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Opinião

Ele quer a recessão

Campos Neto, o Apolo do BC, vai destinar quase 7% do PIB, uns R$ 700 bilhões para os bolsos dos rentistas.

Campos Neto, todos saqbem, foi o cavalo de troia deixado por Bolsonaro no Banco Central.

Sua linha de raciocínio é a mesma de Paulo Guedes, que fez uma gestão confessadamente contra os pobres e a favor dos ricos. A justificativa do Chicago boy dos ricos e bad boy dos pobres, é que, quem manda no país são os ricos, para ele, os pobres não mandam nada.

Campos Neto é da mesma cepa de Guedes, que enxerga o mundo a partir do seu mundo, já que nasceram me berço de ouro, sem qualquer compromisso com o país.

Ele tenta levar o Brasil a uma recessão para prejudicar politicamente o governo Lula. Ou seja, juntou a fome com a vontade de comer.

E se o objetivo dele é estagnar o país para criar um mata-burro financeiro tentando fazer com que os resultados positivos, como a queda da inflação, prevista pelo mercado, assim como o crescimento do PIB, de 1,9% para 2,5% fiquem invisíveis diante de fatores negativos que os juros pornográficos do DC produzem.

É difícil prever até quando o Senado assistirá a esse estupro da agiotagem nativa, que derrubou Dilma para sequestrar o Banco Central, pois, ao que tudo indica, mesmo com as críticas de agentes do mercado, Campos Neto não cederá a sua política negacionista copiando o próprio patrão.

O que ele quer não tem nada a ver com questão inflacionária, mas com a estagnação do país, a manutenção da taxa de desemprego e tudo o que isso traz de ruim a reboque.

Campos Neto é suficientemente arrogante como qualquer playboy, que cai de paraquedas na presidência do Banco Central por ser neto de quem é. Portanto, fará tudo o que puder para fortalecer as pernas bambas do fascismo bolsonarista do qual ele é parte. Ele é suficientemente canalha para isso.

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Política

Gleisi Hoffmann: Bolsonaro fez uma ‘parafernália’ e onde estava o BC?

A escalada de reclamações do governo e seus apoiadores contra o Banco Central ganhou um reforço político. Quem agora protesta é a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR). Ela reclama da nota emitida pelo Banco Central (BC) em que identifica tom bem mais crítico do que o que era usado com o governo de Jair Bolsonaro.

Gleisi destaca no texto do BC o trecho que cita “a ainda elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e estímulos fiscais que implicam sustentação da demanda agregada”.

“Críticas assim não foram feitas à gestão Bolsonaro, com toda a parafernália que eles fizeram na pré-eleição e durante o período eleitoral”, rebateu a presidente do PT à coluna. “Com tudo isso, o BC nunca soltou uma nota dura assim, falando de incerteza sobre o futuro. Bolsonaro fazia de tudo e onde estava o BC?”.

Gleisi avalia que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje, faz um recuo em relação à nota. “O presidente Lula demarcou isso, falou sobre as posições do BC e trouxe à luz o esforço que a Fazenda tem feito”, avalia a deputada. “Mas para o Banco Central reconhecer isso foi preciso Lula brigar, falar grosso”.

A ata que saiu hoje, interpreta a presidente do PT, faz uma mediação.

Em um tuíte postado ontem, Gleisi chegou a se referir ao Banco Central como “a última trincheira do bolsonarismo no poder”.

“Vamos analisar: estão trabalhando com uma previsão de crescimento de 0,7% ou 0,8%. Isso é muito ruim, porque aponta para uma desaceleração e depois caminha para uma recessão”, lamenta ela. “Isso quer dizer desemprego, quer dizer problemas. Manter uma taxa alta como está é apostar em desaceleração econômica e recessão. Isso tem implicação política, a quem interessa?”

E questiona: “O BC quer encaminhar o Brasil para uma recessão com essa taxa de juros que não tem necessidade de estar nesse patamar? As políticas econômicas não são neutras, o reflexo é sempre político”.

*Chico Alves/Uol

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Política

Lula vê traição de presidente do BC e tentativa de levar Brasil à recessão

Diálogo da autoridade monetária com o governo está estremecido depois de comunicado que sinaliza manutenção de juros altos.

De acordo com a Folha, o presidente Lula e ministros de seu governo consideram que o presidente do Banco Central, Roberto Campos, traiu a confiança que o governo depositava nele para dialogar e participar de um esforço conjunto para que o Brasil supere os problemas econômicos que hoje enfrenta sem passar por uma recessão.

No entendimento do mandatário e de sua equipe, o governo atual, com pouco mais de um mês no poder, não tem responsabilidade sobre o déficit fiscal e a inflação, que impulsionam as taxas de juros. E mereceria um voto de confiança em seu compromisso de levar o rombo para 1% neste ano, e de zerá-lo em 2024.

Mesmo diante das metas claras, dizem interlocutores diretos de Lula, o Banco Central não apenas manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano pela quarta reunião consecutiva —a primeira desde que Lula tomou posse—, como endureceu o discurso e disse que deve deixar as taxas em patamares altos por mais tempo.

Com essa mensagem, o BC estaria dificultando a recuperação do crédito e a atividade econômica no país, e colocando o Brasil na rota da recessão.

Lula e o governo acreditam que os alertas feitos pelo Copom foram muito além do que seria necessário. E passaram a desconfiar da atuação de Roberto Campos, indicado ao cargo por Jair Bolsonaro para um mandato de quatro anos.

Ministros de primeiro escalão começaram a evitá-lo. E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o elogiava, já mostrou contrariedade com sua atuação.

Lula tem afirmado, segundo os mesmos interlocutores, que Campos foi tratado com respeito e consideração, e que não houve reciprocidade por parte dele.

O presidente do Banco Central sempre foi alinhado com o bolsonarismo.

Apesar da autonomia da instituição, aprovada no governo passado, Campos chegou a ir a jantares de Bolsonaro com empresários organizados para apoiar as medidas econômicas adotadas pelo presidente e pelo então ministro da Economia, Paulo Guedes.

Campos até discursava nos encontros, e admitiu em um deles que recebia conselhos de não ir a eventos com políticos que integravam o governo.

Mas justificava: como os ministros de Bolsonaro eram ‘técnicos’, não haveria problema em se misturar com eles. A proximidade não macularia sua autonomia e independência.

O presidente do Banco Central se mantém próximo dos bolsonaristas. Foi à posse de Tarcísio de Freitas no governo de São Paulo e, até meados do mês, seguia em um grupo de WhatsApp que reúne ex-ministros de Bolsonaro.

Em entrevista à Rede TV! nesta semana, Lula deixou claro que está contrariado com Roberto Campos, a quem se referiu como “esse cidadão”.

“Quero saber do que serviu a independência do Banco Central. Eu vou esperar esse cidadão [Campos Neto] terminar o mandato dele para fazermos uma avaliação do que significou o banco central independente”, disse Lula.

O BC divulgou o comunicado em que subiu o tom e contrariou o governo Lula na quarta (1º), depois de manter a Selic em 13,75%.

O texto fazia alertas sobre as incertezas fiscais e a piora nas expectativas de inflação, que estão se distanciando da meta em prazos mais longos.

Sinalizava ainda que o BC deve deixar os juros no patamar atual por mais tempo —hoje o mercado prevê o início do afrouxamento monetário em setembro.

“O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas, que têm mostrado deterioração em prazos mais longos desde a última reunião”, afirmava o comunicado.

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Economia

E agora? PIB recua 0,1% no 3º trimestre e Brasil entra em ‘recessão técnica’

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro registrou variação negativa de 0,1% no terceiro trimestre, em relação ao trimestre anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Após queda de 0,4% no segundo trimestre (dado revisado, ante recuo de 0,1% divulgado anteriormente), o consenso dos analistas é de que a economia brasileira está estagnada e que não há perspectiva de melhora no quarto trimestre do ano, quando é esperado novo resultado próximo de zero para o PIB na comparação trimestral.

A perda de renda da população, com a inflação acima dos 10% no acumulado de 12 meses, e uma retomada do emprego puxada pela informalidade têm inibido o consumo.

Empresas e famílias também têm adiado decisões de compra e investimentos, diante da alta de juros para conter a inflação e da incerteza gerada pelas eleições presidenciais de 2022.

Com dois trimestres seguidos de PIB negativo, a economia brasileira pode ser considerada em “recessão técnica”.

Mas os economistas preferem falar em estagnação, já que as quedas até agora foram pequenas e, segundo eles, mostram mais uma economia “andando de lado” do que em franca decadência como na crise de 2015-2016 ou no ano de 2020, quando a atividade foi duramente afetada pela restrição de circulação necessária para conter a pandemia do coronavírus.

Mas o que esperar de 2022? Podemos em pleno ano de eleição voltar à recessão mais aguda, com alta do desemprego?

Os economistas divergem: há quem aposte em uma pequena alta do PIB no próximo ano, quem veja a continuidade da estagnação e quem aposte sim na recessão — que seria a terceira num período de oito anos, um mal desempenho sem precedentes.

Nesse último grupo estão grandes bancos como o Itaú e o Credit Suisse, ambos com projeção de queda de 0,5% para o PIB brasileiro em 2022.

*Com informações do Uol

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Economia

Bolsonaro leva o Brasil à recessão: ‘Prévia’ do PIB do Banco Central indica queda de 0,14% no 3º trimestre

Divulgação oficial do PIB será feita pelo IBGE em 2 de dezembro. Em setembro, foi registrada queda de 0,27% e, em 12 meses até setembro, houve alta de 4,22%.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,14% no terceiro trimestre de 2021 na comparação com os três meses anteriores.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

O IBC-BR do Banco Central é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os números oficiais serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2 de dezembro.

O resultado divulgado nesta terça-feira (16) pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.

O recuo da prévia do PIB no terceiro trimestre aconteceu após retração também nos três meses anteriores, entre abril e junho deste ano. Segundo a instituição, o IBC-Br registrou queda de 0,35% nesse período (valor revisado).

Com isso, o indicador apontou a possibilidade de uma recessão técnica, que se caracteriza por dois trimestres seguidos de contração do PIB.

Em 2020, o PIB do Brasil registrou queda de 4,1%, representando a maior contração desde o início da série histórica atual do IBGE, iniciada em 1996.

Para 2021, analistas de instituições financeiras projeta alta de 5,3%, assim como o governo.

*Com informações do G1

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Segunda onda da Covid-19, desgoverno e vacinação lenta levam economistas a prever recessão

O pico da segunda onda da pandemia está derrubando ainda mais a expectativas para a economia este ano. No momento que a média diária de mortes por Covid-19 ultrapassa 3 mil mortos, mais economistas estão prevendo nova recessão no início do ano, com dois trimestres seguidos de recuo do Produto Interno Bruto (PIB).

A reação econômica este ano e em 2022 não será suficiente para o país se recuperar da recessão da Covid-19. Somente em 2023, o país voltaria aos níveis de antes da crise.

— Dada a evolução da pandemia e o ritmo lento de vacinação, o mais provável é que o país passe por uma recessão técnica no primeiro semestre. Enquanto a crise sanitária não for resolvida, não vai ter retomada robusta — afirma Adriano Laureno, economista sênior da Prospectiva Consultoria.

Carlos Kawall, diretor da ASA Investments, afirma que o recrudescimento da pandemia em março anulou o bom momento de janeiro e fevereiro, mesmo com o fim do auxílio emergencial. Ele estima queda de 0,5% do PIB no primeiro trimestre frente ao fim do ano e mai novo recuo de 2% no segundo trimestre.

Ele prevê que o PIB de 2021 cresça 2,3% e 1,5% em 2022. O resultado combinado dos dois anos não compensará a queda de 4,1% do PIB em 2020:

— Não há cenário claro de controle da pandemia, há atrasos nas vacinas. Mesmo em países que estão vacinando mais rápido, como Chile, Reino Unido e EUA, avalia-se que é preciso ampliar o distanciamento por mais tempo — diz Kawall, lembrando que entre os emergentes mais relevantes, o Brasil é o único a ter a expansão de 2021 revisada para baixo.

A pandemia afeta os negócios e aumenta a incerteza, inibindo o consumo de famílias e empresas. Na pesquisa Focus, feita pelo Banco Central com instituições financeiras, a previsão para o PIB cai há quatro semanas. Hoje está em 3,18%. Sílvia Matos, coordenadora do Boletim Macro Ibre/ FGV, classifica como “uma catástrofe” a situação do país:

— Se o país não crescesse nada este ano, mas mantivesse o ritmo da atividade de dezembro, teríamos uma alta do PIB de 3,6%, o chamado carregamento estatístico. Mas nossa previsão já está em 3,2%. O país está desacelerando.

Enrico Cozzolino, analista do Banco Daycoval, diz que faltam medidas para solucionar essa parada econômica:

— Seria um bom momento de uma sinalização forte de que as reformas (administrativa e tributária) estariam avançando. Mas não há clima, nem coalizão política para seguir com esta agenda.

Mais riscos

Risco fiscal, com a dívida pública chegando a 90% do PIB, dúvidas sobre a viabilidade do Orçamento aprovado pelo Congresso, inflação subindo, devendo superar 7% em 12 meses, juros em alta, incertezas políticas e ameaças institucionais pioram a situação, lembra Sérgio Vale, da MB Associados, que também espera recessão no primeiro semestre e alta do PIB de 2,6% este ano:

— Temos o risco político de um governo que não tem funcionado há dois anos. Ninguém esperava que chegássemos a 4 mil mortos por dia.

*Com informações de O Globo

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Economia

Estrangeiros cortam pela metade investimentos no Brasil, diz ONU

A decisão da Ford de fechar fábricas no Brasil foi apenas a ponta de um iceberg e a economia nacional vive uma das maiores quedas de investimentos diretos entre os países emergentes.

Às vésperas do início do Fórum Econômico Mundial, realizado neste ano de forma virtual, a ONU divulga neste domingo dados que mostram que os investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2020 registraram uma queda de 51% em comparação aos volumes de 2019. A redução é superior à média da queda mundial.

“No Brasil, o investimento diminuiu para 33 bilhões de dólares, enquanto o programa de privatização e as concessões de infraestrutura pararam durante a crise pandêmica”, indicou a Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento.

“As indústrias mais afetadas foram as de transporte e serviços financeiros, com quedas na entrada de fluxos de mais de 85% e 70%, respectivamente, e as indústrias de extração de petróleo e gás e automotiva, que registraram ambas uma queda (preliminar) de 65% nos fluxos”, explica a ONU.

James Zhan, representante da Conferência da ONU para Desenvolvimento e Comércio (Unctad), alerta que a recuperação brasileira pode ser lenta, já que o que se registrou foi uma queda acentuada de investimentos em novas plantas de produção. Isso, segundo ele, seria uma indicação de que a retomada não ocorrerá de forma imediata, mesmo com o fim da pandemia.

“A recessão e o choque causado pela pandemia geraram um golpe para os investimentos no Brasil e na região. Vimos produção afetada”, disse. “No curto prazo, podemos levar um tempo maior para que o Brasil se recupere, comparado com outras partes do mundo, como Europa”, indicou.

No longo prazo, porém, a esperança é de que a reestrutura de cadeias produtivas pelo mundo possa também significar que haverá uma maior integração regional na América Latina, com oportunidades de investimentos e diversificação para o setor de tecnologia.

Mas, entre as grandes economias do mundo, apenas quatro tiveram quedas ainda mais profundas que o Brasil em 2020: Reino Unido, Itália, Rússia e Alemanha.

O volume de investimentos só não é menor que em 2009, quando a crise financeira global também abalou os fluxos para o Brasil e somou apenas US$ 26 bilhões.

O país ainda terminou 2020 como o quinto maior recipiente de investimentos do mundo, superado por Índia, Cingapura, EUA e China. Em 2011, há uma década, o Brasil já era o quinto maior receptor.

Recuperação: apenas em 2022

Sem vacinas suficientes e com incertezas sobre as políticas econômicas, a ONU estima que a recuperação dos fluxos de investimentos ocorrerá apenas 2022. Para 2021, pode haver uma nova contração de até 10%, com uma “contínua pressão descendente”. A queda de novos investimentos em produção em 2020 de 35% sugere que ainda não se vislumbra uma reviravolta nos setores industriais. Na América Latina, essa queda foi de 51%.

Uma das esperanças é o setor de infraestrutura, além de negócios nas indústrias tecnológica e farmacêutica.

Mas, para os países em desenvolvimento, as tendências representa “grande preocupação”. “Estes tipos de investimento são cruciais para o desenvolvimento da capacidade produtiva e da infra-estrutura e, portanto, para as perspectivas de recuperação sustentável”, diz.

Para a ONU, os riscos relacionados à última onda da pandemia, o ritmo da implantação de programas de vacinação e pacotes de apoio econômico, situações macroeconômicas frágeis nos principais mercados emergentes e a incerteza sobre o ambiente político global para investimentos continuarão a afetar os investimentos em 2021.

*Jamil Chade/Uol

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Até a CNN mostra o nível de rejeição às ações de Bolsonaro: 64% reprova o plano do governo de combate ao coronavírus

Um levantamento da consultoria Atlas Político apontou que 64% da população reprova o plano de combate ao coronavírus adotado pelo governo do Jair Bolsonaro. De acordo com os 1900 entrevistados, 80% das pessoas consideram que sistema de saúde não está preparado para suportar o aumento de doentes e 73% avaliam que a situação irá piorar.

Para 38%, a crise vai durar até seis meses e 28% acham que ela terá duração de algo entre dois e três meses. A pesquisa foi publicada pela CNN Brasil.

Sobre a expectativa econômica, 57% consideram que o Brasil entrará em uma recessão neste ano, 67% estão com medo de deixar suas casas e 29% com receio de perderem seus empregos.

Ao todo, 29% dos entrevistados acham que alguém da família perderá o emprego e 67% estão com medo de sair de casa em razão do coronavírus.

 

 

*Com informações do 247

 

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Brasil, o país dos bicos: A mentira descarada de Bolsonaro sobre a retomada do emprego

No Brasil como um todo, o quadro estampado na imagem em destaque é cada vez mais frequente em pequenas e médias cidades, mas principalmente nos grandes centros. É a luta desesperada pela sobrevivência, mas, para Bolsonaro, isso é a retomada do emprego.

Entre o quarto trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2019, o contingente de trabalhadores informais, sem direitos, aumentou 12%, enquanto o que tem carteira assinada caiu 0,4%

É o setor informal da economia que vem sustentando a retomada do mercado de trabalho, de acordo com dois estudos feitos a cada trimestre pelo Banco Central (BC), divulgados nesta quinta-feira (19).

Um dos estudos conclui que “o processo de recuperação do mercado de trabalho observado nos últimos anos tem se apoiado primordialmente no setor informal, diferentemente do que foi observado no ciclo de expansão que precedeu a última recessão”.

“O movimento pode estar associado não apenas ao gradualismo que caracteriza a retomada da atividade econômica, mas também a fatores tecnológicos que ampliaram as possibilidades de se ofertar trabalho autonomamente”, diz o BC.

Segundo o BC, entre o quarto trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2019, o contingente de trabalhadores informais, sem direitos, aumentou 12%, contribuindo com 5 pontos percentuais no aumento de 4,7% da população ocupada.

“A maior parte da contribuição decorreu de aumentos de empregados nos segmentos do setor privado sem carteira e, principalmente, de trabalhadores por conta própria”, explica o Banco Central.

Já o emprego formal apresentou queda de 0,4%, nesse período.

Em relação aos rendimentos médios, segundo o relatório, houve incrementos de 4,4% e 4,3% para os trabalhadores formais e informais, respectivamente, interrompendo as tendências observadas na fase anterior.

“A massa de rendimentos acumulou alta de 7,5% no período, com a maior parte (4,6 pontos percentuais) repercutindo elevações da população ocupada e do rendimento médio dos trabalhadores informais.”

Em outro estudo, o BC diz que “períodos de contração econômica e recuperação gradual, como o vivenciado pela economia brasileira nos últimos anos, podem provocar aumento da subocupação, saída de pessoas do mercado de trabalho por desalento e entrada de pessoas oferecendo trabalho para complementar a renda domiciliar”.

“Simultaneamente, inovações tecnológicas e alterações da legislação têm contribuído para a flexibilização das relações trabalhistas nos últimos anos”, acrescenta o BC.

Os subocupados são aqueles que trabalharam por menos de 40 horas semanais, estavam disponíveis e gostariam de trabalhar por mais horas.

Os desalentados são pessoas que gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis para trabalhar, mas não realizaram busca efetiva por trabalho.

Nesse contexto, diz o BC, “medidas mais amplas de subutilização da força de trabalho – comparativamente à usual taxa de desocupação (TD) – ganham relevância para avaliação do nível de ociosidade no mercado de trabalho”.

“A evolução recente dos indicadores alternativos sugere retomada mais lenta do mercado de trabalho do que a apontada pela TD [taxa de desocupação], evolução explicada, em parte, pelo aumento dos subocupados”, concluiu.

 

 

*Com informações do Viomundo