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Política

Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, diz a Moraes que, se está preso, Bolsonaro também deveria

Defesa alega que se a justificativa para manter a prisão é evitar interferências na produção de elementos probatórios, então o mesmo critério deveria ser aplicado ao ex-mandatário.

A defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), apresentou um novo pedido de revogação de sua prisão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Vasques está detido desde 9 de agosto do ano passado e já teve dois requerimentos de liberdade negados anteriormente.

Segundo a CNN Brasil, os advogados de Vasques questionam os motivos de sua prisão e estabelecem uma comparação com o caso de Jair Bolsonaro (PL). Eles argumentam que se a justificativa da Polícia Federal para manter Vasques preso é evitar interferências na produção de elementos probatórios, então o mesmo critério deveria ser aplicado ao ex-presidente. “Se o argumento fosse válido, a Polícia Federal teria pedido a prisão do ex-presidente da República pelo mesmo fundamento. Isso porque se o requerente poderia influenciar no ânimo de alguma testemunha, mesmo sendo pobre e um mero servidor público aposentado, com muito mais razão poderia o ex-presidente”, dizem os advogados na petição, de acordo com a reportagem.

Além disso, a defesa levanta a questão da aposentadoria de Vasques, citando o caso de coronéis da Polícia Militar do Distrito Federal que foram soltos com base em suas aposentadorias e na alegação de que não teriam influência sobre subordinados. Os advogados argumentam que, da mesma forma, Vasques não teria capacidade de influenciar o curso das investigações estando fora da prisão.

O pedido de revogação da prisão ainda aguarda resposta do ministro Alexandre de Moraes, sem prazo definido para decisão. Silvinei Vasques está detido há quase nove meses, sendo investigado no contexto das blitze realizadas pela PRF no dia do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, especialmente no Nordeste, onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria vantagem sobre Jair Bolsonaro.

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Opinião

Bolsonaristas que chamam de mito um genocida que matou mais de 700 mil por Covid, chamam Lula de presidengue

A pergunta que não se cala nesse país é: quando Bolsonaro será preso pelos seus inúmeros crimes contra o povo brasileiro, entre eles o genocídio por Covid?

O fumacê fascista, talvez seja pelo MP denunciar Jair Renan por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. Tal pai, tal filhos. Não salva um. Uma mansão para cada filho, dada por Bolsonaro nos quatro anos de governo, é o símbolo da esbornia miliciana do clã.

Outro tijolo na testa de Bolsonaro vem do MP do Rio, que denunciou Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF no governo Bolsonaro por fraude licitatória, sem falar que seu filho 04 também foi denunciado pelo MP, por fraude em banco.

Essa falta de imaginação da terra plana contra Lula é a única receita de oposição que o gado premiado tem.

E a festa continua…

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Opinião

Silvinei, bucha ou canhão?

Como atuará o ex-chefe da PRF, preso a pedido da PF? Será mais um para servir de bucha de canhão para Bolsonaro ou, numa delação, se transformará num canhão apontado para a testa do ex-presidente?

Bolsonaro já deixou claro que, durante quatro anos, foi fonte de ganho dos colaboradores mais servis.

Ou seja, se Bolsonaro explodir como um homem-bomba, manda para os ares gente como Silvinei Vasques, Anderson Torres, Mauro Cid, Carla Zambelli, e por aí vai.

Por isso Bolsonaro confia na lealdade pra lá de cega dos seus fieis colaboradores, porque todos têm o rabo preso no próprio corpo de Bolsonaro.

Não tem bobo na parada, ninguém fez nada por fanatismo ou ideologia, as investigações revelam isso, todos levaram um qualquer que não foi pequeno. A tentação era grande e, com certeza, o Pix ou coisa que o valha rolou solto para essa turma comer na mão do vigarista chefe.

Agora, é saber se, nos cálculos de Silvinei Vasques, é melhor fazer delação e conseguir um bom acordo com a justiça, ou o troço é tão pesado que ele não terá coragem de se arriscar numa exposição ainda maior, vendo-se cada vez mais enterrado.

Para todos esses colaboradores de Bolsonaro, o chão está mole, se andar, afunda, se ficar parado, também.

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Opinião

Saiu no lucro: Foi preso tarde demais

O depoimento de um servidor que apontou direcionamento em blitz da PRF no Nordeste contra Lula, arquitetada por Silvinei Vasques em sua tabelinha com Bolsonaro, não tem qualquer novidade, sequer precisa investigar, todos viram e muitos denunciaram a patifaria comandada por esse sujeito no dia 30 de outubro de 2022, quando do terceiro turno.

Apesar disso, Silvinei não foi preso em flagrante, o que deveria ter acontecido e parecia que essa questão estava trancada em alguma gaveta, hoje reaberta nove meses depois do crime praticado por um servidor contra a democracia.

Ou seja, para quem diz que Moraes tem agido com intolerância, convenhamos, tem que dobrar a língua, pois mais paciência com um sujeito como esse.

Alexandre de Moraes ameaçou prender Vasques, caso ele continuasse sabotando a constituição através de blitz da PFR no dia do segundo turno que impedia eleitores de Lula circularem livremente para exercerem o direito de votar.

Vasques, que foi preso em Santa Catarina e conduzido à Brasília nesta quarta-feira, está no lucro, não tem do que reclamar.

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Política

Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques é preso em investigação sobre interferência nas eleições

De acordo com o inquérito, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste para prejudicar o deslocamento de eleitores. Há também dez mandados de busca em SC, RS, DF e RN.

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi preso na manhã desta quarta-feira por suspeita de interferência nas eleições presidenciais. De acordo com as investigações da Polícia Federal, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno, diz O Globo.

Ainda segundo o inquérito, os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país.

Ao pedir à Justiça a prisão de Vasques, a PF argumentou que existe a possibilidade de ele interferir nos depoimentos dos demais servidores, já que ainda exerce influência sobre alguns. Os mandados de busca e apreensão cumpridos hoje têm o objetivo de apurar se houve alguma interferência até agora.

Além do mandado de prisão preventiva contra Vasques, os agentes cumprem dez mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

Os demais alvos são:

  • Wendel Benevides, ex-corregedor-geral;
  • Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações;
  • Luis Carlos Reischak, ex-diretor de Inteligência;
  • Rodrigo Cardozo Hoppe ex-diretor de Inteligência Substituto;
  • Anderson Frazão, ex-coordenador-geral de Gestão Operacional;
  • Antonio Melo Schlichting Junior, ex-coordenador-geral de Combate ao Crime;
  • Bruno Nonato, ex-PRF e hoje na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A operação conta com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.

Em nota, a PF informou que os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro.

Explicações: Ex-diretor da PRF disse à CPI do 8 de janeiro que ‘nunca usou cargo’ para ajudar Bolsonaro, mas tirou foto por sentir ‘orgulho’ dele.

O nome da “Operação Constituição Cidadã” é uma referência à Lei Maior do Brasil, promulgada em 1988, a qual, pela primeira vez na história do país, garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto, maior representação da Democracia.

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Política

STF dá 48 horas para CPI dar mais informação sobre quebra de sigilo de Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF

Investigadores apuram o uso político da Polícia Rodoviária Federal para favorecer Jair Bolsonaro na última eleição, diz o 247.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso deu prazo de 48 horas para que os políticos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas apresentem informações sobre a quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. “O pedido será analisado após as informações, em razão da excepcionalidade da apreciação de medidas de urgência”, afirmou Barroso.

O ex-dirigente comandava a PRF nas eleições do ano passado, quando surgiram denúncias de uso político da força de segurança. De acordo com relatório divulgado em abril pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, entre 28 e 30 de outubro do ano passado, agentes fiscalizaram, 2.185 ônibus em estradas do Nordeste, mais que o dobro das ações no centro-oeste (893), quatro vezes mais que o número de blitz no Sudeste e sete vezes mais do que no Norte do Brasil.

A defesa de Silvinei Vasques acionou o STF nesta sexta-feira (14) para suspender a medida. “A despeito de não ter nada a esconder, entendeu de imediato que tal medida foi elaborada em total equívoco, em sessão confusa, sem debate sobre o tema, na qual os representantes da CPMI aprovaram o que foi verdadeira violência à Constituição da República Federativa do Brasil e à imagem e à privacidade do impetrante”, afirmaram. “Não há razão para quebra da intimidade do impetrante, eis que requereram quebra dos sigilos sem antes – mediante votação – tivesse o impetrante (testemunha) sua condição alterada para a de investigado”.

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Justiça

Ex-diretor da PRF chega para ser ouvido em CPI e diz que responderá todas as perguntas: ’15 horas de informação’; veja vídeo

Silvinei Vasques é o primeiro a ser ouvido pelo colegiado e deve ser questionado sobre bloqueios nas estradas durante eleições.

O ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e suspeito de bloquear rodovias para fins eleitorais na disputa presidencial de 2022, Silvinei Vasques, chegou com meia hora de antecedência à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro e disse estar preparado para falar por até 15 horas, segundo O Globo.

Ele será o primeiro ouvido pelo colegiado, nesta quinta-feira. Deputados e senadores governistas pretendem usar o depoimento para investigar eventuais ligações do caso com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

–Estou muito preparado, com a verdade. Vou responder a todas perguntas. Estamos prontos para falar de 10 a 15 horas de informação—disse Vasques ao GLOBO ao chegar ao Congresso.

A PRF é subordinada ao Ministério da Justiça, que na época do segundo turno da eleição era comandado por Torres. Além disso, Silvinei chegou a fazer campanha para Bolsonaro nas redes sociais.

Há um inquérito aberto a pedido da Polícia Federal que apura se o ex-chefe da PRF teria, no dia do segundo turno da eleição presidencial, determinado bloqueios em rodovias para prejudicar a locomoção de eleitores de Lula. Parlamentares governistas querem saber o grau de participação de Bolsonaro e Torres no episódio.

Em depoimento prestado à PF em maio, Torres disse que não houve nenhuma orientação por parte da pasta que ele comandava sobre bloqueio em rodovias nas eleições. Por outro lado, o delegado Leandro Almada, superintendente da PF na Bahia no período eleitoral, afirmou em depoimento que recebeu um pedido do então ministro da Justiça para reforçar o policiamento nas ruas em 30 de outubro.

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Irregularidade

PRF aposenta aos 47 anos ex-diretor investigado por bloqueios nas eleições

PRF concedeu aposentadoria para Silvinei Vasques um dia depois de ele ser dispensado do cargo de diretor-geral da corporação.

O agora ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, investigado por apoiar bloqueios em rodovias que contestavam o resultado das eleições presidenciais, recebeu aposentadoria voluntária da corporação aos 47 anos, segundo publicação no Diário Oficial da União (DOU) dessa quarta-feira (21/12).

A aposentadoria de Silvinei se deu por: “a) após 30 (trinta) anos de contribuição, desde que conte, pelo menos, 20 (vinte) anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial, se homem;”. Ele entrou na corporação aos 20 anos, em 1995; portanto, tem 27 anos de contribuição à Previdência.

O ex-diretor da PRF beneficiou-se da regra em vigor na data em que entrou na PRF, época em que se permitia encerrar a carreira com 20 anos de atividade policial, sem levar em conta a idade do servidor.

Veja a publicação

23/12/2022 08:44PORTARIA Nº 2.146 , DE 21 DE DEZEMBRO DE 2022 - PORTARIA Nº 2.146 , DE 21 DE DEZEMBRO DE 2022 - DOU - Imprensa Nacionalhttps://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-2.146-de-21-de-dezembro-de-2022-4529469161/1
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 23/12/2022
 
| Edição: 241
 
| Seção: 2
 
| Página: 51
Órgão: Ministério da Justiça e Segurança Pública/Polícia Rodoviária Federal/Diretoria de Gestão de Pessoas
PORTARIA Nº 2.146 , DE 21 DE DEZEMBRO DE 2022
O DIRETOR DE GESTÃO DE PESSOAS DA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, usando dasatribuições conferidas pelo art. 54, Anexo I. do Decreto nº 11.103, de 24 de junho de 2022, alterado peloDecreto nº 11.131, de 12 de julho de 2022, resolve:Conceder aposentadoria voluntária ao servidor SILVINEI VASQUES, matrícula SIAPE n° 1183095,ocupante do cargo de Policial Rodoviário Federal, do Quadro de Pessoal desta Polícia Rodoviária Federal,lotado na SPRF/SC, com fundamento no artigo 1°, inciso II, alínea "a", da Lei Complementar n° 51, de 1985,com redação dada pela Lei Complementar n° 144, de 2014, combinado com o artigo 3°, da EmendaConstitucional n° 103, de 2019, com proventos integrais e paridade correspondentes ao subsídio do cargoefetivo, conforme artigo 38 da Lei n° 4.878, de 1965, e Parecer Vinculante n° 04 JL - AGU, declarando, emdecorrência, a vacância do cargo, conforme disposto no Processo n° 08666.045082/2022-13


MARCOS ALVES PEREIRA

*Com Metrópoles

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Demissão

Bolsonaro exonera Silvinei Vasques, chefe da PRF réu por improbidade

Vasques se tornou réu após ter pedido votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha de reeleição.

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi exonerado do cargo. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), na edição desta terça-feira (20/12). Vasques é réu por improbidade administrativa desde o final de novembro por pedir votos para Bolsonaro durante a corrida presidencial. Ele também comandou a corporação durante bloqueios nas estradas no segundo turno das eleições.

A portaria foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Bolsonaro exonera Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF investigado por bloqueios ilegais em rodovias

Segundo o órgão, Silvinei Vasques fez uso indevido do cargo ao, por exemplo, ter pedido votos para o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputou a reeleição e foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o documento, houve a “intenção clara” de promover “verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais.”

Em nota na ocasião, a PRF disse que “acompanhava com naturalidade a determinação de citação” de Vasques.

Além disso, um inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) investiga blitz da PRF no dia do segundo turno da eleição. Contrariando determinação da Justiça, agentes pararam ônibus que faziam transporte gratuito de eleitores. A corporação alega que fiscalizou questões técnicas dos veículos, como condições de pneus.

A conduta de Silvinei é alvo de investigação diante dos bloqueios ilegais de rodovias, promovidos por apoiadores de Bolsonaro depois que ele perdeu a eleição. O MPF aponta que há indício de omissão da PRF por motivos políticos.

Vasques assumiu o posto de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal em abril de 2021, quando Bolsonaro deu posse ao Anderson Torres no Ministério da Justiça. Durante as eleições, o ex-chefe da PRF usou sua conta no Instagram para defender a reeleição do presidente. “Vote 22, Bolsonaro presidente”, dizia uma publicação nos stories com uma foto da bandeira do Brasil. Posteriormente, a postagem foi apagada.

*Com Correio Braziliense

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Justiça

Diretor da PRF vira réu por improbidade após pedir votos para Bolsonaro

Juiz concedeu prazo de 30 dias para que Silvinei Vasques se manifeste; depois disso, magistrado decidirá sobre afastamento de 90 dias.

A Justiça Federal do Rio de Janeiro transformou em réu Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), por improbidade administrativa. O Ministério Público Federal (MPF) protocolou o pedido, sob a alegação de que o chefe da corporação fez uso indevido do cargo.

A decisão foi emitida pelo juiz José Arthur Diniz Borges, que deu prazo de 30 dias para que Silvinei se manifeste sobre o caso. Depois disso, o magistrado decidirá sobre possível punição ao diretor da PRF: o afastamento do cargo pelo período de 90 dias.

“Determino a expedição de mandado de citação da parte ré para oferecimento de defesa, no prazo de 30 (trinta) dias, nos termos do art. 17, § 7º, da Lei nº 8.429/1992. Após, voltem-me conclusos, inclusive para apreciação da medida cautelar requerida”, diz trecho da sentença proferida em 18 de novembro.

Uso indevido do cargo

De acordo com o MPF, Vasques pediu votos indevidamente ao então candidato à Presidência da República e atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL). Ao citar declarações de Vasques durante eventos públicos, o órgão alegou que o diretor usou a PRF para fazer uma “verdadeira propaganda político-partidária”.

“A vinculação constante de mensagens e falas em eventos oficiais, sempre associando a própria pessoa do requerido à imagem da instituição PRF e concomitantemente à imagem do chefe do Poder Executivo federal e candidato à reeleição para o mesmo cargo, denotam a intenção clara de promover, ainda que por subterfúgios ou mal disfarçadas sobreposição de imagens, verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais”, assinala trecho do documento.

Nas redes sociais, à véspera do segundo turno das eleições, Silvinei Vasques pediu votos a Bolsonaro. Após repercussão negativa, ele apagou a publicação. Para o MPF, a conduta do diretor da PRF contribuiu para “o confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após divulgação do resultado”.

*Com Metrópoles

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