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Opinião

Para Bolsonaro, inelegibilidade pelo TSE é lucro diante do Risco Papuda

Bolsonaro não gosta da ideia de ser proibido de disputar eleições por oito anos, mas tem um profundo pavor de ir para o xilindró. Tanto que veio a público um rosário de vezes expressar seu temor pela cadeia, enquanto pouco falou sobre a inelegibilidade.

Prestes a ser condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral por fazer uma micareta golpista no Palácio do Alvorada a fim de contar mentiras sobre a urna eletrônica para embaixadores estrangeiros usando dinheiro público, ele só pensa no Risco Papuda.

As investigações da Polícia Federal em meio ao inquérito sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro, que estão sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, vêm se aproximando do ex-presidente. Praticamente, a cada semana o Brasil fica sabendo que algum assessor próximo ou aliados ilustre estava envolvido na construção de um plano para enterrar o governo Lula.

Para usar um termo militar, Jair que fez “aproximações sucessivas” contra a democracia em seu mandato, agora vê a PF e Moraes realizar “aproximações sucessivas” sobre seus planos. A última foi a revelação do roteiro golpista no celular de seu faz-tudo, Mauro Cid.

Tanto que a nova moda no Bolsoverso, o universo paralelo do bolsonarismo-raiz, é afirmar que Jair impediu um golpe porque não deu trela aos pedidos à sua volta. Como se não fosse ele quem fomentou tudo isso ao longo de anos, como podemos ver por lives, discursos e postagens. E, agora, por conversas que habitavam os porões do WhatsApp de seus amigos de alta patente militar.

Ele tentou sim, sendo corresponsável pelos bloqueios da Polícia Rodoviária Federal para impedir eleitores de Lula no segundo turno, pelo espalhamento de acampamentos golpistas, pelo uso das Forcas Armadas para colocar em dúvida o sistema de votação, pelo 8 de janeiro. Só não houve tanque na rua enquanto era presidente porque não teve o apoio da maioria do Alto Comando do Exército.

A percepção de que o círculo está se fechando causa engulhos em um Jair que nunca escondeu o medo. Nisso, convenhamos, ele é bastante transparente. Salve a força do inconsciente!

Ao dar uma entrevista ao jornal Wall Street Journal, em fevereiro, disse que “uma ordem de prisão pode vir do nada” quando ele voltasse ao Brasil do seu autoexílio nas cercanias da Disney.

Esse mesmo temor se manifestou repetidas vezes na comparação que fez entre si e outra líder sul-americana: a ex-presidente da Bolívia, Jeanine Añez, condenada por um golpe de Estado em junho do ano passado. Ela estava presa há 15 meses e sendo julgada junto com ex-chefes militares.

“A turma dela perdeu, voltou a turma do Evo Morales. O que aconteceu um ano atrás? Ela foi presa preventivamente. E agora foi confirmado dez anos de cadeia para ela”, disse na última vez. E foi além: “Qual a acusação? Atos antidemocráticos. Alguém faz alguma correlação com Alexandre de Moraes e os inquéritos por atos antidemocráticos? Ou seja, é uma ameaça para mim quando deixar o governo?”

Carla Araújo, aqui no UOL, apontou em reportagem que Jair deve começar uma espécie de “Caravana da Vitimização” por conta da condenação – o que vai ao encontro do seu modus operandi ao longo da carreira. É interessante como o bolsonarismo, ao mesmo tempo, celebra o Bolsonaro, que grita e destrói, e dá colo ao Jair, que chora e lamenta.

Tornar Bolsonaro inelegível pode aumentar o custo político de enviá-lo para a prisão. Ou não. Afinal, o humor do país depende mais do crescimento da economia a ser entregue pelo atual presidente do que xororô do ex por sua condenação pela Justiça Eleitoral. Se emprego e renda estiverem bombando e o empresariado e os trabalhadores felizes, a tração do mimimi será mais fraca.

Lula ficou preso 580 dias na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, tentando provar sua inocência. Não quis fugir, apesar dos convites de governos amigos. Caso seja condenado por fomentar um golpe, uma hipótese ainda distante, Bolsonaro vai enfrentar o mesmo calvário de cabeça erguida ou o medo fará com que procure exílio antes disso?

*Leonardo Sakamoto/Uol

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Justiça

Zucolotto conversava com Deltan e mandava pra mim, diz Tacla Duran, que promete adiantar provas

O advogado Rodrigo Tacla Duran afirmou nesta segunda-feira (19) que tem provas da comunicação entre o advogado Carlos Zucolotto, compadre de Sergio Moro, e os ex-procuradores da Lava Jato, onde eles teriam negociado um acordo de delação premiada em que se exigia a cobrança de 5 milhões de dólares por fora, para que Tacla Duran pudesse se livrar de denúncias.

A Câmara dos Deputados convidou Tacla Duran para contar como sofreu uma suposta tentativa de extorsão por parte dos expoentes da Lava Jato nesta segunda (19), mas o advogado está com o passaporte retido por autoridades na Espanha graças a uma ação de Sergio Moro. Por conta disso, não conseguiu viajar a Brasília.

Nesta manhã, Tacla Duran falou ao jornalista Joaquim de Carvalho sobre as provas que pretende apresentar contra Moro, Zucolotto, Dallagnol e companhia. O advogado também deve lançar um livro chamado “Testemunho”, em que narrará os bastidores do seu caso, que chacoalhou a República de Curitiba quando Moro ainda era juiz.

Para não me ferrar, eu tinha que fazer um acordo. E, para fazer o acordo, tinha que pagar o valor proposto por Zucolotto. De fato, houve essa situação e conversa entre eles. Isso eu tenho como comprovar. Rodrigo Tacla Duran

Revelações comprometedoras
No livro, Tacla Duran narra que teve encontro com procuradores então liderados por Deltan Dallagnol e, depois disso, recebeu mensagem de Carlos Zucolotto se oferecendo para intermediar o acordo de delação com a Lava Jato.

Nas mensagens, Zucolotto dizia que precisava conversar com DD (Deltan Dallagnol) para acertar os detalhes do acordo que estava propondo. “Eles conversavam sobre o assunto. Vocês vão saber como eles conversaram no momento apropriado. Ele conversava com o Deltan e mandava para mim”, diz Tacla Duran.

Questionado se tem como comprovar que havia elo direto entre Zucolotto e os procuradores de Curitiba, Tacla Duran respondeu que “sim”.

Tacla Duran ainda disse que, à luz de uma recente decisão tomada pela Suprema Corte [leia mais abaixo], ele está analisando os documentos para verificar o que poderá adiantar como provas, antes de depor à Câmara dos Deputados.

“Espero, antes de comparecer pessoalmente, poder adiantar uma série de coisas.”

Outro caminho para se defender
Na entrevista a Joaquim de Carvalho, Tacla Duran contou que quando decidiu não sucumbir à pressão e tentativa de extorsão em Curitiba, ele procurou um advogado para se defender.

“Eles continuaram insatisfeitos e me perseguindo, e eu procurei o Marlus Arns, por indicação de outra pessoa, para tentar abrir um novo caminho para que parassem de me prejudicar.”

Tacla Duran confirmou ao canal Brasil 247 que “quem me apresentou o Marlus foi uma pessoa que já vinha trabalhando com ele. Não tem relação com Zucolotto“, que além de compadre, é sócio de Rosangela Moro em um escritório de advocacia.

O advogado Marlus Arns de Oliveira trabalhava na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Curitiba, em contato direto com a então diretora jurídica Rosângela Moro.

Em artigo publicado em maio, o jornalista Luis Nassif revelou que foi o doleiro Wu Yu Sheng quem indicou Marlus Arns para Tacla Duran. Veja o artigo aqui.

Em depoimento à 13ª Vara, Tacla Duran disse, segundo a apuração de Nassif, que “Wu Yu teria relatado que ele também participou das operações de pagamento de taxa de proteção [a advogados]. Depois, Wu teria pago 500 mil dólares ao próprio Marlus Arns para não ser processado em Curitiba. (…) Disse que a operação vinha desde o Banestado, por conta da atuação do então procurador Carlos Fernando Santos Lima e seu pai. Segundo Tacla Duran, o pagamento era feito ao próprio Carlos Fernando.”

Decisão de Toffoli
Ainda na entrevista, Rodrigo Tacla Duran celebrou a recente decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que na semana passada suspendeu duas ações penais que tramitavam em Curitiba, admitindo que usaram contra Duran uma série de provas nulas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht.

“Na verdade, em 2017, quando eu fui na CPMI, eu apresentei evidências de que o sistema Drousys havia sido manipulado. Para mim, é gratificante porque é demonstração de que o que eu disse 5 anos atrás é a realidade dos fatos. O Supremo já havia reconhecido a manipulação das provas para outros réus; e, agora, para mim, reconheceu a nulidade das provas.”

*GGN

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Mundo

Israel bombardeia Cisjordânia pela primeira vez em mais de 20 anos, deixando vários mortos e feridos

Sami Boukhelifa Em Jerusalém, Israel – 

Uma rara operação das Forças Armadas israelenses foi lançada nesta segunda-feira (19) em Jenin, na Cisjordânia ocupada, utilizando um helicóptero de combate. Ao menos quatro palestinos morreram, entre eles, um adolescente. Mais de 60 pessoas ficaram feridas.

As forças israelenses entraram na cidade de Jenin com o objetivo de prender “dois suspeitos” membros dos movimentos Jihad Islâmica e do Hamas em um campo de refugiados. No momento em que estavam deixando o local, grupos armados palestinos reagiram, resultando em violentos combates.

Um helicóptero Apache foi acionado e realizou um ataque aéreo na região de Jenin, algo comum na Faixa de Gaza, mas raro na Cisjordânia ocupada. Segundo as mídias locais, o último ataque desta envergadura data da Segunda Intifada, nos anos 2000.

Um fotógrafo da agência France Presse que cobre o incidente descreveu a intensidade dos confrontos como algo “incomum”. Ele afirma ter presenciado o helicóptero atirar ao menos dois mísseis. Um jornalista palestino está entre os feridos.

O objetivo do bombardeio foi abrir uma brecha para permitir a retirada dos soldados, “vítimas de uma emboscada”. Em comunicado, as Forças Armadas israelenses indicaram que “explosivos foram atirados contra as tropas”, que também “danificaram um veículo blindado”.

Como tem se repetido em Jenin, a incursão ocorre em uma área urbana, densamente povoada, colocando a vida de civis em risco. O acampamento conta com cerca de 23 mil pessoas e se situa em em uma zona palestina autônoma, conforme estabelecido nos acordos de Oslo de 1993.

Balanço de vítimas

A cada quinze minutos, os hospitais palestinos atualizam o balanço de vítimas. A ministra palestina da Saúde, Mai al-Kaila, ordenou o envio “urgente” de material médico, remédios e bolsas de sangue a Jenin.

Entre os mortos, há um adolescente de 15 anos e três homens com idades entre 21 e 29 anos. Um deles, Qassam Abou Saria, era membro da Jihad Islâmica, anunciou o grupo em comunicado. Sete soldados israelenses também ficaram feridos nos combates.

Os enfrentamentos continuavam até o meio da tarde desta segunda-feira, indicou o coronel israelense Richad Hecht. Segundo ele, os soldados tentam recuperar cinco veículos militares bloqueados no acampamento. “A operação deve continuar ainda durante horas e é muito difícil, há muitos tiros”, afirmou.

O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, prometeu “usar todos os meios possíveis para atingir elementos terroristas”. Já o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, se disse “extremamente preocupado” com a situação. Ele denunciou um aumento “excessivo do uso da força” e “homicídios ilegais” da parte das forças de Israel na Cisjordânia ocupada.

Desde o início do ano, 163 palestinos, 21 israelenses, um ucraniano e um italiano morreram em violências relacionadas ao conflito israelo-palestino.

*Com Uol

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Economia

Lula: “presidente do BC precisa explicar ao povo por que mantém taxa de juros de 13,75% em um país com inflação de 5%”

“A inflação está baixando, o dólar está caindo. Apenas os juros precisam baixar, porque não tem explicação”, afirmou o presidente.

Na segunda edição do “Conversa com o presidente”, nesta segunda-feira (19), o presidente Lula (PT) voltou a criticar o atual patamar da taxa básica de juros do Brasil, mantida pelo Banco Central em 13,75% ao ano, informa o 247.

Ele exaltou as melhoras econômicas do país, principalmente a queda da inflação, e reafirmou não haver motivos para juros tão altos. “Durante a campanha eu falava: ‘nós vamos abrasileirar o preço dos combustíveis, porque não tem explicação o Brasil ter preço internacional’. Começou a acontecer. Vai acontecer no combustível, vai acontecer no gás e vai acontecer em muitas outras coisas. Os alimentos estão baixando, a carne abaixou – já abaixou 27% em alguns lugares a carne -, o ovo, o óleo de soja abaixou. As coisas estão abaixando e é preciso abaixar muito mais”.

O presidente cobrou que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, explique à população as razões para o elevado patamar da Selic. “A inflação está baixando, o dólar está caindo. Apenas os juros precisam baixar, porque também não tem explicação. O presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, que já sei porque ele não baixa, ao povo brasileiro e ao Senado, que o elegeu, porque ele mantém essa taxa de juros de 13,75% em um país que está com uma inflação anual de 5%”.

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Brasil

Ex-aluno invade colégio estadual no interior do Paraná; PM confirma uma morte

De acordo com informações, uma vítima morreu e outra foi encaminhada em estado grave para a Santa Casa de Cambé.

Um ex-aluno de 21 anos*, efetuou disparos de arma de fogo em outros dois estudantes no Colégio Estadual Helena Kolody, na Rua Estados Unidos, região central de Cambé, no norte do Paraná na manhã desta segunda-feira (19).

*Inicialmente a Banda B informou que tratava-se de um adolescente, porém, a PM confirmou que trata-se de um jovem de 21 anos.

Segundo informações da Polícia Militar Paraná, uma menina morreu e um menina ficou em estado grave encaminhada para a Santa Casa de Cambé. O colégio está isolado e neste momento há pais e moradores no entorno do local em busca de informações, segundo o Banda B.

O atirado teria pedido o histórico escolar, quando caminhou até os estudantes para efetuar dos disparos. A PM confirmou à Banda B que o suspeito está preso.

Nota do Governo do Paraná
O Governo do Paraná informa que um ex-aluno entrou armado no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, na manhã desta segunda-feira (19), alegando que solicitaria o seu histórico escolar. Segundo as informações iniciais, houve um episódio de violência, uma aluna morreu e outro aluno foi baleado e está internado. O governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou luto oficial de três dias e lamentou profundamente o ocorrido. Os secretários de Segurança Pública e da Educação estão a caminho da cidade. O ex-aluno já foi detido e encaminhado para Londrina.

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Política

Lula diz que União Europeia não pode ‘tentar ameaçar’ o Mercosul com punições

Presidente voltou a criticar europeus por novas exigências ambientais para fechar acordo comercial.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a reclamar nesta segunda-feira (19) das novas exigências da União Europeia para concluir o acordo de livre comércio com o Mercosul, afirmando que o bloco europeu “não pode tentar ameaçar” o sulamericano.

O mandatário afirmou que vai justamente discutir essas questões durante sua viagem à Europa, quando vai se reunir com o presidente francês, Emmanuel Macron.

“Vou almoçar com o Macron e eu quero discutir a questão do parlamento francês que aprovou o endurecimento do acordo Mercosul- União Europeia. Ou seja, a União Europeia não pode tentar ameaçar o Mercosul de punir o Mercosul se não cumprir isso ou aquilo”, afirmou o presidente durante transmissão ao vivo.

“Se somos parceiros estratégicos. Vocês não têm que fazer ameaça”, completou.

O presidente Lula se referia à aprovação pela Assembleia Nacional da França de uma resolução contra a ratificação do acordo comercial. Trata-se de uma resolução que não tem poder de lei, mas representa um revés político para as tratativas, tendo em vista o objetivo do brasileiro de concluir o tratado até o fim deste ano.

Os parlamentares franceses apontaram como motivo para essa resolução os prejuízos para produtores franceses por possível concorrência desleal, além de riscos ambientais.

Além disso, a União Europeia pressiona o Mercosul para incluir uma chamada “side letter”, com novas exigências ambientais.

Lula deu a declaração durante a sua segunda transmissão ao vivo nas redes sociais, chamada Conversa com o Presidente. Inicialmente, essas lives aconteceriam às terças-feiras, mas acabou adiantada por causa de compromissos do mandatário.

O presidente embarca na noite desta segunda-feira (16) para uma viagem oficial à Europa. Inicialmente, Lula vai para a Itália, onde terá reuniões, entre outros, com o presidente Sergio Matarella e com o papa Francisco, no Vaticano.

Na sequência, segue para Paris, onde participa da cúpula Novo Pacto Financeiro Global, evento organizado pelo presidente francês Emmanuel Macron, além de ter almoço de trabalho com o mandatário francês e discursar no evento Power Our Planet.

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Política

Fugiu? Dallagnol vai para os EUA e registra sorridente o seu embarque

Menos de 15 dias depois de a Mesa Diretora da Câmara confirmar a cassação do seu mandato como deputado federal, o ex-procurador-chefe da Lava Jato, Delta Dallagnol (Podemos-PR), fugiu para os Estados Unidos para “novas aventuras”, segundo publicação feita nos stories de seu perfil no Instagram por volta da 1h da madrugada desta segunda-feira (19), segundo o Agenda do Poder.

O advogado Tacla Duran afirmou que Dallagnol não poderia deixar o Brasil em meio a uma investigação contra si. “Fiquei sabendo que ele pegou o passaporte e viajou para Chicago. É bom lembrar que ele está sendo investigado. Ele diz que eu fugi porque ele já estava me investigando – não havia nada aberto contra mim. Mas contra ele, é público e notório que ele está sendo investigado em uma petição dentro do Supremo Tribunal Federal. E ele pegou o passaporte, anunciou e viajou. Quem é o fugitivo?”.

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Política

Moro diz que é senador durão e Tony Garcia retruca: ‘é ladrão e burrão’

O empresário Tony Garcia fez duras críticas ao ex-juiz suspeito Sergio Moro, rebatendo suas declarações sobre ser um “senador durão”. Segundo Tony, Moro não passa de um “ladrão” e “burrão” que cometeu crimes processuais e corrompeu o devido processo legal em sua atuação como magistrado.

As declarações de Tony surgiram como resposta às afirmações de Sergio Moro em uma entrevista ao Estadão, na qual ele buscava responder às perguntas mais comuns feitas sobre ele no Google. Quando questionado sobre o que ele é atualmente, Moro respondeu: “Sergio Moro era um juiz durão. Agora eu sou um senador durão também, combatendo o crime, aprovando leis com mais rigor para proteger as pessoas e garantir segurança pública, entre outras coisas.” O ex-juiz também se definiu como de “centro-direita” e expressou sua aversão a rótulos que simplificam as pessoas.

No entanto, Tony Garcia não poupou críticas ao ex-juiz. Ele destacou que Moro, longe de ser um juiz durão, cometeu crimes processuais e corrompeu o devido processo legal em suas ações. Segundo o empresário, Moro usou sua posição na magistratura para o “alpinismo jurídico” e destruiu milhões de vidas e empregos. Em vez de ser reconhecido como um juiz durão, Tony afirma que Moro merece o título de “juiz ladrão” e “senador burrão”.

Confira:

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Justiça

Julgamento de Bolsonaro no TSE começa na quinta. Veja acusações

Brasil de Fato – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá perder seus direitos políticos por oito anos caso seja condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em julgamento marcado para a próxima quinta-feira (22). Walter Braga Netto (PL), vice na chapa de 2022, também é acusado no mesmo processo, que tem duas datas adicionais caso o primeiro dia não seja suficiente: 27 e 29 também deste mês.

O processo começou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral apresentada pelo PDT em agosto de 2022, trazendo como questão a famosa reunião de Bolsonaro com embaixadores, realizada em 18 de julho de 2022. Na ocasião, o ex-presidente apresentou a representantes de outras nações uma série de mentiras sobre as urnas eletrônicas, repetindo diversos argumentos que vinha levantando antes do evento.

Estratégia eleitoral
“É inegável que o Senhor Jair Messias Bolsonaro aproveitou-se do evento para difundir a gravação do discurso com finalidade eleitoral, indissociável ao pleito de 2022. Isso porque o ataque à Justiça Eleitoral e ao sistema eletrônico de votação faz parte da sua estratégia de campanha eleitoral”, diz o pedido inicial da ação.

Por se tratar de uma questão eleitoral, portanto, o julgamento não focará na questão da possível violação ao Estado Democrático de Direito ao se atacar o sistema de votação do Brasil, ainda que o tema possa aparecer lateralmente nos votos de ministros. A ação do PDT afirma que Bolsonaro incorreu em duas condutas que levam à inelegibilidade, de acordo com lei eleitoral: abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação social.

Abuso
O abuso de poder político não se confunde com o abuso de poder econômico e ocorre em situações em que o ocupante de um cargo público se vale da estrutura e de recursos estatais para causar desequilíbrio na disputa eleitoral. Ou, nas palavras da ação do PDT, “quando o agente público, valendo-se de condição funcional e em manifesto desvio de finalidade, desequilibra a disputa em benefício de sua candidatura ou de terceiros”.

Na argumentação do PDT, como os ataques às urnas faziam parte da plataforma política de Bolsonaro, com objetivo tanto de mobilizar seus simpatizantes quanto de angariar votos, a reunião com os embaixadores, realizada nas dependências do Palácio do Planalto e transmitida pela TV Brasil, se enquadra na definição legal de abuso de poder político: “Jair Messias Bolsonaro desvirtuou a realização do ato para propagar seu programa de campanha, que dentre poucas coisas, abarca os ataques à integridade do processo eleitoral como principal sustentáculo de discurso”.

“O que ocorreu foi a demonstração e posterior profusão de ideais vinculadas à candidatura à reeleição do Investigado, no contexto de uma reunião que deveria estar umbilicalmente interligada ao interesse público”, complementa o pedido.

Uso indevido
Já a acusação de uso indevido de meios de comunicação social está relacionada justamente à TV Brasil, emissora pública que integra a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Outro ponto levantado pelo pedido do PDT é que, além da transmissão pública, o discurso – baseado em fake news – foi divulgado em diversos perfis de redes sociais.

“É inegável que a veiculação de vídeos que carregam matéria de alta sensibilidade perante o eleitorado, mormente quando se trata de fatos sabidamente inverídicos, em redes sociais, possui reprovabilidade suficiente para caracterizar a gravidade do ato. O investigado utilizou do Palácio do Planalto, bem como também de todo aparato estatal, para desenvolver e difundir o conteúdo verbalizado na referida reunião, o que per se revela incontestável acinte ao princípio da isonomia”, diz o documento.

Minuta do golpe
Em janeiro deste ano, o PDT pediu que um documento encontrado na posse de Anderson Torres, ex-ministro de Jair Bolsonaro, fosse incluído na ação eleitoral sobre a reunião com os embaixadores.

O documento, chamado informalmente de “minuta do golpe”, era um rascunho de decreto presidencial que permitiria a Bolsonaro instaurar Estado de Defesa e realizar uma intervenção na sede do TSE em caso de derrota nas eleições. De acordo com o PDT, o documento é mais um indício de que o ataque à Justiça Eleitoral e às urnas eletrônicas era parte da plataforma política bolsonarista.

O TSE aceitou a inclusão do documento no processo. Em depoimento ao tribunal em março, Torres afirmou que o documento era “lixo” e que não sabia a origem da redação.

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Economia

O que se sabia sobre economia global deixou de ser verdade, diz NYT

Para jornal norte-americano, caminhos para prosperidade e interesses compartilhados ficam cada vez mais obscuros

Do otimismo visto no Fórum Econômico de Davos em 2018 para 2023, as perspectivas para a economia global foram consideravelmente deterioradas, a ponto de se considerar uma década perdida tanto em termos regionais como na perspectiva global.

Em análise recente, o Banco Mundial alertou que “quase todas as forças econômicas que impulsionaram o progresso e a prosperidade nas últimas três décadas estão desaparecendo”, e o resultado pode ser uma “década perdida” não só em termos regionais, mas em nível global.

Apesar do volume de riquezas gerado, a globalização aprofundou as desigualdades e acelerou as mudanças climáticas – para saciar a demanda dos gigantes industrializados, se incentivou a pesca predatória e o desmatamento ilegal, e as instalações em mercados com mão-de-obra barata comprometeram nações sem padrões ambientais adequados.

O impacto econômico causado pela pandemia gerou uma onda global de crises de dívida, fortalecida pelo aumento das taxas de juros – e quando os EUA aumentam suas taxas de juros, os pagamentos de dívida ficam mais caros.

Sob o argumento de circulação livre de bens e de capital entre os mercados, os países mais pobres se viram obrigados a suspender restrições para a movimentação de capital dentro e fora das nações.

Fim de uma era
De acordo com o NYT, o ‘desconforto’ visto atualmente é um contraste à sensação de triunfo vista após o colapso da União Soviética em 1991, onde as chamadas ideias democráticas liberais poderiam representar “o ponto final da evolução ideológica da humanidade”.

O avanço da China
E o efeito foi o pior possível, ao ponto de diversos países adotarem uma austeridade muito rigorosa para conseguirem resgates do Fundo Monetário Internacional (FMI) e se afundarem na miséria generalizada – o que ajudou a China a se tornar credor em diversos países, da Argentina à Mongólia.

Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, os Estados Unidos e seus aliados usaram de seu poder para remover os bancos russos da rede internacional de pagamentos (SWIFT), mas a retaliação veio por meio da restrição chinesa ao seu mercado de consumo – e as relações políticas não estão longe desse quebra-cabeças.

Agora, economistas dizem que a adesão a uma “eficiência de mercado simplificada demais” se provou um erro, e não se sabe ao certo o que virá no lugar. “Talvez a única suposição em que se possa confiar com confiança agora seja que o caminho para a prosperidade.

*GGN

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