Categorias
Uncategorized

Bolsonaro convoca embaixadores para atacar as urnas eletrônicas

Ainda na semana passada, o presidente anunciou que convocaria os representantes diplomáticos para tentar convencê-los de suas teses sobre as urnas eletrônicas.

O presidente Jair Bolsonaro marcou para a tarde da próxima segunda-feira um encontro com embaixadores estrangeiros para, mais uma vez, desacreditar a segurança do processo eleitoral brasileiro. Os principais nomes do corpo diplomático acreditado em Brasília começaram a ser convidados na última quinta-feira, segundo o Correio Braziliense.

A iniciativa partiu do Palácio do Planalto e não do Itamaraty. O convite de Bolsonaro, assinado pelo cerimonial da Presidência da República, omite o assunto da reunião. “Fui incumbido de convidar vossa excelência para encontro do senhor presidente da República com chefes de missão diplomática, a ser realizado às 16h de 18 de julho de 2022, no Palácio da Alvorada”, diz a convocação. O chanceler Carlos França deve participar.

Os embaixadores, no entanto, já sabem das intenções de Bolsonaro. Na semana passada, o presidente anunciou que convocaria os representantes diplomáticos para tentar convencê-los de suas teses sobre as urnas eletrônicas. O encontro também servirá para um contraponto à decisão do ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de ampliar a presença de missões estrangeiras como observadoras das eleições gerais, a contragosto do Planalto. Bolsonaro também pretende rebater palestras no exterior do próprio Fachin e do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), nas quais alertaram a comunidade internacional para os riscos de ruptura democrática no Brasil.

Representantes de países europeus confirmaram presença, entre eles da França, de Portugal e da Suíça. Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos também devem enviar seus diplomatas ao Alvorada. Os embaixadores não devem se manifestar durante o encontro, tampouco depois.

Países sul-americanos também foram convidados, como Colômbia e Equador, cujos governos de direita são alinhados a Bolsonaro. Diplomatas de países vizinhos, como Chile e Argentina, governados pela esquerda, disseram que não tinham recebido convite.

Estranhamento

Reservadamente, embaixadores admitem o estranhamento com o plano do presidente de acusar supostas fraudes em eleições passadas, nunca comprovadas, e criticar o uso de um sistema de votação pelo qual se elegeu e que tem mecanismos de segurança reconhecidos internacionalmente.

Eles dizem, porém, que foi igualmente incomum terem sido convocados pelo TSE para uma audiência sobre as eleições, em maio. Por terem ido ao encontro de Fachin, integrantes da União Europeia (UE) dizem que agora se sentem compelidos a atender ao chamado de Bolsonaro.

Naquela ocasião, 68 diplomatas compareceram à Justiça Eleitoral e ouviram de Fachin que “arremessos populistas” de líderes políticos na América Latina geram “acusações levianas de fraude, que conduzem a semanas de instabilidade política no período pós-eleitoral”. Bolsonaro acusou o ministro de usurpar funções do Executivo e de se imiscuir nas relações internacionais. O presidente acusou Fachin de “estupro à democracia”.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

O novo prazo da campanha de Bolsonaro para ele decolar nas pesquisas; falta combinar com os russos

No início do ano, os líderes do Centrão previram que os índices de intenção de voto de Jair Bolsonaro, estacionados no patamar de 20%, superariam os de Lula em junho. Só que junho passou e, como Bolsonaro não decolou, a nova previsão passou a ser julho.

As últimas pesquisas, porém, indicam que o presidente até cresceu um pouco – hoje tem entre 25% e 30% –, mas continua em segundo lugar. Lula se aproxima dos 50% e pode até vencer no primeiro turno.

Agora, o núcleo político da campanha à reeleição diz que agosto é que será o mês decisivo, em que Bolsonaro poderá subir a ponto de incomodar Lula.

A aprovação da PEC Kamikaze, que permite ao governo aumentar o Auxílio Brasil e distribuir uma série de outros benefícios às vésperas da eleição, seria um dos motores dessa alta – mas não o único.

Há outros fatores em que os estrategistas de Bolsonaro se apegam para acreditar que “agora vai”.

Um deles é previsão de alguns economistas de que a queda nas tarifas de energia e no preço dos combustíveis causará deflação. Como a queda nos preços é resultado de cortes de impostos aprovados pelo governo, os marqueteiros acreditam que poderão faturar politicamente com isso na campanha.

Outro fator é a previsão de volta ao funcionamento do gasoduto NordStream 1, principal fonte de fornecimento do gás russo à União Europeia. Como o gasoduto está parado para manutenção, a Europa está consumindo mais diesel para movimentar suas usinas, o que diminui a oferta do combustível para os outros mercados e leva a um aumento dos preços.

O cálculo dos estrategistas do presidente pode até fazer sentido, mas é preciso que a realidade também colabore – ou, como diria Garrincha, “combinar com os russos”.

Segundo economistas-chefes de bancos com os quais eu conversei, a previsão de deflação só vale para julho (0,6%) e agosto (0.06%). Os efeitos da queda não devem ter impacto significativo sobre o preço dos alimentos. E, em setembro, às vésperas da eleição, a inflação volta.

Além disso, ainda não está garantido que o gasoduto voltará a funcionar, porque a turbina em manutenção está no Canadá, país que aplica sanções à Rússia em razão da guerra na Ucrânia.

Por fim, quanto aos benefícios criados pela PEC Kamikaze, as pesquisas por enquanto estão mostrando que o eleitor não tem atrelado seu voto ao pagamento do Auxílio Brasil pelo governo.

Além disso, parte dos benefícios ainda não serão pagos em agosto porque precisam de regulamentação para serem distribuídos.

*Malu Gaspar/O GLobo

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Não tendo proposta para o país, Bolsonaro vai a Juiz de Fora requentar a farsa da facada

Quem minimamente decente acredita na farsa das toalhinhas brancas que surgiram de todas as partes para cobrir a barriga de Bolsonaro, sem furo, sem sangue, sem nada?

Mais que isso, foi o dia em que, na vida, Adélio Bispo recebeu mais carinho e proteção, vindo, imagina isso, dos seguranças de Bolsonaro.

Na época, surgiu a frase, case com alguém que te trate com tanta proteção e carinho como Adélio foi tratado depois da suposta facada.

Aliás, outro detalhe curioso dessa família é que, quatro anos depois do evento, ninguém fez uma crítica sequer a Adélio.

De uma coisa ninguém pode reclamar, o circo de hoje saiu bem mais barato do que da última vez em que requentaram a armação, internando Bolsonaro, entupido, quando foi dada uma fortuna para que o médico, mais conhecido meio como especialista em facada em Juiz de Fora, viesse do exterior com dinheiro público para dizer que Bolsonaro tinha defecado e que estava pronto para defecar nos microfones.

Gustavo Bebianno disse que o autor dessa armação grosseira, foi Carluxo e ainda disse os motivos, já que o próprio estava lá e viu o 02 organizar o picadeiro.

O fato é que, assim como em 2018, Bolsonaro usou isso para fugir dos debates, por não ter qualquer projeto para o país, quase quatro anos depois de um governo que transborda fracassos, que não produziu qualquer coisa boa para o Brasil e os brasileiros, o sujeito tem que esturricar o ramerrão solado da facada, porque pretende se reeleger fugindo de qualquer cobrança, que agora seria mais dura, sobre suas propostas para continuar não governando o país por mais quatro anos.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Bolsonaro tem dois dias para se manifestar sobre incitação à violência

Oposição quer que presidente pague R$ 1 milhão de multa, caso incite violência ou discurso de ódio.

O ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fixou, nesta sexta-feira (15/7), um prazo de dois dias para o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestar sobre o pedido da oposição para que o chefe do Executivo seja proibido de fazer qualquer discurso de ódio ou incitação à violência sob pena de multa de R$ 1 milhão, segundo o Correio Braziliense.

A petição foi entregue na última quarta-feira a Moraes — que está exercendo a presidência da Corte no período de 2 a 17 de julho. As agremiações cobram ações para a garantia da segurança e da paz no processo eleitoral.

“Em juízo de cognição sumária, inerente ao exame das medidas cautelares, verifica-se que os argumentos referentes ao pedido de liminar apresentam nítida vinculação com o próprio mérito da Representação, revelando-se indispensável exame mais detalhado do contexto fático exposto na inicial e dos fundamentos jurídicos subjacentes à pretensão dos Autores. Nesse contexto de relevantíssimas consequências solicitadas pelos Requerentes, torna-se necessária a prévia manifestação do Representado, estabelecendo-se o contraditório”, escreveu no despacho.

Moraes ainda determinou que após o prazo, mesmo que não tenha havido resposta por parte do presidente, o Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifeste também dentro de dois dias, “com posterior e imediata nova conclusão à Presidência, em virtude do recesso”.

O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ressalta que também foi solicitado que Bolsonaro use os canais de informação para condenar a violência política e pague multa de R$ 1 milhão para cada ato contrário à determinação.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

Violência na política atual no Brasil lembra jacobinos de Floriano Peixoto

Historiadora aponta semelhanças entre ações do final do século 19 e as mais recentes ligadas a bolsonaristas.

É tão forte o ódio por motivações ideológicas que insultos nas ruas se tornam corriqueiros. A tensão política, porém, não se limita às ofensas verbais. Acontecem atos de vandalismo contra espaços ligados aos inimigos e até um assassinato —depois de gritos “mata! mata!”, um grupo identificado com as doutrinas militares dá fim a um opositor.

Não se trata do Brasil de julho de 2022, mês da morte de um guarda municipal petista, assassinado a tiros em Foz do Iguaçu (PR) por um policial penal bolsonarista. Mês ainda do lançamento de uma bomba caseira em ato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Rio de Janeiro.

O clima de terror do parágrafo inicial esboça os conflitos nas ruas cariocas em 1897. A desordem institucional associada à violência era fruto, sobretudo, dos rompantes dos jacobinos, um grupo radical de admiradores de Floriano Peixoto, o Marechal de Ferro, ex-presidente que tinha morrido dois anos antes.

É a historiadora Cláudia Viscardi, professora titular da Universidade Federal de Juiz de Fora e especialista no período conhecido como Primeira República, quem chama a atenção para as semelhanças entre o comportamento de parte dos bolsonaristas hoje e as ações dos jacobinos de 125 anos atrás.

O Brasil, claro, era muito diferente do país de 2022, a começar pelos dados demográficos.

Os pouco mais de 14 milhões de habitantes da época não chegam a 7% da população atual. Mas há fatores parecidos, como a violência inspirada em líderes autoritários e estimulada pela invenção ou sobrevalorização de um inimigo, e a forte questão militar, que prejudica a estabilidade política.

Para entender as origens do movimento jacobino, ao menos em linhas gerais, é preciso voltar alguns anos.

Em setembro de 1893, quando Floriano estava no poder, começou a segunda Revolta da Armada, um levante organizado pelos marinheiros que buscavam mais espaço no novo sistema republicano. A Marinha era conhecida como Armada, daí o nome pelo qual a insurreição ficou conhecida.

Além do apoio do Exército para reprimir os marinheiros, o Marechal de Ferro teve a colaboração entusiasmada de jovens que se alistaram voluntariamente nos chamados “batalhões patrióticos”.

Passaram naquele momento a ser chamados de jacobinos, uma referência aos integrantes do grupo político mais radical da Revolução Francesa.

Aqui vale fazer uma distinção: os jacobinos eram florianistas, mas nem todos os florianistas eram jacobinos. Esses últimos se caracterizavam pelas agitações nas ruas, não raro marcadas pela agressividade.

A atuação dos “jovens patriotas”, como também eram chamados, ganhou mais evidência a partir de novembro de 1894, com a ascensão de Prudente de Moraes, o primeiro civil a chegar à Presidência da República —foi antecedido por Deodoro da Fonseca (1889 a 1891) e Floriano (1891 a 1894).

A fim de preservar o legado de Floriano a todo custo, os jacobinos definiram dois alvos principais. Um era Prudente e seus apoiadores —no início do mandato, o presidente buscou a conciliação com esses setores mais radicais, mas as divergências prevaleceram.

*Com Folha

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Delegada faz contorcionismo ao negar motivação política em assassinato no Paraná

A delegada Camila Cecconello fez um exercício de contorcionismo ao negar que o bolsonarista Jorge Guaranho tenha matado o petista Marcelo Arruda por motivação política.

“É difícil nós falarmos que há um crime de ódio”, disse a chefe da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Paraná.

Para embasar essa interpretação, ela citou o depoimento da mulher do assassino, que não teria interesse em agravar o crime do marido.

A delegada reconheceu que Guaranho invadiu a festa de aniversário por discordar da decoração com temas que remetiam ao PT e ao ex-presidente Lula.

Mas sustentou que ele só teria cometido o crime após discutir com o aniversariante, o que teria levado a divergência para o campo pessoal.

Então ficamos combinados assim: o assassino invadiu a festa por razões políticas, sacou a arma por razões políticas, mas puxou o gatilho por razões pessoais.

Difícil de engolir.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Pesquisa

Quaest: Na Bahia, Lula tem 68,8% dos votos válidos

Lula tem vantagem de 43 pontos sobre Bolsonaro na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do país, com mais de 11 milhões de eleitores.

Pesquisa Genial/Quaest realizada na Bahia, divulgada nesta sexta-feira (15), mostra Lula (PT) com 68,8% dos votos válidos no Estado. Jair Bolsonaro (PL) vem em segundo com 21,1% dos válidos. A Bahia é o quarto maior colégio eleitoral do país, com mais de 11 milhões de eleitores.

No principal cenário estimulado, Lula tem 62% dos votos totais, enquanto Bolsonaro marca 19%. Ciro vem em seguida com 5%. André Janones (Avante) tem 2%. Simone Tebet (MDB) e Vera Lúcia (PSTU) têm 1% cada. Os demais não pontuaram. Indecisos são 4% e brancos e nulos somam 5%.

Na pesquisa espontânea, quando não são revelados os nomes dos pré-candidatos, Lula é citado por 47% dos baianos e Bolsonaro por 15%. Ciro é lembrado por 1%, mesmo índice da soma dos demais. Indecisos são 33%. Brancos e nulos 2%.

No segundo turno, Lula vence Bolsonaro no Estado por 69% a 21%. A pesquisa ouviu 1.140 pessoas em 63 cidades da Bahia entre os dias 9 e 12/7. Margem de erro 2.9 pontos e 95% de confiabilidade. Registro no TSE número BR-03146/22 .

*Com Forum

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

PF vê acirramento político e aciona estados por mais segurança na eleição

A Polícia Federal decidiu acionar forças estaduais para reforçar os cuidados com a segurança de presidenciáveis na eleição, informa a Folha.

A direção do órgão orientou suas 27 superintendências regionais a fazerem contato com as respectivas secretarias de Segurança nos estados para mobilizar esforços no processo.

A PF é diretamente responsável pela proteção dos candidatos à Presidência —com exceção do presidente Jair Bolsonaro (PL), que fica sob os cuidados do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

Líder nas pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o que terá o maior efetivo envolvido, decisão que obedece regra interna da PF baseada na medição de risco detectada.

A recomendação da cúpula da PF partiu do diretor-executivo, Sandro Avelar, número dois na hierarquia do órgão. Fica sob seu guarda-chuva a área que cuida da segurança dos candidatos.

A Folha teve acesso ao ofício redigido pela PF para as superintendências encaminharem às secretarias estaduais.

No texto, a direção da PF afirma que o “cenário atual evidencia a necessidade de somarmos esforços, haja vista o acirramento das relações entre correligionários dos principais candidatos e os incidentes já registrados na fase de pré-campanha eleitoral”.

O documento foi elaborado no final de junho, antes do assassinato de Marcelo de Arruda em Foz do Iguaçu (PR), no dia 9 de julho. O militante petista foi morto por um apoiador de Bolsonaro durante a festa de seu aniversário de 50 anos em um clube na cidade. Os temas da festa eram Lula e o PT.

A PF também classifica como “complexa” a tarefa de realizar a segurança dos presidenciáveis.

Integrantes da polícia afirmam que essa deve ser a mais preocupante eleição da história por causa da polarização instalada no país.

Aos estados o órgão diz que espera contar com o serviço de inteligência das instituições, a força preventiva e ostensiva das Polícias Militares, o emprego de batedores e a disponibilidade dos Corpos de Bombeiros —além do apoio de órgãos de trânsito.

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Discurso de Bolsonaro é senha para produzir extremistas

Um bolsonarista invadiu uma festa, sacou o revólver e matou um petista que comemorava o aniversário em família. O crime de Foz do Iguaçu chocou o país a menos de três meses da eleição. É mais um fruto do extremismo político que chegou ao poder em 2018.

Jorge Guaranho, o assassino, é uma caricatura dos seguidores do Mito. Nas redes sociais, apresenta-se como “conservador e cristão”. Na vida real, xinga quem não pensa como ele e se julga autorizado a resolver as diferenças na bala.

A solução pelas armas sempre esteve na base do discurso do capitão. Em 1999, ele disse que não era possível mudar o país “através do voto”. “Só vai mudar quando partirmos para uma guerra civil aqui dentro, matando 30 mil”, afirmou.

Na campanha ao Planalto, ele manteve a mesma retórica agressiva. Falou em “fuzilar a petralhada” e chamou os adversários de “marginais vermelhos”. “Serão banidos da nossa pátria”, prometeu.

Jair não está sozinho. Horas antes do assassinato no Paraná, Eduardo Bolsonaro participou de uma marcha pró-armas em Brasília. Aos palavrões, atacou entidades pacifistas como Sou da Paz e Viva Rio. “A gente não tem que respeitar esses caras não”, conclamou.

No dia seguinte, o deputado usou seu aniversário de 38 anos para fazer mais propaganda armamentista. O bolo foi decorado com a réplica de um revólver cercada por confeitos em forma de projéteis.

O discurso dos Bolsonaro é uma senha para produzir Guaranhos. A liberação indiscriminada das armas, transformada em política de governo, arrisca transformar o país num grande cenário de faroeste.

Alvo de uma facada na última eleição, Bolsonaro deveria desestimular a violência política. Em desvantagem nas pesquisas, prefere semear a barbárie e intimidar os adversários com ameaças de golpe.

Na segunda-feira, o capitão fingiu não ter responsabilidade pelo clima bélico da campanha. “O que eu tenho a ver com esse episódio?”, questionou. O general Hamilton Mourão disse que o assassinato do petista Marcelo Arruda “não é preocupante”: “Ocorre todo final de semana em todas as cidades do Brasil”.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Após auxílio eleitoreiro, internautas denunciam: ‘Jair Odeia Pobre’

Desesperado com a possibilidade de perder as eleições no primeiro turno, Bolsonaro lança pacote de bondades com prazo para acabar.

A menos de três meses das eleições, o Congresso Nacional deve promulgar em instantes a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/2022. A chamada PEC do Desespero aumenta para R$ 600 o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família. Também amplia o vale-gás, além de um benefício de R$ 1.000 aos caminhoneiros, que sofrem com a alta do diesel, e outro auxílio pra taxistas, ainda sem valor definido. As medidas do governo Bolsonaro, no entanto, só valem até dezembro. O que revela o seu caráter eleitoreiro. Os internautas, no entanto, não se deixam enganar. Com mais de 20 mil menções, o tema “Jair odeia pobre” ficou entre os mais comentados do Twitter nesta quinta-feira (14).

Eles lembram, por exemplo, que Bolsonaro foi o único deputado a votar contra a criação do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza em 2000, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Mais recentemente, em meio a pandemia, o governo defendia apenas R$ 200 para o auxílio emergencial. O benefício de R$ 600 só virou realidade graças ao esforço da oposição.

O governo também desprezou a gravidade da pandemia e da situação de desemprego e paralisia econômica. Tanto que não previu nenhum auxílio nos Orçamentos do ano passado e deste. Por isso, para tentar evitar uma derrota já no primeiro turno, correu com a PEC do Desespero, para poder furar o teto de gastos.

Também são inúmeras as declarações de Bolsonaro contra o Bolsa Família. Em 2010, chegou a chamar o programa de “bolsa farelo”. Em 2021, disse que os beneficiários do programa “não sabem fazer quase nada”.

Usuários das redes sociais também destacam que Bolsonaro não reajustou a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), defasada em 24% durante o seu governo. Assim, quem ganha até R$ 1.941 pagará imposto no ano que vem, em mais um prejuízo para os mais pobres.

Confira postagens sobre ‘Jair odeia pobre’

https://twitter.com/RaquelS59045070/status/1547580582460149767?s=20&t=sSZeIGq5SVD_z7MHnLHiiQ

https://twitter.com/HugoNBFarias/status/1547631184561156096?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1547631184561156096%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.redebrasilatual.com.br%2Fpolitica%2F2022%2F07%2Fapos-auxilio-eleitoreiro-internautas-denunciam-jair-odeia-pobre%2F

*Com Rede Brasil Atual

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação de qualidade e independência.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Caixa Econômica Agência: 0197

Operação: 1288

Poupança: 772850953-6

PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição