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Petroleiros querem investigação da PF sobre possível cartel na Petrobras

Para a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a manutenção da atual a política de preço de paridade de importação (PPI) na Petrobras pode estar sustentada por um cartel formado pela diretoria da empresa e importadores de combustíveis. Os petroleiros alegam que ao reduzir a capacidade de refino do país e adotar a PPI, a empresa abriu amplo espaço para o mercado de importação de petróleo e derivados.

Mário Alberto Dal Zot, diretor jurídico da FUP e presidente da Associação de Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras, denunciou o possível esquema durante audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados realizada nesta quarta-feira (13). A sessão, convocada pelo deputado Helder Salomão (PT/ES) – presidente da comissão -, tratou sobre política de preços de derivados de petróleo.

Dal Zot cobrou durante a sessão que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a Polícia Federal (PF) realizassem investigação sobre a possível existência de um cartel formado pela diretoria da Petrobras com importadores. A PPI – que se baseia nas cotações internacionais do petróleo, na variação do dólar e nos custos de importação para definir os preços nacionais – é criticada pelos petroleiros desde 2016, após o golpe que levou Michel Temer ao poder. Desde então já se apontava que a prática prejudicaria consumidores e a própria empresa.

“A FUP foi a primeira a denunciar o PPI, quando em 2016 a Petrobras adotou tal política de forma abrupta. Paralelo a isso, houve uma redução do fator de utilização (FUT) das refinarias no Brasil, que caiu de 94% para 70%, favorecendo a importação de derivados por terceiros. Com isso, a Petrobras, que era responsável pela quase totalidade das importações, saiu do mercado, e o total de importadores cresceu. Em janeiro de 2010 tinham 218 importadores de derivados e 154 de lubrificantes. Em julho de 2019 (último boletim divulgado pela ANP) eram 356 importadores de derivados (aumento de 63%) e 188 de lubrificantes (aumento de 22%)”, afirmou o diretor na comissão.

Durante audiência, a Petrobras defendeu o PPI, que também foi criticado por representante do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP).

Fundo para estabilização dos preços dos combustíveis

A audiência debateu ainda a possível criação de um Fundo de Estabilização dos Preços dos Derivados do Petróleo (FEPD). A proposta, apresentada por Nereu Crispim (PSL-RS) é defendida por Hélder Salomão e pelos petroleiros.

“O preço subiu porque houve alteração na condução e na metodologia de cálculo. Eu não sou contra o mercado cuidar do lucro dos seus negócios, mas quem tem de cuidar dos preços dos combustíveis não pode ser o mercado, senão o mercado vai fazer o que está acontecendo aqui: a gente ganha em real e paga o combustível em dólar”, disse o presidente da comissão.

Atualmente, a Petrobras é gerida pelo general Joaquim Silva e Luna, que defende a manutenção da PPI mesmo com a disparada dos preços dos combustíveis. Durante coletiva de imprensa realizada no fim de setembro, Silva e Luna chegou a rir de uma pergunta sobre a possibilidade de diminuição do preço do gás para os mais pobres. O general recebe um salário mensal de R$ 260 mil.

*Com informações da Forum

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Economia

Dispara o preço da gasolina e do gás de cozinha: Petrobras anuncia aumento de 7,2%

Estatal diz que altas compensam parcialmente alta das cotações internacionais e dólar.

A Petrobras anunciou nesta sexta (8) aumentos de 7,2% nos preços da gasolina e do gás de cozinha em suas refinarias. O preço do óleo diesel, que foi reajustado na semana passada, permanecerá estável.

Segundo a estatal, o litro da gasolina vendida por suas refinarias passará de R$ 2,78 para R$ 2,98, um reajuste médio de R$ 0,20. Em nota, a empresa destacou que é o primeiro aumento em 58 dias.

Já o quilo do gás de cozinha passará de R$ 3,60 para R$ 3,86, alta de R$ 0,26. Assim, os 13 quilos necessários para encher um botijão custarão na refinaria o equivalente a R$ 50,15.

O preço do gás de cozinha nas refinarias da estatal ficou 95 dias sem reajustes, embora as cotações internacionais tenham disparado com o aumento da demanda na Europa.

Segundo a estatal, os reajustes “refletem parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio, dado o fortalecimento do dólar em âmbito global”.

Em comunicados sobre os reajustes, a companhia defende que a variação dos preços é importante “para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”.

Na semana passada, a estatal subiu o preço do diesel em 8,9%, no primeiro reajuste depois de 85 dias.

A escalada dos preços dos combustíveis é um dos principais fatores de pressão sobre a inflação brasileira, que em setembro acelerou para 1,16%, a maior alta para o mês desde o início do Plano Real.

Com a forte elevação, o IPCA também quebrou a barreira simbólica dos dois dígitos no acumulado de 12 meses. Nesse período, a alta chegou a 10,25%.

*Com informações do Uol

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Presidente da Petrobras diz que empresa não vai segurar preço de combustível

O risco é “zero” de a Petrobras atuar para segurar os preços dos combustíveis no país em meio a um período de valores elevados que pressionam a inflação e o orçamento dos brasileiros, disse o presidente da empresa, Joaquim Silva e Luna, em entrevista à Reuters.

Isso significa que, se os preços do petróleo ou o câmbio se moverem para novas altas estruturais, a Petrobras terá de reajustar os preços de gasolina e diesel para manter sua política de seguir a paridade com as cotações globais, apesar de pressões contrárias de parte da sociedade, afirmou o executivo.

Depois de 85 dias, a Petrobras promoveu nesta semana um reajuste no preço do diesel de cerca de 9%, e com altas anteriores o combustível nas refinarias da empresa acumula aumento de mais de 50% no ano, assim como a gasolina, gerando manifestações de políticos para que a petroleira estatal tenha uma “função social” de aliviar a inflação.
“A chance disso (segurar preços) acontecer é nenhuma”, disse o general da reserva em entrevista por telefone na noite de sexta-feira (1), ao comentar a importância de a Petrobras ser guiada pelas regras de mercado na definição dos preços.
“Eu considero zero. A Petrobras é uma empresa muito bem regulada, com normas de conformidade. Nenhum colegiado vai aprovar uma coisa dessas”, completou ele, ao ser questionado sobre os riscos de a empresa voltar a ser utilizada como instrumento de controle de inflação.
O general da reserva destacou que a empresa tem de respeitar a Lei da Estatais e seguir regras de governança e a política de PPI (preço de paridade de importação), que não será abandonada.
“A empresa tem que seguir a métrica de preços internacionais, não tem jeito”, refutando comentários de que a Petrobras teria que zelar por uma modicidade de preços, sem pensar apenas no lucro.
*Com informações do Uol

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Política

Bolsonaro anunciou R$ 3 bilhões, mas Petrobras destinará R$ 300 milhões para custear gás aos mais pobres

Petrobras destina 90% a menos que o anunciado por Bolsonaro para custear gás aos mais pobres.

Projeto deve durar 15 meses, e os valores e critérios do auxílio ainda não foram divulgados pela estatal.

A Petrobras divulgou esta semana que destinará R$ 300 milhões para um programa de auxílio à compra de gás de cozinha e outros insumos essenciais por famílias em situação de vulnerabilidade durante 15 meses. O montante informado pela estatal é apenas 10% dos R$ 3 bilhões anunciados pelo presidente Jair Bolsonaro em entrevista ao Programa do Ratinho, do SBT, em 30 de julho.

O preço médio do botijão para consumidores brasileiros é de aproximadamente R$ 100. Houve aumento de quase 30% desde o início do ano, obrigando famílias a recorrerem a alternativas menos seguras, como álcool e lenha.

“O novo presidente da Petrobras, general Silva e Luna, está com uma reserva de aproximadamente R$ 3 bilhões para atender realmente esses mais necessitados. Seria o equivalente a um bujão de gás a cada dois meses”, sinalizou Bolsonaro em cadeia nacional há dois meses.

A declaração repercutiu a tal ponto que a petrolífera teve que lançar uma nota de esclarecimento, dois dias depois.

“Não há definição quanto à implementação e o montante de participação em eventuais programas. Qualquer decisão estará sujeita à governança de aprovação e em conformidade com as políticas internas da companhia”, disse a Petrobras, corrigindo a informação veiculada no SBT.

O montante aprovado pelo Conselho de Administração esta semana foi de R$ 300 milhões, 90% a menos que o sinalizado por Bolsonaro. Os critérios para acesso a esse subsídio e os valores a serem destinados para cada família ainda não foram divulgados.

Leia também: Gás de cozinha vai subir 7% e passar dos R$ 100 no Distrito Federal

Em paralelo ao programa que será custeado pela Petrobras, o governo estuda criar uma espécie de vale-gás para beneficiários do Bolsa Família até o final de 2022.

Para além da inflação acumulada no período, de 5,67%, o principal motivo dos reajustes no preço do botijão é a política adotada pela Petrobras desde o governo Michel Temer (MDB), que atrela os preços cobrados ao consumidor às variações do mercado internacional.

Com o dólar em alta, os combustíveis disparam. O impacto é sentido não apenas nos derivados de petróleo, mas em todas as cadeias produtivas, que refletem o aumento dos custos de transporte.

*Com informações do Brasil de Fato

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Economia

Petrobras volta ao centro das preocupações

Mais uma vez, a Petrobras volta ao centro dos noticiários. Ao que tudo indica, o arsenal de maldades ou de trapalhadas desse governo, também nesse quesito, parece não ter fim. A cada dia ou cada nova semana, a empresa volta ao foco das preocupações de boa parte da sociedade brasileira.

A manchete do momento diz respeito a mais um reajuste a ser promovido pela direção da estatal no preço de venda do óleo diesel em suas refinarias. De uma tacada só, o valor foi reajustado em quase 9%, saindo dos atuais R$ 2,81 para R$ 3,06 a cada litro. Os impactos derivados de tal decisão tecnocrática e de forte viés financista se farão sentir de forma praticamente horizontal pelo conjunto dos setores de nossa economia. Os custos serão imediatamente repassados pelos distribuidores de combustíveis para as empresas de transportes, para os caminhoneiros e para os consumidores finais, com consequências diretas e inescapáveis sobre quase todos os agentes econômicos em nossa sociedade.

Não bastassem as dificuldades por que passamos todos com a crise atual – o desemprego, a alta da SELIC e os altos índices de inflação – pois a partir de agora seremos todos obrigados a conviver com mais essa medida completamente desnecessária. Enfim, ao menos deveria ser encarada assim se estivéssemos frente a um governo que levasse em consideração os verdadeiros interesses nacionais em suas decisões de política econômica e energética.

Política de reajustes começou com Temer

O que está por trás de cada uma das inúmeras elevações nos preços dos derivados de petróleo oferecidos pela Petrobras na saída de suas refinarias tem suas raízes ainda no governo Temer & Meirelles, logo depois do golpe que levou ao impedimento de Dilma Roussef em 2016. Naquele momento, a decisão adotada foi de romper com o suposto “passado intervencionista” da política de preços administrados e estabelecer uma moderna “política de mercado” para os produtos refinados. A ideia genial foi de atrelar os preços da estatal às variações observadas no mercado internacional do óleo bruto em dólar. Uma loucura! Assim, passamos a estar diretamente subordinados a variações externas à nossa vontade ou realidade, tais como as especulações na cotação do barril de petróleo nas reuniões da OPEP, nas variações no mercado globalizado das “commodities” ou nas desvalorizações do real frente às moedas estrangeiras.

A orientação naquele momento foi uma grave e deliberada reversão na direção da de uma maior autonomia na extração do óleo e na capacidade de refino no Brasil. O projeto nacional vigente até então era o de reduzir, para não dizer eliminar, nossa dependência com relação ao “fator petróleo” frente ao resto do mundo. Lembremos que em 2006, a condição de autossuficiência já havia sido alcançada durante a gestão do Presidente Lula, quando em 2006 simbolicamente foi inaugurada a plataforma P-50. Alguns anos mais tarde, em 2010, tem início também as operações nas reservas do Pré Sal. Tratava-se de uma estratégia para evitar que os preços internos dos derivados fossem determinados pelos fatores externos.

No entanto, todo esse movimento foi abortado a partir de 2016. Além disso, a orientação do governo foi de promover a redução da capacidade de refino interna no Brasil e elevar o coeficiente de importação dos produtos refinados. Para tanto, a Petrobras passou a exportar mais óleo bruto e comprar em maior quantidade os derivados no mercado internacional. Tudo isso com a argumentação falaciosa de que tais medidas promoveriam uma redução de custos para o consumidor brasileiro.

A vitória de Bolsonaro e a chegada do superministro da economia não alteraram em nada tal determinação. Muito pelo contrário, Paulo Guedes terminou por reforçar estas e outras sandices liberaloides na esfera da política econômica. A preocupação toda era a de agradar ao coração e às mentes do financismo, mantendo o discurso doutrinário de apego irracional ao doutrinarismo da ortodoxia. Tudo contra o Estado, sempre em defesa do mercado.

A evolução dos preços do diesel desde a posse de Bolsonaro está retratada no gráfico abaixo.

Preço óleo diesel nas refinarias Petrobras (R$/litro) – 2019/2021

Para além das questões associadas à defesa de um modelo tão irracional quanto disfuncional para nosso País, o fato é que esse percurso dos preços do diesel tem provocado fissuras e irritações no próprio campo conservador, desagradando a setores que tanto contribuíram para a chegada do ex deputado federal do baixo clero ao Palácio do Planalto. Uma das categorias que mais tem reagido a tais medidas são os caminhoneiros, que passaram inclusive a ameaçar com novas paralisações nacionais.

É importante registrar que o atual presidente da Petrobras é o General Luna e Silva, militar da reserva e que havia sido nomeado por Temer como o primeiro militar a ocupar o posto de Ministro da Defesa. No início do atual governo, ocupou o cargo de Presidente da Itaipu Binacional. Na sequência, ele foi nomeado por Bolsonaro para o Petrobras em abril deste ano, em razão de um suposto descontentamento do presidente com os reajustes que já vinham sendo praticados nos preços dos combustíveis da estatal. Ele foi indicado para substituir Roberto Castello Branco, que havia assumido o cargo desde o início do governo, por indicação de Paulo Guedes. Ambos têm um passado comum na formação em economia, tanto na FGV/RJ como na Universidade de Chicago. A ver como será feita a cobrança do ex capitão para com um superior na hierarquia do “seu” Exército.

Críticas nas próprias Forças Armadas.

As cobranças públicas têm se tornado cada vez mais frequentes, em especial no interior das próprias Forças Armadas. As acusações dirigidas a Luna e Silva partem inclusive de publicações de associações de reservistas, que se mostram indignados com a postura do general no comando da estatal. Uma das críticas mais recorrentes referem-se aos salários espetaculares pagos ao mesmo, que seriam superiores a 230 mil reais. Realmente, um escândalo para um governo que mantém no discurso da austeridade seu mote mais repetido e que se agarra como pode na Reforma Administrativa, sempre com o argumento surrado de acabar com “privilégios”.

A pergunta mais instigante é por que Bolsonaro ainda insiste com essa maluquice? Afinal, sua popularidade desce ladeira abaixo a cada nova pesquisa e os efeitos de tais aumentos dos combustíveis em nada contribuem para seus intentos de buscar a reeleição. Na verdade, a oposição a quaisquer mudanças na atual política de preços dos combustíveis tem origem nos interesses do sistema financeiro e na oposição sistemática de Paulo Guedes a qualquer tipo de alteração que se assemelhe a uma possível intervenção governamental no setor.

Por um lado, isso poderia significar algum tipo de redução nos lucros da empresa, com as repercussões consideradas negativas no mercado das Bolsas de Valores, aqui dentro e no exterior. Por outro lado, algum tipo de mudança necessária na política de reajustes dos combustíveis poderia ser absorvido pelo próprio governo, por meio da assunção de tal diferença pela contabilidade do Tesouro Nacional. Em qualquer um dos casos, no entanto, o superministro seria obrigado a engolir mais uma derrota interna. E nessa queda de braço, ao menos por enquanto, Bolsonaro tem evitado expor um confronto aberto.

Porém, se existe alguma racionalidade nas decisões de governo, parece claro que os reajustes se apresentam como uma pedra no sapato do capitão. Aguardemos para ver como ele definirá uma solução que preserve o seu Ministro da Economia e reduza os efeitos deletérios de tais aumentos dos preços para seu projeto de permanecer no governo a partir de janeiro de 2023. Convenhamos que se trata de uma missão bastante difícil – quase impossível, eu diria.

*Paulo Kliass/Carta Maior

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Economia

Bolsa despenca e dólar sobe com mercados afundando nos EUA

Expectativa de elevação de juros ganha força com pressão inflacionária.

A Bolsa de Valores brasileira caiu 3,05%, a 110.123 pontos, e o dólar subiu 0,87%, a R$ 5,4260 nesta terça-feira (28), em um dia marcado por fortes baixas nos mercados de ações do exterior devido à expectativa de inflação e consequente elevação de juros nos Estados Unidos.

Em Wall Street, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam com quedas de 1,63%, 2,04% e 2,83%, respectivamente.

A tempestade nas bolsas está relacionada à busca dos investidores por ganhos com títulos do Tesouro dos Estados Unidos devido à expectativa de confirmação de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) elevará os juros básicos e reduzirá suas compras de ativos realizadas para estimular a economia no período mais grave da pandemia.

Os títulos do Tesouro dos Estados Unidos atingiram o maior valor em meses e estão atraindo investidores que passaram a abandonar o mercado de ações, principalmente quanto aos papéis de empresas de tecnologia que compõem o Nasdaq, segundo o Wall Street Journal.

A inflação é uma preocupação mundial devido a um cenário de elevação do preço das commodities.

O petróleo está no centro do problema. O barril do Brent, referência para o setor petrolífero, atingiu US$ 80,75 (R$ 437,71) na abertura do mercado, o maior valor desde 16 de outubro de 2018, segundo dados da Bloomberg. Ao final do dia, a commodity recuou 1,19%, a US$ 78,58 (R$ 425,95), após cinco altas consecutivas.

A elevação da commodity é um dos fatores de inflação global e, no caso específico dos Estados Unidos, a alta no custo de vida pode confirmar a elevação dos juros básicos a partir de 2022. Um dos reflexos disso para o Brasil é a valorização do dólar frente ao real, com reflexos na inflação e nos juros brasileiros.

“Estamos vendo esse aumento da expectativa de juros por lá muito por conta de um
dólar se fortalecendo frente a moedas emergentes e pela alta das commodities”, diz Pietra Guerra, especialista em ações da Clear Corretora.

“Esses dois fatores combinados refletem na subida da inflação e, com isso, pode ser que o Fed tenha que subir os juros da taxa básica para contê-la”, analisa.

No Brasil, que tem na Petrobras uma das mais importantes empresas do seu mercado de ações, a alta tem efeito ambíguo.

À primeira vista, a elevação da commodity beneficia o mercado acionário brasileiro porque impulsiona as ações da Petrobras. Mas a alta também pressiona os preços dos combustíveis, com reflexos na inflação e na pressão política para que o governo interfira nos preços praticados pela estatal.

Nesta terça (28), a Petrobras anunciou aumento de 8,9% no preço do diesel em suas refinarias, após 85 dias sem reajuste. O anúncio ocorre um dia depois de mais uma sequência de ruídos entre o governo e a estatal em relação aos preços dos combustíveis.

Nesta segunda-feira (27), a as ações da Petrobras, que tinham iniciado o dia subindo quase 2% impulsionadas pela alta do petróleo, passaram a devolver os ganhos após o presidente Jair Bolsonaro afirmar ter se reunido com o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) para discutir formas de “diminuir o preço” de combustíveis “na ponta da linha”.

*Com informações da Folha

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Empresas perdem R$ 195,3 bilhões em valor de mercado nesta quarta-feira com declarações golpistas de Bolsonaro

As ações das companhias listadas na bolsa de valores brasileira somavam R$ 5,257 trilhões na segunda-feira. Ao fim dos negócios desta quarta, passaram a valer R$ 5,061 trilhões, segundo levantamento da Economatica.

Com a escalada da crise política no país, as empresas de capital aberto da bolsa de valores brasileira, a B3, perderam R$ 195,3 bilhões em valor de mercado nesta quarta-feira (8), de acordo com um levantamento realizado pela provedora de informações financeiras Economatica.

As ações das companhias somavam R$ 5,257 trilhões na segunda-feira (6). Ao fim dos negócios desta quarta, passaram a valer R$ 5,061 trilhões.

As empresas que mais perderam valor de mercado foram Petrobras (queda de R$ 19,6 bilhões), Ambev (R$ 15,4 bilhões), Itaú (14,3 bilhões), Bradesco (R$ 12,2 bilhões) e Vale (R$ 10,1 bilhões).

Nesta quarta, o Ibovespa despencou 3,78%, a 113.413 pontos, e registrou a maior queda diária desde o dia 8 de março, com os investidores recebendo mal os atos antidemocráticos de 7 de setembro e os novos ataques de Bolsonaro aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na leitura dos analistas, as falas de Bolsonaro elevam o grau de incerteza na economia a um novo patamar. A avaliação é a de que o presidente deixou de lado a agenda econômica e perdeu o poder político para encaminhar medidas importantes no Congresso Nacional.

O mercado de câmbio também teve um dia de forte tensão. O dólar subiu 2,93% e cotado a R$ 5,3276 – a maior valorização percentual diária desde 24 de junho do ano passado.

*Com informações do G1

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Salário de coronel amigão de Bolsonaro na Petrobras chega a R$ 130 mil

Coronel Ricardo Marques foi apontado pelo próprio filho como autor de relatório que subnotificou casos de coronavírus.

O coronel reformado Ricardo Marques, amigo do presidente Jair Bolsonaro, nomeado como Gerente Executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras, ganha salário de R$ 70 mil mensais que, somado aos benefícios variáveis chega a R$ 130 mil por mês.

Ricardo Marques foi colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e é pai de Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor que produziu o relatório fake do Tribunal de Contas da União (TCU).

O coronel é apontado pelo próprio filho como responsável pelo vazamento do documento, que deu suporte para Bolsonaro falar que o número de mortos pela Covid-19 seria a metade do que foi divulgado pelo próprio Ministério da Saúde em 2020.

Ricardo Silva Marques se formou na AMAN em 1977, mesmo ano em que o presidente se graduou na academia. Em 2019, ainda na ativa, ganhou o cargo na gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras. No ano passado, Marques foi para a reserva.

Também em 2019, Alexandre Marques, que é amigo dos filhos de Jair Bolsonaro, foi indicado para uma diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O nome do auditor, no entanto, foi barrado pelo próprio TCU, que apontou conflito de interesse, uma vez que o BNDES é um dos órgãos fiscalizados pelo tribunal de contas.

*Com informações da Forum/Lauro Jardim

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Carol Proner: “Governo Biden intensifica estratégia lavajatista na América Latina”

A jurista e professora de Direito Carol Proner condenou a política externa para a América Latina do governo Joe Biden, nos Estados Unidos. Segundo ela, Biden investe em uma estratégia geopolítica que busca fortalecer a influência norte-americana na região.

Integrante da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, Carol apontou para o caso do México, onde a ONG Mexicanos Contra a Corrupção foi denunciada pelo presidente Andrés Manuel López Obrador como objeto de interferência norte-americana. “E o presidente dos EUA diz que seguirão financiando as ONGs e os jornalistas a denunciar e combater a corrupção internacional, de modo que notamos claramente que o governo Biden não só não mudou essa técnica lavajatista como intensificou”, disse.

Ela comentou ainda a carta de 20 congressistas norte-americanos pedindo que as informações sobre como o Departamento de Justiça cooperou com a Operação Lava Jato sejam tornadas públicas. “Por isso que essa carta tem uma importância, mas a possibilidade de sabermos o que acontece, imagino que seja muito difícil. Porque a questão da corrupção é uma estratégia regional, geopolítica, estrutural, fundamental para a América Latina, agora entrando fortemente na América Central”.

“Estamos discutindo isso no Parlasul, na Comissão de Direitos Humanos, instrumentos de autodefesa que os Estados daqui da região têm que ter com relação à extraterritorialidade e à submissão da nossa jurisdição à jurisdição de outro país. Portanto, o Brasil tem que demandar essas questões. Setenta parlamentares brasileiros também foram aos Estados Unidos pedir informações ao Departamento de Justiça, porque isso é de interesse nacional. Estamos falando aí da Petrobras, a Eletrobras…”, completou a jurista.

*247

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TCU absolve Dilma, mas Globo faz narrativa grosseira sugerindo o oposto

Quem viu ontem apenas a narrativa construída pelos comentaristas da GloboNews, certamente, supôs que Dilma foi condenada pelo TCU pelo placar que, na verdade, ela foi absolvida.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi absolvida nesta quarta-feira, 14, no processo que analisa a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras em 2006. Na época, Dilma era ministra de Minas e Energia e presidente do Conselho de Administração da estatal.

“Não há evidências nos autos de que todos os envolvidos soubessem da existência desse esquema”, ponderou o relator. “Relativamente aos membros do Conselho de Administração, os documentos a eles apresentados e as informações neles presentes não indicavam contradições ou falhas que lhes permitissem vislumbrar que a proposta para a aquisição partia de valor bem superior”.

Camarotti, junto com o restante dos comentaristas do chiqueirinho da GloboNews, afirmou que, durante o governo Dilma, houve um grande prejuízo que fragilizou enormemente as contas da Petrobras.

É a velha manipulação, daquelas que causam embrulho no estômago, porque, na verdade, o comentarista tentou fazer um gancho invertido já que, no momento em que o caso de Lula no STF está prestes a ser julgado, tudo o que a Globo não quer é anunciar que a acusação contra Dilma no caso da refinaria de Passadena foi apenas mais uma fraude da Lava Jato, pois investigou, esmiuçou e não achou uma mísera prova contra a ex-presidenta, assim como até hoje não encontrou nada, rigorosamente nada que servisse de prova contra o ex-presidente Lula.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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