação como o maior ladrão da história da estatal. É aí que ele vive e dorme o sono não simplesmente dos justos, mas dos anjos, arcanjos e outras divindades.

Pedro Barusco vive uma vida de xeique com a ficha absolutamente limpa, gozando as maravilhas que seus anos a fio de corrupção na Petrobras lhe proporcionaram. E é aí que começa a grande armação da história.

Muito antes do início da Lava Jato, em 2009, o Congresso criou uma CPMI da Petrobras em que Barusco foi o ator central, porque foi descoberto um super esquema de corrupção comandado por ele. Ou seja, não foi Moro quem descobriu o maior corrupto da história da Petrobras.

Segundo e mais importante ponto, de boca própria, ao vivo e a cores pela GloboNews, Pedro Barusco confessou que, desde 1997, ainda no primeiro mandato de FHC, ele montou um esquema milionário de corrupção na Petrobras e bancos suíços mandavam seus representantes ao Brasil para levar a grana monumental para os cofres da Suíça.

Pois bem, quando a Lava Jato aparece e apresenta Barusco no Jornal Nacional como seu grande troféu no combate à corrupção da Lava jato, a primeira coisa que fez foi mutilar a própria confissão de Barusco na CPMI da Petrobras no Congresso em que ele afirmou que toda a sua fortuna se deu a partir do governo FHC, e assim operou durante seis anos, dois do primeiro mandato de FHC e quatro do segundo mandato.

Lógico que Moro, com isso, quis trabalhar com duas formas bem objetivas, eximir FHC de qualquer culpa pela corrupção na Petrobras, como já havia denunciado Paulo Francis, no programa Manhatan Conecttion, que lhe custou um processo de FHC via Petrobras e que muitos dizem ter sido o motivo de sua morte e, de bate-pronto colocou Barusco no colo de Lula, como se o PT fosse a pedra inaugural de seu esquema.

Aqui não se pretende discutir a impunidade de Barusco, seus castelos e sua fortuna e muito menos a vida que leva. Isso é um problema da justiça brasileira.

Mas como a mídia brasileira manipula até fatos que ela própria reportou ao vivo e a cores, tratando a todos nós como verdadeiros imbecis, principalmente nesse caso em que é sabido que havia um pacto de sangue entre Moro e os Marinho para fazer da Lava Jato o próprio cadafalso, prender Lula e tirá-lo da eleição de 2018, porque a Globo, que sempre operou politicamente como comitê eleitoral permanente do PSDB, havia sofrido quatro derrotas consecutivas para Lula e, como mostravam as pesquisas, se não fosse impedido pela lei da ficha limpa pela condenação sem provas que Moro lhe impôs, Lula, mesmo preso no calabouço de Curitiba, venceria a quinta eleição de forma humilhante, pois chegaria ao poder já no primeiro turno.

Isso é absolutamente natural, pois Lula saiu do seu segundo mandato com aprovação recorde na história do Brasil, com 87%.

Então, com essa campanha, o que a Globo quer para salvar a cabeça de Moro, é produzir impunidade para um juiz corrupto e ladrão, como bem afirmou o bravíssimo deputado Glauber Braga, do Psol, diante do próprio Moro na Câmara dos deputados, fazendo com que ficasse mudo e saísse corrido pela porta dos fundos da Câmara, uma fuga vergonhosa e desmoralizante.

É disso que falamos quando vemos essa campanha cínica de uma família que tem no DNA o golpe contra qualquer um que queira governar a partir dos pobres, da massa do povo. A Globo sempre foi o cão de guarda da oligarquia brasileira.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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A meta de Bolsonaro é matar 3 mil brasileiros por dia

O Ministério da Saúde, comandado pelo próprio Bolsonaro, via seu testa de ferro, Pazuello, já conta que a pandemia vai matar 3 mil brasileiros por dia ainda no mês de março.

Para quem vive criando cortina de fumaça para os escândalos de corrupção do clã na mídia, Bolsonaro tem dois motivos fortes para utilizar uma retórica vulcânica para tirar do foco dois assuntos que revelam a podridão em que vive o Brasil. A primeira delas refere-se à compra da mansão por Flávio Bolsonaro que se mostra cada dia enrolada e imbricada, cheia de contradições entre, de um lado, os documentos e, de outro, a versão de Flávio. A segunda, que está escancarada é que, houve um vazamento na mudança de comando da Petrobras de alguém que estava na reunião com Bolsonaro. Tal vazamento beneficiou algumas pessoas que ficaram milionárias da noite para o dia.

Nesse momento, não existe nada melhor para Bolsonaro do que escandalizar o país, não só com palavras típicas de um psicopata, mas de ações contundentes que resultarão na morte de 3 mil pessoas por dia, segundo o próprio ministério da Saúde. Mas Bolsonaro não quer ouvir falar em lockdown, pois quer bater a meta.

Além das declarações estúpidas que fomentam ainda mais a contaminação, somadas a sua sabotagem na compra das vacinas, Bolsonaro agora usa a lei Rouanet para pressionar, através de artistas, as cidades que tomam medidas restritivas de combate à covid, suspendendo da análise dos projetos desses artistas.

Isso, não só mostra a insanidade desse sujeito, como revela que o Brasil é presidido por um louco que usa qualquer pedra que tenha nas mãos para atacar quem ele considera inimigo na sua obsessão de enriquecer junto com o seu clã, na base de, custe o que custar.

E se for preciso matar 4 mil por dia para abafar os escândalos do clã e das ações da Petrobras, Bolsonaro fará isso sem qualquer remorso ou empatia pela carnificina diária que promove e que ainda promoverá.

O estranho de tudo isso é a absoluta inércia do Congresso e do sistema de justiça do Brasil que ainda não arrancaram da cadeira da presidência um sujeito com tamanha capacidade letal, maior do que qualquer arma de guerra contra seu próprio povo.

O que o Brasil vive é absolutamente bizarro, sem qualquer parâmetro na história da humanidade, seja pela agressividade do pestilento, seja pela passividade das instituições brasileiras diante do caos. Bolsonaro não tem limites.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Nassif: Um crime foi cometido dentro do Planalto; onde irão esconder o cadáver?

A matéria de Malu Gaspar em O Globo é definitiva.

Por aqui, já havíamos levantado a suspeita de insider trading (vazamento privilegiado de informações) no episódio da Petrobras, na matéria “O jogo previsível com as ações da Petrobras“. Jair Bolsonaro poderia ter trocado o presidente da Petrobras, poderia defender estratégias para impedir a dolarização dos preços internos. Mas o carnaval que aprontou, justo na véspera do vencimento de opções, não batia com suas extravagâncias habituais. Havia evidentes sinais de tentar interferir no mercado de opções, cujo vencimento se daria no primeiro dia útil.

Para quem não sabe, o mercado de opções é um jogo no qual um vendedor combina vender determinado lote de ações por um preço pré-determinado a um comprador. Ele não precisa possuir as ações. No vencimento, se o preço das ações no mercado à vista for superior ao preço combinado, o vendedor paga a diferença. Se for inferior, o comprador paga a diferença.

Um carnaval, como o de Bolsonaro, na véspera do vencimento de opções, significava algo além da defesa dos caminhoneiros consumidores de diesel.

A matéria de Malu Gaspar mostra a seguinte cronologia:

1 – O preço das opções de Petrobras estava em R$ 26,50.

2 – Na 5a feira, a ação valia R$ 29,27 no mercado à vista. Só compraria a opção quem acreditasse que o papel cairia pelo menos 8% na 6a feira.

3 – Na 5a feira, às 16:45 hs, segundo a agenda oficial do Planalto, segundo Malu Gaspar, Jair Bolsonaro se reuniu com os Ministros Bento Albuquerque, das Minas e Energia, Paulo Guedes, da Economia, Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, além de Luiz Eduardo Ramos, Walter Braga e Augusto Heleno. Lá, decidiu pela saída intempestiva do presidente da Petrobras.

4 – 20 minutos depois, às 17:37, um investidor adquiriu 2,6 milhões de PETRBN265 (a opção da Petrobras). Nove minutos depois, comprou mais 1,4 milhão. Os 4 milhões de opções custaram R$ 160 mil. Até aquele momento, o maior lote vendido foi de 86,3 mil PETRBN265.

5 – Às 19 horas, em sua live semanal, Bolsonaro anunciou que “alguma coisa vai acontecer nos próximos dias”, preparando o terreno para o desastre. Na 6a, as ações caíram 3%. Fechado o pregão, Bolsonaro anunciou a substituição de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim da Silva e Lima.

6 – Na 2a feira, as ações caíram 20,1%, de R$ 27,33 para R$ 21,77. Os R$ 160 mil aplicados em opções podem ter rendido R$ 18 milhões.

O crime de informação privilegiada é punido com pena de um a cinco anos e multa de até três vezes o valor conseguido. Foi a condenação imputada a Eike Baptista. Todos os indícios apontam que foi cometido dentro do Palácio do Planalto. Se o criminoso não confessar, a sombra da suspeição irá pairar sobre todos as pessoas presentes à reunião.

Não haverá tapete que permita esconder debaixo o cadáver.

Será fácil para a CVM apurar quem se beneficiou do insider.

*Com informações do GGN

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