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Política

Leia a íntegra do discurso de Lula: não seremos apenas fornecedores de matérias-primas

Presidente destacou que Sul Global tem ‘condições’ para liderar ‘novo paradigma de desenvolvimento’ do meio ambiente.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva criticou a escassez de recursos para uma transição “justa e planejada”, metas que já foram comentadas pelo governo federal em eventos que antecederam a Cúpula dos chefes de Estado do BRICS, nesta segunda-feira (07/07). Segundo ele, os países em desenvolvimento acabam sendo os mais atingidos pelas perdas e danos influenciados por um “negacionismo” e o “unilateralismo” do mundo.

A fala se deu no âmbito da sessão “Meio Ambiente, COP 30 e Saúde Global”, no segundo dia do evento de alto nível, no Rio de Janeiro. Atualmente, o desafio ambiental é, conforme o governo brasileiro, as nações se comprometerem com medidas que impeçam o aumento de 1,5 graus da temperatura mundial.

“É inadiável promover a transição justa e planejada para o fim do uso de combustíveis fósseis e para zerar o desmatamento […] O Sul Global tem condições de liderar um novo paradigma de desenvolvimento, sem repetir os erros do passado. Não seremos simples fornecedores de matérias-primas”, declarou o mandatário, ao enfatizar a necessidade do acesso e desenvolvimento de tecnologias que permitam participar “de todas as etapas das cadeias de valor”.

Ainda de acordo com Lula, menos de 60 empresas no mundo são responsáveis pela emissão de 80% de carbono, sendo que a maioria atua nos setores de petróleo, gás e cimento.

“Os incentivos dados pelo mercado vão na contramão da sustentabilidade”, destacou. “Em 2024, os 65 maiores bancos do mundo se comprometeram a conceder 869 bilhões de dólares para o setor de combustíveis fósseis”.

Por outro lado, a chamada Declaração-Quadro sobre Finanças Climáticas do BRICS adotada hoje pelo bloco, de acordo com Lula, configura-se como uma solução pois apresenta “fontes necessárias e modelos alternativos” para o financiamento climático.

“O Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que lançaremos na COP 30, irá remunerar os serviços ecossistêmicos prestados ao planeta”, disse.

Defesa da saúde global
Lula também destacou em seu discurso que a “defesa da saúde dos pobres é urgente”. Ele reforçou que, embora seja um direito humano e um motor do desenvolvimento, “a saúde global é afetada pela pobreza e pelo unilateralismo”.

O presidente brasileiro também afirmou que é fundamental recuperar o protagonismo da Organização Mundial da Saúde como “foro legítimo para o enfrentamento às pandemias”. Além disso, destacou que é necessário ter espaço fiscal para garantir a saúde e o bem-estar dos povos.

Ele complementou: “Não há direito à saúde sem investimento em saneamento básico, alimentação adequada, educação de qualidade, moradia digna, trabalho e renda.”

Leia o discurso na íntegra

“Os regimes multilaterais de clima e de saúde foram palco de grandes esforços de mobilização do Sul Global.

As três convenções da ONU adotadas aqui no Rio de Janeiro, em 1992, colocaram o desenvolvimento sustentável no centro dos debates sobre o futuro do planeta.

Consagramos o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas.

Mesmo sem o passivo histórico dos países desenvolvidos, os membros do BRICS não deixaram de fazer a sua parte.

Na Organização Mundial da Saúde e na Organização Mundial do Comércio, lutamos juntos pelo acesso a medicamentos e vacinas essenciais para vencer a epidemia de HIV/Aids, a malária, a tuberculose e outras mazelas que afetam, principalmente, os países mais vulneráveis.

Nas Conferências de Cairo e Pequim, há três décadas, reafirmamos os direitos humanos de mulheres e meninas, inclusive à saúde sexual e reprodutiva.

Hoje, o negacionismo e o unilateralismo estão corroendo avanços do passado e sabotando nosso futuro.

O aquecimento global ocorre em ritmo mais acelerado do que o previsto.

As florestas tropicais estão sendo empurradas para seu ponto de não retorno.

A Conferência de Nice, há poucas semanas, deixou claro que o oceano está febril.

Uma década após o Acordo de Paris, faltam recursos para a transição justa e planejada, essencial para a construção de um novo ciclo de prosperidade.

Os países em desenvolvimento serão os mais impactados por perdas e danos.

São também os que menos dispõem de meios para arcar com mitigação e adaptação.

Justiça climática é apostar em ações comprometidas com o combate à fome e às desigualdades socioambientais.

Ao proteger, conservar, e restaurar nossos territórios, criamos também oportunidades para as comunidades locais e povos indígenas.

A geração de empregos decentes, a igualdade entre homens e mulheres e o fim do racismo em todas as suas esferas são imperativos.

O Consenso dos Emirados Árabes Unidos, a partir do Balanço Global de avaliação de cumprimento do Acordo de Paris, deve ser a base de sustentação de nossas ações de implementação.

Nosso desafio é alinhar ações para evitar ultrapassar 1,5 graus de aumento da temperatura do planeta.

Será preciso triplicar energias renováveis e duplicar a eficiência energética.

É inadiável promover a transição justa e planejada para o fim do uso de combustíveis fósseis e para zerar o desmatamento.

Faz parte desse desafio viabilizar os meios de implementação necessários, hoje estimados em 1.3 trilhão de dólares, partindo dos 300 bilhões já acordados na COP29 no Azerbaijão.

O Sul Global tem condições de liderar novo paradigma de desenvolvimento, sem repetir os erros do passado.

Não seremos simples fornecedores de matérias-primas.

Precisamos acessar e desenvolver tecnologias que permitam participar de todas as etapas das cadeias de valor.

80% das emissões de carbono são produzidas por menos de 60 empresas.

A maioria atua nos setores de petróleo, gás e cimento.

Os incentivos dados pelo mercado vão na contramão da sustentabilidade.

Em 2024, os 65 maiores bancos do mundo se comprometeram a conceder 869 bilhões de dólares para o setor de combustíveis fósseis.

Taxonomias sustentáveis e unidades de contagem de carbono justas e inclusivas podem atrair investimentos produtivos verdes e justos.

A Declaração-Quadro sobre Finanças Climáticas do BRICS, que adotamos hoje, apresenta fontes necessárias e modelos alternativos para o financiamento climático.

O Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que lançaremos na COP 30, irá remunerar os serviços ecossistêmicos prestados ao planeta.

Meus amigos e minhas amigas,

Apesar de ser um direito humano, bem público e motor de desenvolvimento, a saúde global também é profundamente afetada pela pobreza e pelo unilateralismo.

Recuperar o protagonismo da Organização Mundial da Saúde como foro legítimo para o enfrentamento às pandemias e na defesa da saúde dos povos é urgente.

A recente adoção do Acordo de Pandemias é um passo nessa direção.

O BRICS está apostando na ciência e na transferência de tecnologias para colocar a vida em primeiro lugar.

No Brasil e no mundo, a renda, a escolaridade, o gênero, a raça e o local de nascimento determinam quem adoece e quem morre.

Muitas das doenças que matam milhares em nossos países, como o mal de Chagas e a cólera, já teriam sido erradicadas se atingissem o Norte Global.

Implementar o ODS 3 — saúde e bem-estar — requer espaço fiscal.

Não há direito à saúde sem investimento em saneamento básico, alimentação adequada, educação de qualidade, moradia digna, trabalho e renda.

A Parceria pela Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas, que lançaremos hoje, propõe superar essas desigualdades sistêmicas com ações voltadas para infraestrutura física e digital e para o fortalecimento de capacidades.

A consolidação da Rede de Pesquisa de Tuberculose, com o importante apoio do Novo Banco de Desenvolvimento e da Organização Mundial da Saúde, bem como a cooperação regulatória em produtos médicos são exemplos concretos do quanto já avançamos como grupo.

Estamos liderando pelo exemplo.

Cooperando e agindo com solidariedade em vez de indiferença.

Colocando a dignidade humana no centro de nossas decisões.

Muito obrigado.”

*Opera Mundi


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Política

Cresce a popularidade de Lula após campanha de taxação dos super-ricos

Levantamentos internos realizados pelo Palácio do Planalto apontam uma melhora expressiva na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a campanha popular contra recentes medidas do Congresso Nacional.

A última semana foi marcada por uma forte campanha nas redes contra o presidente da Câmara, Hugo Motta, após ele quebrar um acordo feito com o governo e pautar a derrubada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A campanha, que mobilizou o uso de inteligência artificial, hashtags e influenciadores digitais, foi aclamada pelos analistas como uma das primeiras vitórias da esquerda no campo da comunicação nos últimos anos.

O aumento da popularidade foi noticiado pela jornalista Bela Megale, de O Globo. De acordo com a Forum, esquisas diárias de opinião, conhecidas como trackings, indicaram um avanço consistente na avaliação positiva de Lula, acompanhado por uma queda relevante nos índices de reprovação.

“O Centrão queria usar o IOF para transformar o governo Lula em um pato manco até a eleição. Mas o que eles fizeram foi nos dar um presente”, afirmou um ministro à coluna da jornalista.


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Política

BRICS sobe o tom contra neoliberalismo imposto pelo Norte

Cúpula chega ao segundo dia com foco em financiamento climático, saúde global e papel do Sul nas decisões multilaterais.

A 17ª Cúpula do BRICS chega ao seu último dia nesta segunda-feira (7), no Rio de Janeiro (RJ), com expectativa para o lançamento de uma declaração sobre financiamento climático e a criação da Parceria Brics para Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas. No domingo (6), os chefes de Estado dos países-membros elevaram o tom contra o sistema financeiro global e cobraram uma nova arquitetura internacional mais justa, plural e centrada no Sul Global.

Reunidos pela primeira vez com 11 membros permanentes, os líderes do bloco aprovaram a “Declaração do Rio de Janeiro”, que condena as sanções unilaterais, propõe a reforma das instituições de Bretton Woods e defende a criação de alternativas ao dólar e ao sistema SWIFT.

Em uma de suas falas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que as atuais estruturas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) sustentam “um Plano Marshall às avessas”, no qual os países em desenvolvimento financiam os mais ricos. “O modelo neoliberal aprofunda as desigualdades.”

Para Marta Fernández, coordenadora do Brics Policy Center, a declaração final da cúpula cumpriu o objetivo brasileiro de protagonizar uma agenda propositiva. “Foi uma declaração cautelosa, que buscou não tocar no calcanhar de Aquiles dos Estados Unidos, mas, ao mesmo tempo, muito enfática na defesa da soberania, da integridade territorial do Irã e da solução de dois Estados para a Palestina”, avaliou.

egundo ela, o texto reconhece o déficit democrático das instituições internacionais e reforça a centralidade da ONU como “organização multilateral por excelência”.

Para Fernández, o Brics buscou um ponto de equilíbrio entre o enfrentamento simbólico ao Norte Global e a construção de consensos. “Os países do bloco estão negociando acordos com os Estados Unidos, então evitaram uma retórica frontal. Mas o texto é contundente ao reivindicar soberania, justiça fiscal e reformas multilaterais”, avaliou.

A situação na Palestina também foi destaque nas falas e documentos do primeiro dia. A declaração final do Brics exige cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza, e denuncia o uso da fome como arma de guerra por parte de Israel. O bloco defende a criação de um Estado palestino soberano, com Jerusalém Oriental como capital, e manifesta apoio à ação em curso na Corte Internacional de Justiça que investiga crimes de genocídio.

Esta edição da cúpula foi marcada por uma novidade histórica: pela primeira vez, movimentos populares tiveram voz em uma plenária oficial do Brics. Representantes do recém-criado Conselho Civil apresentaram aos chefes de Estado um documento com propostas nas áreas de saúde, educação, soberania digital e finanças.

Brics endossa ruptura com ordem financeira e cobra justiça fiscal
O primeiro dia da cúpula aprofundou o diagnóstico de que o sistema financeiro internacional se baseia em desigualdades. Em resposta, os países do bloco formalizaram a Iniciativa de Pagamentos Transfronteiriços do Brics, que visa a criação de uma rede própria de transações, menos dependente do dólar e fora do alcance de sanções unilaterais. O documento final também defende o fortalecimento do uso de moedas locais no comércio entre os países-membros.

A declaração dos líderes reitera o apoio à reforma das cotas de poder no FMI e à ampliação do papel do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), presidido por Dilma Rousseff. O banco é apontado como plataforma estratégica para o financiamento em moeda local e para a oferta de garantias multilaterais em projetos de infraestrutura.

No campo da justiça fiscal, o Brics apoiou a criação de uma convenção tributária global sob a ONU e saudou a proposta brasileira de taxação dos super-ricos. “Três mil bilionários ganharam US$ 6,5 trilhões desde 2015”, apontou Lula ao defender justiça tributária.

Marta Fernández também destaca que a declaração final chamou atenção para a necessidade de redirecionar recursos militares para áreas como saúde, meio ambiente e combate às desigualdades. “O tema da desigualdade aparece com muita força, seja ao tratar das doenças socialmente determinadas, da segurança alimentar ou da exclusão digital. É uma tentativa de responder a problemas concretos, com foco nas populações vulnerabilizadas.”

Inteligência artificial e soberania digital entram na pauta do bloco

Os países também lançaram a Declaração sobre a Governança da Inteligência Artificial, com foco em regulação multilateral, soberania digital e combate à concentração de dados. Lula alertou que o desenvolvimento da IA não pode se tornar “instrumento de manipulação nas mãos de bilionários”, e defendeu que a ONU tenha papel central nas discussões sobre o tema.

A declaração propõe regras internacionais para garantir acesso equitativo às tecnologias e medidas de cibersegurança. O bloco também manifestou apoio à criação de instrumentos próprios de conectividade, como cabos submarinos entre os países-membros, para assegurar soberania no tráfego de dados.

Clima e saúde encerram a cúpula com foco na implementação
A agenda desta segunda-feira (7) terá como foco as mudanças climáticas, a saúde global e os mecanismos de financiamento para países em desenvolvimento. A expectativa é pela adoção de uma declaração conjunta sobre financiamento climático, articulada pelo Brasil, e pela criação de uma parceria voltada à eliminação de doenças socialmente determinadas.

*BdF


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Mundo

Israel escondeu o massacre que sofreu em ataques do Irã

O governo de Israel escondeu informações sobre os danos causados pelo Irã a instalações militares, usando para isso censura militar sobre jornalistas, inclusive correspondentes estrangeiros.

A denúncia foi feita pelo diário britânico Daily Telegraph, a partir de imagens de satélite obtidas pela Universidade de Oregon, nos Estados Unidos.

De acordo com a análise, seis mísseis iranianos penetraram o chamado Domo de Ferro e atingiram ao menos cinco instalações militares de Israel, as bases de Zipporit, Irtah, Glilot, Beit Nehemia e a base aérea de Tel Nof.

Oficialmente, o governo de Benjamin Netanyahu não confirmou nem desmentiu os ataques, sugerindo apenas que os danos não teriam sido significativos.

O sistema anti-mísseis de Israel, também conhecido como Cúpula de Ferro, era tido até recentemente como invulnerável.

Ao menos 36 outros mísseis iranianos não foram interceptados. De acordo com a análise publicada pelo diário britânico, no sétimo dia da Guerra dos 12 Dias o Irã obteve o maior sucesso, com uma taxa de penetração do Domo de Ferro de 16%.

Isso sugere que os iranianos adaptaram seu ataque, combinando drones e mísseis para saturar o sistema anti-mísseis de Israel.

Teerã teria começado a retaliação a Israel gastando seu estoque de mísseis antigos, para depois usar modelos mais sofisticados, como o míssel hipersônico Fattah-2.

18 mil km/hora
O Fattah-2, com alcance de 1.500 quilômetros, pode voar a até 18 mil quilômetros por hora.

Ele não faz uma trajetória balística, ou seja, não sai da atmosfera antes de despencar em solo.

Mísseis balísticos podem ser monitorados praticamente desde o seu lançamento, facilitando o trabalho da defesa anti-aérea.

O Fattah-2 faz trajetória horizontal e é manobrável.

O triplo sistema anti-mísseis de Israel pode interceptar mísseis de curto, médio e longo alcances. Faz isso de forma automática, depois que radares fixam a trajetória do míssil inimigo.

No caso do Fattah-2, no entanto, o míssil pode mudar de trajetória pouco antes de atingir o alvo.

De acordo com a análise do Daily Telegraph, o Irã acertou: sete mísseis na infraestrutura de produção de energia, inclusive a refinaria de Haifa; destruição parcial do Weizmann Institute, um dos centros de pesquisa mais importantes de Israel; danos ao Centro Médico da Universidade de Soroka; ataques em áreas densamente povoadas, que deixaram 15 mil pessoas sem teto, segundo a Forum.

Censura militar
Assim como Israel fez com o Hamas, em Gaza, desta feita foi o Irã que acusou Israel de esconder ativos militares entre a população civil. Não há como confirmar de forma independente tais acusações, usuais em tempos de propaganda de guerra.

O público em Israel continua desinformado sobre os danos causados pelo Irã à infraestrutura militar e de produção de energia do país.

Durante a Guerra dos 12 Dias, a censura militar imposta pelo governo de Benjamin Netanyahu ameaçou punir quem postasse nas redes sociais imagens de destruição em alvos militares ou considerados estratégicos em Israel. Isso também foi aplicado a jornalistas locais e correspondentes estrangeiros.

O governo de Israel guiou os repórteres até alvos supostamente civis, com o objetivo de destacar que o Irã estava fazendo uma retaliação indiscriminada.


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Política

A hora de enfrentar o eixo Motta-Globo-Lira-emendas

Luis Nassif*

A busca da modernidade não será tarefa fácil. Bastou levantar a bandeira para trazer de volta os piores vícios do sistema Globo

Duas manifestações graúdas das Organizações Globo não abrem margem a dúvida: ela colocou seus veículos a serviço de Eduardo Cunha, Arthur Lyra e de seu pupilo Hugo Motta.

É o que se depreende da decisão de colocar o Jornal Nacional a serviço de Motta, em uma reportagem ultrajante; e um editorial no jornal, criticando as críticas contra o Congresso.

Há questões que comportam dissidências, visões divergentes de opiniões. Jamais a defesa do Congresso Nacional, depois que se apossou do orçamento público montando uma verdadeira máquina de corrupção.

Não se tenha dúvida: se defende a apropriação do orçamento pelo Congresso, defende igualmente sua aplicação, através das emendas parlamentares. Ou seja, endossa e defende o mais pernicioso modelo de corrupção política já desenvolvido em muitas e muitas décadas.

Por outro lado, poucas vezes vi um Fernando Haddad tão disposto para a luta quanto agora. Ontem, na saída da sessão do NDB, ele me explicou o estado de espírito:

Meu pai me dizia que, quando alguém te ataca sem motivo, o primeiro passo para a reação é dar-lhe motivo.
E não poderia haver motivo civilizatório mais nobre. Pela primeira vez, na história, o PT assume a bandeira da justiça tributária como bandeira de luta.

De fato, nos governos Lula, jamais se arranhou a questão tributária. O aumento das cotações de commodities, especialmente no segundo governo, forneceu recursos à vontade, tanto para atender às políticas sociais, quanto para garantir os privilégios do andar de cima.

Agora, chegou a hora da verdade.

A busca da modernidade não será tarefa fácil. Bastou levantar a bandeira para trazer de volta os piores vícios do sistema Globo, para ressuscitar João Dória e para apresentar o moleque Hugo Motta como herói da raça.

Mas, pelo menos, começa a ser dado um mínimo de identidade econômica ao governo Lula.

O próximo passo será a disputa de narrativas sobre as medidas. O bordão, em favor dos super-ricos, e a acumulação de riqueza é o passo prévio para o aumento do investimento.

Não é o caso dos modelos de financeirização. Trata-se de um acúmulo estéril, que serve apenas para o chamado consumo conspícuo, para a internacionalização do capital e para manobras de arbitragem.

Há muito tempo, o país não exibia indicadores macroeconômicos tão favoráveis. E aí? Qual o espírito do pequeno, médio e grande empresários, com as limitações impostas pelos juros? Qual o estado de espírito da população sem um projeto de futuro, e sendo bombardeada diuturnamente pelo pessimismo militante da mídia? E com a estabilidade atual podendo ser atropelada por qualquer novo solavanco do dólar?

O início da reconstrução passa por um norte, um plano de metas ou o nome que se dê, que aponte o futuro. Será a única maneira de enfrentar essa inacreditável arco do atraso que volta a ser montado com o eixo Cunha-Motta-Globo-Centrão.

*Luis Nassif/GGN


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Brasil Mundo

Movimentos populares terão espaço inédito com líderes do BRICS; ‘Momento histórico’, diz Stedile, que representa o Brasil

Pela primeira vez na história do Brics, movimentos populares, organizados no Conselho Popular do BRICS, terão um espaço oficial para apresentar suas pautas diretamente a chefes de Estado do bloco. A iniciativa inédita acontece neste domingo (6), no Rio de Janeiro (RJ), durante plenária da cúpula promovida sob a presidência brasileira do grupo em 2025.

Representantes da sociedade civil terão três minutos para intervir diretamente diante dos presidentes dos países-membros. O brasileiro João Pedro Stedile, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), será o responsável por falar em nome do Conselho Popular do BRICS. Ele estará acompanhado de Raymond Matala, conselheiro pela África do Sul, e Victoria Panova, conselheira pela Rússia.

Além do conselho popular, a presidência brasileira também abriu espaço para a participação da Aliança Empresarial de Mulheres do Brics e do Conselho Empresarial do Brics, que igualmente terão três minutos cada para falas na plenária.

Participação social ganha força sob presidência brasileira
A abertura à participação social na cúpula é parte de um esforço da presidência brasileira do Brics em 2024 para ampliar o diálogo com setores da sociedade civil. Em abril, a presidência já havia promovido um encontro entre representantes populares e os chamados sherpas – diplomatas e negociadores de alto nível que atuam na formulação da agenda política do bloco. Agora, o gesto se repete de forma ainda mais visível, com a inserção das demandas populares diretamente na sessão com os chefes de Estado.

“O encontro é histórico porque consolida um método”, afirmou Stedile ao Brasil de Fato. “Todos estão de acordo que os problemas que os povos enfrentam, sobretudo no Sul Global, não serão resolvidos apenas por iniciativas governamentais. Ou a gente envolve o povo, ou não vamos superar a pobreza e a desigualdade.”

Entre os temas que devem ser levados aos presidentes estão a soberania alimentar, a industrialização dos países do Sul, a taxação de grandes fortunas, o controle dos paraísos fiscais, a desdolarização da economia mundial e o enfrentamento da crise climática por meio de propostas concretas como desmatamento zero e controle da mineração.

A seguir, confira a entrevista concedida por Stedile na véspera do encontro.

BdF: João Pedro, qual a importância do Conselho Popular do Brics? Fazer eventos paralelos com viés popular aos encontros de chefes de Estado está se tornando uma tradição. Foi assim na Cúpula da Amazônia, no G20…

Nós estamos aqui reunidos na primeira reunião, por isso que é histórico, aqui no Rio de Janeiro, do que é o Conselho Popular dos Brics.

Essa possibilidade foi confirmada como regra na última reunião dos presidentes, lá em Kazan. Por iniciativa da delegação russa, eles incluíram no documento essa proposta de que deveria ter um espaço formal constituído por representantes da sociedade civil – no que seria, então, um Conselho Popular dos Brics – que deveria se reunir também com esse mesmo espírito.

Então, aqui no Rio, é agora a primeira reunião que nós podemos realizar. E ela é histórica porque consolida um método. Porque todo mundo está de acordo que os problemas que os povos enfrentam, sobretudo no Sul Global, não serão resolvidos apenas por iniciativas governamentais.

Ou a gente envolve o povo, as organizações populares, as entidades da sociedade civil, ou dificilmente nós conseguiremos resolver os problemas que estão resumidos nos objetivos principais do BRICS como um todo, que são o combate à pobreza, o combate à desigualdade social e o desenvolvimento dos nossos povos.

Como vai ser esse espaço com os chefes de estado no domingo?

Bem, foi escolhido pelo conselho que fossem para a reunião dos presidentes o Brasil, a África do Sul e a Rússia. Acho que, de certa forma, é também uma deferência ao primeiro núcleo inicial dos BRICS.

E nós teremos oportunidade de falar, transmitir as opiniões do conselho aos presidentes, durante três minutos. Parece pouco, mas para defender ideias fundamentais já será suficiente. Lá nós vamos dizer a eles mais ou menos as ideias consolidadas no conselho, que estamos nos reunindo já há muito tempo de forma virtual, e aqui foi de forma presencial.

Primeiro, que nós nos somamos nessa ideia de que o objetivo principal do Brics é o combate à desigualdade social e à pobreza. Mas, para isso, nós temos que criar mecanismos de cooperação científica e tecnológica para industrializar os nossos países. Sem a industrialização, não é possível desenvolver.

Segundo, nós temos que desenvolver políticas de soberania alimentar para combater a fome. Não basta ficar distribuindo alimentos por aí. Cada país, cada povo, tem que ter as condições de produzir todos os alimentos que necessita.

E também diremos a eles que é importante seguir a luta pela desdolarização da economia mundial. Porque os Estados Unidos sempre usaram sua moeda – já que eles têm a maquininha de fazer moeda – como instrumento de exploração.

Eles emitem sem nenhum controle e vêm pelo Sul Global comprando o que quiserem. Então, é um mecanismo de concentração de renda, de espoliação dos nossos bens da natureza e de exploração do trabalho dos trabalhadores de todo o Sul Global.

Também vamos manifestar o nosso apoio à ideia de que tem que aumentar a taxação, tributar os milionários em todo o mundo.

Se houvesse a tributação sobre as 3 mil pessoas mais ricas do mundo, com apenas 2% sobre o seu patrimônio, sobre a sua riqueza, nós recolheríamos mais de 1 trilhão de dólares. Isso seria mais do que suficiente para eliminar a pobreza, eliminar a fome e desenvolver os países.

Nós defendemos o controle dos paraísos fiscais e do sistema financeiro mundial. Não é possível continuar com essa política de juros, como aqui no Brasil e em todo o mundo, que faz com que todo o trabalho das pessoas acabe sendo carregado num funil que vai para o capital financeiro. O grande espoliador do mundo hoje é o capital financeiro.

Vamos dizer que somos contra as guerras. Não é possível continuar essas agressões militares que têm como único objetivo manter o mercado das armas dos Estados Unidos e da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte].

E vamos terminar nossa manifestação dizendo que nós queremos que o conselho tenha uma vida perene, tenha uma formalidade, com secretaria, com recursos.

Pretendemos nos reunir no mês de outubro, na Bahia. Então, realizar uma conferência mais ampla, com 10, 15 delegados de cada país – de todos os países, dos 21 países – e outros que querem entrar, como a Venezuela, como a Colômbia e mesmo a Argentina. O Milei saiu do Brics, mas o povo argentino, não. Então, nós vamos trazer a Argentina também.

E, finalmente, nós vamos pedir apoio para eles. Só os Brics podem parar o genocídio na Palestina. Só os Brics podem ajudar o povo do Haiti, o povo do Sudão, o povo do Congo, o povo do Saara Ocidental, que são os povos que estão sofrendo mais agressões imperialistas nesse momento.

Diante da crise de representatividade dos mecanismos de governança do Norte Global, o Brics adquire ainda mais importância?

Nós estamos vivendo uma crise do capitalismo mundial. E isso trouxe como consequência a decadência do império dos Estados Unidos e a decadência daquele sistema de governança internacional que surgiu da Segunda Guerra Mundial.

Então, ninguém mais respeita a ONU [Organização das Nações Unidas], ninguém mais respeita o FMI [Fundo Monetário Internacional], ninguém mais respeita a FAO [Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura]. Nem sequer a agência de controle de armas atômicas, porque Israel tem a bomba atômica e não respeita.

Então, aquela arquitetura de governança mundial que existia no pós-guerra – que foi construída pelas forças que ganharam a guerra – agora está desmoralizada.

O Brics, apesar de ter muitas diferenças entre si, pode ser o espaço para se construir uma nova articulação baseada no Sul Global, que é o único que tem moral e condições políticas de fazer frente a essa crise geral que está aí.

É claro que os países entre si têm muitas diferenças, tanto pela economia, pela cultura, pela tradição diplomática deles. Mas eu acho que é mais do que necessário que se fortaleça o Brics como o único espaço hoje, que poderia ter um papel relevante para superar a crise e propor medidas concretas.

E sobre a crise climática? Vai ser mencionada?

O tema da crise ambiental, que é resultante da crise capitalista, é um grande tema. Nós vamos citar na intervenção. Porém, por ser tão grave e tão urgente, eu acho que nós teríamos que apelar para outras formas.

A COP 30 vai ser uma farsa. Lá vão se reunir os governos. Todas as COPs sempre foram controladas pelos poluidores, que são o Norte, Estados Unidos, a Europa, né? Eles não têm moral nenhuma de falar em meio ambiente. E estão pagando caro — vocês viram, nesse verão lá no Norte, está morrendo gente de calor, mas eles não se conscientizam.

E o Brics, eu acho que ainda não tem um acúmulo de entendimento. Por isso que eu acho que, como movimentos populares, nós teríamos que pensar e propor, quem sabe, outro tipo de iniciativa em nível internacional, que possa sensibilizar os governos, a opinião pública, sobre como fazer um grande mutirão internacional para tentar enfrentar essa crise ambiental.

Como MST, nós temos defendido, com outros movimentos aqui do Brasil, algumas iniciativas bem práticas e objetivas que podem fazer frente.

O primeiro é desmatamento zero. Você, imagine se nós estabelecêssemos no mundo que ninguém mais vai derrubar árvores. Já seria uma grande revolução.

Segundo, o reflorestamento. Temos que reflorestar. O Brasil tem 50 milhões de hectares degradados pela pecuária, pelo agronegócio, e mesmo nas cidades.

Em todas as cidades seria possível plantarmos muito mais árvores, sobretudo nas grandes cidades.

E, terceiro, tem que ter um controle da mineração. Não é possível mais aceitar esse tipo de agressão. A mineração é uma das que mais provocam agressões ambientais, né? Seja pelo garimpo, o mercúrio que é usado, seja pelas grandes mineradoras, as grandes empresas, como aqui no Brasil, a Vale.

Os principais crimes cometidos foram pela Vale, que não pagou nada. Continua, ninguém foi preso. Mataram 272 trabalhadores deles mesmos, e ninguém vai preso. Se alguém assalta aqui e rouba o celular de alguém, vai preso. Agora, matar 272 pessoas, ninguém vai preso.

Então, é preciso controlar as atividades da mineração. Se nós começássemos a difundir esse programa mínimo em todo o mundo — controle da mineração, desmatamento zero e reflorestar o nosso planeta — eu acho que já teríamos um alívio, para não chegarmos ao ponto de retorno zero.

*BdF


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Mundo

Vídeo – Brics: Lula critica insignificância da ONU no primeiro dia de cúpula

Começou nesta sexta (4), no Rio de Janeiro, a Cúpula do Brics 2025, reunião que reúne chefes de Estado, ministros, representantes de bancos centrais e empresários de 37 países, incluindo os 11 membros do bloco, dez países parceiros e convidados internacionais.

Sediado principalmente no Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, o encontro deve reunir cerca de 4 mil participantes até o próximo domingo (7).

Sob a presidência rotativa do Brasil, o Brics busca, nesta edição se consolidar como um polo alternativo de governança global, com destaque para a defesa do multilateralismo, o uso de moedas nacionais no comércio internacional e o lançamento de um fundo multilateral de garantias, o BMG (Brics Multilateral Guarantee).

Lula e governança global
Na manhã desta sexta-feira (4), durante a cerimônia de abertura da 10ª reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a atual ordem internacional.

Segundo ele, o multilateralismo vive seu pior momento desde a Segunda Guerra Mundial, e a ONU tornou-se irrelevante diante dos principais conflitos do planeta.

“O problema nosso não é nem econômico, é político. Há muito tempo eu não via o mundo carente de lideranças políticas como nós temos hoje. Há muito tempo, não via nossa ONU tão insignificante como ela está hoje”, afirmou o presidente.

ONU e o genocídio em Gaza
Lula também criticou diretamente a atuação do órgão diante do genocídio promovido pelo regime sionista de Israel contra palestinos em Gaza: “Uma ONU que criou o Estado de Israel e não tem capacidade de criar o Estado Palestino. Não é capaz de fazer um acordo de paz para que o genocídio do exército israelense continue matando mulheres e crianças inocentes em Gaza.”

A fala de Lula ocorreu logo após a presidente do NDB, Dilma Rousseff, afirmar que tarifas, sanções e restrições financeiras são utilizadas como “ferramenta de subordinação política”. Também participaram do evento o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e conselheiros do banco.

A reforma das instituições de governança global, como a própria ONU, o FMI e o Banco Mundial, é uma das principais prioridades da presidência brasileira à frente do BRICS neste ano. O tema deverá constar com destaque na declaração final da cúpula, marcada para os dias 6 e 7 de julho.

brics-presidente-lula-ex-presidenta-dilma-atual-presidenta-do-banco-do-brics-e-ministro-fernando-haddad-fazenda-durante-reuniao-anual-do-novo-banco-de-desenvolvimento-no-rio-de-janeiro-foto-ricardo-stucker-pr-tvt-news

*TVTNews


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Política

Lula sobre 2026: “Se tudo estiver como eu estou pensando esse país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes”

Reuters – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu nesta sexta-feira uma nova indicação de que vai tentar a reeleição, e mostrou confiança em ser eleito pela quarta vez para o cargo.

“Tem gente que pensa que o governo já acabou. Tem gente que já está pensando em eleição. Eles não sabem o que eu estou pensando”, disse Lula em cerimônia de anúncio de investimentos da Petrobras em refino e petroquímica, na cidade de Duque de Caxias (RJ).

“Então se preparem, se preparem, porque se tudo estiver como eu estou pensando esse país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes”, acrescentou.

Em um momento de atrito com o Legislativo por conta da alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), Lula também disse ser grato pela relação que tem com o Congresso.

Segundo ele, é bom quando existe divergência com o Congresso porque é possível conversar e resolver as diferenças.


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Política

Fogo amigo: Nikolas Ferreira manda indireta para Eduardo Bolsonaro

Deputado mineiro é criticado por bolsonaristas após participação em podcast nos EUA.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) entrou na mira de ataques de bolsonaristas após mandar uma clara indireta contra o ex-companheiro de Câmara, Eduardo Bolsonaro.

Durante participação em um podcast de extrema direita estadunidense, o PBD Podcast, o parlamentar mineiro afirmou que não deseja uma intervenção dos EUA no Brasil em favor de Bolsonaro.

“Como eu estava dizendo, eu não quero que [os EUA] interfiram em nada, nem na direita, nem na esquerda”, disse Nikolas Ferreira.

A fala dele ocorre no mesmo momento em que Eduardo Bolsonaro está atuando nos EUA para tentar sancionar Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras.

O foco do filho de Bolsonaro tem sido atuar como lobista junto a Paulo Figueiredo, outro porta-voz da extrema direita, para tentar fortalecer a influência de Donald Trump no Brasil.

O recado no podcast foi visto como uma indireta para Eduardo. O parlamentar mineiro é uma das figuras mais fortes do bolsonarismo nas redes. Apesar de, em sua fala, dizer que o objetivo de seu grupo político é colocar a população nas ruas, Nikolas não fez convocações ou repercutiu o ato bolsonarista feito na Avenida Paulista em 29 de junho, último domingo.

“Ele quer ser protagonista”, disse um usuário no X comentando a indireta de Nikolas. “Esse cara foi fisgado pela esquerda. É um traíra. Farei campanha contra esse cara em Minas”, afirmou outra conta no Twitter. “Tucaninho que faz crossfit”, zombou outro, diz a Forum.


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Política

Proposta de Alcolumbre para limitar ações no STF é estranha e inconstitucional, dizem juristas

Análise de especialistas aponta risco à democracia e sufocamento das minorias com iniciativa do Senado.

Juristas analisaram a proposta do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, de limitar quem pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisões do Congresso e concluíram que a medida afronta a Constituição e ameaça a representação das minorias.

Walber Agra, jurista responsável pela ação que tornou Jair Bolsonaro inelegível, classificou a ideia como “inusitada” e “possivelmente eivada de várias inconstitucionalidades”. Ele ponderou: “a única forma que possibilitaria algum tipo de discussão seria restringir àqueles partidos que tenham ultrapassado a cláusula de barreira. E, mesmo assim, essa medida necessita de bastante reflexão”.

Marco Aurélio de Carvalho, membro do Grupo Prerrogativas e fundador da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), foi contundente: “mais uma tentativa clara de sufocar as minorias, o que é muito grave, o que mostra, na verdade, uma guinada autoritária na gestão dele que nenhum de nós esperava”.

Para ele, a medida não evitará a judicialização, mas apenas “cerceará o direito legítimo, sobretudo das minorias representadas por parlamentares no Congresso Nacional, de questionar atos, enfim, que eventualmente a maioria acha conveniente implementar, mas que possam, de alguma forma, apresentar vícios que precisam ser melhor examinados pelo Supremo”.

Carvalho também alertou: “você não pode, na verdade, impor o regime de maioria. Você tem mecanismos do parlamento que garantem, enfim, a representação parlamentar das minorias e a voz dessas minorias. O mandato por si só não é suficiente para manter”. Ele concluiu: “à primeira vista nos parece irregular, é uma forma de sufocar a voz das minorias. Esse projeto precisa ser melhor analisado e parece, enfim, absolutamente equivocado, inconveniente e inoportuno”.

Proposta de Alcolumbre

A proposta surgiu após o PSOL recorrer ao STF para tentar anular a decisão do Congresso que derrubou um decreto do governo Lula sobre o IOF. Alcolumbre quer aumentar o número mínimo de cadeiras exigido para que partidos possam entrar com ações no Supremo, mirando legendas menores que vêm recorrendo ao Judiciário para contestar medidas legislativas.

*Cleber Lourenço/ICL


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