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Economia

Avaliação do Brasil em agência de risco cresce pela primeira vez desde 2019

O S&P Global Ratings anunciou melhora na perspectiva da nota do Brasil pela primeira vez desde 2019, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, 14, feito celebrado no Ministério da Fazenda. A perspectiva futura, segundo a agência de riscos, foi motivada pelos resultados do crescimento do PIB e a organização das políticas fiscais e monetárias. Destacou ainda as expectativas de pragmatismo na política.

“Revisamos nossa perspectiva para o Brasil de estável para positiva e reafirmamos nossos ratings de crédito soberano ‘BB-/B’”, diz o relatório. “Nossa visão positiva baseia-se na perspectiva de que melhoras contínuas para enfrentar a rigidez econômica e fiscal podem reforçar nossa visão de resiliência da estrutyra institucional do Brasil”.

O mercado financeiro viveu mais um dia de alta nesta quarta-feria (13). O Ibovespa fechou com alta de 1,5%, aos 118,5 mil pontos, puxado pelos ganhos de Petrobras (PETR4), com +3,7%; e Vale (VALE3), +1,4%. Já o dólar comercial estava operando em baixa de 0,95%, cotado a R$ 4,81.

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Política

Emirados Árabes assinam acordo para ampliar investimento em energias verdes no Brasil

O Ministério de Minas e Energia o Ministério de Energia e Infraestrutura dos Emirados Árabes Unidos assinaram acordo nesta terça-feira para que o país árabe amplie investimentos em energia renovável no Brasil, segundo O Globo.

O fundo Mubadala Capital, do país árabe, já planeja investir R$ 12 bilhões (US$ 2,4 bilhões) para construir uma fábrica de diesel verde e querosene de aviação sustentável na Bahia.

O novo acordo, assinado pelo ministro Alexandre Silveira, prevê colaboração no desenvolvimento e investimentos conjuntos em projetos de energias renováveis, com foco em energia solar e eólica, bem como tecnologias secundárias, incluindo armazenamento de baterias, hidroeletricidade e recuperação de energia de resíduos.

Também faz parte do acordo a possibilidade de explorar a produção de hidrogênio verde e de baixo carbono. Esse combustível tem sido considerado uma nova fronteira para energia e o Brasil é visto como ator importante por conta dos parques eólicos.

Para fazer hidrogênio verde, é necessária uma outra fonte de energia, geralmente a eólica. Esse combustível pode ser armazenado e levado para outros países.

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Justiça

Cassação de Dallagnol e investigação do CNJ: um péssimo mês para as estrelas da Lava Jato

Brasil de Fato – Grupo que chegou a prender Lula soma derrotas na Justiça e na política em meio a denúncias de irregularidades.

Nesta sexta-feira (16), completa-se exatamente um mês desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por unanimidade, cassar o mandato de deputado federal de Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-coordenador da força tarefa da operação Lava Jato. Desde então, a operação sofreu outros revezes e, hoje, inclusive, é alvo de uma espécie de investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Dallagnol foi cassado pois, segundo o TSE, teria pedido demissão do Ministério Público Federal (MPF) para fugir de uma punição administrativa do órgão. Ele era alvo de 15 processos disciplinares, os quais poderiam lhe tornar inelegíveis. Ao sair do MPF, esses procedimentos foram paralisados. Ele, então, se candidatou e acabou eleito.

Dallagnol não concordou com sua cassação e com a visão do TSE sobre o seu caso. Prometeu lutar pelo seu mandato. Até agora, porém, não conseguiu retomá-lo.

O ex-procurador chegou a fugir de notificações da Câmara dos Deputados para ganhar tempo e tentar uma articulação política para que a Casa contrariasse a decisão do tribunal. Ele disse que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), lhe “fechou as portas”. No último dia 6, a Câmara encerrou procedimentos burocráticos e confirmou a perda do mandato de Dallagnol.

Dois dias antes, no dia 4, o ex-procurador ainda tentou convocar apoiadores para atos em sua defesa em São Paulo e Curitiba. Os atos foram esvaziados e não surtiram efeito.

Correição do CNJ

Enquanto Dallagnol tentava defender seu mandato, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidia realizar uma correição extraordinária na 13ª Vara Criminal de Curitiba e na oitava turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), onde tramitam os processos da Lava Jato.

Uma correição é uma espécie de investigação ou auditoria. Ela foi iniciada no último dia 31, por determinação do corregedor-geral de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, para verificar supostas irregularidades dos serviços jurídicos e auxiliares da vara.

Segundo portaria assinada por Salomão, existem hoje “diversas Reclamações Disciplinares em face dos Juízes e Desembargadores” das instâncias judiciais da Lava Jato.

A correição deve verificar a situação de cerca de R$ 3 bilhões em depósitos judiciais feitos por envolvidos na Lava Jato. Também pediu acesso a conversas entre membros da operação obtidas na operação Spoofing, da Polícia Federal, contra hackers que invadiram o telefone de Dallagnol.

A correição extraordinária acontece após o afastamento cautelar do juiz Eduardo Appio de suas funções na 13ª Vara de Curitiba. Desde fevereiro, quando assumiu os processos da Lava Jato, Appio mostrou-se disposto a ouvir investigados pela Lava Jato que sempre reclamaram estarem sendo vítimas de perseguição ou de abusos da operação. Convocou a prestar depoimento, por exemplo, o advogado Rodrigo Tacla Duran, que diz ter sido extorquido pela operação.

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Justiça

Áudios inéditos: Robinho disse que daria soco na cara de vítima de estupro

Esta reportagem é imprópria para pessoas com menos de 18 anos, reproduz termos chulos e depreciativos usados em um contexto de violência sexual contra a mulher e pode servir como gatilho.

Robinho levantou a voz na noite de 24 de abril de 2014, uma quinta-feira. Ele estava no carro com o amigo Ricardo Falco, em Milão, discutindo sobre como responderiam à acusação de estupro que pesava contra eles.

A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo?’

Os dois não sabiam, mas o carro havia sido grampeado pela polícia. As palavras de Robinho saíram daquelas escutas e foram direto para a denúncia que o Ministério Público italiano movia contra o jogador e cinco amigos dele.

A gravação está em um conjunto de arquivos ao qual o UOL teve acesso com exclusividade por meio da Justiça italiana.

São mais de dez horas de escutas que se tornaram as principais provas no processo que culminou na condenação de Robinho e Falco a nove anos de prisão por estupro coletivo.

A sentença, que confirmou a versão da vítima, passou pelas três instâncias nos tribunais da Itália, a última delas em 19 de janeiro de 2022. Não cabe mais recurso.

É a primeira vez que um veículo de imprensa tem acesso à íntegra dos áudios, cedidos ao UOL com autorização judicial. Eles deram origem à quarta temporada do podcast UOL Esporte Histórias – Os Grampos de Robinho, série lançada hoje que contará em seis episódios a história da investigação italiana a partir dos grampos inéditos. Você pode ouvir o primeiro episódio no alto desta página.

Uma mulher albanesa acusou Robinho, Ricardo Falco, Fabio Cassis Galan, Clayton Florêncio dos Santos, Alexsandro da Silva e Rudney Gomes da Silva de a terem estuprado na madrugada de 22 de janeiro de 2013 na boate Sio Cafe, onde ela comemorava seu aniversário de 23 anos.

Na época, Robinho jogava pelo Milan e negou envolvimento no caso.

Os grampos entraram em ação em janeiro de 2014, um ano após o crime, e foram encerrados em abril do mesmo ano, após a conversa de Robinho e Falco relatada acima.

Aparecem nas gravações outros acusados e testemunhas que estavam na boate de Milão. As gravações mostram como os seis brasileiros envolvidos no caso mudaram suas versões ao longo de meses.

Depois de afirmar que daria um soco na jovem albanesa, Robinho, conhecido entre amigos como “Neguinho”, admite na gravação ter mantido relações sexuais com ela. Ele negava isso desde o começo das investigações.

Vamos chutar errado: ‘Ah, deu alguma coisa, descobriram que o Ricardo participou, que o Neguinho comeu a mina.’ ‘É, eu comi, pô! Porque ela quis. Aonde eu forcei a mina? Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá’Robinho

Essa afirmação, gravada com autorização judicial, contradiz também o que o próprio Robinho disse ao UOL em 2020. Em entrevista gravada ao lado de advogados, o jogador afirmou que não fez sexo com penetração com a mulher que encontrou na boate de Milão e que todo o contato foi consensual.

Robinho e Falco foram condenados por estupro de grupo porque a Justiça considerou que a vítima estava inconsciente no momento do ato sexual. Ou seja, ela não tinha condições de consentir ou de se defender dos brasileiros.

Nas gravações obtidas pelo UOL, Robinho confirma o estado de inconsciência dela.

Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou Robinho

https://twitter.com/felipeneto/status/1669010345531146245?s=20

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Política

Relator da ONU pede ao STF e Senado que rejeitem Marco Temporal

Ameaças aos direitos indígenas

Calí Tzay ressalta que a aplicação da tese do marco temporal pode obstruir o processo de demarcação de terras indígenas e expor esses povos a conflitos, contaminação relacionada à mineração, escalada de violência e ameaças aos seus direitos sociais e culturais. Ele alerta que, “se a tese do marco temporal for aprovada, todas as terras indígenas, independentemente de seu status e região, serão avaliadas de acordo com a tese, colocando todas as 1393 Terras Indígenas sob ameaça direta”.

Julgamento suspenso

O STF retomou na última semana o julgamento do marco temporal, após dois anos de hiato desde a última análise feita pela Corte. Até o momento, dois ministros votaram contra a tese do marco temporal, são eles Alexandre de Moraes e Edson Fachin, enquanto um votou a favor, Nunes Marques. O ministro André Mendonça pediu o adiamento de até 90 dias para concluir o voto.

De acordo com o relator, o marco temporal pode afetar mais de 300 processos de demarcação de terras indígenas no país. Ele apontou ainda que a limitação é “contrária aos padrões internacionais”.

“A doutrina do Marco Temporal tem sido usada para anular processos administrativos de demarcação de terras indígenas, como no caso da Comunidade Guayaroka dos povos indígenas Guarani Kaiowá”, alertou.

História antiga

A tese do marco temporal não é uma novidade quando se trata de comunidades tradicionais. Em 2018, o STF rejeitou a existência do marco temporal em relação aos territórios quilombolas. Na ocasião, o corte considerou o decreto presidencial que regulamentava a titulação das terras ocupadas por remanescentes de pessoas escravizadas, sem a necessidade de utilizar como base de dados a Constituição de 1988.

Entretanto, o entendimento sobre o marco temporal para terras quilombolas não foi seguido por outros ministros. Na decisão, ficou estabelecido que além das comunidades que já estavam no local na data da Constituição de 1988, também têm direito àqueles que foram forçadamente desapossadas e vítimas de esbulho renitente, desde que a relação com a terra tenha sido preservada.

Diante das preocupações levantadas pelo relator da ONU e a atenção que o tema vem recebendo, o julgamento sobre o marco temporal das terras indígenas no STF ganha ainda mais conversão, pois pode impactar diretamente os direitos e a proteção das comunidades indígenas no Brasil.

* Vermelho

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Política

homem da mala fez entrega em endereço usado por braço-direito de Lira

PF fez busca no endereço, em Maceió. Sala abrigou diretório do União Brasil, até hoje comandado pelo assessor do presidente da Câmara.

Naquela tarde, a Polícia Federal (PF) perdeu de vista o homem da mala. Pedro Salomão já tinha sacado R$ 115 mil em dinheiro, circulado com uma bolsa marrom “rechonchuda” e dirigido um carro usado na campanha do presidente da Câmara, Arthur Lira, quando entrou no edifício Delman, no bairro da Pajuçara, em Maceió, capital de Alagoas. Após o suspeito passar pela catraca, os investigadores fizeram o último registro possível: ele foi ao sétimo andar.

Nem as imagens do circuito de segurança esclareceram em detalhes a visita do dia 26 de janeiro deste ano. “Ainda não foi possível identificar especificamente qual sala Pedro teria acessado”, registra o documento em que a PF fez os pedidos de prisão da Operação Hefesto, deflagrada no último dia 1º de junho para apurar desvios no Ministério da Educação (MEC).

Mas o Metrópoles descobriu que uma empresa do assessor de Lira ocupa uma sala no derradeiro ponto observado a partir das câmeras de segurança do prédio. Embora não haja menção nos documentos da investigação que vieram a público até agora, a PF chegou a fazer buscas no local, atrás de evidências do que pode ter sido a primeira entrega de dinheiro em um endereço ligado diretamente a Luciano Cavalcante, braço-direito de Arthur Lira.

Sede do União Brasil
A sala 716 da Rua Sampaio Marques, 25, aliás, também já foi a sede do União Brasil, segundo registros da campanha de 2022 enviados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O partido, àquela altura, tinha o próprio Luciano Cavalcante como presidente — ele segue até hoje à frente do diretório alagoano, controlado por Lira.

Após a saída do homem da mala do prédio comercial, policiais recuperaram as imagens do circuito de segurança e delimitaram a parte do sétimo andar por onde ele circulou (veja na foto em destaque). Com base nessa análise, requisitaram ao condomínio a lista de proprietários das salas. Restaram seis sob suspeita. Mesmo assim, o pedido de prisão enviado à Justiça destaca que “não foi encontrado qualquer possível vínculo entre os investigados e os inquilinos/proprietários”.

Conversando com outros frequentadores do prédio, no entanto, o Metrópoles apurou que, apesar da suposta dúvida sobre o destino do homem da mala ao visitar o prédio, os policiais tinham, sim, uma aposta. Tanto que chegaram a cumprir um mandado de busca e apreensão especificamente na sala 716, relacionada a Luiz de Albuquerque Medeiros Neto. Medeiros Neto, o dono da sala, confirmou que o endereço foi alvo da ação, mas disse que o espaço está “alugado há anos”. Ele se negou a revelar quem é o inquilino.

Bastaram alguns contatos com outras pessoas que circulam diariamente pelo edifício para descobrir que a sala é ocupada atualmente pela LDL Serviços e Consultoria Ltda, empresa aberta em março deste ano que tem Luciano Cavalcante, o homem de confiança de Arthur Lira, entre seus três sócios. Nos registros da Receita Federal, a LDL declara funcionar na sala.

Embora a empresa tenha sido aberta apenas em 2023, a conexão de Luciano com a sala é mais antiga: no ano passado, o endereço já era usado como sede do diretório de Alagoas do União Brasil, presidido por ele.

Entrega expressa
O pedido de prisão feito pela PF destaca que, no dia 26 de janeiro deste ano, Pedro Salomão, o homem da mala que entregava dinheiro aos suspeitos de se beneficiaram com a venda superfaturada de kits de robótica para escolas públicas, “passou pouquíssimo tempo no local”. Os investigadores registram que, na saída de Luciano, a bolsa marrom estava “com dimensões consideravelmente menores do que na entrada, o que indica que ela “teria sido esvaziada em alguma das salas do sétimo andar”.

Naquele mesmo dia, também segundo a PF, o homem da mala havia visitado duas agências bancárias. Documentos de inteligência apontam que, no total, ele sacou R$ 115 mil. Também nessa etapa do monitoramento, os policiais analisaram o volume da bolsa. Antes dos saques, escreveram, ela “aparentava inicialmente estar vazia”. Depois, “estava rechonchuda, bastante volumosa, aparentando possuir vultosa quantia em dinheiro”. Na sequência, ele se dirigiu para o andar da sala do assessor de Lira.

Até agora era sabido apenas que Pedro havia feito uma suposta entrega de dinheiro para o motorista de Luciano Cavalcante, o assessor de Lira, em Brasília. E que, após o encontro, o motorista seguiu para um apartamento ocupado por Cavalcante. Os investigadores haviam mapeado, ainda, que em Maceió o homem da mala esteve na casa do assessor do presidente da Câmara — nesse episódio, porém, pelo menos pelo que se sabe até agora, não há evidência clara de que houve entrega de dinheiro como a que surge agora, com a visita ao escritório.

Em nota, o advogado André Callegari, responsável por defender Luciano Cavalcante, disse que na data da suposta entrega seu cliente “estava em Brasília”. Procurado, Arthur Lira preferiu não se manifestar.

*Exclusivo Metrópoles

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Justiça

No TRE-PR, as produções de provas contra Moro

Nos processos movidos pelo PL e pelo PT no TRE-PR para tentar cassar o mandato de Sergio Moro, o desembargador Mario Jorge deferiu um ponto-chave do pedido dos partidos: a produção de provas documental e testemunhal, segundo Lauro Jardim, O Globo.

O relator determinou que o Podemos e o União Brasil forneçam todos os documentos e informações sobre a passagem de Moro por essas duas legendas. Agora, elas têm dez dias para juntar aos autos todos os contratos, notas fiscais, comprovantes de realização de serviços entre outros documentos referentes aos períodos de pré-campanha e de campanha.

Trata-se de um ponto-chave para demonstrar que houve gastos em campanha acima do permitido em lei (o que configuraria abuso do poder econômico) e contratações indevidas de empresas de amigos para o recebimento de recursos públicos sem a devida contraprestação de serviços.

Nada disso, porém, altera a tendência do julgamento na corte paranaense. Apesar de Lula ter nomeado um novo desembargador no mês passado, quem conhece os humores dos magistrados de lá, apostam numa que Moro sairá ileso dessa tentativa de lhe cassar o mandato.

O problema de Moro é outro. Atende pelo nome de TSE. É lá que será julgado o recurso que certamente será impetrado. E no TSE, o humor dos ministros é bem diferente.

De qualquer forma, nada acontecerá agora. A previsão é que essa ação só seja julgada pelo TSE no primeiro semestre de 2024.

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Política

Lula não planeja entregar Embratur e Correios ao apetite do Centrão

O Palácio Planalto não discute no momento fazer trocas na Embratur e nos Correios para atender a cobiça de partidos do Centrão, afirmam integrantes do governo federal.

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sinalizou ao presidente da empresa da área de turismo, Marcelo Freixo, que o seu posto não será negociado com o União Brasil. Há possibilidade, no entanto, de gerências da Embratur serem cedidas à legenda.

Líderes do partido do Centrão não se contentam apenas com a saída de Daniela Carneiro do Turismo para entregar apoio ao governo no Congresso. Há uma reivindicação de porteira fechada dos ministérios das Comunicações e do Turismo para terem os comandos dos Correios e da Embratur.

Auxiliares de Lula ouvidos pelo Globo garantem que não existe possibilidade de o governo promover essas mudanças para contemplar a legenda. No caso de Freixo, há consideração por ele ter migrado recentemente do PSB para o PT. O ex-deputado é um dos principais aliados de Lula no Rio. Já Fabiano Silva, presidente dos Correios, é ligado ao PT e integrava a coordenação do Prerrogativas, grupo de juristas que foi crítico à Lava-Jato.

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Opinião

Lula ensina a enfezados arrogantes como se negocia com altivez, sem bravata

Reinaldo Azevedo*

Luiz Inácio Lula da Silva falou tudo o que quis a Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e, à diferença do que reza o ditado, também ouviu o que queria ouvir. Durante evento no Palácio do Planalto, nesta segunda, Lula afirmou o que o país NÃO FARÁ como precondição para fechar o acordo Mercosul-União Europeia. Agiu bem. Isso NÃO azedou a relação. Quando pessoas altivas e educadas conversam, é possível ao menos buscar o caminho do entendimento.

Já volto ao discurso de Lula. Mas quero destacar o que anunciou von der Leyen em evento posterior com empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria, em Brasília. A representante do bloco europeu anunciou a doação de R$ 100 milhões ao Fundo Amazônia. E o dinheiro veio junto com uma declaração sobre o acordo entre os dois blocos:
“Agora finalmente estamos próximos da linha de chegada, acho que é o momento de cruzar a linha de chegada. O presidente Lula e eu nos comprometemos em concluir o acordo o quanto antes, mais tardar até o fim do ano. Esse acordo traz benefícios, dará às empresas oportunidades de expansão”.

Se e quando efetivado, será o maior acordo comercial do mundo, envolvendo 32 países, 780 milhões de pessoas e um PIB de R$ 20 trilhões.

Mas nem tudo vinha sendo, ou é, assim tão tranquilo. E daí a importância das negociações empreendidas por Lula. Em razão das delinquências ambientais praticadas na gestão de Jair Bolsonaro, a União Europeia fez, de forma unilateral, um adendo ao que já tinha sido pactuado, transformando, por exemplo, a adesão espontânea do Brasil a algumas metas — como o desmatamento zero em 2030 — em cláusulas impositivas. Lula não escondeu seu desagrado. No evento no Planalto, afirmou:
“Expus à presidente Von Der Leyen as preocupações do Brasil com o instrumento adicional ao acordo apresentado pela União Europeia em março deste ano, que amplia as obrigações do Brasil e as torna objeto de sanções em caso de descumprimento. A premissa que deve existir entre parceiros estratégicos é a da confiança mútua e não de desconfiança e sanções. Em paralelo, a União Europeia aprovou leis próprias, com efeitos extraterritoriais e que modificam o equilíbrio do acordo. Essas iniciativas representam restrições potenciais às exportações agrícolas e industriais do Brasil. Reiterei o desejo do meu governo de construir uma agenda bilateral positiva. Com cooperação ativa, podemos abrir horizontes benéficos em diversas áreas. O caminho deve ser a formação de parcerias para o desenvolvimento sustentável.”

O agro deveria ser particularmente grato ao presidente. Está tentando consertar o que Bolsonaro estragou com a conversa sobre “deixar passar a boiada” e com o deliberado desmonte da área ambiental no Brasil. Mas não é só isso. Lula disse ainda que o acordo não pode impedi-lo de fazer o que fazem americanos e europeus: cuidar do seu próprio jardim — isto é, de suas próprias empresas. O entendimento não significa transformar o Brasil em mero fornecedor de commodities e de mercado consumidor aos ricos. Assim, afirmou o presidente:
“A Europa e os EUA voltaram a reconhecer, após ciclos de liberalismo exagerado, a importância da ação do Estado em políticas industriais. Programas bilionários de subsídios foram adotados nos países desenvolvidos em favor da reindustrialização. O Brasil, que sofreu um grave processo de desindustrialização, tem ambições similares. Por isso, o Brasil manterá o poder de conduzir as políticas de fomento industrial por meio do instrumento das compras públicas. Unir capacidades em matéria de pesquisa, conhecimento e inovação é igualmente decisivo como resposta ao desafio de gerar empregos e distribuir renda. Queremos estabelecer uma efetiva Parceria Digital com a União Europeia, na área de tecnologias da informação, regulação do espaço digital, 5G e semicondutores.”

Os liberaloides brasileiros, que liberais não são, mas reacionários que rejeitam o espelho, ficam arrepiados quando ouvem coisas assim porque dizem que isso representa um pacto com a ineficiência. Só não saberiam explicar por que as nações ricas protegem — e com pesados investimentos públicos — a sua própria indústria.

Há, como lembra Lula, um vasto campo para trocas justas. Mas a reivindicação da União Europeia de que as compras governamentais entrem no acordo sem nenhuma forma de proteção não é algo negociável. Sob pena de a já combalida indústria brasileira ir para o buraco. Essa seria a situação, então, em que se faria um acordo contra a economia nacional, tendente a exportar empregos do país mais pobre para os mais ricos.

E, ainda assim, von der Leyen anunciou os recursos para o Fundo Amazônia e afirmou que acredita que o entendimento chegue a bom termo até o fim do ano. É bom que se perceba a diferença entre a bravata, que reivindicava ao mundo o suposto direito de desmatar porque, “afinal, a Amazônia é nossa”, e a altivez de quem se recusa a negociar com a faca no pescoço. Até porque nem europeus nem brasileiros ignoram que parte das imposições da União Europeia, adendadas ao acordo, são apenas o velho protecionismo se vestindo de cláusula verde. Isso ganhou até um apelido mundo afora: “greenwashing” entre Estados nacionais. Simula-se uma razão ambiental para o que é interesse comercial. É legítimo que governos busquem o melhor para seus países. Cumpre não ser o bobalhão da turma. E há duas maneiras principais de sê-lo: 1) aceitar todas as imposições; 2) roncar valentia, dizendo um “aqui ninguém mete o bedelho”, tornando-se pária no mundo. Nos dois casos, quem perde?

AS GUERRAS
Lula, e nem poderia ser diferente, também se referiu à guerra entre Rússia e Ucrânia:
“A volta da guerra ao coração da Europa reflete a complexidade dos desafios dos tempos em que vivemos. Lembrei à presidente Von Der Leyen que o Brasil votou a favor de resoluções na ONU que condenaram a invasão da Ucrânia pela Rússia. Reiterei nosso empenho em busca da paz, evitando a escalada da guerra e do uso da força e seus riscos incalculáveis. Não há solução militar para esse conflito. Precisamos de mais diplomacia e menos intervenções armadas na Ucrânia, na Palestina, no Iêmen. Os horrores da guerra e o sofrimento que ela provoca não podem ser tratados de forma seletiva. Os princípios basilares do Direito Internacional valem pra todos.”

Obviamente não há saída militar para aquela guerra, que provoca um estrago na economia mundial. E o líder brasileiro pode e deve dizê-lo. E também lhe cumpre lembrar que não se pode ser seletivo quando se trata de condenar os que promovem conflitos. Citou o caso do Iêmen. Eis aí a mais cruel e nefasta das guerras em curso, mas que se trava sob o silêncio cúmplice dos Estados Unidos e da Europa. Afinal, a Arábia Saudita, o país agressor, é considerado um “aliado estratégico” do Ocidente. Um massacre está em curso, inclusive de crianças. Lula não tem de dedicar o seu tempo a combater todas as guerras do mundo. Mas acerta ao não querer fazer parte da solução armada no conflito Ucrânia-Rússia, que solução não é.

Lula, reitero, falou o que quis e também ouviu o que quis. A conclusão do acordo Mercosul-União Europeia, que von der Leyen diz estar próximo, tem de atender também às necessidades do Brasil e da sua população.

Uma pergunta óbvia, de resposta idem, daí que ela seja aqui meramente retórica, mas convidando, ainda assim, os empresários brasileiros, inclusive os do agro, a pensar: em algum momento do governo Bolsonaro vocês encontraram um chefe de Estado disposto a advogar em favor dos respectivos setores que vocês integram com tanta clareza, objetividade e civilidade?

Era esse “esquerdista terrível” que parte da Dona Zelite brasileira tanto temia? Essa gente ficou com saudade do bronco e de seus anacolutos com a motosserra na mão?

ENCERRO
Li por esses dias um artigo em que uma enfezada, tomada de ares e tom professorais, dizia que Lula nada entende do mundo moderno; que está fixado no passado; que suas postulações no caso do acordo Mercosul-União Europeia eram impróprias etc. Não é o que pensa von der Leyen.

Se o entendimento vai mesmo sair, bem…, deixo a bola de cristal para os que são viciados em erro. O que me parece inequívoco é que Lula fez o que lhe cabia em defesa do país, do agro, das empresas brasileiras e dos empregos. A irrelevância agressiva fica a cada dia mais ridícula. Até “Uzmercáduz” já estão percebendo…

*Uol

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Justiça

CPMI dos atos golpistas quebra sigilo dos telefones de Bolsonaro e Anderson Torres

Parlamentares que integram a CPI mista dos atos golpistas de 8 de janeiro aprovaram a quebra do sigilo do celular de Jair Bolsonaro, seu ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros dois assessores. As informações são do jornal O Globo.

A comissão também decidiu que convocará personagens centrais para investigar os ataques terroristas às sedes dos Três Poderes, incluindo Torres e Cid. As convocações dos generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno, ex-ministros de Bolsonaro, também foram aprovadas. Além disso, os deputados e senadores aprovaram solicitações para convocar o terrorista bolsonarista George Washington de Oliveira, que foi preso após uma tentativa de atentado com tanques de combustível próximo ao aeroporto internacional de Brasília, em dezembro.

No entanto, outros personagens tiveram seus requerimentos rejeitados. O general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e o ex-diretor adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, que estava no comando da agência em 8 de janeiro, não serão convocados. A oposição pretendia chamá-los para emplacar a tese fantasiosa de que o governo Lula se omitiu.

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