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Saúde

Vídeo: Médico desmistifica todas as barbaridades sobre vacina depois que Bolsonaro diz que não vai tomar

Se Trump foi hoje às redes sociais incentivar a vacinação, pedindo que todos os americanos tomem a vacina, certamente, o seu papel carbono tropical fará o mesmo aqui no Brasil.

Mas o estrago desse genocida contra a vacinação já foi feito, quando o próprio disse, na última terça-feira, que não tomaria a vacina para produzir terrorismo político contra a vacinação.

Esse vídeo que compartilhamos é bastante didático e detona qualquer especulação a respeito das vacinas. Pedimos que ele seja compartilhado para o máximo de pessoas contra essa onda estimulada, inacreditavelmente, por Ana Paula do Vôlei, uma ex-atleta da seleção brasileira, Augusto Nunes e por aquele restante de lixo que ronda aquele ambiente fétido da Jovem Pan, patrocinado pela Secom do governo Bolsonaro.

Assista:

https://twitter.com/PiennaSoares/status/1339481678172069889?s=20

*Da redação

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Vídeo: Trump obrigou Bolsonaro a mudar o discurso em menos de 24 horas

Bolsonaro dormiu contra a vacina e acordou totalmente favorável à vacinação, para tanto, bastou ver o discurso de Trump enaltecendo as vacinas Pfizer e Moderna e parabenizando os cientistas, pesquisadores e todos que trabalham na produção das vacinas que propiciaram o início da vacinação em massa nos EUA.

Assista:

*Da redação

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Vídeo: O dia em que Trump, em outras palavras, chamou Bolsonaro de idiota, e o verme tropical muda o discurso

Mesmo sabendo que Pazuello é um mero pau mandado de Bolsonaro, Rodrigo Maia chamou o “ministro da Saúde” de desastre, sabendo que seu tiro acertaria a testa do imbecil que preside o país.

Exaltando o que ele classificou de milagre médico, Trump fez um discurso à nação, soltando rojões e trazendo para si as glórias da descoberta da vacina, com a seguinte frase: “entregamos uma vacina segura e eficaz em apenas nove meses”.

Enquanto isso, aqui no Brasil, Bolsonaro berra aos quatro cantos que a vacina não funciona, o que, logicamente ganha, através do seu gado, dimensão nacional desastrosa, o que é incompreensível, porque a vacina não é contra vermes, mas contra vírus.

Ao mesmo tempo em que Trump chama a descoberta da vacina, jogando para si as glórias, como uma das maiores descobertas científicas da história, Bolsonaro se une aos idiotas do movimento antivacina no Brasil e diz que não tomará a vacina porque ela não é segura, é uma fraude.

Mesmo depois de produzir um verdadeiro genocídio nos EUA, por culpa do seu negacionismo que lhe custou a derrota eleitoral, Trump, agora, exalta a vacina e diz aos americanos que ela salvará milhões de vidas e que logo encerrará a pandemia de uma vez por todas, numa clara oposição, detalhe, fundamentada, a todas as idiotices que Bolsonaro tem vomitado pelo país sobre a vacinação.

Mesmo sendo apenas uma peça de retórica, Trump tentou vender um humanismo que jamais teve, dizendo-se emocionado em informar que o FDA, uma espécie de Anvisa americana, autorizou a vacina da Pfizer, enquanto no Brasil, assim como fez com a Abin, usando militares para aparelhar a suposta Agência de Inteligência Nacional, Bolsonaro aplicou a mesma receita na Anvisa para atrasar o máximo possível a vacinação no país.

Trump, por sua vez, disse que o seu governo deu muito dinheiro à Pfizer e outras farmacêuticas esperando que esse fosse o resultado, e assim foi.

Bolsonaro, é lógico, com um governo absolutamente incompetente, não pode fazer o mesmo discurso, porque sempre se vangloriou de fazer o discurso oposto, o de negar qualquer avanço científico que desembocasse na descoberta de uma vacina contra a Covid, ao ponto de, ainda ontem, exigir que cada brasileiro que tomasse a vacina assumisse por conta e risco a responsabilidade de um eventual efeito colateral, usando o medo e a incerteza para fazer terrorismo contra a vacina.

Se Trump usa a cadeia nacional para dizer que, em nome do povo americano, estava agradecido a todos os brilhantes cientistas, Bolsonaro, por sua vez, nesse tempo inteiro tratou os cientistas brasileiros como curandeiros charlatães, faltando somente cumprir o rito de um torquemada no auge do ódio, queimar cientistas que trabalharam no combate à Covid, na busca por um tratamento e vacina, como se fossem bruxos que precisariam arder na fogueira da inquisição em praça pública.

Se Trump inclui em sua homenagem pela descoberta da vacina, técnicos, cientistas, médicos e trabalhadores que tornaram possível o início da vacinação em massa nos EUA, com a eficácia das vacinas da Pfizer e Moderna de 96%, Bolsonaro não só demonizou os cientistas, como todos os que estavam envolvidos na cura, inclusive muitos que perderam a vida para a Covid, mandando seus cães invadirem hospitais, babando ódio, para forjar a denúncia de que a pandemia não passava de uma farsa.

Trump exalta a segurança das vacinas e diz que elas superaram as expectativas. No Brasil, Bolsonaro nega a eficácia das mesmas, pior, investe pesadamente no que ele chama de kit-Covid, apresentando à sociedade brasileira, uma caixa de Cloroquina e outra de Azitromicina, gastando mais de duas centenas de milhões na compra de algo que vai para o encalhe e, depois, para o lixo.

Já Trump exalta a independência dos dedicados especialistas da Anvisa americana, Bolsonaro enxerta a Anvisa brasileira de militares que não têm a menor ideia do que estão fazendo dentro de um órgão, que até pouco tempo era uma das instituições mais respeitadas no Brasil e no mundo e, hoje, está totalmente desmoralizada.

Não é por acaso que o vídeo com o Zé Gotinha negando-se a cumprimentar Bolsonar, explodiu nas redes sociais. Todo brasileiro sabe que Bolsonaro se comporta como um verme que se associou ao vírus.

Por outro lado, Trump classifica a vacina que produzirá a imunização do povo americano, como padrão ouro e diz que só chegaram a isso porque seu governo, através de uma operação Warp-Speed, forneceu um total de US$ 14 bilhões para acelerar o desenvolvimento da vacina e fabricar todas as principais candidatas.

No Brasil, o que se viu foi o oposto. Bolsonaro, de costas para as vacinas, acusando-as de placebo e que jamais investiria nisso, assumindo-se como um completo imbecil, incompetente que sempre foi como deputado e que, agora, quadruplica sua incompetência como presidente da República. Ele só chegou aonde está, através de uma aliança espúria com o mau-caráter, corrupto, ex-juiz Sergio Moro, hoje, adversário político do animal que caiu de paraquedas na cadeira da presidência com o aplauso das elites e da grande mídia.

Mas não para aí. Quem conhece  Rodrigo Maia e, sobretudo a velha raposa carioca, Cesar Maia, seu pai, sabe que não há declaração de Maia feita a esmo, tudo é pensado e discutido com seu pai. Por isso, quando ele chama Pazuello de desastre, para não chamar o próprio Bolsonaro, ele sabe o momento certo de dizer isso, porque agora o próprio discurso de Trump avaliza um sujeito como Maia, que está longe de ser referência de alguma coisa que se possa classificar de digna, mas bobo, ele não é.

Para piorar, Trump exalta uma força-tarefa nacional entre seu governo e todos os governadores do país, num esforço conjunto para vacinar o mais rápido possível a população, enquanto aqui no Brasil, o idiota que está na cadeira da presidência, não só trata os governadores como inimigos, como insufla seu gado adestrado a fazer o mesmo para criar uma pandemia de ódio no país e impedir que se consiga combater a pandemia do coronavírus.

Vendo que seu ídolo máximo fez esse discurso, o lambe-botas correu hoje para a TV, em rede nacional, para desdizer tudo o que disse ontem, deixando muitos perplexos com 24 horas depois de dizer que não tomaria a vacina, exaltando o SUS, a vacina e o Zé Gotinha, mostrando que tipo de crápula ele é.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Grande dia! Trump reconhece a vitória de Biden e Bolsonaro fica com a brocha na mão

É a primeira vez desde o pleito de 3 de novembro que Trump fala publicamente em derrota.

Para variar, o Bolsonaro ianque, vem com aquele papo de complô e que as eleições foram fraudadas, mas o importante é que ele teve que baixar o facho e, por tabela, desmoralizar o nosso Trump de gandola puída.

Mais uma vez, Bolsonaro banca o trouxa, sai como otário da história gastando saliva para lamber a bota errada. Se, ao menos, o cavalão fosse um cachorrão teria faro para saber que estava lambendo um pé de chulé.

Agora, é esperar a parte cômica de vê-lo acabrunhado, assim como o bando de jornalistas que ele fretou, sobretudo os da Jovem Pan, para dar boas gargalhadas .

Se para nós é uma festa nos divertirmos com o lacaio tropical, para ele, é mais uma cena humilhante no momento em que já está humilhado pelas urnas de uma eleição para prefeitos e vereadores em que, quem teve o apoio do monstro, está na bancarrota. Já outros ex-aliados que, na camufla, fogem de sua mão podre, também não escapam do fracasso eleitoral.

Grande dia!

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Mundo

Trump bloqueia acesso da equipe de Biden a dados e recursos para iniciar transição

Equipe do republicano se recusa a assinar documento que permite ao democrata receber dinheiro e acesso a prédios federais.

Washington – O governo Donald Trump bloqueou o acesso da equipe do presidente eleito, Joe Biden, a informações e recursos para que seja iniciada a transição de poder nos EUA.

O time de Trump se recusa a assinar, como é de praxe, uma carta oficial que permite ao democrata iniciar formalmente a transição após ter sido declarado vencedor da disputa presidencial.

O movimento é mais um exemplo de como o republicano usa o governo para atender a seus interesses, já que a chancela seria um reconhecimento da vitória do democrata, o que Trump se recusa a fazer.

Nos EUA, assim que um novo presidente é eleito, a Administração de Serviços Gerais (GSA, na sigla em inglês) autoriza de maneira formal o início da transição. A agência assina uma carta que libera recursos para pagamento de salários e apoio administrativo aos novos funcionários, além do acesso à burocracia americana —neste ano, o valor total é estimado em US$ 9,9 milhões (R$ 52,97 milhões).

O processo funciona assim desde 1963, quando a Lei de Transição Presidencial foi promulgada e, até agora, começava sempre horas ou dias depois de um novo presidente ser declarado eleito.

Em 2016, Barack Obama, por exemplo, concedeu rapidamente a transição a Trump e, inclusive, recebeu o republicano na Casa Branca após o resultado da eleição que o declarou vencedor sobre Hillary Clinton.

A equipe de Biden já recebeu autorização para estabelecer um escritório de transição na sede do Departamento de Comércio, em Washington, mas todos os outros acessos e recursos para iniciar formalmente o trabalho dependem da carta assinada pela GSA.

Caso o impasse se prolongue por mais tempo, esta seria a primeira vez que uma transição sofre esse tipo de atraso na história moderna dos EUA, com exceção a 2000, quando a disputa entre George W. Bush e Al Gore foi decidida na Suprema Corte, que interrompeu a recontagem de votos na Flórida.

A checagem das cédulas atrasou a divulgação dos resultados e, portanto, a transição.

A equipe de transição é geralmente composta por quadros técnicos, e não políticos, e pode ter acesso, inclusive, a informações confidenciais do governo incumbente. Dessa forma, a nova equipe ganha acesso aos prédios do governo, aos sistemas de computador, endereço de e-mail e já começa a trabalhar com o time em exercício, que transmite prioridades, projetos e riscos de cada agência oficial americana.

A equipe de Biden pressiona para que a GSA reconheça rapidamente o democrata como presidente eleito e inicie os trâmites formais. Apesar dos entraves, Biden correu para ocupar o espaço político e anunciou, ainda em seu primeiro discurso como presidente eleito, no sábado (7), que iria lançar uma força-tarefa nesta segunda (9) para o combate da pandemia de coronavírus.

Durante a campanha, o democrata disse que queria começar a trabalhar no dia 1, e essa dificuldade inicial no período de transição, sem acesso a informações importantes do governo, além de ser simbólica, pode ter efeitos práticos, atrapalhando os planos do democrata.

Ainda assim, Biden tem sido aconselhado por assessores a seguir com o processo normalmente, anunciando os nomes e as prioridades de sua equipe de transição. A nomeação de seu secretariado, porém, pode ser prejudicada caso Trump continue esticando a corda.

Diferentemente do que acontece no Brasil, onde o presidente tem o poder de escolher seus ministros livremente, nos EUA a indicação para o gabinete precisa ser aprovada pelo Senado. A transição poderia adiantar a verificação de antecedentes, por exemplo, uma exigência do FBI, sobre nomes que Biden cogita para o primeiro escalão. Segundo o jornal The Wall Street Journal, para além do secretariado, a transição de Biden vai precisar preencher cerca de 4.000 cargos na nova administração.

Trump não reconheceu a derrota e insiste, sem apresentar provas, que a eleição foi fraudada. Apesar da pressão que tem sofrido por parte de aliados e familiares para mudar de postura, pretende seguir dificultando a transferência do cargo —e promete novas ações judiciais para contestar a eleição.

No entanto, mesmo auxiliares próximos do presidente já afirmam, nos bastidores, que não há força para levar essa empreitada adiante sem evidências de que houve irregularidades no pleito. A posição do presidente, porém, deixa Emily Murphy, chefe da GSA, em compasso de espera.

Biden foi declarado presidente eleito pelas projeções da imprensa americana após ultrapassar os 270 dos 538 votos necessários para vencer no Colégio Eleitoral —sistema indireto que escolhe o líder americano. A votação formal do colégio acontece em 14 de dezembro, e a posse do novo presidente, em 20 de janeiro.

 

*Com informações da Folha

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Moro, que prendeu Lula para eleger Bolsonaro e virar ministro, parabeniza Biden e a democracia dos EUA

O ex-juiz corrupto e ladrão, Sergio Moro, com seu habitual cinismo e cara de pau,  escreveu em seu twitter uma piada que já vem pronta.

A democracia norte-americana continua forte. Parabéns ao presidente eleito
@JoeBiden. Brasil e US têm muito em comum e continuarão tendo.

A notícia foi dada por ninguém menos que Diogo Mainardi, do Blog Antagonista, que foi, durante a eleição mais suja da história do Brasil, um dos esgotos que serviram de comitê de campanha digital de Bolsonaro, o Trump tropical.

Ou seja, todos esses têm como origem comum a mesma treva e afundaram no mesmo inferno que Donald Trump, mas seguem a alcateia de velhos lobos e raposas da política brasileira. Estão todos aprisionados na mesma poça no escuro das mesmas tocas de onde saíram as mulas, Trump e Bolsonaro.

É certo que alguns, como FHC, saem de suas tumbas para festejar a derrota de Trump, depois de mergulhar de cabeça em toda essa teia golpista que tirou Dilma do governo e prendeu Lula para dar a cadeira de presidência a Bolsonaro.

E é com a biografia atolada até o pescoço nessa lama golpista, com uma quantidade abundante de excrementos, que o tatu de Curitiba saiu da toca para vestir-se de democrata, mesmo sabendo que ninguém esquece que o vigarista tem horror à democracia e à constituição.

Por isso, diante dessa aberração de hipocrisia, muitos gargalharam na cara do juiz corrupto em seu twitter.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Com derrota de Trump, hashtag #BolsonaroEoProximo bomba nas redes sociais

Brasileiros comemoram mais a derrota de Trump que a vitória do candidato do Partido Democrata, e ironizam situação de Jair Bolsonaro, que perde seu principal aliado internacional.

A vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, confirmada neste sábado (7), desencadeou uma série de reações nas redes sociais, que variam entre a tristeza, frustração ou raiva de trumpistas e bolsonaristas, e a alegria e celebração de quem torcia pela queda da extrema-direita nos Estados Unidos, supondo que possa ser um primeiro passo pro mesmo acontecer no Brasil daqui a dois anos.

Tanto é assim que uma das hashtags mais difundidas minutos depois de anunciado o resultado na Pensilvânia é #BolsonaroEoProximo, usada por pessoas que ironizam a situação do presidente brasileiro Jair Bolsonaro que, com a derrota de Trump, perderá seu principal aliado internacional.

Também vale destacar que a maioria das publicações com esta hashtag são para satirizar Bolsonaro e Trump, e comemoram mais a derrota do candidato do Partido Republicano do que a vitória em si do candidato do Partido Democrata.

Veja algumas das publicações da hashtag #BolsonaroEoProximo:

https://twitter.com/Uefyerryeni/status/1325126481740255232?s=20

https://twitter.com/RosaRosayme/status/1325126354979811330?s=20

 

*Com informações da Forum

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Mundo

Uribe e Trump: Uma identificação tão perversa quanto tóxica

O uribismo foi fundamental na articulação da extrema direita do continente em torno de Trump, e hoje nenhum país contesta a posição incondicional da Colômbia.

Em outubro, quando um juiz libertou o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, Trump vibrou parabenizando-o e chamando-o de herói e aliado na luta contra castro-chavismo. Dois meses antes, o vice-presidente Pence havia pedido sua libertação, depois de falar com o atual presidente Iván Duque, afilhado político de Uribe.

Esta semana foi conhecida a intervenção aberta do partido uribista Centro Democrático e do embaixador Pacho Santos na campanha eleitoral na Flórida. Goldberg, o embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, chamou a atenção para o assunto. Foi ele mesmo quem engendrou um golpe militar fracassado na Bolívia, em 2008, quando representava aquele país. Que ironia! Como se os Estados Unidos não estivessem intervindo e dando ordens na Colômbia por mais de um século, as quais são obedecidas por nossos dirigentes quase sempre sem objeções.

No entanto, há uma notícia que não podemos deixar passar. A estreita relação entre Trump e Uribe, que mal se conhecem, parte de uma identificação plena de ambos com a ideologia e a agenda do fascista de extrema-direita, fortalecida em todo o mundo graças ao magnata.

É uma agenda que se adapta a cada caso. A de Trump tem sido marcada pelo insulto, pela ameaça e pela guerra, diante do diálogo e da negociação para resolver conflitos; pela xenofobia, supremacia branca e racismo; valores patriarcais e cultura machista, desprezo pela diversidade e fanatismo religioso; exclusão social, prioridade das empresas privadas e familiares; desprezo pelas instituições nacionais e globais e manipulação de seus seguidores, recorrendo à gestão dos instintos primários.

Outra característica distintiva é seu desprezo pela ciência. Como o maior porta-voz dos negadores das mudanças climáticas, ele tirou o país da conferência do clima e reverteu o que Obama fez a respeito. Seu desprezo pela pandemia e pelos mais vulneráveis %u20B%u20Bfez dos Estados Unidos o país com mais infecções e mortes. Contra várias vozes, incluindo a do Papa Francisco, ele reforçou as sanções penais unilaterais contra Irã, Cuba e Venezuela.

Seus aliados colombianos compartilham essa agenda e fazem o mesmo. Uribe é o principal inimigo da paz; despreza o império da lei e concentra cada vez mais poder. Como grande proprietário de terras, ele e seus correligionários estabeleceram laços obscuros com organizações mafiosas.

Ele despreza os indígenas e os camponeses; estigmatiza os líderes sociais, em um país onde isso basta para matá-los. Suas façanhas não param por aí, pois os crimes e massacres deste ano são sem precedentes. As empresas privadas e familiares à custa do Estado também não lhe são estranhas: ele adora o setor financeiro.

Na região, nenhum país hoje contesta a posição incondicional da Colômbia contra Trump. Alguns exemplos:

Em primeiro lugar, para intensificar a campanha de cerco e agressão contra a Venezuela, Trump promoveu o chamado Grupo de Lima, que vem se tornando ineficiente, mas ainda está vivo. Esta estratégia, que inclui a presença ilegal de tropas estadunidenses em território colombiano, visa derrubar Nicolás Maduro, se apropriar dos recursos do país vizinho, gerar uma guerra na fronteira e golpear com força o maltratado Acordo de Paz colombianos.

Em segundo lugar, Trump aumentou o bloqueio à Cuba, revertendo assim a reaproximação política e diplomática empreendida pelo governo Obama (e Biden), mediado pelo Papa. Na tarefa de isolamento de Cuba, a Colômbia também o apoiou, chegando a pedir que Washington incluísse a ilha em sua lista de terroristas, por se recusar a extraditar membros do ELN (Exército de Libertação Nacional) que estão em seu território, em uma ação que seria contra o direito internacional.

Em terceiro lugar, Duque apoiou Trump em suas mudanças regressivas no sistema interamericano. A reeleição do malfadado Luis Almagro como secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), contra a maioria dos países, foi arquitetada pelos Estados Unidos e secundada pela Colômbia e pelo Brasil. Situação semelhante ocorreu com a eleição para o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), com a eleição do norte-americano Mauricio Claver-Carone, ex-assessor do presidente Trump.

A CIDH (Comissão Interamericana dos Direitos Humanos), foi enfraquecida. Almagro, com a cumplicidade da Colômbia, não ratificou seu secretário executivo, o brasileiro Paulo Abrão, o que foi denunciado como “um sério atentado contra sua autonomia e independência”. Na 50ª Assembleia da OEA, na semana passada, o embaixador colombiano, monsenhor Alejandro Ordóñez, se pronunciou contra os direitos das pessoas LGBT e contra o reconhecimento da diversidade das mulheres.

Assim, o uribismo tem sido fundamental na articulação e fortalecimento da extrema-direita do continente em torno de Trump. Com isso, Duque conseguiu romper o apoio que o Acordo de Havana tinha na região, que atende a sua estratégia nacional de descrédito e desmantelamento. Para isso, não para de atacar os Juizados Especiais de Paz, como fazem também os Estados Unidos.

Por tudo isso, o resultado das eleições dos Estados Unidos deve preocupar a Colômbia. Apesar de concordarem com uma visão imperial e com a preocupação com o desafio global colocado pela China, Trump e Biden não representam a mesma coisa. O que a vitória do candidato democrata garantiria para o país? Nada menos que uma derrota para a extrema-direita fascista e seus amigos, e melhores condições para a luta por mudanças reais. Bolívia e Chile mostraram o caminho.

*Publicado originalmente em ‘Las 2 Orillas’ | Tradução de Victor Farinelli/Via Carta Maior

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Política

O traíra Bolsonaro, agora, chuta Trump como um cachorro morto

Todo brasileiro sabe que a principal característica de Bolsonaro é a traição. E não foi diferente agora em que Trump está fragorosamente sendo derrotado por Biden, dizendo que Trump não é tão importante assim, que importante é Deus, ou seja, já avisando que o próximo a ser traído por ele, é o próprio Deus.

O sujeito não vale nada. São incontáveis os números de traições que ele acumula como traíra número um da nação. Bolsonaro nunca teve amigos, apenas filhos, governa com e para eles. É o clã acima de tudo e acima de todos.

Agora, não pretende mais se comprometer com o falido Trump e, sem qualquer disfarce, já o jogou aos leões, mesmo antes da eleição americana bater o martelo da vitória de Biden.

A principal característica do bajulador é essa de Bolsonaro, falso e desleal, trai sem o menor escrúpulo quem tinha nele alguém confiável.

Um falsificador capaz de montar uma farsa, como a da facada, é fingido o suficiente para se tornar um infiel para aqueles que o traidor bajulava.

E foi exatamente isso que Bolsonaro fez, nesta sexta-feira, em discurso oficial contra Trump.

*Carlos Henrique Machado Freitas

*Foto destaque: ALan Santos

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Alemanha ataca “show” de Trump; Europa detecta risco de violência nos EUA

O tom desafiador de Donald Trump em sua última declaração à imprensa e as acusações falsas de corrupção e fraude na apuração de votos levam governos estrangeiros a temer pela eclosão da violência nos EUA.

“Os Estados Unidos são mais do que um show de um homem só”, disse o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, abandonando a tradição de não se envolver em assuntos domésticos eleitorais dos EUA.”

“Aqueles que continuam a acrescentar combustível ao fogo na situação atual estão agindo de forma irresponsável”, denunciou. Para ele, “os perdedores decentes são mais importantes para o funcionamento da democracia do que os vencedores brilhantes”.

Um dia antes, o Ministério da Defesa da Alemanha já havia alertado para o risco de uma “crise constitucional” e uma situação “explosiva”.

Membros do corpo diplomático europeu indicaram ainda que foram alertados por serviços de inteligência sobre o risco de violência. A informação também chegou ao Itamaraty, em Brasília.

O tom incendiário ainda foi promovido pelo ex-conselheiro de Trump, Steve Bannon. O Twitter suspendeu permanentemente sua conta depois que Bannon afirmou que Anthony Fauci deveria ser decapitado. Num vídeo, ele ainda repetiu a narrativa de Trump de que ele venceu a eleição, algo que os números oficiais negam.

Mediadores que estiveram em contato com a família de Trump na Casa Branca nos últimos dias acreditam que o risco de violência é ainda real, ainda que a dimensão possa ser bem menor do que havia sido previsto.

Na esperança de evitar uma crise constitucional e social, negociadores que tradicionalmente foram enviados para buscar acordos de paz com governos estrangeiros estiveram focados em evitar que seu próprio país entrasse em colapso.

Uma missão internacional de observadores também constatou o risco de que o comportamento de Trump ameace o processo. O grupo de mais de 100 especialistas foi enviado pela OSCE para acompanhar o pleito nos EUA e considerou o comportamento do presidente de “abuso de poder”.

“Os ingredientes para a agitação social estão presentes”

Antes mesmo da eleição, entidades já tinham feito alertas de que um cenário de violência poderia ocorrer. O International Crisis Group, por exemplo, indicou que “os ingredientes para a agitação estão presentes”.

“O eleitorado é polarizado, ambos os lados enquadram os riscos como existenciais, os atores violentos podem interromper o processo e é possível uma contestação prolongada. A retórica muitas vezes incendiária do Presidente Donald Trump sugere que ele irá mais provavelmente aumentar do que acalmar as tensões”, indicou o grupo, dias antes da votação.

“Além das implicações para qualquer americano apanhado pela agitação, a eleição será um prenúncio de que suas instituições podem guiar os EUA com segurança através de um período de mudanças sócio-políticas. Caso contrário, o país mais poderoso do mundo poderá enfrentar um período de instabilidade crescente e uma credibilidade cada vez menor no exterior”, alertou.

Para o grupo, a história americana e a situação atual precisam ser levadas em conta. “Os Estados Unidos tem visto escravidão, guerra civil, linchamentos, conflitos trabalhistas e a limpeza étnica dos povos indígenas. As feridas desses legados nunca sararam completamente. O país está inundado de armas de fogo, tem níveis de homicídios por armas inigualáveis por qualquer outro país de alta renda e é o lar de um movimento de supremacia branca que, como discutido abaixo, está crescendo em virulência”, alertou.

“A injustiça racial, a desigualdade econômica e a brutalidade policial são fontes crônicas de tensão, que periodicamente se transformam em manifestações pacíficas em larga escala e, às vezes, em tumultos civis”, disse.

Já o Instituto Brookings apontou que o FBI e as empresas de mídia social estão “todos em alerta, tentando identificar indivíduos potencialmente violentos”.

Segundo a análise, se a violência for limitada, a aplicação da lei pode impedi-la de se transformar numa bola de neve. “A maior incerteza, infelizmente, é o próprio Presidente dos Estados Unidos. Ele tem o poder de aliviar a ameaça ou de exacerbar a polarização”, previa o grupo, dias antes do pleito.

 

*Jamil Chade/Uol

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