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Saúde distribuiu 265 mil comprimidos de medicamentos sem eficácia para tratar Covid-19 em indígenas

Atual gestão e Pazuello dizem que destinação não era combate ao coronavírus, mas documentos oficiais mostram o contrário.

Segundo matéria de Vinicius Sassine, na Folha, o Ministério da Saúde distribuiu pelo menos 265 mil comprimidos de cloroquina, azitromicina e ivermectina a indígenas em cinco estados, com o propósito de tratar infecções pelo novo coronavírus. Os três medicamentos não têm eficácia para Covid-19.

Parte dessas drogas foi comprada diretamente por DSEIs (Distritos Sanitários Especiais Indígenas), vinculados ao ministério e com atuação de saúde na ponta, junto às comunidades.

Um informe técnico da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), de junho de 2020, orientou os DSEIs a “instruir seus respectivos processos de aquisição” de cloroquina e hidroxicloroquina, caso municípios e estados se negassem a fornecer o medicamento.

O envio maciço de medicamentos sem eficácia a indígenas entrou no foco da CPI da Covid no Senado. A estratégia da atual gestão do Ministério da Saúde e do general da ativa Eduardo Pazuello, que impulsionou a prática ao longo de sua administração na pasta, é sustentar que os comprimidos se destinaram aos tratamentos previstos na bula.

A cloroquina, por exemplo, é usada no tratamento de malária. A doença atinge cerca de 194 mil brasileiros por ano, dos quais 193 mil (99,5%) na região amazônica.

A azitromicina é um antibiótico usado principalmente no tratamento de doenças respiratórias. E a ivermectina se destina a infecções por parasitas.

Documentos e registros do próprio ministério contrariam a versão de que as compras e distribuição dos medicamentos se destinaram a essas doenças, e não para Covid-19.

Notas de empenho referentes a compras de azitromicina pelos DSEIs Alto Purus, no Acre, e Cuiabá registram que a aquisição do medicamento se destinou ao “enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do Covid-19” ou a “medidas de controle de infecção humana pelo novo coronavírus (Covid-19)”. O empenho é a autorização para o gasto.

Para o tratamento de indígenas no Acre foram adquiridos 20 mil comprimidos de azitromicina com dosagem de 500 mg. É a mesma especificação recomendada em nota técnica do Ministério da Saúde, atualizada em maio, que embasa o combo de medicamentos sem eficácia para Covid-19: cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e Tamiflu, este último recomendado para gripe.

Cada comprimido saiu por R$ 1,82. O valor total foi de R$ 36,4 mil.

A azitromicina adquirida pelo DSEI Cuiabá também tinha dosagem de 500 mg. O valor unitário foi de R$ 1,25. Os 20 mil comprimidos custaram R$ 25 mil.

Também houve compras de antibióticos por DSEIs em Mato Grosso, para os indígenas do Xingu e para os xavantes, e em Rondônia, para etnias como suruí, cinta larga e terena.

As compras são informadas num portal alimentado pelo Ministério da Saúde, chamado Localiza SUS, criado para divulgar os gastos e ações de combate à pandemia.

O mesmo Localiza SUS faz um detalhamento do envio de 100,5 mil comprimidos de cloroquina, todos eles destinados a indígenas em Roraima. O objetivo foi o tratamento de Covid-19, segundo o portal.

Do total distribuído, 39,5 mil se destinaram aos yanomami em Roraima. O restante foi usado em comunidades da terra indígena Raposa Serra do Sol.

Há ainda distribuições feitas pela Aeronáutica e cujos destinos a Força Aérea Brasileira mantém ocultos, como a Folha mostrou em reportagem publicada no último dia 6.

Um desses transportes foi para a região chamada Cabeça do Cachorro, no Amazonas, na fronteira com a Colômbia e a Venezuela. Pelo menos 1,5 mil comprimidos de cloroquina foram transportados para o local, onde estão 23 etnias.

Também houve uma compra direta de cloroquina pelo DSEI de Vilhena (RO). Segundo os registros do Localiza SUS, a aquisição está associada a ações contra a Covid-19.

É a mesma situação de aquisições de 24 mil comprimidos de ivermectina pelos DSEIs Alto Rio Negro, que atende a Cabeça do Cachorro, e Xingu, em Mato Grosso.

O Ministério da Saúde distribuiu ainda 370,2 mil cápsulas de Tamiflu a indígenas em 16 estados. A pasta registra que o medicamento se destinou ao combate à influenza, mas o Tamiflu integra o kit do chamado “tratamento precoce” de Covid-19, previsto em protocolo ainda em vigência.

A Folha questionou o ministério sobre cada compra e distribuição a indígenas de medicamentos sem eficácia para Covid-19. “O antimalárico é adquirido e enviado regularmente a 25 DSEIs que estão em área endêmica”, disse, em nota, em relação à cloroquina.

“Azitromicina e ivermectina são medicamentos que constam na Rename (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) e utilizados em diversos tratamentos de atenção primária do SUS. A aquisição de medicamentos da Rename é feita a partir das demandas de atendimento dos DSEIs”, afirmou.

Segundo o ministério, serviços básicos de saúde não foram suspensos durante o pico da pandemia. “Somente em 2020, foram realizados mais de 12,1 milhões de atendimentos nas aldeias, e contratados mais 700 profissionais para reforçar a assistência em saúde.”

Na CPI da Covid, no segundo dia de depoimento, Pazuello negou que sua gestão tivesse distribuído medicamentos do “tratamento precoce” aos DSEIs. A negativa ocorreu na quinta-feira (20), em resposta a questionamentos do senador Fabiano Contarato (Rede-ES).

O general da ativa contou outras mentiras em seus depoimentos na CPI, em relação a vacinas e à crise do oxigênio em Manaus em janeiro, o que despertou a reação de senadores não alinhados ao governo de Jair Bolsonaro.

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A intenção de Bolsonaro, ontem, foi usar Pazuello para desmoralizar as Forças Armadas

Bolsonaro, ontem no Rio, foi apenas Bolsonaro, o tenente insubordinado que foi expulso das Forças Armadas por transgredir regras militares em benefício próprio, seja praticando garimpo ilegal, já naquela época, seja conspirando com atos terroristas ou utilizando a mídia para jogar a opinião pública contra as Forças Armadas, o que lhe custou a expulsão do exército.

Bolsonaro, na manifestação do Rio, não liderou somente o passeio pornográfico com motos que tinha a intenção de aglomerar no momento em que o Brasil já começa a viver uma terceira onda de covid.

Era preciso ir mais longe e colocar seu gado à disposição de uma disputa política eleitoral, gastando rios de dinheiro público para afrontar, em primeiro lugar, a CPI da Covid e, em segundo, as patentes mais altas das Forças Armadas, expondo publicamente um general da ativa como Pazuello, para se transformar no seu bibelô de mobilização, o que é absolutamente inconstitucional, seja a participação do ex-ministro num evento político, seja pelo total desrespeito do chefe da nação com o estatuto das Forças Armadas e com a própria instituição Presidência da República.

Se nada for feito de concreto, Bolsonaro que está se borrando de medo de Lula, vai tentar recuperar musculatura política no eleitorado com atitudes ainda mais fascistas, porque quanto menos apoio tiver em sua decadência, que se vê a olho nu, mais ódio e surto de covid ele vai espalhar pelo país.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Gasto com militares cresce 17% mais que o previsto

Dados do Ministério da Economia apontam aumento de despesas de R$ 5,55 bilhões em 2020. Pasta da Defesa diz que reforma da Previdência da categoria compensa alta.

Segundo O Globo, o gasto com pessoal militar cresceu mais em 2020 do que a projeção feita pelo Ministério da Defesa para a primeira fase da reestruturação das carreiras aprovada em 2019.

Dados do Painel Estatístico de Pessoal (PEP), do Ministério da Economia, apontam que o aumento nessas despesas foi de R$ 5,55 bilhões. O valor é 17% maior do que a Defesa previu à época da reforma no sistema de aposentadorias das Forças Armadas.

As mudanças na carreira dos militares incluíram, por exemplo, pagamento de adicional por curso realizado, resultando no aumento da remuneração desses profissionais. Elas foram aprovadas no mesmo ano que a reforma da Previdência da categoria.

Em 2019, a Defesa estimou que o primeiro ano da reestruturação teria impacto de R$ 4,73 bilhões. Mas os dados do painel da Economia apontam que os gastos com pessoal militar somaram R$ 80,5 bilhões em 2020, alta de R$ 5,5 bilhões e, portanto, 17% superior ao projetado.

Impacto no longo prazo

Em duas décadas, a reestruturação da carreira levará a um gasto extra de R$ 217,66 bilhões, de acordo com projeções da pasta da Economia. Elas não consideram as revisões de regras para os inativos, mas acendem um sinal de alerta.

Procurado, o Ministério da Defesa não comentou os números do painel da Economia e afirmou que houve economia no ano passado, se considerados os efeitos da reforma.

De acordo com a pasta, houve aumento de gastos com pessoal de R$ 4,84 bilhões e geração de receitas de R$ 5,55 bilhões.

A pasta também informou que, com a pandemia de Covid-19, houve necessidade de convocar pessoal para a área de saúde e prorrogar o tempo do Serviço Militar.

No longo prazo, a Defesa alega que o aumento de gastos decorrente da reestruturação militar será compensado com mudanças nas regras para a reserva militar, que devem gerar economia de R$ 251,4 bilhões em duas décadas. O saldo para o governo seria, portanto, positivo em R$ 33,7 bilhões.

“Cabe ressaltar que não houve aumento da remuneração em 2020, mas uma adequação dos percentuais visando à valorização da carreira e a institucionalização de uma política pública do Estado brasileiro para os militares, necessária para que se mantenha um adequado grau de atratividade e estímulo à permanência de profissionais qualificados nas fileiras das Forças Armadas”, disse a Defesa, em nota.

“Os militares são um grupo central de apoio ao Presidente da República e estão usando esse cacife político para obter ganhos ”, Marcos Mendes, pesquisador do Insper.

A reforma nas carreiras dos militares é exemplo de como o grupo, que está na base de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, tem sido beneficiado em ações do governo. Os acenos a profissionais da segurança não se restringem a essa classe.

No começo do ano, o presidente articulou com deputados uma emenda para relaxar os efeitos fiscais do ajuste nas contas previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que viabilizou a nova rodada do auxílio emergencial. O objetivo foi blindar forças de segurança — como policiais — do congelamento salarial.

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Política

Em desespero, Bolsonaro corre atrás da popularidade perdida

Fracassa a tentativa de Bolsonaro mostrar uma força política que ele não tem.

Como disse Hildegard Angel, a manifestação do Rio foi um fiasco:

O que a campanha de Bolsonaro quis hoje demonstrar foi popularidade. Não conseguiu. Sim, poderiam ser uns 5 mil motorizados, mas não havia aclamação popular no entorno. No meu trecho de quarteirão e mais, só vi duas pessoas sacudindo bandeira. Em Ipanema, eu soube, foi igual.

O que se sabe é que mais de mil PMs, alguns militares, outros milicianos, fizeram um passeio de moto com Bolsonaro com uma meia dúzia de bolsonaristas que, pela agressividade, mostram-se mais desesperados que o próprio Bolsonaro com a inevitável ruína que se apresenta com todas as cores na derrocada política do ocupante da cadeira presidencial.

Mas não fica somente nisso, um jornalista da CNN recebeu agressão verbal dos bolsonaristas e foi expulso da manifestação de Bolsonaro, e só não foi linchado porque teve escolta da polícia.

Agora é aguardar o que Caio Coppolla e Alexandre Garcia, que são parte do quadro da CNN, vão falar sobre essa agressão a um colega da emissora, porque não basta apenas a CNN emitir nota dizendo repudiar a agressão.

Mas isso não é tudo, o fiasco bolsonarista produziu um estrago hoje nas ruas do Rio, detalhe, e com recursos públicos.

Depois de sua queda de popularidade, ninguém menos que Pazuello, general da ativa, apareceu entre os destroços da fracassada manifestação, o que deve indicar que será colocado na reserva compulsivamente, já que o estatuto das Forças Armadas não permite que um militar da ativa participe de manifestações políticas.

Lembrando que em todo o percurso a maioria dos participantes, Bolsonaro e Pazuello estavam sem máscaras, contribuindo ainda mais para a disseminação do coronavírus, para piorar ainda mais o morticínio.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Por participar da manifestação de Bolsonaro, exército vai enviar Pazuello para a reserva

O Comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, vai enviar o general e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para a reserva. A decisão foi tomada após o general da ativa participar de uma manifestação política a favor do presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (23).

A informação foi confirmada por interlocutores próximos ao Comandante Geral do Exército pelo Congresso em Foco.

De acordo com o artigo 45 do Estatuto Militar, oficiais da ativa não podem participar de atos políticos. Portanto, Pazuello deve ser punido, mas a decisão é delicada porque o presidente da República pode reverter a definição de Paulo Nogueira e gerar uma crise com os militares.

O ex-ministro prestou depoimento na CPI da Covid na última semana e deve ser reconvocado nos próximos dias, já há requerimentos para nova oitiva do militar.Na manhã de hoje, ao participar do ato pró-Bolsonaro, Pazuello apareceu sem máscara e descumprindo regras de distanciamento social.

Na semana passada, ao responder ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) sobre qual sua posição sobre medidas de distanciamento, Pazuello afirmou: “Deveríamos fazer medidas de distanciamento sempre que possível”.

Pazuello é questionado pelos senadores da CPI por ignorar as negociações de compras de vacinas da Pfizer, atrasar o início da vacinação no país e negligenciar apoio ao estado de Manaus durante a crise de oxigênio devido a pandemia de covid-19 em janeiro deste ano.

*Com informações do Congresso em Foco

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PT vai acionar TCU contra Bolsonaro por uso de recursos públicos para ato “eleitoral” no Rio

“O direito à manifestação é garantido pela Constituição, mas não o uso de dinheiro público para fazer ato político em tom de comício”, criticou o líder do PT, Bohn Gass.

O líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, Elvino Bohn Gass (PT-RS), anunciou neste domingo (23) que a legenda vai protocolar representação no Tribunal de Contas da União (TCU) para que sejam levantados todos os gastos do presidente Jair Bolsonaro durante viagem ao Rio de Janeiro. O mandatário realizou um ato em tom de comício eleitoral e passeou com motociclistas.

“O direito à manifestação é garantido pela Constituição, mas não o uso de dinheiro público para fazer ato político em tom de comício, muito menos fora de época de campanha eleitoral”, afirma o parlamentar.

Segundo Bohn Gass, o PT vai tomar as medidas legais cabíveis contra Bolsonaro a partir do levantamento do TCU. A bancada pretende também apresentar requerimento de informações à Casa Civil para que sejam detalhados todos os gastos, como custo de locomoção do presidente e de assessores em avião presidencial e em helicóptero, das diárias e outras despesas.

“Enquanto o Brasil já conta com quase meio milhão de mortes por Covid-19, em razão de uma política irresponsável e genocida de Bolsonaro, que desprezou a vacinação da população, o capitão vai ao Rio para festejar o quê, com o dinheiro do contribuinte ?”, questiona Bohn Gass. “Em vez de acelerar a moto, como fez no Rio, devia ter é pisado no acelerador para comprar vacinas contra a Covid-19 para o povo brasileiro”, acrescentou.

“O presidente da República, que devia dar exemplo ao País, voltou a participar de atividade pública sem máscara, numa atitude irresponsável que mostra seu desprezo à vida e desrespeito a todas as regras de prevenção à Covid-19”, disse ainda

O líder do PT também questionou as despesas da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que colocou centenas de policiais no ato.

*Com informações da Forum

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Terceira onda da covid-19 se aproxima e pode ser mais letal

O Brasil mal começou a reduzir a segunda onda de infecções pelo novo coronavírus e já pode estar às vésperas de ser inundado por uma terceira onda, ainda mais letal, com a chegada do inverno, o ritmo lento de vacinação e o afrouxamento da quarentena, dizem especialistas ouvidos pelo UOL.

Alguns desses motivos foram apontados como as causas para a terceira onda na Alemanha no começo do ano. Na Europa, ela também atingiu países como França, Itália, Polônia, República Tcheca e Hungria, onde a vacinação demorou a avançar, enquanto o Reino Unido evitou outra onda ao imunizar em massa.

Mas, afinal, há sinais de que a pandemia está prestes a se intensificar no Brasil?

O que define uma nova onda?

“Onda de infecção não é um termo técnico e, por isso, não existe uma definição clara”, afirma o infectologista Renato Grinbaum, consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). “Tem sido usada pela imprensa como aumento rápido e expressivo de casos novos na epidemia, que num gráfico aparece como uma onda.”

Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, o infectologista Marco Aurélio Sáfadi reforça a ausência de “definição consensual”, mas cita a OMS (Organização Mundial da Saúde), para quem “o vírus tem que ser controlado e os casos caírem substancialmente”.

Ele diz que uma das formas de avaliar uma onda é observar a chamada taxa efetiva de reprodução, ou Rt. Quando esse índice é 1, cada infectado contamina outra pessoa. Se for maior, pode infectar mais de uma. Para que a transmissão seja contida, o Rt precisa ficar abaixo disso.

Como está o Rt no Brasil?

Esse índice esteve acima de 1 desde o início da segunda onda, em novembro, e permaneceu assim até início de fevereiro. Depois, voltou a subir e só ficou abaixo de 1 em 18 de abril. Em 4 de maio, voltou a ficar acima de 1.

Na última quinta-feira (20), a média brasileira estava em 1,02. Veja de acordo com as regiões:

Nordeste: 1,09

Sul: 1,03 Norte:

0,97 Sudeste e

Centro-Oeste: 0,94.

Número pequeno de vacinados somado a uma abertura abrupta e intensa numa condição em que as pessoas voltem a se aglomerar: este é o risco de termos uma nova onda.”.

 

Atual ritmo de vacinação vai conter terceira onda?

Conforme mostrou o UOL, a vacinação no Brasil caiu 17% em maio na comparação com abril. Uma das razões foi a paralisação da produção de vacinas por falta de insumos.

A produção da CoronaVac foi interrompida em 14 de maio pelo Instituto Butantan, que espera receber novo lote de matéria-prima no próximo dia 26. Na quinta (20), foi a vez de a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) desligar a linha de montagem da vacina da AstraZeneca, com queda de quase 3 milhões de doses por semana nas entregas ao Ministério da Saúde.

Até agora, a queda afetou a segunda dose: sua aplicação despencou 43% entre a última semana de abril e a primeira de maio, com nova queda de 24% na semana seguinte, segundo a Info Tracker, plataforma das universidades estaduais Unesp e USP para monitoramento da covid-19.

“A recomendação do governo de utilizar todo o estoque de vacinas para impulsionar a imunização em abril foi pautada no pressuposto de que a produção dos imunizantes fosse contínua, o que não aconteceu”, diz Wallace Casaca, coordenador da Info Tracker.

Para Sáfadi, a rapidez na vacinação “é crucial” para a imunização de rebanho. Do contrário, “em um ano será preciso revacinar os primeiros imunizados”.

A reinfecção é possível e vale para quem foi vacinado também. Sem o obstáculo da vacina ao vírus, essa probabilidade é maior, independentemente de novas variantes.”.

Ana Marinho, imunologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, afirma que a baixa cobertura vacinal aliada à flexibilização da quarentena e às novas cepas do vírus formam uma combinação “que elevará o número de casos”.

“A redução do isolamento tinha de acontecer à medida que as coberturas vacinais fossem avançando, de forma coordenada”, defende.

*Com informações do Uol

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Economia

Sob Bolsonaro, o Brasil miserável

Subemprego, baixa produtividade e rombos travam crescimento do país.

Apesar da recuperação prevista para 2021 e 2022, o mercado de trabalho na baixa renda deve manter tendência da última década de crescente informalidade.

Segundo especialistas, essa será uma das principais travas à aceleração do crescimento e para o resgate de milhões de brasileiros que se tornaram miseráveis na pandemia.

Na década passada, o Brasil teve o pior desempenho dos últimos 120 anos, empurrando os menos qualificados para a informalidade —área da economia que paga, produz e cresce menos, comprometendo sua evolução média.

Na pandemia, mesmo o trabalho informal foi dizimado pela paralisia do setor de serviços, responsável por 70% do PIB (Produto Interno Bruto) e dos empregos, metade deles fora da formalidade.

As principais ocupações desse segmento (trabalhadores domésticos e empregados do setor privado sem carteira, conta própria sem CNPJ, entre outros) perderam até 20% das vagas.

Já os menos instruídos, majoritariamente informais e que não chegaram a completar o ensino médio, viram até 17% da renda desaparecer, segundo o Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) com base em pesquisas do IBGE (Pnad e Pnad-Covid-19).

Na retomada atual, ainda tímida e incerta pela falta da vacinação em massa, será necessário que a hoje metade da força de trabalho informal recupere melhores níveis de ocupação e renda para voltar a consumir e, assim, acelerar crescimento, investimentos e contratações.

O estrago da pandemia no mercado informal não apenas ampliou a desigualdade —pois os mais ricos e escolarizados recuperaram a renda— como fez a pobreza extrema voltar ao patamar de meados dos anos 2000.

No primeiro trimestre de 2021, os miseráveis (renda mensal inferior a R$ 246/mês) somavam 16% da população, ou 35 milhões de pessoas. Em 2019, antes da pandemia, eram 24 milhões na pobreza extrema, ou 11% do total.

Segundo o Datafolha, entre os mais pobres, com até o ensino fundamental, 40% dizem estar faltando comida em casa.

Desde agosto do ano passado, segundo a FGV Social, quase 32 milhões de pessoas deixaram a classe C (renda domiciliar entre R$ 1.926 a R$ 8.303). A maioria (24,4 milhões) desceu à classe E (renda até R$ 1.205) ou direto à miséria.

Para a consultoria Tendências, as classes D/E, agora mais numerosas, devem amargar mais 15% de perda de renda neste ano, travando a recuperação via consumo das famílias —que foi, até a pandemia, o principal motor da economia.

A alternativa seria o país crescer apoiado em maiores taxas de investimento e poupança. Mas ambas estão nos menores patamares desde os anos 1980.

Como agravante, ao contrário das crises socioeconômicas na década de 1980 e início dos anos 1990, desta vez o Brasil não tem muita munição para resgatar os mais pobres via programas de transferência de renda —como fez com iniciativas focalizadas nos anos 1990 (governo FHC) e com o Bolsa Família nos 2000 (Lula).

De 1980 para cá, a carga tributária, que financia esse tipo de programa, saltou de 24,5% como proporção do PIB para 35,2%; e a dívida pública bruta encostou em 90%.

Os dois indicadores são os maiores na comparação com grandes emergentes e estão na raiz da atual crise fiscal brasileira —anterior à pandemia, quando o país vinha crescendo ao redor de 1% ao ano.

“A dívida pública muito alta provoca uma insegurança que é transmitida para o dólar [no qual busca-se proteção], que pressiona a inflação [via importações], levando o Banco Central a subir os juros para segurar os preços. O resultado é uma atividade mais fraca e vagas de pior qualidade”, diz Fernando Veloso, doutor em economia pela Universidade de Chicago e pesquisador do Ibre-FGV.

Veloso observa que, desde a recessão de 2014 a 2016, a geração de vagas tem sido predominantemente informal, o que produz “marcas duradouras” no mercado de trabalho, compromete a produtividade e o crescimento.

“O que vimos a partir de 2017 foi um padrão de informalidade muito maior do que na saída de outras crises”, diz, acrescentando que isso traz “um risco elevado de que o aumento na taxa de pobreza torne-se estrutural.”

Para Marcelo Neri, diretor da FGV Social, trata-se de um “paradoxo” o Brasil ter hoje taxas altas de pobreza extrema e serviços públicos de má qualidade com carga tributária e dívida pública tão elevadas.
“Temos por aqui uma espécie de ‘Esgana’: carga tributária da Espanha e serviços públicos e padrões de Gana.”

O economista afirma que, se a hiperinflação foi o grande problema dos anos 1980, o governo Jair Bolsonaro agregou às duas mazelas atuais (baixo crescimento e alta desigualdade) um enorme grau de instabilidade socioeconômica —o que é muito ruim especialmente para os mais pobres.

Segundo Pedro Loureiro, professor na área de estudos latino-americanos na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, o atual momento brasileiro tende, além de piorar a taxa de pobreza, a aumentar a desigualdade.

“Em um cenário sem crescimento, alguém tem de cair para que o outro melhore.”

Não apenas, mas no Brasil em particular, o resultado da pandemia tem sido uma recuperação em forma de “K”: o emprego tem reagido lentamente para todos os grupos, mas, enquanto os mais qualificados e ricos voltaram ao nível de 2019, os menos escolarizados e pobres permanecem 20% abaixo.

O economista Naercio Menezes, do Insper, lembra que os 10% mais ricos no Brasil concentram 1/3 do consumo total.

E que as mudanças de comportamento dessa faixa no consumo —mais home office; menos idas a lojas e restaurantes— podem ter impactos duradouros no emprego de funções menos especializadas, como faxineiros em escritórios, vendedores e garçons.

Segundo a FGV, quase sete em dez empregos já estão em setores com baixo conteúdo tecnológico, com salários 40% abaixo da média nacional.

“E, quanto mais tempo os jovens permanecerem desempregados, mais sua trajetória profissional será afetada, diminuindo a produtividade e salários no futuro, empurrando-os para a criminalidade e aumentando a desigualdade de renda”, diz Menezes.

Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, os anos à frente no Brasil podem ser “trágicos”, com o governo Bolsonaro deixando uma “verdadeira herança maldita” para o próximo presidente ou para si mesmo, caso seja reeleito.

Vale lembra que, além de a criação de subempregos ter praticamente dobrado nos últimos seis anos, a taxa de desocupação acima de 10% já se arrasta por mais de meia década.

“Isso fragiliza qualquer economia e fica muito difícil para as pessoas voltarem ao mercado formal, tornando o subemprego algo permanente, perpetuando a pobreza e a desigualdade.”

Samuel Pessôa, economista da FGV-Ibre e colunista da Folha, tem uma visão um pouco mais otimista, embora diga que o Brasil “parece ter se casado com a mediocridade”.

Segundo ele, desde o final de 2020, notícias positivas na economia surpreendem, sobretudo no início de 2021, quando muitos apostavam que o país recairia na recessão.

Para Pessôa, 2022 pode ter “uma cara de 2002”, quando a economia reagiu positivamente, inaugurando um ciclo de crescimento baseado no boom nos preços das commodities que o Brasil exporta —algo que se repete agora em menor escala, por enquanto.

No começo dos anos 2000, quando o real também estava muito desvalorizado, esse boom foi crucial para o Brasil consertar suas contas externas e acumular cerca de US$ 350 bilhões (R$ 1.855 trilhão) em reservas —o que hoje garante certa tranquilidade nesse front.

“No final, as coisas devem ir se arrumando, mas dentro de nossa mediocridade. O sonho de que o Brasil poderia se tornar algo grande, porém, parece ter desaparecido”, diz Pessôa.

*Fernando Canzian/Folha

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Janio de Freitas: Está comprovada a ação de (outra) quadrilha no governo e no círculo de Bolsonaro

O precário sistema de fiscalização foi destruído na Amazônia e no Pantanal.

A primeira função da CPI está realizada, embora ainda em andamento: já ficou bem demonstrado a que classe de gente o Brasil está entregue. Entre (ex) ministro das Relações Exteriores, (ex) dirigente da comunicação governamental com as altas verbas, e (ex) ministro-general da Saúde, o governo só teve para apresentar, e representá-lo, impostores. Falsários das atribuições dos respectivos cargos, falsários no cinismo mentiroso com que tentam evadir-se dos próprios atos e palavras no entanto gravados, impressos, criminosos.

A função subsequente da CPI não contará com a contribuição da corja proveniente do governo. Dependerá de como e quanto o relator Renan Calheiros (MDB-AL), até aqui com desempenho competente, e o preciso presidente Omar Aziz (PSD-AM) conduzam a formação das conclusões submetidas à comissão. De conhecimento público antes mesmo da CPI, os fatos em questão não suscitam dúvida, mas a altivez e a coragem política para relacioná-los com o Código Penal e gravíssimas consequências será de ordem pessoal.

O problema não acaba aí. Renan Calheiros faz supor a disposição de uma atitude à altura do episódio, com um relatório rigoroso. Mas aprová-lo, alterá-lo ou recusá-lo caberá ao corpo da comissão. E, em qualquer dos casos, essa etapa será de luta sem freio e sem compostura, a exigir muito de Omar Aziz. Posta tal perspectiva, pode-se ouvir que Bolsonaro, à vista de derrota na comissão de maioria opositora, tentaria algo para impedir a CPI de consumá-la. Algo?

Será, então, a hora do inestimável Ministério Público. Para dividi-lo mais, não falta muito à percepção de ações e omissões do governo articuladas no gênero próprio de quadrilha. Amazonense e conhecedor indignado do que se passou na crise do oxigênio em Manaus, o senador Omar Aziz está convicto de que o povo ali foi “feito de cobaia”, para indução da cloroquina, como para a imunização coletiva pelo vírus mesmo.

Em paralelo ao que houve, e não terminou, na Saúde e morte de quase 450 mil pessoas, está comprovada a ação de (outra) quadrilha no governo e no círculo de Bolsonaro. Da derrubada à entrega da madeira amazônica no exterior ou aqui mesmo, o número de operações combinadas é bem grande. Todas criminosas. Não pode ser coisa de poucos e amadores. A maior apreensão de madeira ilegal, que custou ao delegado Alexandre Saraiva sua transferência na Polícia Federal, e a denúncia americana de madeira contrabandeada e apreendida nos Estados Unidos puseram, enfim, algemas por ora morais nos pulsos do ministro (sic) Ricardo Salles.

Já na campanha Bolsonaro anunciava a desmontagem do Ibama, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (acompanhamento ambiental por satélite), Funai, das reservas indígenas e de toda a defesa ambiental. O já precário sistema de fiscalização florestal foi, de fato, destruído na Amazônia e no Pantanal. Por Salles e seus prepostos. Por ordem de Bolsonaro.

A proibição, sem sequer hipótese de justificativa, de destruição do maquinário de garimpo ilegal e de tratores e serrarias do desmatamento clandestino foi óbvia proteção de Bolsonaro aos criminosos e seu enriquecimento compartilhado. A dispensa ilegal, mas acobertada, de licenciamento para exploração da terra amazônica é objeto de iniciativa do governo para legalizá-lo. E por aí segue a sequência de ações contra a riqueza do solo e do povo amazonense.

Ou a ação de cima e a operação direta são coordenadas, ou a madeira, o ouro e minerais valiosos nem sairiam do chão, quanto mais chegar a portos dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia. E essa coordenação numerosa, profissional, de cima a baixo, tem nome no Código Penal: quadrilha. No caso, como disseram os americanos, quadrilha internacional.

Nada surpreendente. Relações várias, próximas e financeiras com milícias. Apropriação de dinheiro público por extorsão dos vencimentos de funcionários reais e fantasmas. Controle da Abin e da Polícia Federal com direções subservientes. Entrega do Meio Ambiente a um condenado por improbidade quando secretário do Meio Ambiente de Geraldo Alckmin. O desmantelamento anunciado e realizado. Ah, sim, e milhares de militares da ativa e da reserva do Exército compondo um exército de guarda-costas políticos e judiciais, em proteção ao grande assalto. O que poderia sair desse conjunto não é mais nem menos do que saiu.

*Janio de Freitas/Uol

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EXAME/IDEIA: Bolsonaro perde apoio entre evangélicos, sua base mais fiel

A avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro está no pior momento desde que assumiu o Palácio do Planalto, em janeiro de 2019.

Segundo a Exame, a desaprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro está no pior momento desde que assumiu o mandato, em janeiro de 2019. Os brasileiros que consideram a gestão como ruim ou péssima somam 50%. Esse patamar tem se mantido há dois meses, oscilando apenas dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Aqueles que avaliam o governo como ótimo ou bom são 24%, e os que consideram regular, 22%.

A avaliação positiva caiu mesmo no grupo que é considerado a “fortaleza” do presidente: os evangélicos. Em janeiro deste ano, entre os que se declaravam seguidores da religião, 45% avaliavam a gestão de Bolsonaro como boa ou ótima . Já em maio, o percentual caiu para 38%. Entre os evangélicos, os que consideram o governo ruim ou péssimo somam 31%, percentual bem abaixo do verificado na população em geral.

Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Invest PRO, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. O levantamento ouviu 1.243 pessoas entre os dias 17 e 20 de maio. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. Confira a pesquisa completa.

Insatisfações

A principal insatisfação da população, incluindo a comunidade evangélica, é a morosidade no processo de vacinação contra a covid-19. O Brasil ainda está na fase de imunização do grupo prioritário, composto por 77 milhões de pessoas. Estimativas do próprio Ministério da Saúde apontam que esta etapa será concluída apenas em setembro, e a imunização de toda a população deve avançar para 2022.

Outro ponto de perda de apoio é a situação grave, com altas taxas de mortes, da pandemia de coronavírus, como explica o pastor Ariovaldo Ramos, um dos fundadores da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.

“Uma questão que talvez tenha escapado a alguns é que dentro da população evangélica há um grande número de vítimas da covid-19. Quando Bolsonaro começou a dizer que era uma gripezinha, que o número de vítimas seria irrisório, essa prática fez muitos evangélicos apoiarem o negacionismo”, diz o pastor que representa o movimento que surgiu em 2016 e está espalhado por todo o Brasil.

E não só entre os evangélicos diminuiu o apoio ao presidente Bolsonaro. Entre os católicos, a aprovação passou de 27%, em janeiro, para 19% na pesquisa EXAME/IDEIA de maio. No começo deste ano, um grupo que reúne mais de 300 líderes religiosos cristãos protocolou um pedido de impeachment do presidente. Na lista estavam padres católicos, anglicanos, luteranos, metodistas e também pastores.

Bolsonaro contra suspensão de cultos

O presidente Bolsonaro sempre se colocou contrário às medidas adotadas por governadores e prefeitos de restringir atividades religiosas presenciais, para evitar aglomerações e a disseminação do vírus. A Advocacia-Geral da União chegou a pedir no Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão dos decretos locais, sob o argumento de perseguição religiosa.

A corte analisou poucos dias depois uma outra ação de mesmo tema, mas promovida pelo PSD e pelo Conselho Nacional de Pastores do Brasil. A maioria dos ministros entendeu que cabe aos governadores e prefeitos a escolha sobre a proibição de missas e cultos durante a pandemia de covid-19.

O pastor Ariovaldo Ramos ainda destaca que chegou a conversar com outros amigos pastores que mantiveram cultos presenciais e que, em pouco tempo, muitos membros dessas comunidades começaram a contrair o coronavírus. “Foi aí que eles começaram a se dar conta que foram enganados pelo governo, com um discurso que na prática não se sustentava”, afirma.

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