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Governo Bolsonaro tentou importar vacina indiana com data próxima do vencimento, apontam documentos

Segundo matéria de Leandro Prazeres e Paula Ferreira, publicada no Globo, o contrato de R$ 1,6 bilhão com Covaxin é investigado pelo MPF; iniciativa é do fim de março mas imunizantes venceriam entre abril e maio, levantando suspeitas sobre capacidade de distribuição e aplicação das doses antes de expirarem.

O Ministério da Saúde tentou importar três lotes da vacina indiana Covaxin que seriam usadas no programa de imunização contra a Covid-19 com prazo de validade perto do fim. A informação está em documentos obtidos pelo GLOBO sobre o processo de importação do imunizante. Em fevereiro, ainda sob o comando do general Eduardo Pazuello, a pasta firmou um contrato de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses da vacina.

O contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos (representante no país do laboratório indiano Bharat Biotech) para a compra das vacinas da Bharat Biotech é alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF). Os investigadores querem apurar detalhes do contrato e se a empresa terá condições de fornecer os produtos conforme o prometido. As negociações sobre a aquisição de vacinas também será um dos principais alvos da CPI da Covid.

A importação da vacina indiana está paralisada desde 31 de março, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou o pedido feito pelo Ministério da Saúde. O contrato feito entre a pasta e a Precisa previa o envio de cinco lotes de 4 milhões de vacinas de forma escalonada. As entregas começariam em março e terminariam em meados de junho. Por esse contrato, o Ministério da Saúde seria o responsável pelo processo de importação junto às autoridades alfandegárias e sanitárias brasileiras.

Antes da negativa da Anvisa, no dia 23 de março, o Ministério da Saúde iniciou o processo de importação da vacina. A pasta enviou informações detalhadas à agência sobre os lotes que seriam importados. Ao analisar a documentação, técnicos da Anvisa constataram que, considerando a data de fabricação dos lotes, as vacinas iriam vencer entre abril e maio, o que levantou suspeitas quanto à capacidade do governo de distribuir as doses e dos estados e municípios de aplicá-las antes do prazo de validade expirar.

Anvisa questionou uso

Ao identificar o risco de que as vacinas poderiam não ser usadas a tempo, a Anvisa enviou, naquele mesmo dia, um ofício ao Ministério da Saúde pedindo esclarecimentos.

“O prazo de validade aprovado pela autoridade indiana para a vacina Covaxin é de 6 meses, se conservada em 2-8 °C. De acordo com as datas de fabricação dos lotes a serem importados, observa-se que o prazo de validade irá expirar nos meses de abril e maio/2021. Solicita-se esclarecer se é possível a utilização de todo o quantitativo previamente à data de expiração dos lotes”, diz o ofício.

Dois dias depois, no dia 25 de março, a Precisa respondeu ao ofício confirmando que, segundo as autoridades indianas, a validade da vacina era de seis meses, se mantida entre temperaturas de 2º a 8º C. O documento também informa que novos estudos teriam indicado que o produto poderia ser armazenado por mais tempo. O ofício, no entanto, não especificou que estudos seriam esses.

Na comunicação enviada ao Ministério da Saúde e à Anvisa, a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, argumenta ainda que a empresa se comprometia a assinar um termo de compromisso para que nenhuma vacina chegasse ao Brasil com mais de 30% do seu prazo de validade transcorrido.

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Queiroga culpa Pazuello pela falta da 2ª dose da vacina

Dois dias antes de sair do cargo, general Eduardo Pazuello deu ordem para que os estados não estocassem vacinas para a segunda dose. Agora, faltam vacinas e secretarias regionais precisam gerenciar atrasos.

As mudanças na estratégia da vacinação contra a Covid-19 colaboraram para a falta de vacinas em vários estados brasileiros, segundo o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e especialistas ouvidas pelo G1. Na última semana, pelo menos oito capitais do país pararam a imunização por falta de doses (neste domingo, há cinco capitais que ainda não retomaram a vacinação da segunda dose).

Em fevereiro, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, orientou as prefeituras a usar todo o estoque para garantir a primeira dose sem se preocupar com a segunda dose. Pazuello dizia que “com a liberação para aplicação de imediato de todo o estoque de vacinas guardadas nas secretarias municipais, vamos conseguir dobrar a aplicação”.

Dias depois, o Ministério da Saúde voltou atrás e disse que os estados e municípios deveriam reservar a segunda dose da vacina CoronaVac, que tem um intervalo entre doses de 28 dias.

Um mês depois, o Ministério da Saúde autorizou que todas as vacinas armazenadas pelos estados e municípios para garantir a 2ª dose fossem utilizadas imediatamente como 1ª dose.

Para o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o atraso “decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose”. “Logo que houver entrega da CoronaVac, [o problema] será solucionado”, disse ele.

Por que faltam vacinas?

O Ministério da Saúde não seguiu a recomendação dos especialistas, que determina que se deve guardar vacinas com prazo de validade relativamente curto e que exigem duas doses.

Quando o general Eduardo Pazuello era ministro da Saúde, ele orientou as prefeituras a usar todo o estoque para garantir a primeira dose sem se preocupar com a segunda dose. Pazuello dizia que “com a liberação para aplicação de imediato de todo o estoque de vacinas guardadas nas secretarias municipais, vamos conseguir dobrar a aplicação”.

Em 21 de março, dois dias antes de Pazuello deixar o cargo, a Secretaria de Vigilância em Saúde, o órgão do Ministério da Saúde responsável pela campanha de vacinação, autorizou o uso imediato, para primeira dose, de todo o estoque de vacinas armazenadas pelos estados para a segunda aplicação.

“O ministério fez isso, mas nós somos dependentes da China para os insumos farmacêuticos ativos (IFAs). O erro do ministério foi ter feito essa orientação sem ter garantia de que a produção estava iniciada. Contar com IFA que nem saiu da China é uma situação complicada”, diz a epidemiologista Ethel Maciel.

Ela afirma que, além dessa orientação equivocada, falta coordenação nacional para a vacinação no geral — por exemplo, cada estado decidiu qual a ordem de grupos que tinham mais prioridade.

“As doses deveriam ter sido guardadas porque sabíamos que não tínhamos segurança na previsão de receber vacinas em menos de 28 dias, e a consequência é o atraso”, diz a infectologista Raquel Stucchi, da Unicamp.

Em 26 de abril, o novo ministro, Marcelo Queiroga, foi ao Senado para dizer que a orientação mudou e que, agora, o Ministério pede para que os estados armazenem metade do estoque para usar na segunda dose.

*Com informações do G1

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Negacionista, pero no mucho

O ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, soltou ontem o velho ditado, “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, escondido.

Não é preciso dizer que todos conhecem uma penca de bolsonaristas que defendem as falas, mas na prática, não reproduzem o ramerrão negacionista. Usam máscaras, isolam-se em casa, muitos já vacinaram, mas continuam posando de negacionistas em apoio político a um governo responsável pelo título de pior condução do combate à covid-19, segundo ranking da Bloomberg.

Lógico que é extremamente constrangedor ver o ministro da Casa Civil dizer que tomou a vacina escondido, sem dizer escondido de quem, mas em seguida, depois de justificar que quer viver por motivos absolutamente nobres, disse que tenta convencer Bolsonaro a se vacinar para que o vírus não o pegue novamente, desta vez de forma fatal.

O nome disso é hipocrisia política, é um negacionismo mandrake, da boca pra fora que não se sabe se é um ato mais ou menos responsável, já que a submissão ao chefe do executivo, neste caso, é explícita, mas não deixa de ser emblemática a falsa politização que faz o governo Bolsonaro como um todo, porque, na prática, como na música de Gonzaguinha, o general Luiz Eduardo Ramos disse: “Eu fico com a pureza da resposta das crianças, é a vida, é bonita e é bonita”.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Sem obrigatoriedade, grupo de PMs se mobiliza contra vacina da covid em SP

Mesmo com o coronavírus matando mais policiais de São Paulo do que confrontos, grupos de PMs do estado estão se mobilizando nos batalhões para não se vacinar contra a covid-19, seguindo teses defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e contra o governador João Doria (PSDB).

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, em dezembro, que os Estados podem tornar a vacina obrigatória, mas não podem obrigar a se vacinar quem se recusar. O governo paulista, que iniciou ontem a vacinação para agentes da segurança pública, deixou a ação ser voluntária.

A reportagem entrevistou cinco policiais militares que atuam na capital nos últimos dias: um primeiro-tenente e um soldado que atuam na zona leste, um cabo e um sargento da zona sul e um segundo-tenente da zona norte. Todos eles afirmam não querer se vacinar. Três deles, porém, se cadastraram para serem imunizados mesmo sem interesse.

As principais teses seguidas por eles são de oposição ao que diz e orienta Doria. Dizem que determinações são seguidas apenas em ditaduras, afirmam não confiar em vacina trazida da China, repetindo o discurso que Bolsonaro entoava contra a CoronaVac, que é produzida pelo Instituto Butantan, tem aval da Anvisa e eficácia comprovada por estudos.

Para os cinco policiais entrevistados, mesmo com o atraso na compra das vacinas pelo governo federal e com medidas que não se baseiam em dados científicos -sobretudo com relação a “tratamentos precoces” e contra isolamento—, as ações do presidente Bolsonaro são mais efetivas do que as de Doria.

Afirmam, ainda, que não podem confiar no político que governa o estado com mais mortos do Brasil. De fato, em números absolutos, São Paulo é o estado com mais mortes. No entanto, também é o estado mais populoso, não sendo o pior proporcionalmente.

A articulação deles, feita em grupos de WhatsApp e também no dia a dia, presencialmente, tem como intuito, segundo os próprios policiais antivacina, convencer seus colegas de farda, sobretudo os de baixa patente, a também não se vacinar.

Outros policiais paulistas, principalmente do oficialato, afirmam que é pequeno o movimento antivacina dentro da corporação paulista. Dizem que a orientação está sendo feita de maneira “efetiva” em prol da vacinação em massa de todos os policiais do estado, não só os militares, mas, também, os civis, técnico-científicos e penais. Eles criticam o movimento contrário à vacina e se preocupam por esses policiais serem possíveis vetores de transmissão do vírus.

Por meio de nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) confirmou que a imunização dos agentes é voluntária. “Cerca de 140 mil doses de imunizante estarão disponíveis para os profissionais da ativa das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica, Corpo de Bombeiros, Guardas Civis Metropolitanos, Guardas Municipais, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (que atuam em SP) e agentes da Fundação Casa.”

*Com informações do Uol

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A reunião macabra do ministro da Saúde e empresários que querem vender vacinas em farmácias

Não se pode esquecer que o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi parar no ministério com a indicação do próprio Clã Bolsonaro, aquele mesmo dos milicianos Queiroz, Adriano da Nóbrega, entre outros.

Ninguém ali joga para perder. Ah, não joga mesmo.

Por isso, de forma nenhuma, pode haver qualquer surpresa quando se sabe que, enquanto morrem quase quatro mil brasileiros por dia em decorrência da Covid e pela falta de vacina, o ministro do clã se reuniu com empresários que querem lucrar com a venda de vacinas para a população que seriam revendidas em farmácias.

Os próximos capítulos dessa macabra armação, vão dizer o que foi de fato acordado nessa reunião, o que será informado aqui.

*Da redação

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Governo não cumpre plano pelo 2º mês e entregará 73% da vacinas prometidas

Cronograma furado

Pelo segundo mês seguido, o Ministério da Saúde vai disponibilizar menos doses de vacinas contra o novo coronavírus do que o inicialmente previsto em seus cronogramas.

Já lento, o processo de imunização fica ainda mais prejudicado por esse erro de planejamento, exatamente no pior momento da pandemia no Brasil, que atinge números recordes de casos, mortes e ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por causa da covid-19.

Em 17 de fevereiro, a área da saúde do governo de Jair Bolsonaro previa cerca de 35 milhões de doses em março. Já no cronograma apresentado no dia 19 deste mês, a estimativa subiu para pouco mais de 38 milhões.

Porém, o país receberá 27,6 milhões até 31 de março em um cenário mais otimista. Ou seja, 73% do originalmente prometido pelo então ministro Eduardo Pazuello, que deixou a pasta esta semana. Esse número pode ficar ainda menor. Podem ser apenas 24,7 milhões (65% do previsto) caso a Fiocruz não entregue o planejado (leia mais abaixo).

No mês de fevereiro, o governo também não entregou a quantidade prometida. E, para abril, já é certo que a previsão também não será cumprida mais uma vez —a Fiocruz indicou que não conseguirá entregar cerca de 12 milhões de doses no mês que vem.

Desde o começo da campanha de imunização até a tarde de sexta-feira (26), o governo federal afirmou ter distribuído 30,7 milhões de doses. O novo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta semana que sua principal meta é vacinar 1 milhão de pessoas por dia, mas não disse como pretende fazer isso.

Projeção e entrega de doses de vacinas para março

Compare as quantidades estimadas para março em cronogramas do Ministério da Saúde e o que foi efetivamente entregue.

Expectativa x Realidade A principal falha na programação do ministério está relacionada à Covaxin, vacina indiana comercializada no Brasil pela Precisa Medicamentos. O cronograma para março previa 8 milhões de doses. Até o momento, a empresa brasileira não confirma se essa quantidade estará disponível este mês.

“Fizemos a solicitação de licença de importação e estamos atendendo todas as demandas para buscar atender ao cronograma”, diz a Precisa Medicamentos em nota.

Mas, mesmo que chegue, a Covaxin não poderá ser usada agora porque ainda não tem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) —a agência, inclusive, diz que faltam documentos a respeito do imunizante.

Outro ponto de divergência entre previsão e a realidade é na quantidade de doses do consórcio Covax Facility. A expectativa era que chegassem 3 milhões de doses no mês. Desse total, foi entregue apenas 1 milhão. E não há data para a chegada do restantes.

o caso da vacina de Oxford, produzida pela Fiocruz, há dúvida sobre a data para completar a entrega de 3,9 milhões de doses previstas para março. Até o momento, o laboratório entregou cerca de 1 milhão. Também questionado pelo UOL, o Ministério da Saúde não prestou esclarecimentos.

O número menor também é causado por falha de comunicação. Segundo o Ministério da Saúde, o Instituto Butantan iria entregar 23,3 milhões de doses da CoronaVac em março. Porém, ao somar as entregar previstas para as próximas segunda (29) e quarta (31), o total será de 22,7 milhões neste mês. O Butantan diz que o ministério considerou para março 600 mil doses que foram entregues em fevereiro.

“Frustração enorme”

O quantitativo previsto não corresponder à realidade “gera uma frustração enorme”, diz Carlos Lula, presidente do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) e secretário da Saúde no Maranhão. “Era melhor não ter gerado essa expectativa. A gente não pode trabalhar com expectativa irreal porque a gente tem um planejamento todo feito.”

Não ter confiança no número de doses que estarão efetivamente disponíveis atrapalha desde a estratégia para tentar diminuir os números de casos e mortes até a logística para a entrega dos imunizantes para os municípios, explica o secretário.

“Enviando as doses, em geral, em quantidade muito pequena, a gente tem um gasto enorme para fazer essa logística. Para entregar as doses para todos os municípios, tenho um gasto. Tem município [no Maranhão] que vai receber 20, 30 doses. É um absurdo.”

O problema não é de hoje. O problema é da postura do ministério desde 2020. Quando a gente vai correr agora para tirar o prejuízo, era notório que a gente ia ter problema.

*Com informações do Uol

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Clésio Andrade, Empresário vacinado às escondidas, foi vice de Aécio e sócio de Valério

Empresário vacinado às escondidas foi vice de Aécio e sócio de Valério.

O empresário Clésio Andrade, de 68 anos, foi um dos vacinados contra a Covid-19 às escondidas em Minas Gerais, segundo reportagem da revista Piauí dessa quarta-feira (24/3). Clésio foi vice-governador de Minas Gerais na gestão de Aécio Neves, entre 2003 e 2006, senador entre 2011 e 2014 e sócio do ex-publicitário Marcos Valério, conhecido por sua participação no esquema do mensalão.

Mesmo com os cargos políticos, Clésio manteve-se na presidência da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Ele foi presidente da organização por 26 anos, entre 1993 e 2019, acumulando também a presidência dos conselhos nacionais do Serviço Social do Transporte (Sest) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat).

Alegando problemas de saúde, o pedido de renúncia foi acompanhado de laudo médico com diagnóstico de necrose no fêmur das duas pernas. Com isso, as acusações contra ele foram remetidas para a Justiça de Minas Gerais

Cinco anos depois, em 2019, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), anulou as denúncias contra o ex-senador, que havia sido condenado em primeira instância, encerrando o caso.

No início da década de 1990, Clésio comprou participação em duas agências de publicidade de Belo Horizonte, SMP&B e DNA Propaganda, e colocou o publicitário Marcos Valério para dirigir as duas empresas.

Com Valério, o empresário teria articulado o esquema de fraude e colocado o publicitário para operar o caixa 2 na campanha à reeleição do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo do Estado em 1998.

Vacinação às escondidas

Um grupo de políticos e empresários, a maioria ligada ao setor de transporte de Minas Gerais, e seus familiares tomaram, nessa terça-feira (23/3), a primeira das duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19, em Belo Horizonte.

As vacinas beneficiaram, segundo a reportagem, cerca de 50 pessoas, e as doses foram aplicadas após uma compra por iniciativa própria, sem repassar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Já a segunda dose está prevista para daqui a 30 dias. As duas doses custaram a cada pessoa R$ 600.

De acordo com a revista, os organizadores da vacinação foram os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur. As doses teriam sido aplicadas dentro da garagem de uma das empresas do grupo.

*Com informações do Metrópoles

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Vídeo: Zé Dirceu é aplaudido por enfermeiros e funcionários do SUS na hora da vacinação

O ex-ministro da Casa Civil e ex-deputado federal José Dirceu (PT), 74 anos, foi aplaudido por enfermeiros e outros funcionários durante a vacinação contra a Covid-19 na manhã desta quinta-feira (11). O petista participava de transmissão ao vivo no Fórum Onze e Meia quando recebeu a dose.

Dirceu foi imunizado dentro do carro. Enfermeiros e demais funcionários que acompanharam a aplicação da dose no braço do ex-ministro celebraram a imunização. “Viva o SUS” e “fora, Bolsonaro” foram alguns dos comentários dos profissionais.

“A alegria das enfermeiras!”, comentou o petista. “O grito de guerra aqui é ‘fora, Bolsonaro’. Todo mundo gritando, as enfermeiras, os técnicos, é o Brasil gritando ‘chega’”, afirmou Zé Dirceu.

“Esse é o sinal dos tempos, o Brasil vai se levantar contra Bolsonaro. O fim da história do Brasil não é Bolsonaro”, completou o ex-ministro.

Segundo o último balanço realizado pelo consórcio de imprensa, 9.013.639 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19 no Brasil. O número representa 4,26% da população brasileira.

*Com informações da Forum

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Bolsonaro corre para a TV e passa recibo pra Lula, defende tratamento precoce com kit cloroquina

Mentiroso compulsivo, Bolsonaro morde a isca, vai para a TV e parte para a mentira, dizendo que fez acordo com Israel para receber vacina, o que é absolutamente caô, cascata, fake news. Não tem nada de vacina com Israel, uma turma de idiotas, incluindo Ernesto Araújo, foi lá para buscar informações sobre um spray contra a covid que foi testado em somente 30 pessoas.

Com a boca torta do cachimbo fascista, o negacionista Bolsonaro repetiu o seu velho discurso do tratamento precoce oferecendo o kit cloroquina, mostrando que o sujeito é mesmo um psicopata que tem ideia fixa e, novamente, atropela a ciência e rubrica tudo o que Lula falou dele, dando margem para a mídia, que vinha destacando o excelente discurso de Lula, compará-lo ao desastre que Bolsonaro provocou no momento seguinte.

Isso chama “pedir para apanhar”. Deve ter achado pouco o sacode que Lula deu no inacreditável idiota.

Para piorar, Bolsonaro falou que o Brasil vai produzir vacina e que vai vacinar toda a população brasileira e exportar vacina para a América Latina. Ele só esqueceu de dizer que o Brasil não tem vacina sequer para três dias e que nunca na história do país uma campanha de vacinação foi tão desgraçadamente desastrosa, a ponto de produzir um morticínio que chega a 270 mil mortes por única e exclusiva culpa dele.

Se Bolsonaro quis ocupar o espaço que lula tirou dele, só aumentou e muito o espaço de Lula e se reduziu a pó de merda.

Para piorar um pouco mais, Bolsonaro cita várias vacinas, mas não a CoronaVac.

*Da redação

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Chile vacina cinco vezes mais do que o Brasil e já imuniza professores

País vizinho já tem 14% de imunizados enquanto o Brasil nem chegou aos 3%.

A vacinação no Brasil anda em ritmo de tartaruga mesmo quando comparada à de vizinhos da América do Sul. Já foram vacinados até agora 2,6% dos brasileiros —contra 14% dos chilenos, por exemplo.

O Brasil ainda se concentra na imunização dos que têm mais de 80 anos. O Chile está vacinando pessoas com 65 anos —os mais velhos já receberam a sua dose.

Com boa quantidade de doses disponíveis, da Coronavac e da Pfizer, o calendário no país andino é divulgado por dia e com antecedência. Em 1º de março, os chilenos de 64 anos serão vacinados; no dia 2, os de 63 anos; e assim por diante, até 5 de março, quando as doses chegarão aos cidadãos de 60 anos.

O Brasil só agora anuncia a intenção de incluir professores na imunização. No Chile, eles já estão sendo vacinados massivamente.

Os primeiros profissionais da educação que receberam as doses lá foram os mais velhos. Até 5 de março, mesmo profissionais da educação que têm menos de 23 anos estarão imunizados.

O Brasil está à frente, no entanto, da Argentina, que só vacinou até agora cerca de 1% da população.

Os EUA já tinham vacinado cerca de 17% de sua população até a sexta (19), segundo o site Our World In Data, da Universidade de Oxford.

Países europeus ainda patinam, como Portugal (5,5% de vacinados), França (4,9%) e Espanha (5,9%). O Reino Unido se destaca, com 25% da população imunizada.

Mônica Bergamo/Folha

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