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É a lama da Lava Jato vazando: Novos áudios revelam conversas entre Dallagnol e Gebran do TRF-4

Revelações do Intercept Brasil, desta vez em parceria com a revista Veja, apontam que o procurador Deltan Dallagnol mostrou-se preocupado com eventual absolvição, no TRF-4, de Adir Assad, operador de propina da Petrobras; em um chat, Dallagnol afirma: “O Gebran tá fazendo o voto e acha provas de autoria fracas em relação ao Assad” – procurador fez referência ao desembargador do TRF-4 João Pedro Gebran Neto.

Novas revelações do Intercept Brasil, desta vez parceria com a revista Veja, apontam diálogos impróprios entre o procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol e o desembargador do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), em Porto Alegre, João Pedro Gebran Neto, que atua como relator dos casos da operação.

Uma parte dos diálogos nos quais Gebran é citado se refere a Adir Assad, um dos operadores de propinas da Petrobras e de governos estaduais, preso pela primeira vez em março de 2015. Em setembro, ele foi condenado pelo então juiz Sergio Moro a nove anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Em um chat com outros colegas do MPF,

Dallagnol comenta: “O Gebran tá fazendo o voto e acha provas de autoria fracas em relação ao Assad”.

O assunto é tema de outra conversa, de 5 de junho de 2017, entre Dallagnol e o procurador Carlos Augusto da Silva Cazarré, da força-tarefa da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, que atua junto ao TRF4.

No diálogo, ocorrido às vésperas do julgamento da apelação de Assad, Dallagnol mostra-se preocupado com a possibilidade de Gebran absolver o condenado. Naquele momento, em paralelo, a força-tarefa negociava com o condenado um acordo de delação (esse acordo seria fechado em 21 de agosto de 2017).

No chat, Dallagnol aciona Cazarré, que fica em Porto Alegre, sede do TRF4.

Dallagnol diz: “Cazarré, tem como sondar se absolverão assad? (…) se for esse o caso, talvez fosse melhor pedir pra adiar agilizar o acordo ao máximo para garantir a manutenção da condenação…”.

Cazarré responde: “Olha Quando falei com ele, há uns 2 meses, não achei q fisse (sic) absolver… Acho difícil adiar”.

O procurador volta a citar Gebran: “Falei com ele umas duas vezes, em encontros fortuitos, e ele mostrou preocupação em relação à prova de autoria sobre Assad…”.

Dallagnol pede ao colega que não comente com Gebran o episódio do encontro fortuito “para evitar ruído”.

 

 

*Com informações do 247

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A Globo teve que reconhecer: 30 de maio é maior que a manifestação de Bolsonaro

O vigor das manifestações desta quinta-feira (30) contra o corte nas verbas da Educação e em protesto pelos ataques do governo Bolsonaro às instituições de ensino já era, às 13h, muito maior que o das manifestações dos bolsonaristas do último domingo. Quem reconhece o fato é um dos principais veículos das Organizações Globo, o G1. As duas manifestações pela educação, nos dias 15 e 30 de maio são muito mais expressivas que as do domingo: a direita perdeu as ruas.

Segundo levantamento do G1, foram realizadas até 13h manifestações em 55 cidades de 18 Estados mais o Distrito Federal neste 30M; no domingo, os bolsonaristas tinham desfilado por 52 cidades de 12 Estados e mais o DF. E isso sem contar com as milionárias verbas que patrocinaram as mobilizações da extrema-direita.

A diferença dos números entre o domingo e esta quinta-feira deve aumentar e muito em até o começo da noite: enquanto as manifestações bolsonaristas concentraram-se no período da manhã no dias 26, as desta quinta acontecerão em sua maioria a partir do meio-fim da tarde. A maioria das manifestações, em especial nas capitais, está marcada para o meio-fim da tarde e início da noite. Assim é em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Manaus, Fortaleza, Vitória, Goiânia, São Luís, Cuiabá, Campo Grande, Belém, João Pessoa, Curitiba, Recife, Natal, Aracaju e Palmas, entre centenas de outras.

O que o comparativo do G1 anotado pelo jornalista George Marques da Fórum indica é que a capilaridade dos protestos do 15M e do 30M é muito superior aos da extrema-direita no domingo passado. Os números de participantes deverão ser muito superiores.

Com isso, a perspectiva para a greve geral marcada para 14 de junho é muito melhor que as expectativas iniciais dos setores democráticos -e muito pior que o pior cenário imaginado pelo governo Bolsonaro.

Assista ao vídeo – Largo da Batata, SP

 

 

 

 

*Com informações do 247