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Sem brilho próprio, Bolsonaro joga sua sobrevivência no 07 de setembro, o que é uma confissão de derrota

Para Bolsonaro, o dia 07 de setembro servirá para que as investigações sobre os casos de corrupção na chamada rachadinha que envolvem toda a família não caminhem, o que por si só já é uma grande bobagem, assim como ocorre com a CPI que tem descortinado um esquema gigantesco de corrupção dentro do ministério da Saúde.

A luta de Bolsonaro é essa. Na verdade, ele, com essa atitude, confessa a sua incapacidade de dar conta de várias frentes de batalha contra a justiça e, pouco importa o barulho que venha a fazer contra o STF se tiver êxito no número sonhado por ele nos atos de Brasília e da Av. Paulista.

Essa mobilização, todos sabem, é absolutamente artificial, justamente porque Bolsonaro não tem brilho próprio, nunca teve e nunca terá.

Para piorar, os banqueiros já sabem que, pelo rumo que a economia tomou, eles não têm escolha, ou salvam os bancos ou salvam Bolsonaro. Neste caso, seguindo a própria lógica, salvarão os seus negócios e, portanto, já o atiraram ao mar. Isso significa que no episódio seguinte, em questão de dias, será este o resumo que os empresários brasileiros farão em função da crise que bate na porta de todos eles.

Bolsonaro caminha sobre campo minado, seus movimentos estão cada vez mais restritos, e quem lhe mostra isso são as manchetes da mídia com escândalos a granel que, estampados em garrafais, somados a um custo de vida que está arrancando o sangue dos brasileiros, as pesquisas lhe trazem só más notícias.

Se resolveu enfrentar a justiça usando o STF como bode expiatório, Bolsonaro, certamente vai perceber, a partir do dia 08, que esse caminho não lhe renderá qualquer fruto, ao contrário, vai lhe custar ainda mais caro, como já está custando.

Não serão os seus apoiadores que segurarão com as mãos a tempestade que enfrenta, nem se colocasse 5 milhões de pessoas nas ruas, porque de uma coisa já se tem certeza, fora seus fanáticos seguidores, o Brasil como um todo não aceita ser refém do genocida.

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Vídeo: O que acontecerá com um Bolsonaro enfraquecido e desacreditado a partir de 8 setembro?

Bolsonaro, desesperado, apela para a manifestação de 07 de setembro e, com isso, mostra que está extremamente enfraquecido e pede para que os bolsonaristas o socorram porque não consegue ficar em cima das próprias pernas.

E o que acontecerá com ele a partir do dia 08? Como estará a sua vida, a cena política e como continuará a não governar o país com escândalos atrás de escândalos que não param de pipocar diariamente contra ele e sua família?

Assista:

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Empresas ligadas a ex-mulher de Bolsonaro podem ter sido usadas para ocultar dinheiro de rachadinha no gabinete de Carlos, diz MP

Vereador também teve os sigilos quebrados em investigação que apura funcionários ‘fantasmas’ no gabinete dele na Câmara.

De acordo com reportagem do G1, a Justiça do Rio quebrou os sigilos bancário e fiscal de sete empresas relacionadas a Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, além de contas pessoais dela.

O Ministério Público suspeita que as empresas tenham sido usadas para ocultar dinheiro de suposta prática de rachadinha no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Ana Cristina foi chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro entre 2001 e 2008.

Empresas ligadas a ela, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), realizaram movimentações financeiras consideradas atípicas, o que reforça “a hipótese de que [essas empresas] possam ter sido utilizadas para ocultação do desvio dos recursos públicos oriundos do esquema da rachadinha na Câmara de Vereadores”.

Ana Cristina Siqueira Valle é mãe de Jair Renan, o filho “04” do presidente Jair Bolsonaro.

Conforme a GloboNews noticiou com exclusividade na última terça-feira (31), a 1ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado determinou a quebra dos sigilos de 27 pessoas, entre elas do vereador Carlos Bolsonaro. A decisão é do dia 24 de maio.

Ana Cristina foi chefe do gabinete de Carlos Bolsonaro entre 2001 (quando ele assumiu seu primeiro mandato na Câmara de Vereadores) até 2008, quando ela se separou do então deputado federal Jair Bolsonaro.

Em relação à empresa Valle Ana Consultoria e Serviços de Seguros Ltda., da qual Ana Cristina possuía participação de 90%, o MP afirma que mais da metade dos débitos da conta bancária consistiram em saques de dinheiro em espécie, que totalizaram mais de R$ 1,1 milhão entre 2007 e 2015.

Sobre a empresa Totalvox Comunicações, o Coaf apontou movimentações “incompatíveis com a capacidade financeira declarada” e também diversos “pagamentos e transferências envolvendo pessoas físicas, sem causa aparente, dificultando a identificação da origem e destinação de parte dos recursos”.

Dinheiro vivo

Ao longo de 20 anos como vereador, Carlos Bolsonaro teve dezenas de assessores. O Ministério Público suspeita que alguns deles tenham sido “fantasmas” para desviar salários.

Os promotores citam semelhança do modus operandi da “rachadinha” que também ocorreria no gabinete do então deputado estadual do RJ Flávio Bolsonaro, o irmão mais velho.

A prática se dá com saques de dinheiro em espécie das contas de assessores “fantasmas” que são entregues a um funcionário de confiança.

O dinheiro vivo é, então, usado para pagar despesas ou adquirir bens para o parlamentar.

O Ministério Público identificou que Carlos Bolsonaro usou grandes quantias de dinheiro vivo em pelo menos três oportunidades:

  • R$ 150 mil para compra de apartamento na Tijuca, em 2003
  • R$ 15,5 mil para cobrir prejuízo na Bolsa de Valores, em 2009
  • R$ 20 mil guardados em casa, de acordo com declaração dada ao TSE no ano passado

Chefe de Gabinete

Ana Cristina Siqueira Valle é apontada como integrante de um dos seis núcleos do suposto esquema. Desde junho, Ana Cristina e Jair Renan moram em uma mansão avaliada em R$ 3,2 milhões no Lago Sul, área nobre de Brasília (veja no vídeo acima).

O aluguel de casas vizinhas à da ex-mulher do presidente da República e de Jair Renan é de cerca de R$ 15 mil por mês. Ana Cristina pagaria R$ 8 mil, mais do que o salário de R$ 6,2 mil que recebe como assessora da deputada federal Celina Leão, do Progressistas.

Ana Cristina também foi alvo de comunicações do Coaf. O documento revela que, durante o período em que esteve à frente do gabinete de Carlos Bolsonaro, ela recebeu “depósito de elevadas quantias de dinheiro em espécie em sua conta bancária”.

Em 2011, ela recebeu depósitos de R$ 191 mil e R$ 341 mil. Em conta, ela tinha R$ 602 mil. Segundo o Coaf, o valor é incompatível com sua renda.

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Entidade pede à ONU presença de observadores para 7 de setembro

O Conselho Nacional dos Direitos Humanos solicitou que a ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos destaquem observadores para acompanhar as manifestações convocadas para o dia 7 de setembro.

O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) é um órgão colegiado que tem por finalidade a promoção e a defesa dos direitos humanos no Brasil. A entidade é formada por 11 representantes da sociedade civil e 11 do poder público, incluindo a Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos estados e da União (CNPG) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Em cartas obtidas pela coluna e enviadas para as Nações Unidas e para o órgão americano, o Conselho pede que o monitoramento internacional ocorra principalmente nas cidades de São Paulo e Brasília e alerta que a ameaça à democracia é “iminente”.

O objetivo dos observadores seria relatar violações aos direitos humanos de quem defende a democracia brasileira. Os ofícios foram endereçados ao representante regional do Alto Comissariado das Nações Unidas, Jan Jarab, e à presidenta da CIDH, Antonio Urrejola.

“Diante da escalada de ameaças ao Estado Democrático de Direito no Brasil, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) apresenta ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos um alerta importante com vistas a que, no âmbito de suas competências, ela possa tomar as medidas cabíveis, com o apoio dos setores alinhados com a defesa dos direitos humanos e da democracia no Brasil”, diz a carta.

“Além de ameaçarem que não haverá eleições presidenciais em 2022, ao passo em que se aproxima a data comemorativa da Independência do Brasil, 7 de setembro, setores antidemocráticos amparados pelo presidente da República têm propagado ameaças de um golpe de Estado”, afirma.

“Por esse motivo, à medida em que crescem em intensidade e magnitude as ameaças de um golpe em 7 de setembro, o CNDH dirige-se ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos solicitando que sejam designados observadores externos, especialmente às cidades de Brasília e de São Paulo, para relatar violações aos direitos humanos dos que defendem a democracia brasileira”, solicita.

Nesta quinta-feira, o Conselho ainda publicou uma nota em defesa da democracia. “A data de 7 de setembro vem sendo anunciada como marco de uma empreitada golpista por fontes oficiais e por grupos que propagam ataques chancelados pelo discurso do ódio e da desagregação”, diz o órgão.

Para seus membros, “manifestações de repúdio não são suficientes para as instituições brasileiras verdadeiramente comprometidas com a democracia, já que apenas no ambiente democrático é possível preservar e ampliar os direitos humanos”.

Em nota, o CNDH alerta para os “ataques de grupos à democracia brasileira, em boa medida respaldados por falas de autoridades do Estado, incluindo o presidente da República, que deturpam o sentido do feriado de 7 de setembro, dia da Independência, que em nossa História e no imaginário nacional corresponde aos ideais de soberania e da liberdade, em sentido inverso do golpismo e da discórdia”.

O Conselho ressalta que setores antidemocráticos ameaçam que não haverá eleições presidenciais em 2022, incitados pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Infelizmente, os ataques à democracia pelo atual presidente da República sempre fizeram parte de seu discurso. Com a proximidade de um ano eleitoral, em que o povo brasileiro decidirá nas urnas sobre a nova ou o novo presidente da gestão 2023 a 2026, os posicionamentos antidemocráticos voltaram-se para o próprio processo eleitoral e as instituições que o amparam, questionando-se, sem qualquer lastro probatório, o voto secreto, democrático e a apuração transparente e eficiente dos votos”, disse.

“No sentido inverso desses ataques, o sistema eleitoral brasileiro é reconhecido internacionalmente por sua eficiência e transparência. É seguro, auditável e, ademais, foi por meio desse mesmo sistema que o atual presidente da República chegou ao poder”, completa.

*Jamil Chade/Uol

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Jornalista da TV Senado é demitida após corrigir fake news de Marcos Rogério

Uma jornalista foi demitida da TV Senado após corrigir uma informação descontextualizada divulgada pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO) durante sessão da CPI da Covid. “Senador Marcos Rogério mostra vídeo de um ano atrás, já retratado pelo dr. Drauzio Varella”, dizia a legenda feita por ela, que apareceu na tela da transmissão.

“Nós não somos uma agência de verificação de fatos”, afirmou a coordenadora da TV Senado em Brasília, ao justificar a demissão. A denúncia foi feita pela jornalista Amanda Audi, que publicou uma reportagem sobre a censura que tem ocorrido nas emissoras públicas no site The Brazilian Report.

“Criadas para aumentar a transparência em relação ao trabalho do Congresso e do governo, as TVs públicas no Brasil têm falhado no combate à desinformação. Os repórteres são desencorajados de histórias que poderiam pintar o governo de uma forma negativa”, escreve Amanda Audi.

Correção na TV Senado

O episódio aconteceu na sessão de 22 de junho, quando Marcos Rogério – senador que tenta proteger o governo de Jair Bolsonaro em todas as sessões da CPI, onde são revelados diversos escândalos relacionados ao [não] combate à pandemia pelo Executivo federal – exibiu um vídeo do dr. Dráuzio Varella de janeiro de 2020, quando o coronavírus ainda não havia chegado ao Brasil, em que ele dizia que os brasileiros não precisavam mudar sua rotina por causa do vírus.

Já em março de 2020 —quando foi declarada a pandemia— Drauzio havia mudado sua recomendação. Em abril daquele ano, o médico reconheceu que “subestimou” a gravidade da pandemia no início.

Como é típico do processo de produzir e espalhar desinformação nos tempos atuais, o vídeo era verdadeiro, mas fora de contexto. E com ele Marcos Rogério dava a entender que Drauzio, com toda a credibilidade que tem junto à sociedade, dava aquela recomendação ainda naquele momento, da transmissão do vídeo. “Está aí o dr. Drauzio Varella”, afirmou Marcos Rogério após a exibição do vídeo, provocando um bate-boca na CPI.

*Com informações do 247

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Caixa e Banco do Brasil desistem de deixar a Febraban

A Caixa e o Banco do Brasil não deixarão mais a Febraban. Não vão mais cumprir a ameaça feita na semana passada pelos seus presidentes, contrários à adesão da entidade ao manifesto “A Praça dos Três Poderes”, capitaneado pela Fiesp e que contava com o apoio de outras 200 entidades empresariais.

A avaliação do comando dos dois bancos federais é que o comunicado divulgado ontem à noite pela Febraban não deixa brechas para qualquer decisão de saída.

Em resumo, Caixa e BB ameaçaram se desfiliarem porque a Febraban assinaria um manifesto que eles enxergaram como crítico ao governo Bolsonaro.

Mas como a própria Febraban disse ontem que “o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação” do texto, Caixa e BB consideram que a saída seria um enfrentamento ruim de ser bancado.

No comunicado, porém, a Febraban afirma também que o objetivo do manifesto foi cumprido (mesmo sem ter sido publicado) por ter sido amplamente divulgado. No fim das contas, a Febraban reafirmou sua posição pró-manifesto, ainda que ele nunca venha a público, mas se dissociou da Fiesp.

Caixa e BB, portanto, recuaram.

A negociação pelos lado dos bancos foi feita pelo presidente do BB, Fausto Ribeiro. Pedro Guimarães, comandante da Caixa, esticou muito a corda nos últimos dias e não tinha condições se sentar-se para conversar com os dirigentes da Febraban.

A principal exigências dos bancos públicos era que a Febraban não assinasse o manifesto da Fiesp e nem publicasse qualquer manifesto próprio. Esse foi o acordo selado.

A Febraban viveu nos últimos 15 dias seus momentos de maior dissenso interno desde que foi fundada em 1967. A desistência da Caixa e do BB de deixarem a entidade não significa que a paz tenha voltado. As divergências internas ainda ardem.

*Lauro Jardim/O Globo

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Bolsonaro passou comando da rachadinha para Flávio e Carlos após descobrir que Ana Cristina o traía com o segurança

Segundo Marcelo Luiz, Bolsonaro se divorciou ao descobrir que Ana Cristina o traía com o bombeiro que fazia escolta da família no Rio.

De acordo com reportagem de Guilherme Amado, Metrópoles, Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, o ex-empregado que denunciou à coluna uma série de supostos crimes cometidos pela família Bolsonaro, afirma que o presidente Jair Bolsonaro decidiu transferir para Flávio e Carlos Bolsonaro o comando do suposto esquema de corrupção nos gabinetes de ambos após descobrir que era traído por sua então mulher, a advogada Ana Cristina Siqueira Valle. O ex-funcionário revelou, em entrevista exclusiva, que ela foi a primeira a controlar todo o recolhimento de parte dos salários de todos os assessores parlamentares dos dois filhos do presidente, respectivamente primeiro e segundo herdeiros de Bolsonaro.

Nesta parte da entrevista, Marcelo conta ter sido testemunha de diversos golpes praticados por Ana Cristina, de quem o chefe do Executivo federal se separou em 2007. O presidente teria conhecimento de alguns desses supostos crimes. Entretanto, pressionado por Ana Cristina, teria sido conivente em diferentes momentos. Primeiro, durante a vida de casado – quando ela teria comandado, sob a anuência de Bolsonaro, o desvio de dinheiro dos gabinetes dos dois filhos parlamentares. Depois, durante o tumultuado divórcio do casal.

Em 2008, segundo Marcelo, a advogada, em meio à disputa pela guarda de Jair Renan Bolsonaro, teria simulado o furto de um cofre que o casal mantinha no Banco do Brasil, para acusar o presidente.

O furto ao cofre foi revelado em 2018 pelos repórteres Hugo Marques, Nonato Viegas e Thiago Bronzatto. Mas tudo não teria passado de uma mentira. Ana Cristina moveu uma ação em abril de 2008 na 1ª Vara de Família do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acusando Bolsonaro de ter roubado os pertences no Banco do Brasil. Dentro do cofre, havia joias avaliadas em R$ 600 mil, US$ 30 mil em espécie e cerca de R$ 200 mil, também em dinheiro vivo – um montante que, calculado pelos repórteres para valores de 2018, valia cerca de R$ 1,6 milhão.

Segundo Marcelo, foi a própria Ana Cristina quem esvaziou o cofre.

“Lá tinha joias e dinheiro. Ela entrou com um processo contra o Banco do Brasil, mas quando foi intimada, não foi. Ela viu que fez m… e nem apareceu. O processo ficou rolando. Ela que limpou o cofre, antes de decidir as coisas”, disse.

O falso furto do cofre foi registrado em 26 de outubro de 2007, na 5ª Delegacia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, pela própria Ana Cristina, que já havia feito a queixa acusando Bolsonaro. Segundo o relato de Ana Cristina na delegacia, ela esteve na agência do Banco do Brasil e não conseguiu acessar o cofre com sua chave. Um chaveiro chamado pelo banco teria conseguido abri-lo, quando ela constatou que o cofre estava vazio. Dali, ela já teria ido até uma delegacia com o objetivo de acusar Bolsonaro.

Durante a investigação sobre quem seria responsável pelo furto ao cofre, Bolsonaro prestou depoimento no processo da guarda de Jair Renan em que acusava mulher de chantageá-lo. Ele afirmou que Ana Cristina tinha sequestrado o filho, levando-o para a Noruega, e condicionava o retorno do menino à devolução do dinheiro e das joias supostamente roubados do cofre.

Bolsonaro anexou esse depoimento com a acusação de sequestro ao inquérito do furto, e, a partir daí, a investigação nunca mais avançou na Polícia Civil do Rio. Ana Cristina foi chamada para depor, mas nunca compareceu, e o agora ex-casal chegou a um acordo. Jair Renan voltou para o Brasil, uma pensão foi acertada e o falso furto ficou em segundo plano.

De acordo com Marcelo, Bolsonaro pediu a separação porque descobriu que a então esposa o traía com seu segurança, o bombeiro militar Luiz Cláudio Teixeira, que fazia a escolta do clã no Rio de Janeiro. Foi ali que teria se rompido a confiança de Bolsonaro em Ana Cristina, e o presidente, então, teria autorizado que os filhos passassem a tocar eles mesmos o recolhimento dos valores desviados de salários de seus assessores parlamentares. Segundo o ex-empregado, o comando da rachadinha saía então das mãos de Ana Cristina e passava a ser de responsabilidade direta de Flávio e Carlos Bolsonaro.

Leia agora parte da entrevista com o ex-empregado:

Por que você pediu demissão do gabinete de Flávio Bolsonaro?

Foi justamente quando deu o problema com a traição.

Que traição?

Ela o traiu.

A Ana Cristina traiu o presidente?

Sim. Traiu com o segurança dele, Luiz Cláudio Teixeira, que era dos Bombeiros.

O Bolsonaro descobriu e foi por isso que eles se separaram?

Foi, foi. Foi por isso. Aí já estava aquela guerra dos meninos [Flávio e Carlos] pressionando ele porque ela comandava a rachadinha no gabinete deles. Já estava esse clima tenso. Aí veio a história da traição.

E por que isso tem a ver com a sua saída do gabinete de Flávio?

Porque ela era muito chegada a mim, não tinha amigos de verdade, então a gente saía junto, eu que ia com ela para as festas e coisa e tal. Então, quando ela começou a ficar com o Luiz, eu já comecei a ficar meio assim, porque o Bolsonaro sempre confiou muito em mim. Até em relação ao Jair Renan também, nos finais de semana, eu ia dormir lá na casa deles. Quando Bolsonaro ia para Brasília, ele me pedia para dormir na casa lá. Então foi nesse período que eu dormia lá que ela começou a botar o Luiz para dentro de casa.

E você ficou incomodado com isso?

Eu não podia contar para ele, porque eu tinha a confiança dos dois, fiquei numa sinuca sem saída. Aí eu tomei a decisão de que era melhor eu me afastar e deixar eles de lado, para que eles resolvessem a vida deles para lá. Se eu ficasse quieto, quando ele descobrisse, eu ia sair como traidor, de ter traído a confiança dele. Se eu contasse para ele, eu ia ficar mal com ela. Não queria ficar mal com ninguém. Então eu me prejudiquei, pedi minha exoneração e coisa e tal. Foi por isso que ela ficou com peso na consciência e me chamou para trabalhar lá na Valle Advogados. Eu me prejudiquei totalmente. Depois, o Bolsonaro descobriu o motivo de eu ter saído de lá, porque na época ele não quis, não queria aceitar. Uma das empregadas lá da casa sabia por que eu estava saindo e comentou com o Flávio e com o Carlos sobre o motivo. Aí ele até me chamou para conversar e falou: “Pô, Marcelão, brincadeira. Você se prejudicou todo, perdeu tudo que tinha por causa dela, você podia ter me contado”. Aí eu falei: “Não, Bolsonaro, eu não queria trair ela nem trair você, então eu preferi me prejudicar, saí de cena e vocês que se resolvessem, porque não era minha intenção”. E, mesmo assim, depois da separação, eu fui o único que fiquei do lado dela. Lógico, ela não tinha porra nenhuma, quem era o cara era ele. Eu fui o único otário que fui acompanhar ela, e mesmo assim me sinto injustiçado porque ela nunca me deu valor por isso.

Como foi o divórcio deles?

Nessa partilha de bens, na época, ela arrumou um monte de tretas, sumiu. Lembra da história do Banco do Brasil? Ela tinha dois cofres no Banco do Brasil. Depois da separação, ela disse que furtaram, porque sumiu tudo o que estava no cofre. Tinha joias, dinheiro. Ela entrou com um processo contra o Banco do Brasil, mas quando foi intimada, não foi. Ela viu que fez merda e nem apareceu. O processo ficou rolando. Ela que limpou o cofre, antes de decidir as coisas.

Você tem certeza de que ela esvaziou o cofre?

Ela que esvaziou mesmo. Quem ia esvaziar? O cofre é no nome dele e dela. Ele nem lá… Ela é tão retardada que quis jogar a culpa em cima dele. Só que ele não é ignorante, né? Aí ele falou: “Como é que você vai provar que eu fui lá no Banco do Brasil se eu não estive?”. Aí ela foi, ficou tão louca que esqueceu. Ela entrou com um processo contra o Banco do Brasil, dizendo que o Banco do Brasil que tinha de dar conta de como os cofres foram… Ia dar ruim para ela. Quando ela foi intimada no processo, ela não compareceu. Aí o processo ficou lá parado.

Ela mesma te contou que foi ela quem esvaziou o cofre?

Eu sabia de tudo o que acontecia. Ela me contava tudo.

Como foi o divórcio deles?

Foi o advogado dele que fez tudo, cada um ficou com uma parte. Na época, ela ficou com os dois terrenos que eles tinham no Limeira, em Resende. Aí tinha um outro terreno grande, que ela vendeu por R$ 3 milhões, e ele ficou com a casa que eles tinham na Barra, com a casa de Mambucaba. Esse flat que ela comprou para se encontrar com o amante ela vendeu também, nesse período. Ela tentou dar uns golpezinhos antes de sair a partilha dos bens.

Ela chantageava o presidente?

Quando ele começou a ser pressionado pelos filhos, no negócio da rachadinha, ela teve de tomar atitude. Foi quando ela passou a ameaçá-lo. Se ele fizesse algo, ela ia ferrar com ele também. Primeiro, ela fazia chantagem com ele usando o [Jair] Renan. Ela falava que ela sumiria com o Renan, isso e aquilo. Ela é capaz disso tudo. Depois, ela quis até me usar para chantageá-lo. Ela chegou a falar que se ele a tirasse da transação, ela seria capaz de divulgar que tinha pegado ele na cama comigo. Aí ele deixou a rachadinha continuar.

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Vídeo: Quanto mais se aproxima o 7 de setembro, mais complicada fica a vida de Bolsonaro

Quanto mais o dia 7 de setembro se aproxima, mais o tempo fecha para Bolsonaro, mais seu chão fica mole, mais o passo da história se aperta contra ele. Pouco importa a festa que ele tenta fazer em torno de uma suposta manifestação promovida por aliados e patrocinada por muambeiros como o Véio da Havan.

Bolsonaro, hoje, é considerado pela elite econômica alguém suficientemente tóxico capaz de destruir o Brasil antes de 2022, por isso querem lhe cortar os pés na altura do pescoço. Sem falar que tanto a mídia quanto o sistema de justiça estão empurrando Bolsonaro para o cadafalso, mostrando os esquemas de sua organização criminosa familiar, seja pelo inquérito das fake news, seja pelo império das rachadinhas que somente este comprou dois verdadeiros castelos na região de mansões em Brasília. Bolsonaro e seus filhos estão num caminho sem volta rumo ao inferno da Papuda.

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Governo Bolsonaro teme rejeição a Mendonça ao STF e paralisia no Congresso após derrota

A entrada de Ciro Nogueira na Casa Civil não foi suficiente para melhorar a vida do governo no Senado, que impôs uma derrota e derrubou nesta quarta-feira (1º) o projeto com programas trabalhistas que eram a aposta da gestão Jair Bolsonaro para impulsionar contratações em ano eleitoral.

O revés em uma votação importante para a agenda do Palácio do Planalto elevou o temor de que as propostas de interesse de Bolsonaro fiquem paralisadas no Congresso.

Segundo integrantes do governo, as divergências entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se agravaram, e alguns dizem não ver, ao menos no curto prazo, um cenário de alinhamento entre as duas Casas.

Além de projetos caros ao Executivo, até mesmo ministros que antes diziam acreditar no aval do Senado para André Mendonça ser nomeado ao STF (Supremo Tribunal Federal) agora reavaliam o prognóstico, que passa a ser mais difícil para a aprovação do indicado por Bolsonaro à corte.

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que preside a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), apenas pautará a sabatina de Mendonça se tiver certeza de que ele vai perder, segundo pessoas próximas ao congressista.

A articulação nesse sentido, afirmam, nem está se dando em caráter reservado. Em sessão recente, senadores apontaram que Alcolumbre levantou a hipótese de derrubar Mendonça para enviar um recado ao Planalto.

Nas contas de aliados do presidente do Senado, há atualmente em torno de 35 votos para a aprovação de Mendonça no plenário da Casa, apoio que está em tendência de queda. São necessários 41 votos para que Mendonça assuma uma cadeira no STF.

O Planalto chegou a ensaiar um gesto a Alcolumbre para lhe dar mais poder no controle do Orçamento. O governo, no entanto, recuou depois da reprovação da reforma trabalhista, cuja culpa também é atribuída ao senador.

Por trás da derrota desta quarta está, além de um recado ao governo, a disputa travada entre Pacheco e Lira, que chegou ao mais alto nível de tensão.

Interlocutores do governo e Lira acusam Pacheco de ter descumprido um acordo costurado horas antes da votação. Pacheco e senadores dizem que a Câmara rompeu negociações anteriores, e, portanto, não são confiáveis.

Auxiliares de Bolsonaro dizem acreditar que, a partir da derrota na MP trabalhista, o desgaste na relação com Pacheco se agravou.

Hoje, integrantes do governo afirmam não saber qual o clima para o Senado avançar com a pauta do Planalto nem o tamanho da base.

*Com informações do Uol

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O 7 de setembro e o golpe da rachadinha (peculato)

Rachadinha nada mais é do que peculato, furto praticado por quem subtrai dinheiro público, beneficiado pela facilidade que o cargo lhe proporciona.

Este é apenas um dos crimes que hoje a quase totalidade do país acusa o clã Bolsonaro. Ou seja, para a população, a partir das denúncias do Ministério Público e da mídia em geral, o golpe contra os cofres públicos já houve. Por isso dizem por aí que o clã fará uma festa gigantesca no dia 07 de setembro para comemorar anos a fio de rachadinha que acontecia, sobretudo nos gabinetes de Jair, Flávio e Carlos Bolsonaro.

O rombo é algo incalculável. Chamar isso pelo singelo nome de rachadinha, é puro eufemismo, até porque existem desdobramentos dentro desse esquema que envolvia milicianos e seus parentes, mulher e ex-mulheres de Bolsonaro, filhos, cunhadas e um exército de laranjas e fantasmas.

Portanto, quem for para as ruas defender Bolsonaro no 7 de setembro defenderá um pacote de crimes que, segundo o Ministério Público e investigações feitas pela mídia, já dariam para a família toda uma cassação imediata seguida de encarceramento, o que tudo indica, acontecerá, pelo menos é o que mais se comenta em Brasília.

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