Ideólogo de Trump, Steve Bannon é entrevistado; expectativa é de revelações sobre tramas que elegeram Bolsonaro.
Segundo o Brasil de Fato, espectadores estadunidenses e britânicos vão poder assistir nas próximas semanas um documentário em três partes sobre a chegada ao poder de Jair Bolsonaro e seus filhos, além de sua gestão, que mudou a percepção do Brasil aos olhos do mundo.
As três horas de The Boys From Brazil: Rise of the Bolsonaros (Os Meninos do Brasil: Ascensão dos Bolsonaros, em tradução livre) começam a ser transmitidas nesta quarta pela TV pública dos EUA, a PBS (Public Broadcasting Service). No Reino Unido, a série vai ao ar a partir da próxima segunda (5/9) pela BBC2 – responsável pelo documentário.
Os produtores entrevistaram membros do clã, como o senador Flávio Bolsonaro (que dá sua versão para a “facada” durante a corrida de 2018, determinante para o desfecho do pleito), o ex-ministro bolsonarista da Saúde e agora opositor Luiz Mandetta (sobre a condução da pandemia), o jornalista estadunidense Glenn Greenwald, radicado no Brasil desde 2005 e seu marido, o deputado federal e ativista LGBTQIA+ David Miranda (PDT).
A expectativa é que o programa traga revelações sobre o processo de manipulação da mídia e opinião pública que catapultou então candidato nanico ao Palácio do Planalto. Para isso, os produtores entrevistaram Steve Bannon, o estrategista do ex-presidente dos EUA Donald Trump, responsável por ajudar na consolidação de governos de extrema-direita pelo mundo. Bannon se envolveu ativamente na campanha presidencial de Bolsonaro.
Além da chegada ao poder, o documentário foca na desastrosa condução da pandemia e os alarmantes índices de destruição do meio-ambiente – um dos temas relacionados ao Brasil mais caros para as audiências estrangeiras. Não há previsão para que The Boys From Brazil: Rise of Bolsonaros seja transmitido em território nacional.
Faltando pouco mais de um mês para as eleições presidenciais, a data de exibição pode ter impacto eleitoral. Em 2018, Bolsonaro venceu com folga entre os eleitores brasileiros radicados nos EUA e no Reino Unido.
Esse “The Boys From Brazil: Rise of the Bolsonaros” parece, antes de tudo, um ótimo sinal. Estreia em 31/08 na PBS (a TV pública dos EUA) e em 05/09 na BBC2. Parece que EUA e Reino Unido querem mostrar para a opinião pública local que não vão aceitar golpe do Bolsonaro aqui pic.twitter.com/o0tNpTXsz0
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Alice Maciel, Agência Pública – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), empregou ao longo de seus três mandatos na Casa, de 2011 a 2021, sete parentes de seu assessor parlamentar e amigo Djair Marcelino da Silva, conforme levantamento da Agência Pública. Djair é apontado como operador de um esquema de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa de Alagoas, que teria sido liderado por Lira quando ele ainda era deputado estadual (2001-2007), de acordo com denúncia do Ministério Público Federal (MPF) de 2018, decorrente da Operação Taturana, deflagrada em 2007 pela Polícia Federal (PF). Além de Djair, atualmente apenas seu sobrinho, Luciano José Lessa de Oliveira, está lotado no gabinete do líder do Centrão como secretário parlamentar, mas a reportagem da Pública revela indícios de que ele dá expediente em outro local.
Filho da cunhada de Djair, Lessa é dono de uma gráfica em Maceió (AL), a Sete Comunicação Visual. A reportagem o flagrou cinco vezes no local em horário comercial. No primeiro contato, uma quarta-feira, 16 de fevereiro, às 10h50, o encontramos em sua gráfica pintando uma faixa e atendendo a um cliente. Voltamos no dia 22 de março, terça-feira, às 14 horas. Dessa vez, sem saber que éramos jornalistas, ele fez um orçamento de banner para festa infantil.
Ainda passamos em frente à sua loja nos três dias seguintes, quarta-feira às 15 horas, quinta-feira às 12 horas, sexta-feira às 13 horas, e a gráfica estava aberta ao público. Nos dias de funcionamento, Lessa coloca na calçada uma placa com seus contatos e a divulgação do seu trabalho: “banners, adesivos, placas e faixas”. O horário de atendimento divulgado nas redes sociais da Sete Comunicação é das 9 horas às 22h30.
“Eu passo o dia todo fora, de vez em quando eu venho aqui na bodega [na gráfica] porque eu tenho três gatos, aí eu passo para colocar a comida dos gatos, boto a máquina para dar uma esquentada para não perder ela, porque eu não estou utilizando ela”, justificou Lessa, ao ser procurado pela Pública. Segundo vizinhos ouvidos pela reportagem, no entanto, “ele costuma passar o dia na gráfica”.
As regras da Câmara dos Deputados permitem o trabalho do assessor no estado de origem do deputado, mas sua atividade deve ser inerente ao exercício do mandato. De acordo com a Câmara, o secretário parlamentar está sujeito a uma jornada semanal de 40 horas e poderá ser autorizado a realizar atividade privada, desde que fora do período de trabalho — o que não se enquadraria no caso de Luciano Lessa.
Lessa: “Quase não frequento o escritório”
Arthur Lira possui um escritório em Maceió, mas Lessa afirmou que quase não o frequenta. De acordo com ele, sua responsabilidade no gabinete do deputado é “cuidar da comunicação visual”. “Desde a campanha de 2010 que eu fiquei encarregado de ficar fazendo as partes de comunicação visual dele, que é camisa, placa, faixa”, contou o servidor. Ele alega que seu trabalho é fazer a cotação de preço nas gráficas para a impressão do material produzido por agências de publicidade.
“A minha função é fazer a ponte entre o que a agência de publicidade manda de layout e as gráficas, fazer cotação de preço, ficar brigando por desconto, e depois passo para o financeiro”, explicou. Por conta disso, justifica, ele passa mais tempo na rua e tem horário de trabalho flexível. “Meu horário é: ‘a hora que precisam de mim, eu tô. Todo dia eu vejo o que é pra ser feito, executo minha parte e fico livre o dia todo”, disse, acrescentando: “Não tem a necessidade de eu estar lá [no escritório] primeiro, porque lá eu fico ocioso, meu negócio é ficar correndo atrás de gráfica. Como eu não gosto de ficar resolvendo esses negócios via telefone, eu gosto de ir direto nos locais”. Lessa reforçou ainda, durante a conversa, que não executa nenhuma função para as redes sociais: “Meu negócio é papel, adesivo, tecido”.
Com base em seu relato, a reportagem checou a prestação de contas do gabinete de Arthur Lira dos últimos quatro anos, e não foram localizados registros de gastos com material impresso nem com gráficas. O gasto dos deputados federais com “divulgação de atividade parlamentar” está previsto na “Cota para o exercício da Atividade Parlamentar”, que é um valor mensal que eles recebem para manutenção do mandato. Fizemos um levantamento dos gastos de Lira com essa rubrica no portal da transparência da Câmara, de janeiro de 2019 a fevereiro de 2022. Nesse período, o presidente da Casa investiu apenas em propaganda nas redes sociais, blogs e sites de Alagoas.
Luciano Lessa está lotado no gabinete de Arthur Lira desde o início do primeiro mandato do político na Câmara dos Deputados, em 7 de fevereiro de 2011. Nessa época, ele já tocava a Sete Comunicação havia um ano, conforme registro na Receita Federal. Atualmente, o servidor ganha um salário bruto de R$ 5.726,13 mais auxílio de R$ 982,29. Ele contou que trabalhou na campanha de Lira nas eleições de 2010, a convite do tio Djair, e que, posteriormente, foi convidado a integrar o quadro de funcionários do gabinete. Luciano disse, no entanto, que não vai a Brasília. “Eu lido aqui direto, com o pessoal daqui de Maceió”, afirmou.
O caso lembra o da ex-funcionária de Jair Bolsonaro, Walderice Santos da Conceição, que ficou conhecida como Wal do Açaí. Lotada no gabinete de Bolsonaro quando ele era deputado federal, a servidora tinha uma loja de açaí em Angra dos Reis, conforme revelou a Folha de S.Paulo. O MPF denunciou o presidente por improbidade administrativa na semana passada por tê-la mantido como funcionária fantasma por 15 anos na Câmara (2003 a 2018). A investigação revelou que ela nunca esteve em Brasília, não exerceu nenhuma função relacionada ao cargo e ainda prestava serviços particulares para Bolsonaro.
Djair, o Queiroz de Arthur Lira?
Arthur Lira e Djair Silva se conheceram em 1989, quando o político promovia vaquejadas no parque Arthur Filho, no município de Pilar (AL) e Djair trabalhava na TV Gazeta de Alagoas. O empresário contratou Djair para cuidar dos eventos no parque e, ao longo do tempo, ele foi se transformando em um “faz-tudo” do político. “O Djair toma conta do escritório de Arthur Lira em Maceió. Pensão alimentícia de Arthur Lira, quem paga é Djair, ele pagava o colégio do filho do Arthur Lira quando o menino vivia em Maceió; cartão de saúde, quem renovava era ele, tudo! Até quando o pai tinha que comparecer no colégio, quem ia era o Djair”, revelou uma pessoa próxima a eles que prefere não se identificar.
Djair Silva
Em 11 de maio de 2020, Djair Silva foi nomeado secretário parlamentar no gabinete de Lira no Legislativo Federal, com salário de R$ 7.509,50 e auxílios no valor de R$ 982,29 e é “encarregado pela parte financeira”, segundo Luciano Lessa.
“Eu fui chefe de gabinete do Arthur na Assembleia e hoje eu sou chefe de gabinete dele em Maceió. É uma questão de confiança”, afirmou Djair. A reportagem o encontrou numa manhã de sexta-feira, 25 de março, sozinho no escritório do deputado localizado na orla da capital alagoana.
Ele foi chefe de gabinete de Arthur Lira de 2001 a 2010, quando o parlamentar ainda era deputado estadual, e teria sido peça-chave no esquema de rachadinhas na Assembleia Legislativa de Alagoas, de acordo com denúncia do MPF. Detalhes da investigação que indica o líder do Centrão como chefe do esquema foram revelados pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmados pela Pública.
O processo, que corre em segredo de Justiça, tem um capítulo dedicado ao político. “Arthur Lira é ex-primeiro secretário da Mesa Diretora da ALE/AL e foi beneficiado com os esquemas de manipulação da folha de pagamento e descontos indevidos de cheques da ALE/AL, bem como na obtenção fraudulenta de empréstimos consignados”, diz um trecho da acusação, descrito no livro Os bens que os políticos fazem — histórias de quem enriqueceu durante o exercício dos mandatos, do jornalista Chico de Gois.
A média de recursos desviados da rachadinha — quando funcionários são coagidos a devolver parte de seus salários — era de R$285 mil por mês (nos valores da época), de acordo com manuscritos encontrados na investigação.
Fatos descobertos na operação renderam a Lira duas condenações na esfera cível por improbidade administrativa — em primeira instância, em 2012; em segunda instância, em 2016. O deputado recorreu, mas ainda aguarda as decisões. Na esfera criminal, ele foi absolvido depois que a investigação foi anulada em juízo sob a justificativa de que deveria ter sido realizada pela Justiça Estadual, e não pela Federal. O Ministério Público de Alagoas tenta reverter a sentença.
A ação, que começou com o MPF, foi parar nas mãos dos promotores do estado em 2018, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que limitou o foro privilegiado a crimes durante e em função do cargo.
Num paralelo entre o caso envolvendo a família Bolsonaro e o do deputado Arthur Lira, a atuação de Djair Marcelino da Silva guardaria semelhança com a de Fabrício Queiroz. Isso porque os investigadores identificaram que parte dos recursos que teriam sido desviados de 2001 a 2007 saía do salário de funcionários fantasmas e seria Djair, então chefe de gabinete de Lira, supostamente o responsável por retirar o dinheiro na boca do caixa. Ele teria descontado “aproximadamente dez cheques nominais” de servidores comissionados contratados pelo deputado, conforme depoimento de um gerente do Banco Bradesco em 2007, que consta na ação.
Ao ser questionado sobre as acusações, Djair afirmou: “Já é matéria vencida”. “Eu fui envolvido nessa questão lá atrás, mas não ficou nada comprovado. Se tivesse, eu teria dito”, acrescentou.
A PF identificou que parte dos recursos desviados foi depositada na sua conta e da então esposa de Lira, Jullyene Lins. Ela confessou no processo ter sido funcionária fantasma do ex-marido e de ser proprietária da conta que recebia o dinheiro ilícito. Na terça-feira passada (22/3), Jullyene postou um vídeo nas redes sociais com a promessa de revelar informações sobre o ex-marido. “São várias coisas que a partir de hoje, eu vou começar a abrir para vocês, para vocês terem noção, porque eu cansei de ficar calada”, diz ela em um trecho da gravação.
Entre os servidores que trabalhavam para Arthur Lira na Assembleia de Alagoas, também estão os filhos de Djair, Djair Afonso Lessa Marcelino, que chegou a ser investigado pelo MPF, e Davi Afonso Lessa Marcelino, e o sobrinho, Anderson José Silva do Nascimento — os dois últimos posteriormente contratados por Lira na Câmara dos Deputados.
Procurado, Djair Afonso afirmou que trabalhava na parte de marketing do mandato de Lira na Assembleia. Ele disse desconhecer qualquer esquema de “rachadinhas” envolvendo seu pai e o político e garantiu que recebia o salário integral. A reportagem tentou contato com Davi e Anderson por meio de e-mail e das redes sociais, mas não obteve retorno.
Ao todo, entre 2011 e 2021, passaram pelo gabinete de Arthur Lira na Câmara sete parentes do amigo Djair Silva: dois filhos, três sobrinhos, a ex-mulher e uma prima.
“Todo político tem que ter as pessoas que ele possa confiar”, justificou Djair. Ele afirmou que cada um dos seus parentes “acompanhava determinada comunidade, ou determinado município”. “Que a gente possa ter gente de confiança, que a gente possa mandar para determinadas bases e saber que vai ser cumprida a tarefa, a necessidade daquela comunidade, daquele município”, defendeu.
Ao ser questionado se existe a prática da “rachadinha” no gabinete do presidente da Câmara, ele respondeu: “Pelo que eu conheço do Arthur, há muito tempo, ele não permitiria esse tipo de coisa, tá certo? Nem eu permitiria, quanto a minha condição de católico, religioso, que é uma coisa tão espúria”.
Laços de família
Quatro anos depois de deflagrada a Operação Taturana, Arthur Lira assumiu seu primeiro mandato como deputado federal e, no mês seguinte ao da posse, nomeou para seu gabinete como secretário parlamentar dois filhos de Djair. Davi Marcelino ocupou a vaga de 9 de fevereiro de 2011 a abril de 2012. À época, ele já era sócio do irmão Djair Afonso na agência de publicidade Affesta, registrada na Receita Federal em 2009.
Ainda calouro na Casa, Lira contratou outro filho do amigo, André Marcelino Loureiro Viana Silva. Ele é fruto do relacionamento de Djair com Rose Marie Loureiro Viana, que também trabalhou como secretária parlamentar do deputado no Legislativo Federal, de 12 de maio de 2011 a 6 de maio de 2020.
André ficou na vaga por pouco mais de dois anos — de 2 de fevereiro de 2011 a 3 de setembro de 2013. Em março de 2016, ele assumiu um cargo comissionado na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), onde permanece até hoje. A empresa pública é vinculada ao Ministério de Desenvolvimento Regional e teria influência política de Arthur Lira.
Além do filho de seu assessor, estão na estatal Carlos Jorge Ferreira Cavalcante e Gláucia Cavalcante, irmão e esposa do braço-direito e chefe de gabinete de Lira em Brasília, Luciano Cavalcante. Gláucia também foi servidora de Lira na Câmara.
Estivemos no dia 16 de fevereiro no apartamento onde André mora com a mãe, em Maceió. Ele estava em casa, mas não quis responder aos questionamentos da Pública e disse que sua mãe também não falaria com a reportagem.
O deputado Arthur Lira empregou também em seu gabinete o filho da irmã de Djair, Anderson José Silva do Nascimento. Ele ficou de junho de 2011 a fevereiro de 2013. Um mês depois, ele “foi substituído por seu irmão”, conforme admitiu Djair. Djacy Afonso da Silva Neto assumiu a vaga no dia primeiro de março de 2013, na qual permaneceu até 27 de maio de 2020. Ele trabalhou com sua prima Patrícia Marcelino da Silva, que entrou em abril de 2014 no gabinete de Lira. Ela, no entanto, saiu antes, em 2017.
Entramos em contato com Djacy por telefone e pelas redes sociais, mas não obtivemos resposta. Também tentamos contato com Patrícia, sem retorno.
A reportagem identificou ainda no gabinete de Arthur Lira outras quatro pessoas com laços familiares entre si. Maria Cicera da Costa Albuquerque, lotada na Câmara dos Deputados de fevereiro de 2011 a abril de 2012, é mãe de Mirela da Costa Albuquerque, que foi secretária parlamentar do deputado de fevereiro de 2011 a julho de 2012. Elas são de Quipapá, Pernambuco, onde o pai do político possui uma fazenda, mas Mirela informa nas suas redes sociais que mora em Maceió.
Ela afirmou à reportagem que sua função no gabinete era a de atender as pessoas que chegavam do interior. “E passava para o seu Djair as solicitações das pessoas”, contou. Mirela disse ainda que recebia o salário integral. Procuramos sua mãe, Maria Cicera, na segunda-feira (28/03), mas ela desligou o telefone ao ser informada que se tratava de uma reportagem e não retornou às mensagens de whatsapp.
Outro caso parecido é o de Itamar Benedito Missano Tavares e Igor Barros de Souza Missano, que são pai e filho, respectivamente. Itamar entrou no gabinete de Arthur Lira em 16 de maio de 2014, onde permanece até hoje. Já Igor ficou apenas no primeiro mandato do deputado, de fevereiro de 2011 a maio de 2014. Tentamos contato com os dois por telefone e e-mail, mas não obtivemos resposta.
Outro lado
Arthur Lira informou por meio de nota que Djair trabalha no gabinete local do deputado em Maceió prestando funções relacionadas ao cargo que ocupa. Já o servidor Luciano Lessa, exerce o trabalho de base junto à comunidade, com acompanhamento e monitoramento da mídia local e possui uma empresa, sem qualquer vínculo com sua atividade no gabinete. Em relação aos outros parentes de Djair, o deputado afirmou que “alguns foram servidores, em cargo de confiança, em épocas distintas e já totalmente desligados”. “Os processos referentes à operação Taturana foram analisados pela Justiça de Alagoas. O deputado foi absolvido”, acrescentou.
Bolsonaro está ficando asfixiado, as portas estão se fechando, as paredes ficando mais estreitas e seus disparates na base da mentira não encontram mais espaço para seguir o caminho fácil que os vigaristas utilizam para fugir da realidade, a mentira.
Lula, no debate da Band desmente Bolsonaro sobre a extensão do Auxílio Emergencial, que bambeia e Lula sorri.
Assista:
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O gosto por armas e a personalidade de sujeito mais “bronco” aproximaram Jair Bolsonaro de um dos maridos de suas irmãs, José Orestes Fonseca, que ganhou do político, antes de ele virar presidente, o apelido de “Jagunço”.
É do patrimônio de José Orestes e de sua esposa, Maria Denise Bolsonaro, o imóvel mais caro comprado com dinheiro em espécie por um integrante da família Bolsonaro nas últimas três décadas: uma casa em terreno de quase 20 mil metros quadrados na região central de Cajati, no interior paulista, sob o custo de R$ 2,67 milhões (o que equivale a R$ 3,47 milhões hoje, em valores corrigidos pelo IPCA).
De acordo com levantamento patrimonial realizado pelo UOL, quase metade do patrimônio em imóveis do clã Bolsonaro foi adquirido nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie.
O UOL procurou o presidente Jair Bolsonaro, por meio da assessoria do governo, para perguntar a razão da preferência da família pelas transações em dinheiro, mas ele não se manifestou antes da publicação da reportagem. Nesta terça, o presidente demonstrou irritação ao ser questionado sobre o assunto.
“Qual é o problema de comprar com dinheiro vivo algum imóvel, eu não sei o que está escrito na matéria… Qual é o problema?”, disse o presidente após participar de uma sabatina promovida pela União Nacional do Comércio e dos Serviços. “O que eu tenho a ver com o negócio deles?”, afirmou sobre os filhos e a familiares que moram no Vale do Ribeira (SP).
“Então tudo bem. Investiga, meu Deus do céu. Quantos imóveis são? Mais de cem imóveis… Quem comprou? Eu? A minha família? Meus filhos já foram investigados. Desde quando eu assumi, quatro anos de pancada em cima do Flávio, do Carlos, Eduardo menos… Familiares meus do Vale do Ribeira. Eu tenho cinco irmãos no Vale do Ribeira.”
Conforme dados da Casa da Moeda sobre o peso das cédulas, a quantidade de dinheiro vivo declarada na compra da casa pesaria em torno de 6,5 quilos, considerando o pagamento integral com notas de R$ 100. O volume de 267 maços de cem notas cabe em uma mala de viagem.
O terreno comprado pelo cunhado e pela irmã de Bolsonaro abrigava originalmente a casa de visitantes da Bunge Fertilizantes, empresa pioneira na exploração de minério de fosfato, que impulsionou o desenvolvimento da cidade a partir dos anos 1940. Luxuoso, o imóvel era usado por executivos da multinacional.
A compra com dinheiro em espécie do terreno e da antiga casa foi registrada em janeiro de 2018. O pagamento foi feito à Vale, empresa que na época era a dona do parque industrial que pertenceu à Bunge.
Uma das primeiras providências dos novos compradores foi pintar o telhado da casa com a cor azul, marca registrada de sua rede de móveis, eletrodomésticos e materiais de construção, a Campos Mais, fundada nos anos 1990.
Além de reformar a antiga casa, José Orestes construiu uma segunda casa no mesmo terreno, equipada com quadras esportivas, área de lazer e até mesmo um clube de tiro particular a partir de 2020 em sociedade com dois filhos, sobrinhos do presidente. Apesar de o clube ter sido constituído formalmente há mais de dois anos, o estabelecimento ainda não consta entre os registrados pelo Exército.
Nos anos 2000, José Orestes e Maria Denise construíram juntos um império de lojas de móveis, eletrodomésticos e miudezas no Vale do Ribeira. Eles se casaram em 1980, sob o regime de comunhão universal. Atualmente os dois vivem separados, mas ainda brigam pela divisão dos bens.
Até que a disputa se resolva, do ponto de vista legal, o patrimônio ainda pertence a ambos —incluindo bens que tenham sido adquiridos recentemente.
Em julho deste ano, a Justiça de São Paulo determinou que Orestes Bolsonaro Campos, filho de Maria Denise e sobrinho do presidente Jair Bolsonaro (PL), vá a júri popular por tentativa de feminicídio.
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No Twitter, o filho 01 do presidente ainda ironizou: “É mulher e vota em Bolsonaro 22”. É o desespero que tomou conta do clã.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) publicou em suas redes sociais nesta 2ª feira (29.ago.2022) um santinho, panfleto com número eleitoral, com uma montagem em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece como uma mulher. Em apelo pelo voto feminino, o senador escreveu: “Bolsomita é mulher e vota em Bolsonaro 22. Se você é mulher e vota em Bolsonaro, comente.
O perfil no Twitter “Demagogia do Oprimido”, que apoia o presidente Jair Bolsonaro, costuma compartilhar versões personalizadas do panfleto com a foto do chefe do executivo.
Nas imagens, Bolsonaro já apareceu caracterizado de personagens famosos, como Rocky Balboa, Homer Simpson, Thanos (Marvel) e Super-Homem (DC Comics). Segundo a página, trata-se de uma coletânea que será atualizada à medida que surgirem novas ideias.
*Com Poder360
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Aliados mais próximos e amigos de Bolsonaro são beneficiados com dinheiro para campanha, em detrimento a outros novatos.
Os aliados mais próximos e amigos de Jair Bolsonaro que ocuparam cargos no governo, e que são candidatos a deputado federal, estão sendo contemplados com mais recursos do fundo partidário do PL do que outros novatos da legenda.
No Rio, por exemplo, o general Pazuello (ex-ministro da Saúde) e Max Bolsonaro (ex-assessor especial do presidente) receberam, cada um até agora, R$ 500 mil da direção nacional do PL, partido ao qual são filiados. Waldir Jacaré, assessor e amigo de Bolsonaro há 30 anos, foi beneficiado com R$ 100 mil.
O mesmo ocorre com Ricardo Salles (ex-ministro do Meio Ambiente), Mario Frias (ex-secretário de Cultura) e Sergio Camargo (ex-presidente da Fundação Palmares), que concorrem à Câmara dos Deputados por São Paulo. Cada um já foi contemplado com R$ 500 mil do PL.
Diferentemente dos outros, Salles já disputou quatro eleições anteriores.
Dezenas de outros candidatos do PL a deputados e deputadas não receberam ainda um centavo do partido.
*Noblat/Metrópoles
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Quase metade do patrimônio em imóveis do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e de seus familiares mais próximos foi construída nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie, de acordo com levantamento patrimonial realizado pelo UOL.
Desde os anos 1990 até os dias atuais, o presidente, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios integrantes do clã.
As compras registradas nos cartórios com o modo de pagamento “em moeda corrente nacional”, expressão padronizada para repasses em espécie, totalizaram R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo IPCA, este montante equivale, nos dias atuais, a R$ 25,6 milhões.
Não é possível saber a forma de pagamento de 26 imóveis, que somaram pagamentos de R$ 986 mil (ou R$ 1,99 milhão em valores corrigidos) porque esta informação não consta nos documentos de compra e venda. Transações por meio de cheque ou transferência bancária envolveram 30 imóveis, totalizando R$ 13,4 milhões (ou R$ 17,9 milhões corrigidos pelo IPCA).
Ao menos 25 deles foram comprados em situações que suscitaram investigações do Ministério Público do Rio e do Distrito Federal. Neste grupo, estão aquisições e vendas feitas pelo núcleo do presidente, seus filhos e suas ex-mulheres não necessariamente com o uso de dinheiro vivo, mas que se tornaram objeto de apurações como, por exemplo, no caso das “rachadinhas” (apropriação ilegal de salários de funcionários de gabinetes).
O levantamento considera o patrimônio construído no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Brasília pelo presidente, seus três filhos mais velhos, mãe, cinco irmãos e duas ex-mulheres.
Nos últimos sete meses, a reportagem consultou 1.105 páginas de 270 documentos requeridos a cartórios de imóveis e registros de escritura em 16 municípios, 14 deles no estado de São Paulo. Percorreu pessoalmente 12 cidades para checar endereços e a destinação dada aos imóveis, além de consultar processos judiciais.
Até a mãe de Bolsonaro, Olinda, falecida em janeiro deste ano, aos 94 anos, teve os dois únicos imóveis adquiridos em seu nome quitados em espécie, em 2008 e 2009, em Miracatu, no interior de São Paulo. Entre os imóveis comprados com dinheiro vivo pela família, estão lojas, terrenos e casas diversas.
Atualmente o Senado Federal discute projeto de lei que sugere a proibição do uso de dinheiro em espécie para transações imobiliárias, como forma de prevenir operações de lavagem de dinheiro ou ocultação de patrimônio.
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Joaquim de Carvalho – O debate na Band mostrou que Bolsonaro e Ciro Gomes têm muito mais em comum do que eleitores como Fábio Porchat imaginam ou desejariam.
Depois de rir quando Bolsonaro, com argumento machista, atacava a jornalista Vera Magalhães — “dorme pensando em mim” —, Ciro agrediu Lula na manhã desta segunda-feira.
“Será que não entendem que Lula está cada dia mais fraco — fisicamente, psicologicamente e teoricamente — para enfrentar a direita sanguinária?”.
O tuíte de Ciro repercutiu muito mal. “Estratégia de Trump com Biden? Que decadência, candidato. Achei que era melhor que isso”, reagiu um internauta.
“Esse foi um dos posts mais lamentáveis da sua campanha (olhe que foram muitos). Lula merece respeito”, disse outro.
O candidato do PDT apagou o tuíte, mas muitos já tinham tirado o print, que agora circula na internet.
A agressividade de Ciro Gomes contrasta com o tratamento respeitoso (até exageradamente) que Lula lhe dispensou ontem.
O ex-presidente o comparou a figuras como Mário Covas, o que, a meu ver, não tem cabimento.
No debate da Band, Ciro Gomes deu indícios de que faz o jogo de Bolsonaro. Só o atacou quando este o lembrou do que disse na campanha de 2002 sobre o papel de Patrícia Pilar na sua vida.
“A minha companheira tem um dos papéis mais importantes, que é dormir comigo. Dormir comigo é um papel fundamental”, declarou.
Ontem, ele disse que foi uma frase infeliz de vinte anos atrás, pela qual se desculpou. Mas faz pouco tempo demonstrou que vê as mulheres de uma maneira nada equilibrada.
Ao se irritar com um eleitor bolsonarista que o criticou num evento do agronegócio no interior de São Paulo, respondeu:
“Ele comeu tua mãe?”
Ciro é um político de uma agressividade parecida com a de Bolsonaro. A diferença é que ele circulou por meios mais sofisticados que o do ocupante do Planalto.
E parte desses meios sofisticados o acolheu, como se não fosse o político que começou sua trajetória pelo partido que sustentava a ditadura, o PDS.
Os políticos podem mudar, é fato.
Mas não é o caso de Ciro Gomes. Na terceira idade, ele age como o jovem que, em 1979, defendeu em um congresso estudantil em São Paulo anistia que incluísse os torturadores.
A ditadura militar acabou, mas corremos o risco de que algo parecido volte, por meio de um projeto autoritário de Bolsonaro.
Em vez de se somar às forças que combatem esse movimento extremista, atitude que até Simone Tebet e Soraya Tronicke tomaram, Ciro elegeu Lula como seu principal alvo.
E contra ele usa expedientes baixos, como este de associar a idade de Lula a uma suposta fraqueza. Ou de lembrar de sua prisão, como se fosse algo normal e não uma das maiores injustiças da história.
Ciro ataca justamente Lula, que reúne as melhores condições de derrotar esse movimento extremista e que coloca em risco não o futuro do Brasil nos próximos quatro anos, mas o de gerações.
Ciro merece o desprezo, que Lula não consegue lhe dar, pela grandeza de seu caráter.
E talvez também por uma equivocada tática eleitoral, que precisa ser revista, até para proteger os eleitores de Ciro Gomes, que acreditam num personagem inexistente.
Ciro é machista, desequilibrado e covarde. E os eleitores de Ciro Gomes são capazes de entender isso. Basta apenas que alguém lhes mostre e jamais o compare a políticos decentes como foi Covas.
Os dois têm exatamente o mesmo índice de 15 de agosto, quando foi divulgada a pesquisa anterior do Ipec, o que indica cenário estável na disputa. Em seguida estão Ciro Gomes (7%), Simone Tebet (3%) e Felipe d’Avila (1%). Levantamento foi realizado entre 26 e 28 de agosto e tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
Pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (29), encomendada pela Globo, mostra o ex-presidente Lula (PT) com 44% das intenções de voto e o presidente Jair Bolsonaro (PL) com 32% na eleição para a Presidência da República em 2022.
Os dois têm exatamente o mesmo índice de 15 de agosto, data do último levantamento do Ipec para presidente, o que indica cenário estável na disputa.
Ciro Gomes (PDT) vem em seguida, com 7% das intenções. Simone Tebet (MDB) tem 3%, e Felipe d’Avila (Novo), 1%. Tebet, assim, está empatada tecnicamente com Ciro e d’Avila no limite da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Os nomes de Constituinte Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Pablo Marçal (PROS), Roberto Jefferson (PTB), Sofia Manzano (PCB) e Soraya Thronicke (União Brasil) foram citados, mas não atingiram 1% das intenções de voto cada um.
Intenção de voto estimulada
Lula (PT): 44% (44% na pesquisa anterior, em 15 de agosto)
Jair Bolsonaro (PL): 32% (32% na pesquisa anterior)
Ciro Gomes (PDT): 7% (6% na pesquisa anterior)
Simone Tebet (MDB): 3% (2% na pesquisa anterior)
Felipe d’Avila (Novo): 1% (0% na pesquisa anterior)
Vera (PSTU): 0% (1% na pesquisa anterior)
Constituinte Eymael (DC): 0% (0% na pesquisa anterior)
Léo Péricles (UP): 0% (0% na pesquisa anterior)
Pablo Marçal (PROS): 0% (0% na pesquisa anterior)
Roberto Jefferson (PTB): 0% (não participou do levantamento anterior*)
Sofia Manzano (PCB): 0% (0% na pesquisa anterior)
Soraya Thronicke (União Brasil): 0% (0% na pesquisa anterior)
Branco/nulo: 7% (8% na pesquisa anterior)
Não sabe/não respondeu: 6% (7% na pesquisa anterior)
*Com G1
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Independente do malabarismo que a mídia faz, se Bolsonaro, como apontou o Datafolha, foi o grande derrotado do debate, indiscutivelmente, Lula foi o grande vitorioso.
Não há saída, não há retórica que oculte isso. Aliás, essa polarização entre Lula e Bolsonaro, tão falada pela mídia, não deixa espaço para qualquer outra narrativa. Então, não dá para negar que, em última análise, o grande beneficiado pelas lambanças de Bolsonaro no debate, foi Lula, por se manter numa condição bastante confortável, já que, além de liderar as pesquisas, nadou de braçada por ser apontado por quase unanimidade, que foi o que se saiu melhor na entrevista no JN, que teve uma audiência infinitamente maior do que o no debate na Band ontem.
Assista:
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