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Charlie Kirk, o mártir do racismo

Por Luis Felipe Miguel

Direita usa hipocritamente a morte de Charlie Kirk para limitar a liberdade de expressão e criminalizar a esquerda

É engraçada essa mania da imprensa brasileira de não chamar as coisas pelo nome. Lembro que foram anos de patranhas deslavadas e criminosas até que alguns jornais finalmente começassem a usar, de forma bem tímida, o verbo “mentir” para descrever as falas de Bolsonaro.

Agora, Charlie Kirk é citado como “influenciador conservador”, “trumpista”, “de direita”, até “de extrema-direita”.

Mas a caracterização mais precisa é “influenciador racista” – como faz, por exemplo, o noticiário da rádio France Culture. Ele era pró-armas, sim, e homofóbico, negacionista climático, defensor de Trump, o pacote completo. Mas seu ponto principal era o supremacismo branco.

O mártir da direita estadunidense afirmava que o fim da escravidão tinha sido um erro. Que os negros são naturalmente mais propensos a cometer crimes. Que Martin Luther King era um bandido. E assim por diante. Quem quiser ver um show de horrores, procure uma coletânea de suas tiradas em algum buscador da internet.

Foi esse sujeito que, graças ao tiro de um rapaz perturbado, virou o mártir da direita estadunidense – mas não só dela.

Eu estava chegando em Porto Alegre no começo da noite de quarta, 10 de setembro. Peguei um Uber e o motorista imediatamente começou a falar de Kirk. Estava transtornado com o assassinato ocorrido em Utah. Obrigou-me até a assistir um vídeo da hora em que ele era alvejado.

Eu me perguntei: será que no dia anterior esse camarada tinha alguma noção de quem era Charlie Kirk?

Quantas pessoas sabiam da existência dele no Brasil antes do atentado? Poucas, com certeza. Era evidente que tamanha comoção não tinha brotado do nada. As redes do bolsonarismo estavam se articulando para fazer de um trumpista desconhecido um mártir da “liberdade” por aqui também.

Além de tudo, vinha bem a calhar, com um timing perfeito. Mesmo com o voto de Fux, era bom negócio desviar atenção do julgamento no Supremo. Todo mundo sabia que dava para esperar um discurso devastador na ministra Cármen Lúcia no dia seguinte. Melhor fazer a base tratar de outro assunto.

Nos Estados Unidos, como de costume, a situação é pior. Trump também tenta usar o assassinato do influenciador racista como cortina de fumaça, tentando desviar as atenções do caso Epstein, que ainda o assombra.

Mas vai além disso; como muitos comentaristas já apontaram, ele parece ter encontrado seu incêndio do Reichstag, a oportunidade para criminalizar seus adversários políticos, destruir o que resta das liberdades civis e implantar um regime ditatorial.

O discurso, lá e cá, de que a violência política é uma exclusividade da esquerda é obviamente uma falsificação. Para começar, no caso de Kirk, nem estão totalmente claras as motivações do atirador, que certamente não pode ser considerado um militante, que não votou nas últimas eleições e que veio de um ambiente familiar ultraconservador.

Mais importante ainda: como esquecer de casos como o assassinato da deputada democrata do Minnesota, Melissa Hortman, e de seu marido, agora em junho, ou o incêndio criminoso à casa do governador democrata da Pensilvânia, em abril, ambos perpetrados por direitistas radicalizados?

Ou os massacres em escolas, cometidos tantas vezes por incels neonazistas?

Ou o crescimento da violência racial contra a população negra, por parte de supremacistas brancos “empoderados” com o triunfo do trumpismo?

Pelo menos neste último caso, aliás, com o incentivo de Kirk.

Depois da morte do influenciador, não faltaram comentaristas que, mesmo dizendo manter distância de suas posições, exaltavam sua “disposição para o diálogo” e diziam que ele fazia política “do jeito certo”.

Na imprensa brasileira, li colunas com este teor assinadas por Joel Pinheiro da Fonseca, o eterno viúvo do bolsonarismo moderado; por Lygia Maria, a porta-voz, na imprensa paulistana, da ignorância neoliberal satisfeita consigo mesma; e também por Ezra Klein, um jornalista estadunidense, filho de brasileiros, liberal (no sentido de lá, isto é, progressista).

Mas Kirk não tinha nenhuma disposição para nenhum diálogo. Ele fazia performances lacradoras, como é próprio de influencers, não importa se de direita ou de esquerda. Usava sua expertise nas artes retóricas para vencer adversários menos treinados. Diálogo é outra coisa, exige abertura para o contraditório e troca de argumentos, não um tiroteio de simplificações, bordões e frases de efeito.

O primeiro alvo da direita tem sido quem não demonstrou pesar com a morte do extremista.

Trump em pessoa está liderando esta campanha nos Estados Unidos: punir e calar quem tem “ódio no coração”. Fez com que a ABC, uma das principais redes de televisão do país, tirasse do ar o apresentador Jimmy Kimmel, simplesmente porque ele disse duvidar que o assassino fosse alguém de esquerda. (A controladora da ABC tem muitos negócios com o governo e tem medo de retaliações. Como sempre, money talks. E Kimmel já voltou ao ar, fazendo um constrangido e constragedor mea culpa.)

Trump também determinou que sejam negados vistos a quem não apenas comemorou ou debochou do assassinato de Kirk, mas “racionalizou” o atentado – isto é, colocou-o em perspectiva e discutiu as causas do crescimento da violência política aberta nestes últimos anos, um processo do qual a vítima foi ativo promotor.

Aqui mesmo no Brasil, Tallis Gomes, uma das vozes mais ativas do trogloditismo da nossa classe dominante, secundado pela igualmente notória Natália Beauty e por outros, lançou uma campanha para que empresários vasculhem as redes sociais de seus empregados e demitam quem comemorou o assassinato.

Ricardo Nunes aproveitou a oportunidade para cancelar o contrato com a empresa que administra o Theatro Municipal, o que ele queria fazer há tempos porque a considerava independente demais.

O pretexto: a empresa teria se recusado a demitir um funcionário que compartilhou uma postagem dizendo que ninguém devia chorar a morte de Kirk. Para o minúsculo prefeito de São Paulo, houve “incentivo às práticas de violência”. O pior é que a empresa reagiu não defendendo a liberdade de expressão do funcionário, e sim dizendo que “não concorda” com o que ele escreveu e que já instaurou uma sindicância para mandá-lo embora.

Mas há um abismo entre não chorar uma morte e incentivar que ela ocorra. Comemorar a morte de alguém, até mesmo torcer para que ela ocorra – isso não é crime, é apenas humano. É muito diferente de planejar o assassinato de adversários políticos depois de um golpe de Estado. Mas não se viu registro de Ricardo Nunes chocado com a “Operação Punhal Verde e Amarelo”.

Não se sentir penalizado com a morte de uma pessoa não fala contra nossa humanidade, muito pelo contrário. Não chorei a morte de Pinochet, de Figueiredo, de Delfim Netto, de Pol Pot, de Sérgio Fleury, do velho da Havan, de Charles Manson, nem teria por que chorá-las. Isso não me faz responsável por qualquer uma delas.

(Descobri agora que o velho da Havan ainda está vivo. Surpreendente! Mas sei que, quando sobrevier o infausto acontecimento, não verterei nenhuma lágrima.)

Condeno o assassinato político, por princípio e por suas consequências. Por princípio, por ser contra a pena de morte, em qualquer circunstância (ao contrário de uns e outros que queimam o filme da esquerda dizendo que pena de morte é ruim no Brasil, mas boa na China). Por suas consequências, porque seus efeitos são sempre negativos para quem deseja construir uma sociedade mais livre e mais democrática.

Isto não me impede de julgar que há pessoas que fazem mal ao mundo.

É impossível não perceber algo de justiça poética quando alguém que disse que a morte de algumas pessoas inocentes era um preço razoável para se pagar pelo direito de portar armas de fogo, como Kirk, acaba assassinado a tiros.

O armamentismo, aliás, é uma patologia política que a nossa direita importou, com sucesso e em reduzido espaço de tempo, dos Estados Unidos. É impressionante ver como ruiu o consenso que parecia bem estabelecido no Brasil, fundado tanto no simples bom senso quanto nas melhores pesquisas científicas: que uma sociedade com menos armas circulando é uma sociedade melhor.

Outro dia eu estava lendo sobre um processo que ocorreu uns anos atrás em Oklahoma. Uma refinaria de petróleo decidiu proibir que seus funcionários fossem trabalhar portando armas carregadas. Uma medida que parece bem razoável, não? Pois a National Rifle Association, o poderoso lobby pró-armas, pressionou o legislativo estadual para passar uma lei proibindo que os empregadores banissem armas de fogo.

Isso nos Estados Unidos, gente, onde os trabalhadores são despidos de todos os direitos, onde os empregadores podem até impedi-los de se sindicalizar. Mas levar uma Beretta ou, quem sabe, uma AK-47 para a firma, isso é sagrado.

É possível ver o racista sendo morto por um tiro que ele mesmo aceitava como efeito colateral da sociedade com que sonhava e dizer “bem feito!” – e nem por isso ser cúmplice do crime, nem por isso deixar de temer pelas consequências políticas que dele advêm.

Trump e a extrema-direita em geral, que tantas vezes demonstraram absoluto desprezo pelas vidas de tantas pessoas, estão sendo apenas hipócritas. E cabe notar que, entre os democratas e a esquerda, todas as lideranças políticas foram unânimes ao condenar o atentado. A direita caça publicações de anônimos ou semianônimos em redes sociais para criminalizar a esquerda.

Aqui no Brasil, vamos lembrar de como o bolsonarismo reagiu ao assassinato de Marielle Franco. Mas, no caso de Kirk, querem aplicar à esquerda o rótulo de defensora da violência, com base em declarações não de Lula, Gleisi ou Boulos, mas do jornalista Eduardo Bueno (que deve ter se arrependido amargamente, já que a notoriedade que alcançou fez com que viesse à luz seu contrato absurdo, indefensável, com a Caixa Econômica Federal) e de um ou outro youtuber mais.

O caso traz ainda uma reflexão sobre a questão crucial da liberdade de expressão.

Seria engraçado, se não fosse o poder de que eles dispõem, ver Donald Trump e J. D. Vance esbravejando contra manifestações de ódio. A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, como sempre a mais desastrada com as palavras em todo o governo Trump, falou que existe uma clara linha diferenciando “liberdade de expressão” de “discurso de ódio” – o que está em contradição patente com toda a linha de interpretação da primeira emenda por parte da extrema-direita, que é o que justificava, aliás, o direito do Charlie Kirk falar todas as barbaridades que falava.

Mas essa mudança de papéis ajuda a ilustrar também o risco de um uso excessivamente amplo e muitas vezes oportunista que setores da esquerda fazem da ideia de discurso de ódio, com o objetivo de calar oponentes em determinados espaços.

Discurso de ódio não é mera discordância de determinadas políticas afirmativas, nem mesmo a simples manifestação de preconceitos. Devemos ter o direito de falar coisas que são incômodas ou mesmo intoleráveis para outros, mas sabendo que isso nos fará também ouvir coisas incômodas e intoleráveis para nós.

Discurso de ódio se caracteriza por um incentivo claro à violência e à discriminação, descartado o uso de hipérboles e figuras de linguagem assemelhadas. (Falei disso aqui, quando Roberto Justus tentou acusar um professor por pretensamente querer matar sua filha de 5 anos).

É preciso voltar à defesa da liberdade de expressão como princípio, entendendo sempre que as exceções a ela são exceções e precisam ser amplamente justificadas em cada caso.

É fácil de aplicar? Não. O ambiente do debate digital torna o problema mais complicado ainda e se cruzam questões sobre disseminação de desinformação, charlatanismo e incitação à violência. Mas cabe a nós defender a liberdade de expressão. Até porque – como o episódio de Kirk está demonstrando muito bem – se for para impor censura, a direita tem recursos muito maiores em suas mãos.

*Luis Felipe Miguel é professor de Ciência Política da Universidade de Brasília e coodenador do Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades (Demodê)/Viomundo


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Política

Tarcísio é o candidato do mercado/mídia. Por razões administrativas? Não, mas em sua gestão sobram racismo e fascismo

Tarcísio desponta como expoente natural da direita brasileira, que é, em última análise, a chamada elite branca de olhos azuis, altamente fascista, mas sobretudo, racista..

Em pleno 2025, uma corrente claramente racista se agarra ao fascismo de Estado para sustentar a imagem de um a baderna totalitária contra pretos e pobres das favelas de São Paulo.

Isso, em si, resume as forças vagas que fomentam a discriminação social e racial no Brasil, tão apreciada pelo Congresso Nacional e, junto, a pátria sonhada pelos “patriotas”, cujo predomínio dessa “gente da nobreza” tem como ponta de lança a perigosa ambição.

Agora, o Congresso impõe ao pobre, que é quem paga a conta do Estado, 25 anos de bandeira vermelha na conta de luz, o que significa aumento do custo da energia para os consumidores brasileiros que já é um dos mais caros do mundo, um preço ainda mais salgado.

Uma direita completamente prostituída dentro do Congresso, Na noite desta terça-feira (17/6), deputados e senadores decidiram aumentar a conta de luz empresarial e residencial para atender aos interesses de alguns grupos privados com os quais mantêm relações promíscuas.

O clero dos abastados comprou senadores e deputados para votarem a favor de seus interesses mais selvagens contra um povo inteiro, povo que paga salários e regalias desses mesmos congressistas que operam contra o Brasil e os brasileiros.

Ou seja, o assento central do poder no Brasil é da elite econômica que odeia povo, mas suga-lhe a última gota de sangue.

Os parlamentares vigaristas aumentaram em 9% a conta de energia, com a derrubada de vetos de Lula a uma legislação setorial.

Privilegiaram com incentivos e isenções fiscais, empresas de pequenas centrais hidroelétricas.

O resultado é, segundo a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace): para ajudar seus patrocinadores, deputados e senadores estão impondo às pessoas e empresas um quarto de século de bandeira vermelha na conta luz. Até 2050.

Mas é essa a direita que a Faria Lima e a grande mídia querem manter no poder, incluindo Tarcísio de Freitas como presidente da bandalha nacional com o projeto de golpe para 2027, como quer Flavio Bolsonaro.


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Política

O santo é forte: a cura que vem da ancestralidade e o enfrentamento ao racismo religioso

A história do Brasil é marcada pela criminalização das religiões de matriz africana.

Dona Teresa quando entra na senzala

Oi corre atrás de rezadeira com criança para benzer

A carne é fraca, o santo é forte na ribeira

Oi vira santo a noite inteira, quero ver agradecer

É preciso reconhecer o papel histórico que os povos e comunidades tradicionais de terreiro desempenham na sobrevivência e na luta contínua pela afirmação da dignidade humana da população negra desde o terrível crime da escravidão. É necessário reconhecer que os saberes ancestrais africanos e afro-brasileiros beneficiam não apenas pessoas negras, mas toda a sociedade brasileira.

O samba, epígrafe deste texto, de autoria da cantora Teresa Cristina, ilustra bem a importância dos conhecimentos tradicionais de cura, beneficiando inclusive os brancos colonizadores. Mas o reconhecimento público e institucional desses saberes continua sendo negado. O racismo religioso segue operando invalidação, no reconhecimento público por parte de certos gestores públicos e setores da sociedade.

Lélia Gonzalez afirma que a violência do racismo impossibilita o reconhecimento da “contribuição para o avanço da humanidade nos níveis filosófico, científico, artístico e religioso” realizada pelo povo negro. É o próprio racismo que atribui ao negro uma suposta incapacidade de pensar e de produzir conhecimento e ciência. A história do Brasil é marcada pela criminalização das religiões de matriz africana, com seus saberes medicinais reduzidos ao curandeirismo. A repressão às práticas de cura realizadas por sacerdotisas e sacerdotes dessas tradições já figurou, na história recente do país, como crime contra a saúde pública.

É nesse contexto histórico de apagamento e violência que, desde 2021, foi instituído no estado do Rio de Janeiro o “Abril Verde” — Lei 9.301/21, de minha autoria — como um mês dedicado ao enfrentamento do racismo religioso. A lei simbolicamente reconhece essas tradições como espaços de promoção da saúde. O verde faz referência a Ossãe, orixá das folhas e da medicina. A este grande Orixá pede-se a cura para os males do racismo, considerado um dos determinantes sociais das condições de saúde da população negra. Por isso, celebramos a importância dos saberes medicinais ancestrais. Saberes que confrontam o racismo e ampliam a compreensão hegemônica de saúde, reconhecendo o corpo em sua integralidade, na qual os terreiros nos ensinam que a natureza e espiritualidade são indissociáveis da noção de saúde.

Esta reflexão segue os passos de uma luta histórica, marcada por vitórias institucionais que carecem de regulamentação e aplicabilidade. É preciso efetivar a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), conquista do movimento negro no Sistema Único de Saúde (SUS). A PNSIPN, instituída em 2010, já destacava a relevância dessas práticas preservadas nas comunidades de terreiro como parte do direito à saúde no SUS.

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Nessa direção, a recente resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) sobre o papel dos terreiros na promoção da saúde, assim como garantir o respeito das complexidades culturais dos povos tradicionais nos equipamentos do SUS. A resolução n° 715 de 2023, na sua orientação 46, reconhece as manifestações da cultura popular dos povos tradicionais de matriz africana e suas comunidades tradicionais de terreiro como equipamentos promotores de saúde e cura complementares do SUS.

Reconhecer os terreiros como espaços de cuidado e promotores de saúde é reconhecer que a cura também vem da ancestralidade, das folhas, dos cantos, da fé e da resistência negra. O Abril Verde é mais do que um símbolo: é um chamado à ação, à escuta e ao respeito. Que a política pública caminhe ao lado dos saberes tradicionais, que o SUS acolha, valorize essas práticas de cura. Porque, contrariando as violências, enquanto houver terreiro, haverá cura, dignidade e vida pulsando pelo Brasil afora.

*Renata Souza é deputada estadual, autora da Lei que institui o Abril Verde no estado do Rio de Janeiro, cria da Favela da Maré, jornalista e pós-doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Feminista negra, preside atualmente a Comissão da Mulher da Alerj. Foi reeleita a deputada estadual mais votada da história. É coautora do livro Pedagogia do Axé: saberes, lutas e resistências do povo negro (Ed. Aruanda).

*BdF

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Política

A lembrança macabra do governo fascista do psicopata Bolsonaro

Desemprego, fome, desamparo, desesperança, colapso ambiental, racismo, misoginia, homofobia, desinformação, fanatismo e iniquidade.
Isso no barato.

Bolsonaro assassinou mais de 700 mil brasileiros por Covid, sabotando a vacinação, de forma fria e calculada, em busca da propina de um dólar por vacina, como denunciou a CPI do genocídio.

Na verdade, esse pulha só chegou ao poder em 2018 por uma fraude criminosa que teve com o parceiro Sergio Moro.

Na troca da cabeça de Lula que venceria esse trapo moral, Moro, outro vigarista recebeu um ministério para iniciar sua carreira política funesta.
Os dois deveriam estar presos.

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Brasil

Racismo é um dos grandes obstáculos no enfrentamento à doença no Brasil

Dados indicam que população negra tem menos acesso a diagnóstico precoce e tratamento e está mais sujeita a óbitos.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que o Brasil registra mais de 700 mil casos de câncer por ano desde 2023 e, neste ano, a estatística deve se manter. Embora não existam dados específicos sobre a prevalência da doença por grupo étnico, a população negra é a que mais sofre com casos graves e situações que evoluem para óbito.

No Dia Mundial de Combate ao Câncer – 4 de fevereiro – o país reafirma a desigualdade racial como um dos principais fatores para esse cenário. O racismo se impõe como um obstáculo considerável para a diminuição dos casos graves da doença e se manifesta de maneira cruel no cenário oncológico brasileiro.

Diversos estudos corroboram essa conclusão e demonstram o impacto direto do preconceito racial no diagnóstico, tratamento e sobrevida de pacientes. Em conversa com o Brasil de Fato, o oncologista e pesquisador Jesse Lopes da Silva afirma que a falta de acesso e informação e as condições econômicas estão na lista de fatores que mais exercem influência nessa realidade.

“Essas desigualdades se manifestam na disponibilidade limitada de serviço de saúde, na qualidade dos serviços oferecidos e nas barreiras financeiras que dificultam o acesso a tratamentos eficazes. Fatores econômicos e socioeconômicos, como baixo nível de escolaridade, desemprego, condições de vidas mais precárias e falta de acesso à informação exacerbam essa vulnerabilidade e levam diagnósticos mais tardios e piores desfechos de saúde”, alerta.

Pesquisador do Inca, o especialista também atua no Grupo Oncoclínicas e é fundador do Comitê de Diversidade da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Ele está entre os autores e autoras de alguns dos estudos que corroboram a percepção de que a população negra é a que mais sofre com as consequências do câncer no Brasil.

Uma dessas pesquisas mostra que, em comparação com as mulheres brancas, as mulheres negras apresentaram 44% mais chances de incidência do câncer de colo do útero. O risco de morte é 27% maior. O dado relativo às mulheres indígenas é ainda mais preocupante e chega a 82%.

“Esses dados impressionam e mostram como fatores sociodemográficos e esses medidores impactam negativamente nos desfechos clínicos dessas pacientes, principalmente de mortalidade”, ressalta o especialista.

O câncer de mama também apresenta uma face mais perversa quando acomete mulheres negras. Uma pesquisa internacional indica que elas têm mais chance de morte, independentemente do subtipo da doença. O chamado triplo-negativo, conhecido por sua maior agressividade, é mais frequente nessa população. Jesse Lopes da Silva salienta que fatores biológicos podem até aparecer, mas novamente, o principal problema está nas barreiras de acesso.

“Em um estudo que publicamos no ano passado sobre padrões de disparidade étnica no Brasil, avaliamos o registro de bancos de dados populacionais e vimos que mulheres negras eram mais propensas a viver em áreas subdesenvolvidas, tinham níveis educacionais mais baixos e maior consumo de álcool quando comparadas a mulheres brancas. São fatores que podem explicar a velocidade mais significativa da taxa de mortalidade nessa população específica”.

Estudos também mostram incidência maior de câncer de próstata entre homens negros. Nesse caso o risco de morte também é mais exacerbado. Adicionalmente, a população negra também é mais afetada por câncer de estômago e fígado, doenças frequentemente associadas a condições como hepatites e infecção por H. pylori, mais comuns em populações vulneráveis.

Em todos os casos, há estudos que indicam o peso de predisposições biológicas nos dados. No entanto, isso também demonstra que essas populações precisam contar com mais assistência, diagnóstico precoce e acesso à informação e prevenção. Novamente, o cenário sofre impacto de fatores sociais.

A solução para esses problemas, segundo Jesse Lopes, passa por uma série de ações, que vão desde a geração de dados por meio de pesquisas até campanhas específicas para a população negra, focadas na detecção precoce e no acesso ao tratamento oncológico. O pesquisador também aponta a urgência de proporcionar formação antirracista a profissionais de saúde e o estabelecimento de alianças com organizações para o direcionamento de recursos.

“Eu costumo dizer que a nossa principal arma é gerar dados. Dessa forma, nós temos como desvendar e tornar público esses desfechos tão díspares, quando se comparam populações vulneráveis com populações mais privilegiadas do ponto de vista racial. Capacitação de profissionais de saúde, promover e proporcionar treinamento sobre diversidade, inclusão para profissionais de saúde, elevando o nível de letramento desses profissionais e ajudando a reconhecer e abordar questões relacionadas ao acesso ao tratamento em diferentes grupos vulneráveis.”

Baixa escolaridade

A baixa escolaridade emerge como um fator de risco adicional, impactando negativamente o enfrentamento do câncer no Brasil. Dados do Observatório da Saúde Pública (OSP) da Umane revelam que, em 2022, 56,3% das pessoas que morreram de câncer de traqueia, brônquios e pulmão tinham até 7 anos de estudo.

Elas também enfrentam mais dificuldades em acessar informações sobre prevenção e tratamento e chegar ao sistema de saúde. Em contrapartida, apenas 9,2% das vítimas desse tipo de câncer possuíam 12 anos ou mais de estudo.

A prevalência do tabagismo, um fator de risco para diversos tipos de câncer, também é maior entre pessoas com menor escolaridade. Em 2023, 12,1% dos fumantes nas capitais brasileiras tinham até 8 anos de estudo, enquanto a média nacional era de 9,3%.

Historicamente mais afetada pela falta de acesso à educação, a população negra é, consequentemente, mais vulnerável aos efeitos nocivos do tabagismo e outros fatores de risco relacionados ao câncer. O racismo estrutural perpetua um ciclo de desigualdade em que a falta de oportunidades educacionais contribui para piores indicadores de saúde.

*BdF

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Política

PGR denuncia Gustavo Gayer por racismo contra Silvio Almeida

A denúncia surgiu após Gayer dizer, em um podcast, que africanos não têm a “capacidade cognitiva” adequada para participar da democracia.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) (foto em destaque). As acusações incluem injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e racismo contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. O documento foi assinado pela vice-procuradora-geral da República interina, Ana Borges, e protocolada na Corte na última sexta-feira (17/11), diz o Metrópoles.

As deputadas federais do PSol Erika Hilton (SP), Luciene Cavalcante (SP), Célia Xakriabá (MG) e Talíria Petrone (RJ) foram as responsáveis pela denúncia. As acusações surgiram após Gayer afirmar, durante um podcast, que os africanos não têm “capacidade cognitiva” para exercer a democracia.

“O Brasil está emburrecido. Aí, você pega e dá um título de eleitor para um monte de gente emburrecida. Aí, você vai ver na África: quase todos os países são ditaduras. Quase tudo lá é ditadura. Democracia não prospera na África. Por quê? Para você ter democracia, é preciso ter o mínimo de capacidade cognitiva para entender o bom e o ruim, o certo e o errado. Tentaram fazer democracia na África várias vezes. O que acontece? Um ditador toma tudo e o povo. O Brasil está desse jeito. O Lula chegou à Presidência e o povo burro: “Eeee, picanha, cerveja!”, disse o deputado.

No documento enviado ao STF, a PGR alega que Gustavo Gayer incentivou e instigou “a discriminação e o preconceito de raça, cor e procedência nacional”.

 

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Mundo

Vini Jr. detona Espanha após racismo e deixa futuro no Real em aberto

Vinicius Júnior, alvo de racismo durante Valencia x Real Madrid na tarde de hoje, se manifestou pela primeira vez após os insultos — ele acabou expulso em meio à uma confusão desencadeada pelos ataques. No texto, o brasileiro diz que “vai até o fim contra os racistas, mesmo que longe da Espanha”, deixando seu futuro em aberto.

Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui”. Vinicius Júnior em seu Twitter 

Torcedores do Valencia começaram a gritar “mono” (“macaco” em espanhol) nos momentos em que o brasileiro esteve perto da lateral. O jogo estava nos 15 minutos do segundo tempo.

Cerca de dez minutos após o início dos gritos, o árbitro paralisou a partida depois que os torcedores repetiram o gesto.

O jogo foi interrompido por aproximadamente cinco minutos, e foi necessário que o locutor do estádio pedisse para que os torcedores parassem por risco da partida ser encerrada.

Vinicius Junior começou a discutir com os torcedores do Valencia, e o técnico Carlo Ancelotti chamou o brasileiro no banco de reservas pedindo que ele se acalmasse. O brasileiro foi expulso após a reação. A partida foi reiniciada pelo árbitro e o Real Madrid perdeu por 1 a 0.

Vinicius Júnior foi atrapalhado pela presença de uma segunda bola em campo quando partiu para a jogada na esquerda.

A torcida do Valencia começou a hostilizar os jogadores do Real Madrid, que ficaram indignados com a situação.

O brasileiro foi xingado por parte da torcida do Valencia perto do local do lance e logo apontou para o setor de onde partiam os gritos de “macaco”.

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Vídeo – Racismo: Renato Freitas é retirado de voo para levar “geral” da polícia; “Tudo bem, fora ser humilhado”

O deputado estadual Renato Freitas (PT-PR) denunciou através das redes sociais, nesta quarta-feira (10), que foi retirado de um voo para uma “inspeção aleatória” feita por policiais federais, diz a Forum.

A abordagem aconteceu no dia 3 de maio. Freitas tinha ido cumprir uma agenda em Foz do Iguaçu (PR) a convite do Ministério dos Povos Indígenas e, depois de embarcar em um avião no aeroporto da cidade para retornar a Curitiba, pouco antes da decolagem, policiais entraram na aeronave e o retiraram da cabine para que ele fosse revistado, mesmo já tendo passado, antes, pela inspeção na máquina de Raio X.

Sem encontrar nada que impedisse Freitas de embarcar, os policiais o liberaram para entrar novamente no avião e desejaram “boa viagem”.

“Bando de racistas ignorantes”, declarou o petista ao passar pelas fileiras de assentos da aeronave. Uma passageira deu “graças a Deus” que “deu tudo certo” e Freitas respondeu: “Tudo certo? Sim, tirando o fato de ser humilhado… Quantas pessoas saíram desse voo escoltados pela Polícia Federal para ser revistado?”.

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Cotidiano

Professora negra tira a roupa em protesto contra perseguição racista no “Atacadão”, do grupo Carrefour (vídeo)

Apenas no feriado, grupo Carrefour é acusado de cometer duas ações racistas, em São Paulo e no Paraná.

De acordo com o 247, a atriz, professora e pesquisadora em Teatros Negros, Isabel Oliveira tirou a roupa e ficou só de calcinha e sutiã para mostrar que não oferecia perigo após ser perseguida por um segurança do supermercado Atacadão localizado no bairro Portão, em Curitiba, no Paraná. O grupo foi adquirido pelo grupo Carrefour.

Digo, o Carrefour se foi, mas o racismo ficou.

Após a humilhação, ela gravou um vídeo em seu Instagram, aos prantos, relatando a situação: “Fui tratada como se eu fosse um marginal, fui sendo seguida por um segurança por mais de meia hora dentro do Atacadão. Isso não pode ser normal, eu perguntei para ele se eu estava oferecendo algum risco”.

Também neste feriado, outra situação ganhou destaque na mídia: Na última sexta-feira (7), o cantor e apresentador Vinicius de Paula, casado com a bicampeã olímpica de vôlei Fabi Claudino, denunciou nas redes sociais o caso de racismo ao relatar que foi preterido de ser atendido em um caixa preferencial, mesmo sem ninguém na fila.

A situação ocorreu em Alphaville, bairro de classe alta da cidade de São Paulo.

Em 2020, João Silveira Freitas, conhecido como Beto, foi espancado até a morte por seguranças do local. Na época, a delegada Roberta Bertoldo, responsável pelo caso, salientou que o racismo estrutural presente na sociedade naturaliza a violência contra pessoas negras.

https://twitter.com/valneifils/status/1644828690457538562?s=20

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Cotidiano

Pais pedem expulsão de professor de Joinville ironizou ataque a creche de Blumenau e disse que “mataria uns 15, 20”

Alunos e pais denunciam que o mesmo profissional “faz frequentemente comentários preconceituosos e de ódio, incluindo casos de racismo, homofobia, misoginia e apologia ao suicídio.

Pais e alunos da escola estadual Georg Keller, em Joinville, pedem a expulsão de um professor que teria feito comentários agressivos sobre o ataque a creche em Blumenau, que resultou na morte de quatro crianças. A informação é do portal Nsc Total.

Um vídeo gravado pelos alunos mostra o professor dizendo que “mataria uns 15, 20. Entrar com dois facões, um em cada mão e ‘pá’. Passar correndo e acertando”. A Secretaria de Estado de Educação informou que está tomando medidas apropriadas e investigando o caso.

Segundo dois alunos e a mãe de um estudante consultados pela reportagem do AN/NSC Total, “o professor faz frequentemente comentários preconceituosos e de ódio, incluindo casos de racismo, homofobia, misoginia e apologia ao suicídio”. Uma aluna do primeiro ano do ensino médio contou que a turma discutiu a tragédia de Blumenau e o professor disse que “mataria mais do que quatro pessoas, pois a população está muito grande”. Os estudantes afirmam que o professor também desrespeita as mulheres e usa termos ofensivos na sala de aula.

A garota também relatou que o professor sugeriu que uma estudante se suicidasse para “poupar oxigênio no mundo”. Outro aluno afirmou que o professor ri após fazer comentários violentos e pratica xenofobia com alunos venezuelanos e intolerância religiosa com outros alunos. Os estudantes estão desanimados e descontentes com as aulas do professor, considerando que o que ele ensina é errado.

A Secretaria de Estado de Educação garante que está investigando o caso e tomando medidas apropriadas para resolver a situação. Os pais e alunos esperam que o professor seja punido pelas suas ações e que a escola tome medidas para garantir a segurança e a qualidade do ensino.

Confira o posicionamento da secretaria

“A Secretaria de Estado da Educação (SED), por meio da coordenadoria regional de Joinville, informa que está ciente da situação envolvendo um professor na EEB Dr. Georgi Keller e está tomando todas as medidas cabíveis.

Neste primeiro momento, será realizada a escuta junto a direção da escola para verificação dos fatos para dar andamento ao processo.

A SED salienta que, visando o fortalecimento socioemocional, o currículo catarinense trabalha com competências e habilidades que ampliam o respeito e a empatia na sociedade. As coordenadorias regionais também contam com profissionais como psicólogos e assistentes sociais, que compõem o Núcleo de Prevenção às Violências Escolares (NEPRE), para dar suporte às escolas e estudantes.”

*247

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