Categorias
Uncategorized

Lula assina decreto que aumenta cachê e descentraliza incentivo à produções culturais populares

Lula assina decreto com novas regras de fomento à cultura; veja os principais pontos do texto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, vão anunciar nesta quinta-feira, dia 23, as medidas mais simbólicas voltadas ao setor desde o início do governo petista. No Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a dupla assinará um decreto com novas regras de fomento a projetos culturais no Brasil. O GLOBO apurou algumas das diretrizes principais do texto, como a articulação para estimular o financiamento de inciativas longe do eixo Rio-São Paulo e o trabalho para zerar a fila de aproximadamente duas mil propostas que aguardam o parecer da pasta. O conteúdo do decreto, com o detalhamento das medidas e a forma como as principais mudanças serão implementadas, tem sido mantido sob sigilo pelo governo.

O texto, que começou a ser elaborado pelo ministério em janeiro, prevê a priorização de projetos apresentados durante a administração do ex-presidente Jair Bolsonaro que foram recusados ou estão pendentes de análise. Desde que assumiu, a equipe de Margareth Menezes vem passando um pente-fino em todas as mudanças na legislação da área promovidas ao longo da administração anterior.

Menos sudeste

Na tentativa de descentralizar os investimentos e expandi-los para áreas menos favorecidas socialmente, como favelas e pequenos municípios do interior do país, o decreto prevê que algumas das negociações entre empresas dispostas a financiar inciativas e grupos culturais passem pela equipe técnica do ministério. O objetivo é buscar meios para que as empresas fomentem projetos culturais fora dos estados do Sudeste.

Antes mesmo da publicação do decreto que será assinado por Lula nesta quinta, o ministério já deu início a esse diálogo. Os técnicos da pasta têm buscado os 50 maiores patrocinadores da Lei Rouanet. Juntos, esses grupos privados respondem por cerca de 40% (aproximadamente R$ 800 milhões por ano) de todo o volume de incentivo cultural garantido por meio do ministério.

‘BBB 23’: Fred Nicácio volta a cruzar os dedos em conversa com Marília; entenda gesto
Alvo de ataques recorrentes de Bolsonaro e seus aliados, a Lei Rouanet, criada em 1991, garante abatimentos fiscais para pessoas físicas e jurídicas que patrocinarem ou financiarem projetos culturais, como espetáculos teatrais, shows de música, dança e apresentações audiovisuais, por exemplo. O artista ou produtor cultural precisa levar sua proposta de projeto para avaliação de uma comissão técnica do Ministério da Cultura. Se o produto cumprir as exigências previstas na lei, recebe autorização para ter incentivo da iniciativa privada. Cabe ao responsável pelo projeto bater às portas das empresas em busca do financiamento.

Após a aprovação da proposta, o produtor cultural tem até um ano para conseguir os recursos. Para o apoiador, a vantagem é que o valor do investimento naquela iniciativa cultural é abatido totalmente ou parcialmente do Imposto de Renda. Empresas poderão deduzir até 4% do imposto devido, e pessoas físicas, até 6%.

O Globo apurou junto a autoridades do Ministério da Cultura que o governo também tem trabalhado para que as maiores empresas estatais do país ampliem suas políticas de incentivos a projetos culturais. A maior parte delas reduziu drasticamente o volume de recursos empregados em fomento durante os últimos anos, sobretudo após a pandemia de Covid-19.’

O novo decreto derruba uma série de regras adotadas na gestão de Jair Bolsonaro, entre elas uma que impedia o patrocínio de projetos por mais de dois anos. Segundo uma pessoa que participou diretamente da elaboração da proposta, há municípios que só têm um patrocinador e, nesses casos, os projetos dependem diretamente daquele investidor.

— O decreto deve reposicionar a Lei Rouanet. Estamos ampliando mais a lei para atender a diversidade e também queremos expandir o número de empresas que investem na Cultura — disse a ministra numa conversa com jornalistas no mês passado.

O decreto estabelece ainda uma uniformização de termos usados nos textos das três principais leis que preveem incentivos financeiros e fiscais para o fomento do setor no Brasil. São elas as leis Paulo Gustavo, que autorizou o repasse de R$ 3,86 bilhões a estados e municípios para bancar atividades e produtos culturais como forma de atenuar os efeitos econômicos e sociais da pandemia de Covid-19; a Aldir Blanc, que destina R$ 3 bilhões também a cidades e estados para auxiliar financeiramente artistas e espaços culturais prejudicados pelo coronavírus; e a Lei Rouanet.

Valor de cachê maior

Essa padronização prevista pelo decreto presidencial tem por objetivo reduzir a insegurança jurídica para os produtores culturais. Uma autoridade com acesso ao texto disse ao Globo que conceitos como “bolsas de estudo” e “fomento direto e indireto”, por vezes descritos de maneiras diferentes nas três legislações, serão uniformizados.

O governo também trabalha para alterar o valor máximo de captação. Em 2022, a gestão Bolsonaro reduziu o limite de cachê para artistas solo de R$ 45 mil para até R$ 3 mil. E diminuiu o valor que pode ser captado por empresas, de R$ 10 milhões para R$ 6 milhões. Margareth Menezes planeja rever esses limites. Essas alterações, contudo, só deverão ser formalizadas por meio de instruções normativas, com previsão de serem publicadas 30 dias após a assinatura do decreto.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Brasil

Brasil está de volta às reuniões do G7

Convite ao presidente Lula deve ser formalizado pelo primeiro-ministro japonês, segundo embaixador; encontro ocorre em maio.

O Brasil será oficialmente convidado para participar do próximo encontro do G7, programado para ocorrer na cidade de Hiroshima no próximo mês de maio.

O convite deve ser feito pelo primeiro-ministro Fumio Kishida, segundo nota do embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi.

“Bem-vindo ao #G7, #Brasil! O Primeiro-Ministro do #Japão, @kishida230, anunciou que convidará o Presidente @LulaOficial para a Cúpula do @G7 em Hiroshima, em maio”, disse Hayashi, nas redes sociais da embaixada.

“É essencial que o Japão coopere com o Brasil em questões globais, como mudança climática, saúde e desenvolvimento”, ressaltou.

https://twitter.com/EmbJapao/status/1638239169104293888?s=20

Normalmente, os países do G7 convidam para o encontro os governos que se encontram em relevância no momento.

*Com GGN

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Juíza que substituiu Moro na Lava-Jato está por trás da operação que desvendou plano contra senador

Gabriela Hardt foi responsável por uma das condenações de Lula em ação decorrente da força-tarefa, sentença pela qual foi acusada de plagiar o ex-colega de profissão.

A Operação Sequaz, que prendeu nove suspeitos de planejarem ataques contra diversas autoridades, entra elas o senador Sergio Moro (União-PR), foi chancelada pela juíza Gabriela Hardt, que assinou os mandados de prisão e de busca e apreensão cumpridos pelos agentes da Polícia Federal (PF). A magistrada substituiu o próprio Moro na Operação Lava-Jato quando o ex-juiz pediu exoneração do cargo, no fim de 2018, para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, informa O Globo.

Hardt ocupava, à época, o cargo de juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde tramitavam as ações advindas da força-tarefa — cabia a ela, por exemplo, cobrir as férias ou outras eventuais ausências de Moro. Com a saída definitiva do ex-juiz, porém, ela assumiu, até abril do ano seguinte, a titularidade plena da vara.

Em fevereiro de 2019, foi Hardt quem condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão no processo relativo a um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. Na ocasião, ela chegou a ser acusada de copiar trechos da sentença da decisão de Moro que condenou Lula em outra ação, sobre um triplex no Guarujá, no litoral paulista. O texto citava, por exemplo, a palavra “apartamento”.

A juíza admitiu posteriormente ter usado trechos da sentença do colega como base, mas alegou que seria um procedimento comum na magistratura, sem configurar plágio. As condenações contra Lula no âmbito da Lava-Jato acabaram anuladas no Supremo Tribunal Federal (STF).

Atualmente, Hardt voltou a ser juíza substituta na 13ª Vara Criminal, hoje comandada pelo juiz Eduardo Fernando Appio. Embora a força-tarefa da Lava-Jato tenha sido encerrada em 2021, processos decorrentes dela ainda tramitam. A operação desta quarta-feira, no entanto, ocorreu no âmbito da 9ª Vara Criminal, cuja magistrada titular saiu de férias na semana passada, o que levou a uma redistribuição do inquérito, com as decisões ficando a cargo de Hardt.

De acordo com a PF, os ataques contra autoridades eram planejados em cinco unidades da federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Ao todo, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos e endereços situados em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

As investigações mostraram que os suspeitos planejavam homicídios e extorsão mediante sequestro em pelo menos cinco unidades da federação — Distrito Federal, em Roraima, no Paraná, no Mato Grosso do Sul e em São Paulo. O promotor de justiça Lincoln Gakiya também é apontado como um dos alvos do grupo criminoso, que cogitava realizar ataques de forma simultânea. Nove pessoas foram presas.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Promotor caçado pelo PCC culpa Moro por colocar sua vida em risco e acusa-o de “mentir reiteradamente”

O promotor de São Paulo Lincoln Gakiya, um dos alvos do PCC no plano de execução de autoridades nacionais – debelado nesta quarta-feira (22) pela Polícia Federal -, recebe ameaças de morte da organização criminosa desde 2004, quando deu início ao trabalho de investigação e denúncia dos líderes do tráfico de drogas em São Paulo.

Mas, de acordo com ele, foi graças à inação do senador Sergio Moro (União-PR), enquanto era ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, em 2019, que foi criado o último plano concreto do PCC para tirar a sua vida.

Para Lincoln Gakiya, Sergio Moro é um mentiroso (“mentiu mais de uma vez e é mal informado”), fez uso político das ações dele, Gakiya, para tomar para si os méritos da transferência de Marcola (Marcos Camacho) para um presídio federal em Rondônia e não se preocupou com a segurança dos agentes da lei envolvidos na operação.

As mentiras de Moro e a transformação do promotor em alvo prioritário do PCC

No dia 13 de fevereiro de 2019, as manchetes dos principais veículos da mídia comercial estampavam, com pequenas variações, a seguinte manchete: “João Doria transfere Marcola com ajuda de Sergio Moro”.

Alguns sites e jornais foram além, celebrando a transferência do traficante como o primeiro golpe do então ministro da Justiça contra o crime organizado no Brasil. “Informou”, por exemplo, um grande portal:

O ministro da Justiça, Sergio Moro, deu hoje seu primeiro grande passo no combate ao crime organizado com a transferência de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Marcos Henrique Camacho, o Marcola, e mais 21 suspeitos de integrar o grupo foram removidos para presídios federais.

A verdade, porém, não assiste à imprensa, pelo menos de acordo com Lincoln Gakiya, o responsável pelo pedido à Justiça de São Paulo pela remoção de Marcola e outros líderes da facção.

Crítico há anos de Sergio Moro e seus métodos de atuação política, o promotor explicou, no dia 30 de junho de 2020, em entrevista ao jornal “El País”, que o então ministro da Justiça nada teve a ver com a transferência.

Pelo contrário: por motivos políticos, Moro teria inclusive se afastado da operação, contrariando compromisso assumido por ele e por Jair Bolsonaro de dar suporte ao promotor no combate ao PCC, deixando-o como alvo prioritário da organização criminosa. Leia abaixo o que disse o promotor ao periódico espanhol em junho de 2020:

“Existe uma ordem da cúpula do PCC para que me matem. Acabei sendo o único responsável pela transferência, no começo de 2019, dos líderes para o sistema penitenciário federal. Era uma questão de segurança, porque havia um plano iminente de resgate.

Houve um acordo inicial para que a solicitação fosse coletiva, dos secretários estaduais de Segurança, das administrações carcerárias (Ministério da Justiça), do Ministério Público e minha, mas coincidiu com uma época de transição política muito difícil, desistiram, e me vi compelido a fazer sozinho.

Portanto a solicitação não foi feita, com todo respeito, nem pelo (então) ministro da Justiça, Sergio Moro, nem pelo (então) governador de São Paulo, João Doria. Eu assinei o pedido e o juiz tomou a decisão. Para o PCC, acabei como a figura pública que pediu historicamente sua transferência para fora do Estado de São Paulo, e ficou como uma coisa pessoal. E isso é ruim.”

Acostumado a mentir, Jair Bolsonaro, durante sua campanha à reeleição, em outubro de 2022, repetiu mais duas vezes a mesma inverdade, sendo a segunda vez auxiliado pelo então candidato ao Senado Sergio Moro, durante debate realizado pela TV Globo. Assim mentiu o então candidato:

“Teve que eu chegar em 2019, juntamente com o ministro Sergio Moro, para que nós então tirássemos o Marcola de presídio estadual aqui em São Paulo e mandasse para um presídio federal.”

Novamente, coube ao promotor Lincoln Gakiya desmentir a dupla, o que fez em mais de uma oportunidade. No dia 29 de outubro de 2022, em entrevista ao site Metrópoles, o promotor explicou de novo que o governo federal nada teve a ver com a transferência da cúpula do PCC para fora do Estado de São Paulo.

Também aproveitou para desmentir outra fake news muito repetida pelo então presidente em campanha pela reeleição, de que os líderes do PCC mantinham um diálogo frequente com lideranças do Partido dos Trabalhadores no ano de 2006, e que, por causa disso, os traficantes não teriam sido transferidos naquela época para presídios fora de São Paulo.

No dia seguinte, o promotor deu nova entrevista, desta vez para a agência de notícias “Estadão Conteúdo”, dizendo com todas as letras que Sergio Moro era “mal informado” e que contava reiteradas mentiras. Leia trechos abaixo:

“Não há e nem poderia haver nenhuma ingerência do governo federal, seja através do presidente Bolsonaro, seja através do ministro Moro nessa remoção, até porque, como já mencionei, não lhes cumpria fazê-lo, portanto é mentirosa a afirmação do Moro que após dois meses de governo eles ‘determinaram’ a remoção do Marcola para o sistema federal.

(…)

Pode consultar o processo de remoção e verá que não há lá uma linha sequer com assinatura de nenhum desses políticos.

(…)

Nos entristece saber que políticos e até um ex-juiz alterem a verdade para tentar obter algum ganho político dessa história. No final dessa história fiquei com o ônus da operação, pois o PCC sabe que sou o ‘único’ responsável por ela e os políticos com o bônus.”

Na mesma entrevista, o promotor ainda desmentiu novamente a história de que o PT teria agido, no ano de 2006, para que Marcola e seus comparsas permanecessem presos em São Paulo:

“Moro, de maneira deliberada e intencional, inverte a verdade. Mente outra vez o Moro ou está mal informado porque, em 2006, nunca se cogitou, seja pelo governo do Estado de SP, seja pelo Ministério Público, pedir a remoção dos presos para o sistema penitenciário federal.”

*Com DCM

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Sob comando de Dino e Lula, PF protege Moro e a família dele de ações criminosas do PCC

Por Luís Costa Pinto, da sucursal do 247 em Brasília – O senador Sérgio Moro (PR) e a mulher dele, Rosângela, deputada federal por São Paulo, cometem um erro político crasso e grave contra a segurança da própria família de ambos (e à vida de ambos) ao distorcerem o papel correto e republicano que a Polícia Federal e o Ministério da Justiça adotaram desde janeiro. No início do ano investigações e monitoramentos do Grupo de Apoio e Enfrentamento ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo começaram a identificar e rastrear tramas criminosas urdidas pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) a partir das quais se depreende que Moro e Rosângela corriam risco de sequestro e morte. A ação criminosa dos bandidos seria uma vingança contra a atuação de Sérgio Moro como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, quando atuou para transferir o líder do PCC, Marcos Camacho, o Marcola, para presídios de segurança máxima.

Ex-juiz considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal em sua atuação na “Operação Lava Jato” e nas condenações proferidas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (sobretudo na condenação, agora extinta, pelo “caso triplex do Guarujá”, que teve o condão de deixar Lula inelegível irregularmente em 2018 e contribuir para a vitória de Jair Bolsonaro naquele pleito), Sérgio Moro pediu demissão do Ministério da Justiça em 24 de abril de 2020 denunciando interferência indevida de Bolsonaro em assuntos de sua pasta – sobretudo na insistência em trocar o diretor-geral da Polícia Federal e alguns delegados regionais em cidades como Rio de Janeiro, Recife e São Paulo. Tentando forjar uma imagem de cruzado contra o crime organizado e fazendo a fantasia extrapolar o cercadinho da Lava Jato de Curitiba, Moro esbarrou no cerco de proteção a milícias e a outras correntes criminosas – inclusive o PCC – instalados nas franjas do Estado policial constituído sob o comando do ex-presidente Bolsonaro.

Sem ter conseguido se tornar um candidato presidencial viável para disputar contra Lula, pois foi trucidado politicamente por Bolsonaro (com requintes de crueldade; imerecida?), Sérgio Moro resignou-se à candidatura pelo Senado pelo Paraná. Para tanto, traiu o ex-senador Álvaro Dias, que o havia atraído para o ringue político, e bateu o próprio criador nas urnas paranaenses. Rosângela Moro, dando curso ao projeto político que o casal sempre pareceu ter, mesmo quando a ribalta era o Poder Judiciário indevidamente usado como palco para espetáculos políticos de cunho eleitoreiro, elegeu-se deputado federal. Em janeiro, quando o Gaeco paulista alertou a Polícia Federal, já sob o comando do ministro Flávio Dino (Justiça) e do presidente recém-empossado Lula, Moro e Rosângela passaram a receber proteção total e dedicada de agentes federais e da inteligência do Governo Federal. Isso porque ambos eram, naquele momento, parlamentares federais eleitos e diplomados – isso os iguala a parlamentares federais no exercício do mandato e a estrutura de segurança federal pode e deve ser usada para protegê-los em casos de graves e reais ameaças (como acontecia). As ações eram combinadas com a polícia estadual paulista. Tudo ocorreu de forma republicana e como reza a lei.

Paradoxalmente, portanto, foi sob o comando e a liderança republicana de Lula e de Dino que a Polícia Federal investigou e desbaratou um núcleo potencialmente assassino da facção criminosa PCC que tinha por missão sequestrar e talvez matar o senador e ex-juiz. Irresponsavelmente, indevidamente, tresloucadamente, Sérgio Moro e Rosângela tentam usar canais e redes de comunicação de extrema-direita para politizar os atentados que eram urdidos contra eles próprios e contra suas famílias. Encontram eco na atuação parlamentar esquálida de Deltan Dallagnol, deputado federal pelo Paraná, que de forma abjeta utiliza-se dos dutos de esgoto das redes sociais para disseminar a distorção de que haveria interesse “governista” na ação criminosa que o PCC tramava e que foi desbaratada e desmontada pelo próprio Governo. Portando-se desta forma repulsiva e baixa, Moro, Rosângela e Dallagnol não ajudam a quem se desdobra para protegê-los. Ao contrário, contribuem para a criação de uma cortina de fumaça que auxilia o crime organizado.

*247

Categorias
Política

Dino critica a tentativa de politizar a operação da PF: ‘Foi em defesa da vida de um senador da oposição’

Parlamentares foram às redes para comentar a operação da Polícia Federal que prendeu nove pessoas.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, criticou tentativas de politização da operação da Polícia Federal para prender um grupo criminoso acusado de planejar a morte de autoridades brasileiras, entre elas, o senador Sergio Moro (União-PR). Dino cobrou seriedade de políticos que foram às redes após a ação que, até o momento, prendeu nove pessoas — outras duas seguem foragidas, segundo O Globo.

Após a ação da PF vir a público, políticos comentaram sobre o fato nas redes sociais. Entre eles o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-procurador da Lava-Jato e atual deputado federal, Deltan Dallagnol (PODE-PR), e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Em seu Twitter, Dallagnol parabenizou as autoridades envolvidas na investigação e alfinetou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

— Não se pode pegar isoladamente uma declaração de ontem, literalmente, e vincular a uma investigação que tem meses e em que nosso governo e a PF atuando de modo técnico e independente cumpriu a lei e obteve êxito extraordinário, mostrando que não temos nenhum aparelhamento político do estado nem a favor e nem contra ninguém — disse.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

  • Caixa Econômica Agência: 0197
  • Operação: 1288
  • Poupança: 772850953-6
  • PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Há 2 meses Moro foi alertado sobre plano de facção criminosa que pretendia matá-lo

O senador Sergio Moro foi alertado no fim de janeiro que estava em andamento o plano de uma facção criminosa contra ele e integrantes de sua família.

Os criminosos que arquitetavam ataques contra o senador e outras autoridades foram alvos de uma operação deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal.

A informação chegou ao ex-juiz e membros de sua equipe por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo. O promotor Lincoln Gakiya, que atua no Gaeco, também era um dos alvos da facção.

Auxiliares de Moro relataram à coluna de Bela Megale, no Globo online, que o senador recebeu alertas de que os criminosos pretendiam realizar um sequestro ou atentado contra ele e seus familiares.

Com isso, foi implementado um novo protocolo de segurança envolvendo Moro, sua esposa, a deputada federal Rosangela Moro, e os filhos do casal, com reforço da equipe.

Investigadores relataram ao senador que a retaliação planejada pela facção se deu por sua atuação como ministro da Justiça e Segurança Pública.

Na ocasião, Moro ordenou a transferência do chefe e de membros desta facção criminosa para presídios de segurança máxima.

*Com Agenda do Poder

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Lula quer que negros ocupem 30% dos cargos comissionados do governo

Segundo ato assinado por Lula, pessoas negras também deverão ocupar pelo menos 30% de funções de confiança na administração pública federal.

Segundo o Metrópoles, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta terça-feira (21/3), um decreto que reserva pelo menos 30% das vagas dos cargos em comissão e função de confiança na administração pública federal sejam ocupados por negros. Segundo o ato, a administração pública terá até 31 de dezembro de 2026 para alcançar os percentuais mínimos.

O decreto foi assinado durante cerimônia, no Palácio do Planalto, para comemorar os 20 anos da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Lula ainda anunciou pacote de medidas interministerial voltado à igualdade racial (leia mais abaixo).

“Em parceria com o Ministério da Gestão e Inovação, comandado por minha querida Esther Dweck, daremos esse passo inédito, que entrará para a história. Negros e negras na ponta e no topo da implementação de políticas públicas no governo federal”, disse a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

População quilombola
Durante o evento desta terça, o governo também anunciou a criação do programa Aquilomba Brasil, voltado à promoção dos direitos da população quilombola. Segundo o Ministério da Igualdade Racial, a iniciativa, que será criada por um decreto assinado por Lula, terá três eixos. São eles:

  • acesso à terra e ao território quilombola;
  • infraestrutura e qualidade de vida quilombola;
  • inclusão produtiva e etnodesenvolvimento local, de direitos e cidadania.

De acordo com a ministra Anielle Franco, o governo vai organizar junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) uma “agenda nacional de titulação”.

O governo também quer garantir a permanência de quilombolas no ensino superior; por isso, pretende ampliar as cotas para a população por meio de uma parceria com o Ministério da Educação.

“A promoção de direitos para as comunidades quilombolas no Brasil é um ato de reparação à enorme dívida histórica que o Estado brasileiro tem com essas populações”, destacou Anielle.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Quebrando o silêncio, Valdemar admite erro de Bolsonaro e minimiza impacto das joias para o futuro do ex-presidente

Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto quebrou o silêncio e comentou pela primeira vez, nesta terça-feira (21/3), o caso das joias doadas pela Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista à coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles, durante o evento do PL Mulher nesta terça-feira (21/3), Valdemar admitiu que Bolsonaro pode ter errado, mas minimizou o impacto do caso para o futuro político do ex-presidente, informa Agenda do Poder.

“O caso das joias: ele devolveu, não é um assalto. Vai passar. As coisas acontecem, a gente erra demais”, afirmou o presidente do PL.

Valdemar disse não temer que Bolsonaro se torne inelegível. Segundo ele, não há provas contra o ex-presidente. “O problema é com a Justiça Eleitoral, eles são adversários”, disparou.

Bolsonaro, vale lembrar, já prometeu devolver as joias que ganhou dos sauditas e incorporou a seu acervo pessoal, mas ainda aguarda ser notificado pelo TCU para entregar os objetos.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Cotidiano

Mulher que reclamou de cachorro sem coleira é espancada pelo advogado dono do animal no DF (vídeo)

Um advogado foi preso ontem após dar tapas, socos, puxões de cabelo e derrubar uma mulher no chão em um estacionamento no Sudoeste, em Brasília. As agressões, segundo a investigação, começaram após o cachorro dela ser atacado pelo cachorro do agressor.

“Eu suspendi o meu cachorro e o dele veio, me arranhou brigou com o meu cachorro e me mordeu”, afirmou.

O homem foi identificado como Cledmylson Ferreira. De acordo com a vítima, a também advogada Gizelle Piza, ela falou para o homem que o cachorro deveria estar na coleira e guia e chamou a polícia.

Segundo a advogada, Cledmylson entrou na carro para fugir, mas ela começou a gravar a placa dele. Depois disso, o homem partiu para cima dela, segundo o relato.

A advogada conta que apenas iria filmar a placa do carro, mas que o homem desceu “com toda fúria” para cima dela. “Me desferiu um golpe no rosto, tomou meu celular. Ele me desferiu vários socos e me jogou no chão”, afirmou.

corporal, omissão de cautela na condução de animais e porte de arma branca. A vítima foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exames.

Após a prisão, o advogado assinou um termo circunstanciado de ocorrência e foi liberado. Gizelle ainda registrou um boletim de ocorrência contra o agressor.

“Estou extremamente abalada e perplexa com o que aconteceu”, disse.

Após as agressões, a Polícia Militar chegou e prendeu o homem em flagrante. No carro dele, os policiais ainda encontraram dois canivetes.

Ele vai responder por lesão corporal, omissão de cautela na condução de animais e porte de arma branca. A vítima foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer exames.

Após a prisão, o advogado assinou um termo circunstanciado de ocorrência e foi liberado. Gizelle ainda registrou um boletim de ocorrência contra o agressor.

*Com Agenda do Poder

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição