O deputado federal afirma que a empresa “estava agradecendo com mimos o serviço milionário que o ex-juiz arrumou”.
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) usou as redes sociais para afirmar que os pagamentos da consultoria estadunidense Alvarez & Marsal ao presidenciável e ex-juiz Sergio Moro (Podemos) devem ser classificados como “propina”, e não salário.
“Vamos dar nome aos bois, o que Sergio Moro recebeu da A&M foi PROPINA e não salário, afinal a empresa estava agradecendo com mimos o serviço milionário que o ex-juiz arrumou. 78% da receita da firma que contratou Moro veio de alvos da Lava Jato”, tuitou Correia.
O Tribunal de Contas da União (TCU) retirou, nesta sexta-feira (21), o sigilo de documentos que mostram os valores dos honorários pagos ao ex-juiz pela consultoria.
A decisão foi de Bruno Dantas, ministro relator da ação, que investiga irregularidades envolvendo a Operação Lava Jato e a Odebrecht. Dantas também tirou o sigilo de peças referentes à empreiteira que, até o momento, eram confidenciais.
O pedido foi apresentado por Lucas Rocha Furtado, subprocurador-geral do Ministério Público de Contas.
Furtado afirma, na ação, que é necessário investigar “prejuízos ocasionados aos cofres públicos pelas operações supostamente ilegais dos membros da Lava Jato de Curitiba e do ex-juiz Sergio Moro, mediante práticas ilegítimas de revolving door, afetando a empresa Odebrecht S.A., e lawfare, conduzido contra pessoas investigadas nas operações efetivadas no âmbito da chamada Operação Lava Jato”.
No dia 17 de janeiro, Furtado, havia encaminhado ofício ao presidente do órgão, Bruno Dantas, solicitando que os processos sobre a atuação de Moro na Lava Jato fossem tornados públicos.
O subprocurador justificou o pedido, afirmando que “diversas peças se encontram com permissões insuficientes para acesso ao conteúdo”.
TCU: 75% do faturamento da consultoria que empregou Moro vieram da recuperação de empresas da Lava Jato
Dados do (TCU), divulgados discretamente pela revista Veja nesta quinta-feira (20), revelam que 75% do faturamento da Alvarez & Marsal no Brasil vieram de empresas investigadas pela Lava Jato e que foram entregues pela Justiça à consultoria estadunidense que empregou Moro em processos de recuperação judicial.
“TCU informa: de tudo o que a A&M – que CONTRATOU Moro – recebe de hon. como Admin. judicial, 2,2MM, cerca de 75% (1,5MM) vem, por coincidência, de empresas enredadas na Lava Jato. Em 30 m a A&M recebeu, só da ODB, 24 milhões! Contratação de Moro foi um golaço para A&M! Que faro!”, tuitou o advogado Lenio Streck.
*Com informações da Forum
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