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Polônia posiciona aviões após bombardeios russos perto de fronteira

Depois de ataques com mísseis contra o território ucraniano em uma região próxima à fronteira com a Polônia, as Forças Armadas do país decidiram posicionar aeronaves para monitorar as movimentações dos russos, nesta quarta-feira (7/2).

A Rússia bombardeou diversas regiões da Ucrânia nesta quarta, entre elas a capital Kiev — que recebe Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia (UE). Ao todo, até o momento, os ataques aéreos deixaram quatro mortos e 19 feridos.

No entanto, o alerta do governo polaco acendeu após um dos mísseis balísticos russos chegarem à parte ocidental da Ucrânia, em Lviv, que registrou um incêndio. Esse território faz fronteira com a Polônia.

Imagem colorida de mapa mundi que mostra partes da Polônia e da Ucrânia - Metrópoles

O país ainda informou que já pôs em prática “todos os procedimentos necessários para garantir a segurança do espaço aéreo polaco”. Os militares seguem monitorando a região.

“Gostaríamos de informar que está sendo observada a intensa atividade de aviação da Federação Russa, relacionada a ataques de mísseis no território da Ucrânia”, diz trecho de comunicado do Comando Operacional das Forças Armadas polacas.

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Vídeo: Atirador brasileiro foge às pressas para a Polônia após ataque russo ao Batalhão da Legião Estrangeira na Ucrânia

O instrutor de tiro Tiago Rossi, de Maringá (PR), que partiu para lutar na Legião Estrangeira na Ucrânia contra a Rússia, relata em vídeo que a base inteira da Legião foi destruída por um caça das Forças Aeroespaciais da Rússia.

Segundo Rossi, sobreviveram apenas aqueles que conseguiram sair da base antes do ataque. “Lá tinha militares das forças especiais do mundo inteiro. A informação que a gente tem é que todo mundo morreu. Eles (russos) acabaram com tudo. Vocês não estão entendendo, acabou, acabou. A Legião foi exterminada de uma vez só. Eu não imaginava o que era uma guerra”, lamentou.

O brasileiro descreveu como foi o momento do bombardeio. “Teve um bombardeio, às três horas da manhã teve o primeiro sinal. A sirene tocou. Deu cinco horas da manhã, nem tocou sirene e, de repente, veio um caça e soltou um míssil em cima da gente. Não teve o que fazer. A gente saiu correndo para o meio do mato. Começou a soltar muitos mísseis em cima da gente”, lembrou.

“Quando terminou a primeira onda de mísseis a gente foi reagrupar o batalhão inteiro para ver quantas baixas tiveram. Eles (russos) estouraram toda a parte de paiol, centro médico, acabaram com tudo. Fomos orientados a sair de lá o mais rápido possível”, acrescentou.

Rossi relata que mesmo após o comando para deixar a base, alguns militares ficaram no batalhão. “Depois que chegamos no interior da Polônia chegou uma mensagem para nós informando que o bombardeio russo voltou e simplesmente acabou com a base”, finaliza.

Assista ao vídeo do relato do brasileiro:

https://twitter.com/OPesadeloDP/status/1503076086720180228?s=20&t=tNh8z-NlFmDXwf4lHsPA0w

*Com 247

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Zelensky abandona Kiev e vai para a Polônia, diz agência russa

Agência de notícias da Rússia creditou a informação ao presidente da Duma, Vyacheslav Volodin, que teria divulgado a informação em seu canal no Telegram. Governo da Ucrânia nega.

A agência de notícias russa Sputnik, que vem sofrendo censura pelas gigantes de Tecnologia da Informação, informou na manhã desta sexta-feira (4), que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teria deixado o país rumo à Polônia.

“O presidente ucraniano supostamente deixou o país e agora está na Polônia”, teria dito o presidente da Duma russa Vyacheslav Volodin em seu canal Telegram, segundo segundo relatos da Tass. Veja a mensagem abaixo:

A Duma Federal, junto com o Soviete da Federação, forma o Legislativo da Federação Russa. A Duma é a câmara baixa da Assembleia Federal, enquanto o Soviete da Federação é a câmara alta.

Zelenski não confirma

O governo da Ucrânia não confirma a informação, mas ressalta que está se prevenindo para um bombardeio russo em grandes cidades do país nesta sexta.

A operação militar

Relatos de que Zelensky deixou a capital ucraniana surgiram no início da semana passada, com o presidente refutando-os e postando várias mensagens em vídeo nas quais ele disse que permaneceu em Kiev.

No final de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia com o objetivo de “desmilitarizar e desnazificar” o país. A operação começou após um pedido de ajuda das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. Após o início da operação, seguiu-se uma onda massiva de sanções anti-Rússia das nações do Ocidente.

*Com Forum

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Vídeo: Negros são discriminados na Ucrânia e impedidos de entrar na Polônia

Circulam nas redes sociais relatos de negros que foram impedidos pelas forças ucranianas ou polonesas de migrarem de país. Brasileiros também são discriminados.

Pessoas negras que moram na Ucrânia estão sofrendo discriminação por parte das Forças Armadas do país e da Polônia, para onde grande parte dos refugiados da guerra conta a Rússia estão fugindo.

Segundo o Africa Facts Zone, corroborado por um vídeo, africanos são impedidos de embarcarem nos ônibus com destino à Polônia, tendo de dar prioridade a cidadãos ucranianos.

 

Correspondente da BBC, Stephanie Hegarty compartilhou um relato de uma estudante de medicina nigeriana que está na fronteira entre a Polônia e Ucrânia: “me disse que está esperando há 7 horas para atravessar. Ela diz que os guardas de fronteira estão parando os negros e mandando-os para o final da fila, dizendo que eles têm que deixar os ‘ucranianos’ atravessarem primeiro”.

Ainda de acordo com Hegarty, as forças polonesas negam discriminação: “o porta-voz da força de fronteira polonesa me disse que a Polônia está permitindo que qualquer pessoa que chegue à fronteira da Ucrânia entre na Polônia”.

Pelo Twitter, a jornalista Nathália Urban, comentarista da TV 247, disse que “as redes sociais estão inundadas de relatos e vídeos de imigrantes africanos na Ucrânia sofrendo discriminação ao tentarem deixar o país”, e destacou: “agora estamos vendo as reclamações de brasileiros que enfrentam problemas semelhantes”.

Jogadores brasileiros do Zorya – Guilherme Smith, Cristian Fagundes, Juninho, a esposa dele, Vitória Magalhães, e o filho Benjamim, 4 – caminharam quase 10 horas a pé entre Lviv, no oeste do Ucrânia, e a fronteira, mas não conseguiram passar para o território polonês.

*Com informações do 247

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Provável impeachment de Donald Trump traz risco a Jair Bolsonaro

Atrelado aos EUA, brasileiro afastou-se dos Brics, que se reunirão aqui, e pode ficar sem aliado forte

O Brasil será anfitrião em novembro da 11a reunião dos líderes dos Brics, bloco do qual fazem parte também Rússia, Índia, China e África do Sul. No Itamaraty, comenta-se que os preparativos são pró-forma e que a única utilidade do bloco hoje é o banco dos Brics, que ainda engatinha.

Segundo um diplomata, é impossível que russos e chineses tratem nesta reunião, ou em qualquer outra, de questões geopolíticas sensíveis. Sempre haverá o risco de seus planos serem revelados pelo Brasil aos Estados Unidos, devido aos laços umbilicais entre Jair Bolsonaro e Donald Trump.

Esses laços já afetam o Brasil. A Organização Mundial do Comércio (OMC) é dirigida desde 2013 por um diplomata brasileiro, Roberto Azevedo. Agora em setembro, a Índia avisou que não aceita um brasileiro à frente de uma negociação, dentro da OMC, sobre subsídios pesqueiros. Motivo: submissão do Brasil a Washington.

Essa submissão se mostrará um desastre ainda maior, a deixar o Brasil sem um amigo peso-pesado pelo mundo, caso Trump não escape do impeachment a que responde, ou perca a reeleição do ano que vem para um candidato do Partido Democrata, que é da oposição.

Com Michel Temer, o Brasil sofreu os efeitos de apostar todas as fichas diplomáticas numa força política americana e o cálculo dar errado.

Com ele no poder a partir de maio de 2016, o Itamaraty, tendo à frente o senador tucano José Serra, torceu publicamente pela vitória da democrata Hillary Clinton na eleição de novembro daquele ano. Deu Trump. Resultado: os EUA barraram por todo o governo Temer o desejo do emedebista de botar o Brasil na OCDE, clube de 35 nações ricas ou simpatizantes.

Apesar dos laços entre Bolsonaro e Trump, a viagem do brasileiro a Nova York para estrear na reunião anual das Nações Unidas teve algo esquisito.

Dias antes da viagem Bolsonaro disse que jantaria com Trump. Seus assessores sopravam a jornalistas que ele exigia sentar-se do lado direito do americano. Não houve jantar. Nem reunião formal entre os dois, apesar de estarem no mesmo hotel. Conversa a sós, Trump teve com os líderes de Cingapura, Coreia do Sul, Nova Zelândia, Paquistão e Polônia. Com Bolsonaro, apenas um encontro improvisado, sem registro na agenda de ambos.

Apesar da esquisitice, um diplomata brasileiro, com larga experiência, assistiu aos discursos de Bolsonaro e de Trump, um na sequência do outro na ONU, e não tem dúvida: foram combinados.

O discurso do brasileiro foi submetido previamente pelo filho Eduardo, a quem quer nepotisticamente nomear embaixador em Washington, a Steve Bannon, ideólogo da ultradireita global e o estrategista da eleição de Trump. Só depois foi distribuído pela Presidência ao corpo diplomático brasileiro nas Nações Unidas, disse um diplomata a CartaCapital.

A chefia do time brasileiro na ONU sofreu uma troca às pressas. O embaixador Mauro Vieira foi degolado, por ter sido ministro das Relações Exteriores de Dilma Rousseff. O atual ministro, Ernesto Araújo, indicou um substituto em 13 de agosto, aprovado no Senado em 18 de setembro. Vieira estava no Congresso no dia do discurso de Bolsonaro e não quis comentá-lo. Disse que não tinha visto.

O texto é obra de um quarteto que também foi a Nova York. Eduardo Bolsonaro, que postou na internet fake news contra a jovem ambientalista sueca Greta Thunberg. Augusto Heleno, chefe do órgão de inteligência do governo (GSI), que sente vergonha de ganhar 19 mil reais líquidos como general inativo. Araújo, para quem Trump é o salvador da civilização ocidental. E Filipe Martins, ex-funcionário da embaixada dos EUA em Brasília que hoje é assessor especial de Bolsonaro.

Martins pôs no Twitter uma foto da transmissão, pela Globonews, de Trump discursando. A foto mostra o instante em que o canal dizia na tela “Trump: o futuro não pertence aos globalistas, mas aos patriotas”. Com a foto, Martins escreveu: “O futuro é nosso! O globalismo não irá prevalecer”. Globalismo é como bolsonarismo e trumpismo chamam padrões civilizatórios mínimos.

Também no Twitter, Martins negou que tenha havido combinação do discurso com a equipe do presidente americano . “Essa convergência não é resultado de coordenação prévia, mas da comunhão de valores perenes”, escreveu.

Uma comunhão que ameaça fazer do Brasil um inútil nos Brics.

 

 

*Com informações da Carta Capital

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No governo Bolsonaro, Brasil já perdeu R$ 3,5 bilhões no comércio com EUA e Israel

Balança comercial brasileira em 2019 é negativa com países de fora do continente alinhados ao governo de Jair Bolsonaro.

Os dois países mais alinhados ao governo de Jair Bolsonaro e com maior influência no xadrez da geopolítica mundial deram prejuízo no comércio ao Brasil até agora em 2019.

De janeiro e agosto deste ano, a balança comercial brasileira teve saldo negativo de 352 milhões de dólares e de 519 milhões de dólares, respectivamente, com Estados Unidos e Israel. No total das transações com os dois, o Brasil perdeu 871 milhões de dólares (cerca de R$ 3,5 bilhões).

Com relação a países europeus com governos nacionalistas e de extrema-direita, como Itália, Hungria, Polônia e República Checa, a diferença entre exportações e importações também é desfavorável ao Brasil. Apenas os sul-americanos “amigos” contribuem positivamente.

O país que mais se beneficiou do comércio com o Brasil foi Israel, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de quem Bolsonaro é aliado no Oriente Médio.

A diferença entre exportações e importações nos oito primeiros meses do ano foi de US$ 519 milhões negativos na balança brasileira. O “rombo” foi maior que o do mesmo período de 2018, quando o saldo foi de US$ 446 milhões negativos.

Em abril deste ano, o presidente esteve em Israel e, demonstrando seu apoio internacional ao país, visitou o Muro das Lamentações – um dos símbolos mais sagrados do judaísmo – ao lado de Netanyahu, algo inédito para um chefe de estado brasileiro, já que o local também é reivindicado pela Palestina.

Nesta terça-feira (17), ocorreram eleições legislativas em Israel. Até o momento, Netanyahu, do campo da extrema-direita, e seu adversário Benny Gantz, de centro-direita, estão empatados na apuração dos votos e nenhum dos dois teria capacidade para formar um novo governo.

Já os Estados Unidos, um dos principais aliados do governo brasileiro na geopolítica mundial, “lucrou” US$ 352 milhões com o Brasil até agosto. A balança comercial com os norte-americanos tem variado bastante nos últimos anos. Em 2018, nos oito primeiros meses, o valor das importações brasileiras superaram ainda mais as exportações, e o País perdeu US$ 839 milhões.

No ano anterior, em 2017, o saldo foi positivo para o Brasil: US$ 922 milhões. Já em 2015 e 2016, foram os americanos que receberam mais dólares: US$ 2,1 bilhões e US$ 543 milhões, respectivamente.

Após mais de uma década com uma política externa alinhada a países emergentes, como os do bloco BRICS (designação para se referir à Rússia, Índia, China, África do Sul, além do Brasil), o País voltou a se aproximar dos EUA com Bolsonaro no poder.

O presidente dos EUA, Donald Trump, já prometeu, por exemplo, o apoio à entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). Em troca, o Brasil renunciaria ao status de nação em desenvolvimento na OMC (Organização Mundial do comércio)

Todos os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e foram verificados no portal Comex Stat, site oficial do órgão para estatísticas de comércio exterior do Brasil.

Europeus alinhados ao Brasil

Na Europa, os números também mostram perdas na balança comercial com Itália, Hungria e República Checa. Respectivamente, entre janeiro e agosto, o Brasil teve “prejuízo” de US$ 503 milhões, US$ 158 milhões e US$ 226 milhões.

A Polônia é a exceção. O país do leste europeu exportou mais do que importou do Brasil, que neste caso ficou com saldo positivo de US$ 146 milhões. Apesar disso, o valor foi menor que os US$ 171 milhões de 2018. O presidente da Polônia, Andrzej Duda, se reuniu com Bolsonaro em Brasília, em janeiro deste ano, e disse que o País compartilha os “mesmos valores” de seu governo.

Saldo positivo na América do Sul

Com os países vizinhos alinhados ao governo Bolsonaro, o Brasil tem uma balança comercial favorável. Colômbia, Paraguai e Chile renderam ao País, respectivamente, US$ 1,1 bilhão, US$ 721 milhões e US$ 1,3 bilhão.

Nos últimos anos, o Brasil têm sempre exportado mais que importado para os três. Porém, com relação a Paraguai e Chile, os valores foram maiores no mesmo período do ano passado. Enquanto o saldo positivo do primeiro caiu de US$ 1,2 bilhões para US$ 721 milhões, a do segundo foi de US$ 1,7 bi para US$ 1,3 bi.

A Colômbia foi a única que passou a exportar mais do que importar neste ano, beneficiando a balança comercial brasileira. Em 2018 o “lucro” brasileiro entre janeiro e agosto havia sido de US$ 603 milhões. O salto no período foi de US$ 480 milhões.

A Colômbia, governada por Iván Duque, tem sido uma das principais aliadas do governo de Bolsonaro na América do Sul, principalmente no que diz respeito à crise político-econômica na Venezuela. Nenhum dos dois países reconhecem o governo de Nicolás Maduro e consideram o líder da oposição Juan Guaidó como o presidente interino venezuelano.

 

Lucas Baldez/terra