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Em Nova York, Trump se prepara para ‘rendição’ à Justiça: entenda os próximos passos

Ex-presidente é o primeiro antigo ocupante da Casa Branca a ser denunciado criminalmente desde que a república americana foi fundada, em 1776.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se apresentará nesta terça-feira à Justiça de Nova York para tomar conhecimento formal das acusações que o transformaram, na quinta-feira, no primeiro antigo ocupante da Casa Branca a ser denunciado criminalmente desde que a república americana foi fundada, em 1776. A segurança na ilha de Manhattan foi reforçada para a audiência, que o republicano sinaliza ter planos de transformar em circo midiático para impulsionar seus planos de voltar à Casa Branca em 2024, informa O Globo.

Processo:

  • Pelo que Trump é acusado? O ex-presidente foi indiciado pelo suposto pagamento US$ 130 mil (R$ 667 mil) em propina à atriz pornô Stormy Daniels em 2016, com quem teria tido um caso extraconjugal em 2006, para abafar um possível prejuízo à sua imagem nas eleições daquele ano com a divulgação do escândalo.
  • O que está em jogo? Com decisão de quinta-feira, o ex-presidente se tornou oficialmente réu no processo criminal e se apresentará à Justiça nesta terça. Uma audiência de acusação será feita, onde ele será fotografado, terá as digitais colhidas e deverá declarar-se culpado ou inocente.
  • Trump usará algemas e ficará em cela? É habitual que os acusados que se apresentam sejam algemados, mas um dos advogados do ex-presidente disse que ele será poupado dessa etapa. Outro privilégio deve ser aguardar em uma sala de interrogatório em vez de uma cela tradicional.
  • Trump poderá ser preso? Como o crime do qual o ex-presidente é acusado não é de natureza violenta, Trump provavelmente não ficará preso e poderá ser solto sem pagamento de fiança. A exceção acontece caso o tribunal entenda que há risco de fuga, o que parece improvável considerando que ele tem escolta permanente do Serviço Secreto americano.
  • Trump poderá continuar na corrida eleitoral mesmo sendo réu? Sim, ao contrário do Brasil, a legislação americana permite que réus em ações criminais concorram a cargos eletivos.
  • Pré-candidato à Presidência dos EUA nas eleições de 2024, Trump foi denunciado na quinta-feira por supostamente ter pagado US$ 130 mil (R$ 667 mil) pelo silêncio da atriz pornô Stormy Daniels. O republicano nega as acusações. Uma das testemunhas-chave do processo é seu ex-advogado, Michael Cohen, que prestou depoimento ao Grande Júri, formado por cidadãos aleatórios, para decidir se há elementos suficientes para a abertura de uma ação criminal. Cohen trabalhava para o republicano e disse ter feito o pagamento a Daniels em nome do mandatário, sendo reembolsado posteriormente.

    No mesmo dia em que a denúncia foi formalizada, a Promotoria de Manhattan contatou o advogado de Trump para organizar sua “rendição”, que acabou sendo negociada para esta terça-feira. O ex-presidente viajou de Palm Beach, cidade onde mora desde que deixou a Casa Branca em janeiro de 2021, para Nova York na segunda-feira a tarde, num avião com seu nome estampado e as cores da bandeira americana. Ele foi direto para Trump Tower, seu prédio em Manhattan, onde pernoitou e teve reuniões com advogados.

     

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Política

Bolsonaro pode ser preso por decidir que nordestinos não são aptos a votar

É pouquíssimo provável em um governo extremamente centralizador como o de Bolsonaro que o plano de Anderson Torres para impedir eleitores de Lula de irem votar no segundo turno não tivesse o aval do chefe. Por conta disso, o então ministro da Justiça guarda a senha que pode liberá-lo da cadeia e colocar Jair em seu lugar.

Muitos antes das hordas vandalizarem o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF, em 8 de janeiro, antes mesmo dos trancamentos de rodovias para tentar evitar a posse de Lula sob vistas grossas da Polícia Rodoviária Federal, a primeira tentativa de golpe foi executada no dia 30 de outubro, quando a PRF, sob as ordens do diretor-geral Silvinei Vasques e do próprio Torres, criou bloqueios que dificultaram o deslocamento de eleitores principalmente no Nordeste, diz Leonardo Sakamoto, no Uol.

Como não conseguiu conquistar a região com propostas, a campanha de Bolsonaro decidiu que o nordestino não era apto a votar. Para tanto, usou a estrutura do Estado a fim de impedir que cidadãos depositassem seu voto, um crime bisonho.

Os bloqueios golpistas ainda custaram mais de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos. O governo Bolsonaro jogou para o contribuinte a conta da tentativa de golpe.

Inquérito da Polícia Federal sobre o caso aponta que o setor de inteligência do Ministério da Justiça fez um levantamento dos locais onde o petista foi mais votado para subsidiar bloqueios de estradas no segundo turno. Não só isso, como ele viajou à Bahia para pedir apoio da superintendência da PF local à ação da PRF. As informações foram reveladas pelo jornal O Globo.

Já como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Torres mudou a estrutura do policiamento da Esplanada dos Ministérios e viajou para os Estados Unidos, onde teria se encontrado com Jair Bolsonaro, em autoexílio desde que deixou a Presidência. A polícia, por conta disso, não foi capaz de conter os golpistas que perpetraram ações terroristas contra o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal no 8 de janeiro.

Depois disso, ainda surgiu um documento de natureza golpista no armário de sua casa, guardado por burrice, certeza de impunidade ou, psicanaliticamente, uma vontade inconsciente de ser descoberto. Ou seja, não foi apenas uma vez, é muito golpismo para uma só pessoa.

Como expliquei aqui cinco dias após os atos golpistas de janeiro, claro que sou contra a perversão do instrumento que ficou conhecido como “delação premiada”. Pessoas foram condenadas em praça pública durante a operação Lava Jato com base em confissões de criminosos que queriam salvar a si próprios, sem a preocupação de que os fatos fossem verdadeiros.

Feita a ressalva e considerando que o governo Bolsonaro foi abertamente golpista, imagino o bem que faria à República um derradeiro ato de coragem de Anderson Torres, delatando Jair.

Uma delação de Anderson Torres faria bem a ele e à democracia. Não faz sentido manter a lealdade a um político conhecido por abandonar seus antigos aliados na beira da estrada quando eles não forem mais úteis. Ele acha que, daqui a cinco anos, Jair vai levar Marlboro para ele nos dias de visita? Pergunta para Daniel Silveira se o ex-presidente lembra que o ex-deputado e hoje presidiário existe.

Quando se fala em golpe de Estado, a imagem histórica remete a uma fila de tanques descendo de Minas Gerais até o Rio de Janeiro e a imagem moderna aponta para um cabo e um soldado batendo na porta do STF. Mas o uso de tropas é desnecessário. Para um golpe, basta que o Poder Executivo passe a governar sem freios nem contrapesos dos outros poderes. Ignorando o Judiciário e a Constituição, que prega o direito e o respeito ao voto.

Uma delação premiada não salvará a biografia de Torres, mas vai ajudar a jogar luz sobre sucessivas tentativas de impor uma ditadura no Brasil pela via da força, o que ajudaria na punição do mandante, e aliviaria não sua consciência, mas a sua pena.

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Justiça

Governo Lula extingue a Ordem de Mérito Princesa Isabel, criada por Bolsonaro, e institui Prêmio Luiz Gama de Direitos Humanos

O Ministério dos Direitos Humanos revogou, nesta segunda-feira (3/4), a “Ordem de Mérito Princesa Isabel“, criada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em dezembro do ano passado. Para substituir a homenagem, o atual mandatário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), instituiu o Prêmio Luiz Gama de Direitos Humanos.

Publicado no Diário Oficial da União (DOU), o Decreto nº 11.463 estabelece que o prêmio “será concedido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania a pessoas físicas ou jurídicas de direito privado cujos trabalhos ou ações mereçam destaque especial nas áreas de promoção e de defesa dos direitos humanos no País”. O texto também indica que a homenagem será entregue bienalmente em anos pares.

A antiga homenagem fazia referência à Princesa Isabel, filha de Dom Pedro II e responsável pela assinatura da Lei Áurea, que proibiu a escravidão no Brasil em 13 de maio de 1888.

A renovação então instituiu o Prêmio Luiz Gama, um tributo ao jornalista, escritor, poeta e líder abolicionista brasileiro. “Não se trata de afirmar que uma pessoa branca não possa integrar a luta antirracista, mas de reafirmar o símbolo vital que envolve essa substituição: o reconhecimento de um homem negro abolicionista enquanto defensor dos direitos humanos”, explica a secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos, Rita Oliveira.

O baiano Luiz Gama nasceu em 1930, filho de um português e Luiza Mahin, reconhecida como uma mulher negra livre que participou de diversas insurreições de pessoas escravizadas. Vendido pelo o próprio pai aos 10 anos de idade para pagar uma dívida, Luiz Gama conseguiu sua liberdade aos 17 anos e se tornou um dos grandes nomes na luta pelo fim da escravidão no Brasil.

*Com Agenda do Poder

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Mundo

Brasileira sofre ataque xenófobo com agressão física nos EUA: ‘volte para o seu país’

Uma estadunidense atacou uma brasileira em Massachusetts.

Uma brasileira foi espancada na noite da última quarta-feira por uma mulher estadunidense em um ataque xenófobo. A agressão aconteceu na rua na cidade de Framingham, em Massachusetts, nos Estados Unidos.

De dentro de um carro, a estadunidense gritava para a brasileira, em outro veículo: “Volte para o seu país”. Em seguida, ela posicionou seu carro na frente do veículo da brasileira, foi até ela e começou a espancá-la na cabeça, no rosto e no estômago. A brasileira acabou perdendo um dente e deslocou um braço. Segundo a vítima, a agressora tinha um canivete ou um punhal na mão.

“Eu não reagi para não perder meus direitos. Em todo tempo ela gritava que, por ser americana, nada aconteceria com ela. Eu perdi um dente e desloquei meu braço. Tenho 1,51 cm e ela 1,80 cm. Ela estava armada e filmava tudo pra uma criança ver. Eu só me defendi. Meu rosto ficou deformado”, relatou a vítima em uma rede social.

A estadunidense foi detida e permaneceu sob custódia policial durante uma noite, após a qual pagou uma fiança de cerca de R$ 12,6 mil para ser libertada. Ela enfrenta acusações formais de dois crimes: agressão física e agressão com uma arma perigosa. A polícia alegou que a “arma perigosa” era um conjunto de chaves, enquanto a brasileira afirmou, em uma entrevista a um programa de rádio local na sexta-feira, que se tratava de um canivete ou um punhal.

*Com 247

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Justiça

Investigação sobre ofensiva de Anderson Torres deve potencializar processo contra Bolsonaro no TSE

Polícia Federal apura se houve esforço dirigido para impedir que eleitores de Lula chegassem aos locais de votação no 2º turno.

De acordo com Malu Gaspar, O Globo, a investigação sigilosa para apurar como foi montada a operação da Polícia Rodoviária Federal que bloqueou as estradas do Nordeste no dia do segundo turno deve turbinar uma das 16 ações que investiga no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a fracassada campanha de Jair Bolsonaro à reeleição e pode declará-lo inelegível.

Conforme informou a coluna, a Polícia Federal apura se houve um esforço dirigido para impedir que eleitores de Lula chegassem aos locais de votação no segundo turno.

Um dos episódios incluídos pela PF na lista de evidências de que o governo Bolsonaro trabalhava para sabotar as chances de Lula é uma viagem do então ministro da Justiça à Bahia para fazer com que a superintendência da PF no estado se engajasse na operação da PRF.

O argumento de Torres naquele momento foi de que havia informes de inteligência que sugeriam uma ação orquestrada de compra de votos no Nordeste.

Os bloqueios nas estradas foram suspensos por ordem do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, mas se tornaram alvo não só da PF como de uma ação apresentada pela coligação de Lula ao TSE, em dezembro do ano passado.

Agora, os advogados do PT procuram uma forma de incluir as descobertas desse inquérito no processo contra Bolsonaro.

Existem ao menos dois caminhos possíveis para “turbinar” a ação do TSE que trata desse tema: o PT, que lidera a ofensiva jurídica, solicitar o compartilhamento das provas obtidas pela Polícia Federal, ou o próprio relator da ação, ministro Benedito Gonçalves, tomar uma iniciativa nesse sentido.

Há precedentes. A minuta golpista encontrada na casa de Anderson Torres foi anexada como evidência na investigação do TSE que apura os ataques sistemáticos de Bolsonaro contra o sistema eleitoral, a pedido do PDT, autor da ação.

Esse processo, o mais avançado entre os 16 processos contra o ex-presidente, pode ser julgado ainda no fim deste mês.

Nessa ação, que se originou da reunião de Bolsonaro com embaixadores em julho do ano passado, marcada por ataques infundados às urnas eletrônicas, Benedito Gonçalves determinou que Anderson Torres prestaria depoimento ao TSE.

A decisão de ouvir Torres foi feita “de ofício” por Benedito, sem o ministro ser provocado por ninguém.

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Justiça

Pressionado, Deltan quer transferir denúncias de Tacla Duran para Justiça de Curitiba

Os advogados de defesa do ex-procurador da Lava Jato e agora deputado, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), estão buscando transferir as denúncias do advogado Rodrigo Tacla Duran de volta para a Justiça Federal de Curitiba.

Em depoimento ao novo juiz da Lava Jato e à Polícia Federal, Tacla Duran revelou ter sido alvo de extorsão por advogados ligados ao ex-juiz suspeito Sergio Moro, hoje senador, durante a Operação Lava Jato em troca de favores para seus clientes em acordos de colaboração. Tacla Duran também implicou Deltan no suposto crime.

Como a acusação envolve parlamentares, o juiz Eduardo Appio decidiu enviar o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), corte competente para julgar autoridades com prerrogativa de foro. Atualmente, o caso está nas mãos do ministro Ricardo Lewandowski, que abriu um prazo para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre a necessidade de abrir um inquérito.

Na semana passada, Lewandowski anunciou que anteciparia sua aposentadoria, originalmente prevista para maio, e deixará o cargo em 11 de abril. Se não houver uma decisão do ministro sobre a questão de competência antes disso, o processo provavelmente será transferido para o seu sucessor, que será indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O argumento da defesa de Deltan é que a acusação não tem relação com o mandato parlamentar e, por isso, não há incidência do foro por prerrogativa de função.

“Quer seja pela cogitada extorsão ou pelo tráfico de influência, o suposto ilícito que ele denunciou não ocorreu no exercício do mandato parlamentar do peticionário, mas sim enquanto ele exercia suas atividades de procurador da República, o que revela a insubsistência e a carência de respaldo jurídico da decisão tomada na instância originária”, diz um trecho da manifestação, conforme o jornal O Estado de S. Paulo.

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Política

Anderson Torres pediu apoio à PRF para ‘fiscalizar’ fluxo de eleitores no Nordeste

Brasil de Fato — Segundo investigação da Polícia Federal (PF), o ex-ministro de Justiça Anderson Torres atuou pessoalmente para a realização das operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em estados do Nordeste durante o segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, o que dificultou o acesso de eleitores às urnas, conforme apuração do jornal O Globo.

Torres teria feito uma viagem à Bahia para solicitar à superintendência da PF no estado uma atuação conjunta com a PRF contra supostos crimes eleitorais, como compra de votos. No entanto, de acordo com investigadores ouvidos pelo G1, o objetivo era dificultar a locomoção de eleitores na região onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem mais votos historicamente.

Na ocasião, a equipe de Anderson Torres teria encaminhado um documento com os nomes das cidades nas quais deveriam ser realizadas as operações. Em algumas, Lula havia sido o candidato mais votado no primeiro turno. Esse documento foi elaborado, segundo a reportagem, pela delegada Marília Ferreira Alencar, que é investigada pela PF por obstrução de provas relacionadas aos atos criminosos do 8 de janeiro.

“Fiscalização” no dia da eleição

Em 30 de outubro, a PRF realizou as diversas operações de fiscalização que dificultaram o deslocamento de eleitores. Esse tipo de ação havia sido proibido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na data do pleito. Após a repercussão, a expressão “Deixem o Nordeste votar” ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter.

Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, pediu que o então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, informasse “imediatamente sobre as razões pelas quais [estavam sendo] realizadas operações policiais”. No mesmo dia, Silvinei havia publicado em suas redes sociais uma mensagem de apoio a Jair Bolsonaro.

Fiscalização” no dia da eleição

Em 30 de outubro, a PRF realizou as diversas operações de fiscalização que dificultaram o deslocamento de eleitores. Esse tipo de ação havia sido proibido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na data do pleito. Após a repercussão, a expressão “Deixem o Nordeste votar” ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter.

Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, pediu que o então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, informasse “imediatamente sobre as razões pelas quais [estavam sendo] realizadas operações policiais”. No mesmo dia, Silvinei havia publicado em suas redes sociais uma mensagem de apoio a Jair Bolsonaro.

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Política

Forças Armadas usaram verbas de combate à Covid-19 para comprar picanha e salgadinhos

O TCU (Tribunal de Contas da União) detectou que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas gastaram irregularmente recursos destinados ao enfrentamento da pandemia da Covid-19. A informação consta em auditoria do tribunal, segundo o Uol.

A conclusão teve como base a análise de R$ 15,6 milhões de despesas executadas por Defesa e Forças Armadas com recursos enviados pelo Ministério da Saúde a título de ressarcimento ao apoio logístico prestado em ações na pandemia em 2020 e 2021.

Entre as irregularidades, o tribunal citou R$ 256 mil de gastos do Exército com salgados típicos para serem servidos em coquetel, sorvetes e refrigerantes. Foram usadas nesses casos verbas de ressarcimento da Covid.

Os auditores destacaram que, em razão de seu baixo valor nutritivo e sua finalidade habitual, os alimentos “muito provavelmente não teriam sido utilizadas para o reforço alimentar da tropa empregada na Operação Covid-19”.

Além disso, houve compra de 12 mil quilos de cortes nobres

de carne bovina (filé mignon e picanha) por R$ 447 mil, feitas por apenas duas organizações militares.

O gasto, segundo o documento, representa 22% do total despendido por todas as unidades do Exército com carne bovina em geral, que foi de R$ 2 milhões adquiridos por 45 organizações militares.

A auditoria foi solicitada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara e executada pela Secretaria-geral de Controle Externo e pela estrutura que cuida de Defesa Nacional e Segurança Pública do TCU.

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Política

Governo Lula está próximo de maioria absoluta no Congresso, faz as contas analista

O imbróglio institucional que opõe Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidentes da Câmara e do Senado respectivamente, preocupa o governo Lula. Mas o cenário tem também aspectos positivos, do ponto de vista do amadurecimento das relações políticas a partir da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso porque o chefe de governo assumiu o Palácio do Planalto em condições bastante desfavoráveis, na opinião do jornalista e consultor político Antônio Augusto de Queiroz, ex-diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

Ele lembra que, em primeiro lugar, Lula assumiu sem uma transição efetiva, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro se negou a participar do processo e saiu do país em 30 de dezembro. Com isso, boa parte das atribuições da presidência da República estavam no gabinete de Arthur Lira. O presidente e aliados tiveram inclusive de adotar medidas para recompor orçamento para 2023, já com a PEC da Transição em dezembro.

“Assumir nessa circunstância não é tarefa fácil”, diz Queiroz. “Nesse cenário, era conveniente ao governo, inclusive, não precipitar nada, porque estaria trabalhando em campo minado. Primeiro tinha que conhecer onde estava pisando”, acrescenta. Foi o que Lula fez. Até por ter começado o mandato pressionado pela urgência de construir uma base parlamentar, que já não é normalmente fácil, e administrar uma série de poderes e atribuições de presidente da República.

Lula tem também de lidar com dois personagens que se comportam quase como se fossem presidentes da República: o próprio Arthur Lira e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. “É delicado, porque são homens vinculados ao mercado, que age por expectativas, e a opinião deles contamina o mercado, é preciso calibragem sobre o que vai falar”, aconselha o analista.

Se, como disse Arthur Lira no início do mês, Lula não tinha maioria nem para aprovar meros projetos de lei ou medidas provisórias, que exigem maioria simples, “no dia de hoje já dá para dizer que o governo aprova, sim, propostas por maioria simples”, na avaliação de Queiroz. Para ele, o Planalto “está bem próximo” de ter maioria absoluta. Mas precisa acelerar as nomeações que faltam para o segundo escalão.

Arcabouço Fiscal

O arcabouço fiscal é um projeto de lei complementar. Portanto, precisa de maioria absoluta, metade mais um dos votos de toda a Câmara, ou 257 deputados. “Em termos de emenda à Constituição, a única matéria que o governo tem de mais urgente não é um tema de governo, mas de Estado: a reforma tributária”, lembra Queiroz. Tanto que o governo investe não em um texto próprio, mas nas alternativas do próprio Congresso que já foram bastante discutidas, as PECs 45 (na Câmara) e 110 (no Senado).

“Agora, nos próximos 30 dias, vai ser o desafio efetivo”, avalia o analista. O Planalto precisa pavimentar o terreno para a aprovação de 13 medidas provisórias, entre as quais algumas não podem de maneira nenhuma caducar, o que acontece se não forem votadas em 120 dias a partir do início da legislatura em fevereiro.

Medidas provisórias prioritárias

São os casos das MPs que reorganizam os ministérios; a que cria o Bolsa Família; a MP do Minha Casa Minha Vida; e a medida provisória que retoma o voto de desempate a favor da Receita Federal no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). Essas devem ser votadas em rito de tramitação normais das MPs, a partir da formação de comissões mistas. As outras podem ser transformadas em projetos de lei em regime de urgência.

A disputa entre Lira e Pacheco ficou explosiva justamente devido a esse rito. Por acordo, a passagem das MPs pelas comissões durante a pandemia foi suspensa e elas passaram a ser votadas mais rápido, com poder do presidente da Câmara para indicar relatores. Para Pacheco, a pandemia acabou e esse rito não faz mais sentido, inclusive porque a Constituição exige a formação de comissões.

Lira resiste

Lira teve de ceder a esse argumento, mas passou a dizer que então a Câmara deve ter mais deputados do que senadores (hoje há paridade, com 12 parlamentares de cada casa). Ele perdeu poder ao se ver sem o orçamento secreto e tenta não perder mais poder ainda.

O presidente da Câmara, porém, não tem alternativa a não ser colaborar com o governo. Ele não pode deixar MPs como do Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, por exemplo, caírem. Ficaria muito comprometido.

Na comparação entre o atual e o antigo governo, a vida de Lula não está tão diferente em termos de tramitação de MPs. A primeira medida provisória de Bolsonaro, que fez uma transição tranquila e amigável com Michel Temer, foi votada em 9 de maio de 2019, bem depois da posse, lembra Queiroz.

*Com DCM

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Mundo

A diferença entre os depoimentos de Trump e Bolsonaro

Sob investigação, ex-presidentes terão que se explicar às autoridades nos próximos dias.

A vida já foi mais leve para para Donald Trump e Jair Bolsonaro. Depois de serem apeados do poder, os ex-presidentes agora enfrentam problemas com a polícia.

Nesta terça, o americano terá que se explicar sobre a acusação de suborno para silenciar a atriz pornô Stormy Daniels. Na quarta, o brasileiro será ouvido pela PF sobre o escândalo das joias sauditas.

Como sempre, Trump está um passo à frente de seu imitador. O magnata já prestará depoimento na condição de réu.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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