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O Brasil não é ingovernável, é Bolsonaro que precisa ser governado

Bolsonaro espalhou texto golpista e a repercussão foi desastrosa.

Não satisfeito, espalha, no mesmo twitter, vídeo de pastor dizendo que ele é “escolhido de Deus” e toma outra saraivada de críticas.

Vendo-se encurralado com os avanços das investigações de Queiroz e Flávio Bolsonaro que já chegam à sua esposa, Michelle Bolsonaro, teve a infeliz ideia de criar e convocar manifestação em apoio a si próprio.

Sabendo que os atos convocados por ele serão um fiasco pela não adesão de aliados do próprio partido, desiste de ir e pede que ministros façam o mesmo.

Como Bolsonaro vai governar o Brasil se não consegue sequer governar seu twitter e suas ações?

Bolsonaro não consegue se governar que fará governar o país.

Aguardemos o dia 26 pra conferir.

 

 

*Da redação

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Nassif: Uma das hipóteses da morte de Marielle Franco implica Bolsonaro

O jornalista Luis Nassif elencou nesta terça-feira, 21, três possibilidades para a elucidação do assassinato da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes no dia 14 de março de 2018. Uma delas implicaria o presidente Jair Bolsonaro.

Para Nassif, a morte de Marielle foi uma reedição dos atentados do Riocentro. “Como se recorda, quando os porões da ditadura se sentiram alijados do processo político, com a derrota de Silvio Frota, seguiu-se uma série de atentados, visando reverter o processo democrático que se aproximava. No caso de Marielle, a intenção foi reagir contra a intervenção militar no Rio de Janeiro”, diz o jornalista.

O jornalista do Jornal GGN apresenta três evidências que comprovariam esta hipótese:

“Evidência 1 – Um mês antes da morte de Marielle, os matadores Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz pesquisaram vários nomes no Google, dentre eles todos de parlamentares que votaram contra a intervenção. Ou seja, a intenção explicita de Lessa era jogar a morte de Marielle na conta da intervenção. Marielle era relatora da comissão instalada na Câmara dos Vereadores justamente para fiscalizar a intervenção militar. Nas primeiras investigações, procuradores aventaram a possibilidade da morte ter sido um recado para os militares.

Evidência 2 – da direita, a voz mais enfática contra a intervenção era a de Jair Bolsonaro, que reclamava que os militares não tinham sido ouvidos. Bolsonaro defendia uma intervenção militar pura. Aquela intervenção militar, decretada por Michel Temer, parecia a ele uma jogada de gabinete.

Evidência 3 – O principal suspeito da morte de Marielle, Ronnie Lessa, é vizinho de Jair Bolsonaro no condomínio. Apanhado de surpresa pela notícia, Bolsonaro afirmou a jornalistas não se lembrar do vizinho.”

Segundo Nassif, as evidências contra Jair Bolsonaro são muito fortes para serem ignoradas. 1. Ele participava dos grupos que articularam atentados no período do Riocentro. Continuou mantendo ligações estreitas com esse grupo. 2. Tinha interesse claro de que a intervenção militar no Rio não fosse adiante, seja por prejudicar o trabalho das milícias, seja por colocar os militares sob decisão dos “vagabundos”. Tinha interesse público de botar fogo no circo. 3. A família tem uma tradição explícita de relações com as milícias. 4. O principal suspeito da morte de Marielle é um membro do Sindicato do Crime, comerciante de armas e vizinho de condomínio”, afirma.

 

 

 

 

*Com informações do 247/GGN

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Governo Bolsonaro derrete como picolé no asfalto em brasa

Não há qualquer resquício do fim de uma crise alimentada a todo momento pelo próprio Bolsonaro na tentativa de apagar o grande incêndio chamado Queiroz.

Numa fraude como a que se deu na eleição de Bolsonaro, um desastre anunciado seria fatal. A capacidade de autodestruição do Bolsonaro é fantástica.

Agora, chega a noticia de que o grupo minoritário do PSL se junta ao centrão contra Bolsonaro, jogando ainda mais gasolina na autocombustão de um governo em chamas. Ou seja, a fala e a saída de Janaína Paschoal do PSL está fazendo mais estrago do que se previa.

O texto endossado por Bolsonaro e atos marcados para o dia 26 testam aceitação à nova era de arbítrio, mas também de quem apoia isso, se é que apoia.

Jânio de Freitas, na Folha, disse que o caso de Bolsonaro com a milícia se torna muito sério porque a milícia está em todo Brasil.

E este é o ponto nevrálgico da crise, porque Queiroz é o elo entre a milícia e o governo Bolsonaro, isso sem falar que na economia. A coisa azeda a cada dia.

A OCDE reduziu hoje mais uma vez a previsão de crescimento do PIB do Brasil. Definitivamente, não há lugar nesse governo que não esteja em avançado derretimento.

“fracasso da marcha de domingo (pró-Queiroz) pode representar “não um tiro no pé, e sim um tiro na cabeça”, dizem aliados de Bolsonaro no Estadão.

 

 

*Da redação

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Tinha um Queiroz no meio do caminho, no meio do caminho tinha um Queiroz

Toda essa fumaça que Bolsonaro está fazendo para levar gente para as ruas no dia 26,  em apoio ao seu governo, nitidamente falido, não é por outro motivo senão barrar e sumir com as investigações do MP-Rio sobre o caso Queiroz. Queiroz, como sabe Bolsonaro, é muito mais que um assessor picareta que comandava o esquema de laranjas de Flavio Bolsonaro. Essa é a parte mais visível desse imbróglio sombrio.

Queiroz é o homem que liga o clã Bolsonaro à milícia de Rio das Pedras e outras sucursais e, junto, o assassino de Marielle e Anderson. Mas como fazer isso “discretamente” tendo o paladino da Lava Jato como ministro da justiça e segurança pública?

Fazendo fumaça moral e religiosa, pois Moro está diante de um dos seus piores momentos porque sabe que não pode estar associado a alguém que quer barrar investigações do MP correndo o risco desse episódio contaminar todo o aparelho judiciário do Estado contra ele e os outros integrantes da Lava Jato que, hoje, fazem parte do governo do clã Bolsonaro.

Por isso esse episódio se torna dramático e decisivo para os Bolsonaro e Moro porque será um perde-perde. Se encher de gente, perde pela desmoralização de quem foi para as ruas apoiá-lo. Queiroz contra o MP, se ficar vazio, a desmoralização já fica estampada na própria imagem de fracasso desse fumacê que tenta a todo custo salvar a cabeça de Queiroz para salvar a cabeça de todos desse governo.

Está de fato complicado. Aguardemos os próximos capítulos desse imbróglio sem fim.

 

 

*Da redação