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Justiça

PF já tem provas para apontar Bolsonaro como chefe de organização criminosa

A Polícia Federal estabeleceu como objetivo apresentar os relatórios finais até dezembro deste ano.

A investigação conduzida pela Polícia Federal está se aproximando de uma etapa decisiva no caso que implica o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma alegada organização criminosa, segundo informa a jornalista Bela Megale, no Globo. As evidências coletadas até agora reforçam a suspeita de que esse grupo atuou em várias frentes, desde a ameaça à democracia até a obtenção indevida de benefícios através do aparato governamental, diz o 247.

Nesta quinta-feira, um marco significativo será alcançado com os depoimentos simultâneos de oito investigados, incluindo Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro. O objetivo desses interrogatórios é elucidar o papel desempenhado por cada indivíduo nessa organização criminosa e esclarecer os crimes cometidos, de acordo com fontes próximas à investigação.

De acordo com informações vindas da Polícia Federal, há provas sólidas que indicam que esse mesmo grupo criminoso operava de maneira coordenada, com funções claramente definidas em todos os casos sob investigação. Um dos principais colaboradores desse núcleo é Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que está prestando seu terceiro depoimento em seis dias, fornecendo informações cruciais aos investigadores. A Polícia Federal estabeleceu como objetivo apresentar os relatórios finais dos inquéritos envolvendo Bolsonaro e seu círculo íntimo até dezembro deste ano.

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Política

Mauro Cid deu detalhes incriminatórios de sua atuação à PF

O militar passou mais de 16 horas no prédio da PF nos últimos dias; versões apresentadas estão sendo conferidas pelos investigadores.

Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid mudou de postura recentemente e explicou aos investigadores da Polícia Federal (PF) detalhes incriminatórios de sua atuação no governo, segundo fontes ouvidas pelo Metrópoles.

A espécie de confissão, feita na sexta-feira (25/8) e na segunda (28/8), ao longo de quase 16 horas de permanência dele na sede da PF, engloba sua participação no chamado caso das joias e também a relação de Bolsonaro com o hacker Walter Delgatti, investigado por um suposto plano golpista que envolveria desacreditar a eleição e um grampo no ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fontes afirmaram que o valor das declarações de Cid será dado dentro dos critérios definidos pela legislação, que incluem a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da suposta organização criminosa.

Provas
Eventuais acordos de delação ou a promessa de benefícios por uma confissão não serão decididos imediatamente. Hoje, a postura da PF é ouvir o investigado – e, antes de promessas de benesses penais, conferir as declarações com provas já arrecadadas ou futuramente produzidas.

Neste caso, há farto material em posse dos investigadores, como os celulares, as localizações registradas por antenas de telefonia ou de GPS de aplicativos de celular. Há e-mails e informações fiscais e bancárias de todos os investigados.

Hoje, ao jornal O Globo, o advogado do militar, Cézar Bittencourt, afirmou que sua equipe está “verificando um monte de material”. Na quinta (31/8), o tenente-coronel será ouvido novamente, pela terceira vez nesta rodada de depoimentos. Na mesma data, a PF ouve outros nomes relacionados com o caso, como o próprio ex-presidente Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A informação original de que Cid poderia confessar foi publicada pela revista Veja, em 18 de agosto. De lá para cá, a defesa do tenente-coronel apresentou versões divergentes sobre tal anúncio, inclusive negando a confissão. Ao longo desta semana, a imprensa começou a repercutir que Cid teria começado a colaborar. Hoje, veículos do Grupo Globo confirmaram a informação ao longo do dia, segundo reportagens.

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PF e FBI investigam Bolsonaro e Wassef por compra e ocultação de imóveis nos EUA

Apartamento de cerca de 300 m² comprado por Wassef em Miami em setembro de 2021 seria um dos alvos da nova linha de investigação. Segundo ex de Costa Neto, Bolsonaro teria usado “laranjas” nas operações.

A Polícia Federal (PF) investiga, em parceira com o FBI (Federal Bureau of Investigation) um suposto esquema entre Jair Bolsonaro e seu advogado, Frederick Wassef, sobre compra e ocultação de imóveis nos EUA, diz a Forum.

Segundo informações da revista Crusoé, a nova linha de investigação foi destacada do inquérito que apura a atuação da Organização Criminosa que traficou e vendeu joias recebidas pelo governo brasileiro nos EUA.

A investigação mira a aquisição de ao menos 20 casas e apartamentos nos estados da Flórida e Nova Jersey, que teriam sido comprados em nomes de terceiros – os chamados “laranjas” – para usufruto de Bolsonaro.

Um dos imóveis é um apartamento de cerca de 300 metros quadrados com três quartos, dois banheiros, varanda com vista para o mar, avaliado em 1,2 milhão de dólares.

O imóvel localizado na 21050 Point PL, unidade 2006, em Aventura, Miami, foi comprado em 13 de setembro de 2021, está no nome de Wassef e é administrado pela ex-esposa, Maria Cristina Boner.

O esquema de lavagem de dinheiro com imóveis já havia sido denunciada por Maria Christina Mendes Caldeira à TV Democracia em dezembro de 2022.

Na ocasião, a ex-esposa de Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, afirmou que existe uma investigação nos EUA que aponta para um esquema de sonegação de propriedades da família Bolsonaro nos EUA.

“Existe uma investigação sobre imóveis aqui em Miami sonegados. Em 2017, começou uma operação na época da Lava-Jato de pesquisa de quem tinha imóveis aqui e não declarou. Essa pesquisa no Brasil foi enterrada, e aqui seguiu”, disse Maria Christina.

O imóvel localizado na 21050 Point PL, unidade 2006, em Aventura, Miami, foi comprado em 13 de setembro de 2021, está no nome de Wassef e é administrado pela ex-esposa, Maria Cristina Boner.

O esquema de lavagem de dinheiro com imóveis já havia sido denunciada por Maria Christina Mendes Caldeira à TV Democracia em dezembro de 2022.

Na ocasião, a ex-esposa de Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, afirmou que existe uma investigação nos EUA que aponta para um esquema de sonegação de propriedades da família Bolsonaro nos EUA.

“Existe uma investigação sobre imóveis aqui em Miami sonegados. Em 2017, começou uma operação na época da Lava-Jato de pesquisa de quem tinha imóveis aqui e não declarou. Essa pesquisa no Brasil foi enterrada, e aqui seguiu”, disse Maria Christina.

Segundo ela, são casas e apartamentos “de um monte de gente que não declara no Brasil o imóvel, ou seja, é sonegado. Essa operação foi enterrada e aqui ela andou”, completou Maria, que afirma ter colaborado com as investigações.

“Dentro desta operação, estão 30 e poucos imóveis da família Bolsonaro via dois laranjas. Os laranjas são a família do Wassef, que é a Cristina Bonner e as filhas, e o corretor de imóveis [inaudível]”, afirma.

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Justiça

PF vai pedir bloqueio do PIX milionário de Bolsonaro e STF deve congelar a fortuna

Os delegados da Polícia Federal à frente das investigações sobre os valores milionários consideram que poderão rastrear a origem do dinheiro depositado de maneira fragmentada. Acreditam que ele é fruto de lavagem de capitais, segundo a Veja.

A Polícia Federal (PF) vai pedir o bloqueio dos R$ 17 milhões que Bolsonaro recebeu via PIX pela suspeita de que esse dinheiro é resultado de operações de lavagem de dinheiro, sobretudo da venda de joias e presentes que o ex-presidente recebeu e vendeu no exterior, especialmente nos Estados Unidos.

O pedido de bloqueio do dinheiro, que foi depositado nas contas do capitão por supostos apoiadores para que ele pudesse pagar multas que recebeu durante a pandemia por não usar máscaras, deverá ser recebido nos próximos dias por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá decretar, de pronto, o congelamento do dinheiro nas contas do ex-mandatário.

Segundo fontes da PF, o gabinete do ministro já está aguardando a chegada do pedido, que será feito por delegados que investigam os malfeitos da organização criminosa montada em torno dos militares que auxiliavam o então presidente, e tão logo chegue, será despachado pelo ministro. A previsão é que isso ocorra nos próximos dias.

Os delegados da PF que estão à frente das investigações sobre os depósitos milionários que irrigaram as contas de Bolsonaro explicam que o bloqueio do dinheiro e a quebra do sigilo bancário e fiscal do ex-presidente e da ex-primeira-dama, Michelle, propiciará que os peritos da instituição possam rastrear a origem do dinheiro depositado de forma fragmentada, e em baixos valores, para não despertar suspeitas junto ao Coaf.

Peritos da PF, de acordo com informações exclusivas obtidas por ISTOÉ, acreditam que os R$ 17 milhões recebidos em PIX são mesmo fruto de lavagem de capitais, que é um crime com penas de no mínimo 12 anos de prisão.

Os investigadores pretendem levantar, CPF por CPF, quem foram os doadores no financiamento coletivo para o suposto pagamento das multas

“Com o bloqueio e quebras, vamos poder cruzar os dados e chegar aos doadores. É que o sistema PIX é feito pelos bancos, identifica o CPF dos supostos colaboradores. Diante disso, vamos aos doadores saber de onde obtiveram o dinheiro doado. Essas pessoas vão ter que demonstrar como receberam os valores doados. Com isso, podemos comprovar que as doações não passam de lavagem de dinheiro”, disse a fonte.

Um delegado da PF à frente do pedido de bloqueio acha muito estranho a forma como o ex-presidente passou a receber grandes somas de uma hora para a outra, especialmente depois que deixou a presidência e quase que simultaneamente à venda de joias no exterior.

“Durante a campanha, Bolsonaro praticamente não recebeu doações. Por que, então, seus seguidores doariam agora?”, pergunta a fonte.

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Política

PF já encontrou ‘o problema’ que Bolsonaro finge não ver

Mensagens provam papel do ex-presidente na cadeia de transmissão da conspiração golpista.

Anos de blindagem devem ter deixado Jair Bolsonaro mal-acostumado. Sem embaraço, o ex-presidente admitiu que enviou ao empresário Meyer Nigri, no ano passado, uma mensagem que atacava a credibilidade das eleições e pedia ao aliado que repassasse “ao máximo” o texto, segundo Bruno Boghossian, Folha.

“Eu mandei para o Meyer, qual o problema?”, questionou Bolsonaro, em conversa com a Folha. O ex-presidente é um especialista no uso de perguntas retóricas para fazer pouco caso do risco de pagar pelos próprios atos (“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”). Desta vez, será mais difícil sustentar o deboche.

A Polícia Federal já encontrou “o problema”. Além de disparar absurdos em público, Bolsonaro também era uma metralhadora de notícias falsas em conversas privadas. Abastecia aliados e estimulava a disseminação de mentiras sobre as eleições, fornecia matéria-prima para o golpismo e espalhava mensagens que falavam em guerra civil.

A Polícia Federal já encontrou “o problema”. Além de disparar absurdos em público, Bolsonaro também era uma metralhadora de notícias falsas em conversas privadas. Abastecia aliados e estimulava a disseminação de mentiras sobre as eleições, fornecia matéria-prima para o golpismo e espalhava mensagens que falavam em guerra civil.

As provas coletadas pelos investigadores são elementos concretos de materialidade sobre o papel de Bolsonaro na incitação de uma insurreição. O então presidente usava autoridade para ampliar o alcance de informações falsas que corroíam a credibilidade das eleições e serviriam de munição para ataques golpistas.

Os contornos dessa cadeia são nítidos no caso da mensagem que o ex-presidente confessou ter enviado, insinuando a existência de uma trama liderada pelo TSE. Segundo a GloboNews, logo depois do disparo, o texto foi reproduzido em páginas de aliados de Bolsonaro. Meses mais tarde, eles usariam aqueles argumentos num movimento golpista.

A PF também encontrou mensagens distribuídas por Bolsonaro que citavam um conflito violento como possível consequência daquela campanha de desinformação. “O STF será o responsável por uma guerra civil no Brasil”, dizia um dos textos, obtido pelo UOL.

Sobram provas de que o então presidente era um integrante ativo de uma conspiração que pretendia derrubar o governo eleito e culminou nos ataques de 8 de janeiro.

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Justiça

Polícia apreendeu celular e HD, diz advogado de Renan Bolsonaro

O advogado de Jair Renan Bolsonaro, Admar Gonzaga, comunicou ao Poder 360 nesta quinta-feira (24) que a Polícia Civil do Distrito Federal efetuou a apreensão do celular, um disco rígido (HD) e anotações pertencentes ao filho de Jair Bolsonaro (PL). Essas ações ocorreram no âmbito das diligências realizadas em relação a alegações de lavagem de dinheiro.

Por meio de um comunicado, Gonzaga declarou que Renan recebeu a notícia com surpresa, mas que mantém tranquilidade absoluta diante da operação em curso. “Não houve condução de Renan para depoimento ou qualquer outra medida. A defesa informa que foi recém-constituída, e que, por isso, não obteve acesso aos autos da investigação ou informações sobre os fundamentos da decisão”. Admar Gonzaga foi ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2017 e 2019, nomeado por Michel Temer (MDB)

Renan Bolsonaro está sob investigação por suspeita de envolvimento em estelionato, falsificação de documentos, evasão fiscal e lavagem de dinheiro. Além dele, outras duas pessoas também foram alvo das buscas realizadas na manhã desta quinta. Conforme informações da Polícia Civil, foram executados dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em localidades como Brasília e Santa Catarina. >>> Quem é Maciel Carvalho, amigo e instrutor de tiro de Jair Renan preso nesta quinta

A investigação delineou que o grupo operava por intermédio de um testa de ferro e de entidades fictícias. As autoridades policiais alegam que os suspeitos utilizavam a identidade falsa de Antônio Amâncio Alves Mandarrari para abrir contas bancárias e estabelecer-se como proprietários de entidades jurídicas fictícias. “Os policiais civis ainda descobriram que os investigados forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, usando dados de contadores sem o consentimento destes, inserindo declarações falsas com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, além de manter movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior”, diz a polícia.

A ação policial recebeu o nome de “Nexum,” fazendo referência ao antigo instituto contratual do direito romano, que simbolizava a transferência de dinheiro e a transmissão simbólica de direitos. No total, 35 agentes da Polícia Civil de Brasília e Santa Catarina participaram das operações de busca.

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Justiça

PF deve pedir ao FBI diligência à joalheria onde Rolex de Bolsonaro foi recomprado por Wassef

Objetivo é buscar provas e respostas sobre a aquisição do relógio pelo advogado do ex-presidente. A PF fez uma lista de pedidos ao órgão norte-americano; veja quais são.

A Polícia Federal (PF) aguarda a validação de cooperação internacional para encaminhar ao FBI o pedido oficial fazer diligência na joalheira da Pensilvânia, nos EUA, com o objetivo de buscar provas e respostas sobre a recompra do relógio da marca Rolex, avaliado em R$ 300 mil, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo advogado Frederick Wassef.

Na terça (15), Wassef confirmou que viajou aos EUA e que comprou o relógio que Bolsonaro ganhou de presente e, depois vendeu no país. O advogado pagou US$ 49 mil em espécie. Wassef, no entanto, negou ter participado de uma “operação de resgate” da joia a mando do ex-assessor de Bolsonaro.

A Polícia Federal (PF) aguarda a validação de cooperação internacional para encaminhar ao FBI o pedido oficial fazer diligência na joalheira da Pensilvânia, nos EUA, com o objetivo de buscar provas e respostas sobre a recompra do relógio da marca Rolex, avaliado em R$ 300 mil, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo advogado Frederick Wassef, segundo o G1.

Na terça (15), Wassef confirmou que viajou aos EUA e que comprou o relógio que Bolsonaro ganhou de presente e, depois vendeu no país. O advogado pagou US$ 49 mil em espécie. Wassef, no entanto, negou ter participado de uma “operação de resgate” da joia a mando do ex-assessor de Bolsonaro.

A PF fez uma lista de pedidos ao FBI para obter mais informações:

  • Existe imagem do Wassef na joalheria?
  • Ele estava sozinho ou acompanhado?
  • Há registro do pagamento em dinheiro pela recompra do Rolex?
  • Foi usado algum cartão de crédito internacional? Caso sim, em nome de quem?
  • É possível rastrear a origem dos dólares usados na negociação?
  • O dinheiro saiu de alguma conta nos EUA em nome do próprio Wassef, de conta em nome do ex-presidente Bolsonaro, do Mauro Cid e/ou do general Cid?

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Política

Delgatti apresenta à PF mensagem que seria comprovante de pagamento em torno de R$ 40 mil por Zambelli

Delgatti apresenta à PF mensagem que seria comprovante de pagamento em torno de R$ 40 mil por Zambelli.

Walter Delgatti Neto, conhecido como “hacker da Vaza Jato”, prestou depoimento na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília (DF), na tarde desta quarta-feira (16/8). De acordo com a defesa do hacker, ele apresentou cópia de uma conversa com assessores da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que compravam o pagamento em torno de R$ 40 mil a Delgatti.

“Ele faz provas de que recebeu valores da Carla Zambelli. Segundo o Walter, o valor chega próximo a R$ 40 mil. Foi próximo a R$ 14 mil em depósito bancário. O restante, em espécie. [Para] invadir qualquer sistema do Judiciário”, disse.

Conforme o advogado Ariovaldo Moreira, que representa o hacker, ele manteve a mesma versão de depoimento anterior à corporação, em São Paulo, no início deste mês. Além disso, apresentou novas provas para comprovar sua versão.

Anteriormente, Delgatti apontou Zambelli como mandante e financiadora da invasão de sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de setembro a dezembro de 2022. Moreira também confirmou que se encontrou com Bolsonaro no Palácio da Alvorada e que ele teria perguntado se, com o código-fonte, Delgatti conseguiria invadir urnas eletrônicas.

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Justiça

PF encontrou com Mauro Cid documentos sobre colar de nióbio e diamantes com registro do nome de Jair Bolsonaro

 

Mais dois documentos que estavam de posse do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cid, indicam jóias presenteadas ao ex-presidente.

A Polícia Federal encontrou mais documentos comprometedores durante uma operação de busca e apreensão na casa do tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

Em um dos documentos localizados está descrita a existência de um colar de nióbio (niobium necklace), além de “diversos certificados de diamantes” com o nome do empresário saudita Saddik Omar Attar.

Os documentos estavam escritos em japonês e ainda serão traduzidos e investigados pelos policiais da PF. Além disso, em um desses certificados – provavelmente relacionado ao colar de nióbio – tem escrito o nome de Jair Bolsonaro.

“Todo material apreendido será analisado e, conforme o conteúdo, daremos sequência na investigação”, disse um investigador da corporação em entrevista à Veja, que publicou a mensagem.

Mauro Cid é o pivô de diversos esquemas envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-ajudante de ordens seria o principal responsável pela apropriação de presentes recebidos pelo ex-chefe de estado e pela sua revenda no exterior, em um sistema investigado pela Polícia Federal.

Cid e seu pai, o general Lorenna Cid, são investigados pelo crime, além de outros membros da ajudância de ordens e do escalão mais próximo de Bolsonaro dentro e fora do governo, como Frederick Wassef.

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Justiça

PF apura se urso de pelúcia foi usado para ocultar joias recebidas por Bolsonaro

Suspeita foi levantada com interceptação de e-mail de militar que era ajudante de ordens de Bolsonaro e continua trabalhando com o ex-presidente.

O suposto esquema para enviar para os Estados Unidos joias recebidas por Jair Bolsonaro (PL) quando era presidente da República teria envolvido um urso de pelúcia para esconder peças preciosas. É o que aponta um e-mail enviado pelo tenente do Exército Osmar Crivelatti ao departamento de marketing da empresa catarinense Black Entertainment, em 25 de abril do ano passado. O militar, que foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão em operação deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira (11) contra suposto desvio de patrimônio da União, continua trabalhando com o ex-presidente, na cota de assessores prevista em lei.

Na mensagem interceptada pela PF, Crivelatti se apresentou como ajudante de ordens de Bolsonaro e disse que esteve com o então presidente na ExpoLondrina, onde ele recebeu um urso de pelúcia da empresa. “Eu tenho que seguir um protocolo e registrar os presentes recebidos pelo Presidente. Para isso, preciso de alguns dados de quem presenteou”, escreveu o militar do Exército.

“Já tentei contato pelo Messenger, mas não tive uma recepção muito amigável. Inclusive, creio que fui bloqueado. No fim das contas, se não receber resposta dos senhores (as), tratarei o presente como se fosse de algum popular e não restará registro de sua pessoa/empresa”, acrescentou Crivelatti. O assessor de Bolsonaro recebeu uma resposta da empresa horas depois. “O presente (urso de pelúcia) foi entregue ao presidente por uma de nossas diretoras”, dizia o funcionário da Black Entertainment.

A informação sobre o urso de pelúcia foi publicada neste sábado (12) pelo portal Metrópoles. A PF suspeita que Crivelatti cometeu os crimes de peculato e lavagem de dinheiro ao participar do esquema para recuperar joias vendidas ilegalmente nos EUA. Os acessórios foram presentes que Bolsonaro ganhou de governos estrangeiros durante o exercício da Presidência. Crivelatti também teria atuado para ocultar e vender presentes de alto valor no exterior. O tenente era considerado o braço-direito de Mauro Cid na ajudância de ordens da Presidência.

*Com O Tempo

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