Categorias
Brasil

Enfrentar a extrema direita é enfrentar a violência que as mulheres já conhecem, diz ministra

Ministra falou sobre a campanha Feminicídio Zero, Política Nacional de Cuidados e a importância das mulheres no combate à cultura do ódio.

O Brasil registrou, em 2024, pelo menos 1.387 feminicídios. Embora o número represente uma redução de 5,1% em relação a 2023, segundo dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), o país segue figurando no 5º lugar do ranking mundial de assassinatos de mulheres, atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.

Desde 2012, o número de feminicídios no Brasil teve quedas sucessivas, com exceção de 2017, quando se registrou um ligeiro aumento. A partir de 2019, os assassinatos de mulheres voltaram a crescer gradualmente, tendo o primeiro recuo no ano passado. Segundo a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a redução é reflexo da retomada de políticas públicas voltadas para o enfrentamento da violência de gênero.

Em entrevista ao Brasil de Fato, Gonçalves fala sobre a campanha Feminicídio Zero, a aprovação da Política Nacional de Cuidados, as dificuldades do sistema de Justiça a se adaptar e a importância das mulheres no combate à extrema direita. Confira:

 

 

Feminicídio Zero

Brasil de Fato: Ministra, a gente observou uma redução do número de feminicídios no país até 2019 e, logo depois, ano após ano, os casos têm aumentado. O Ministério das Mulheres lançou em 2024 a campanha Feminicídio Zero. O que a campanha já conseguiu fazer de ações concretas no sentido de voltar a ter uma curva descendente nesse dado?

Cida Gonçalves: A gente conseguiu fazer uma grande mobilização nacional envolvendo os times de futebol, foram mais de dez jogos e 15 times envolvidos, entrando com faixa e com o filme [exibido] durante o jogo. Mas também com ações muito concretas. Vários times estão montando um plano de trabalho, se reestruturando, se reorganizando para poder, de fato, discutir como enfrentar a violência contra as mulheres dentro do esporte. E é importante dizer que essas são ações fundamentais porque o índice de violência contra as mulheres aumenta em 23% logo após os jogos.

Nós também tivemos ações com mais de 100 empresas que aderiram à mobilização do Feminicídio Zero, cada um dentro de sua realidade, trabalhando o tema. A gente tem a Fiesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo], que está trabalhando junto com os estudantes adolescentes a questão da violência.

E agora no Carnaval, a partir de um acordo com a Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, nós entramos em todos os desfiles com mulheres segurando uma faixa do Feminicídio Zero, além de uma ação de adesivagem e uma série de outras ações no Rio, principalmente no Sambódromo. Então acho que a gente está conseguindo fazer uma grande mobilização nacional, que é a proposta. O resultado é fazer com que as pessoas se envolvam na questão da violência contra as mulheres.

Nós conseguirmos reduzir esses números até 2019 porque antes de acontecer [a violência] as pessoas já intervinham. A gente teve um momento em que a Lei Maria da Penha estava funcionando muito bem. As estruturas, os serviços… porque o governo do presidente Lula, desde 2003, investiu no pacto nacional. Foi ele que assinou a lei Maria da Penha.

Nós capilarizamos, colocamos serviços no interior do país. Então, quando vem a presidenta Dilma, a gente cria o Programa Mulher Viver Sem Violência. A gente vinha numa crescente do enfrentamento à violência contra as mulheres, que tem como resultado a diminuição do feminicídio.

Quando tem o rompimento dessa política, então há o aumento. E não é só o rompimento, vai ter uma mudança de comportamento no país. Vai ter um país que vive de ódio, reflete ódio, pensa ódio. E, portanto, isso vai para dentro de casa, e termina aumentando o feminicídio, aumentando a crueldade da morte das mulheres.

Em relação aos dados de 2024, já sob a reconstrução de políticas de gênero no país, a gente tem dados que são importantes. Primeiro, a gente tem o aumento da denúncia, que significa que as pessoas estão querendo se defender. Temos o aumento das medidas protetivas, também o aumento dos boletins de ocorrência. Então as pessoas estão buscando ajuda, estão acreditando no serviço e no Estado brasileiro.

Agora nós temos números do Ministério da Justiça, que dizem que diminuiu o feminismo. Aumentou [o índice de] outras violências, mas o feminicídio diminuiu. Então o aumento da denúncia, o aumento das ligações no 180, mostra que há pessoas acompanhando a mobilização, que está dando resultado, que a política e o investimento que o governo Lula tem feito está dando resultado.

Casa da Mulher Brasileira

Ministra, a senhora falou em reconstrução, o que n os remete à destruição que foi feita no governo anterior de todas essas políticas. No caso do programa Casa da Mulher Brasileira, como sua gestão o recebeu?

Na verdade, nós recebemos sem recursos. Acho que é importante dizer isso. A maioria das casas que estão em construção agora foram propostas de emendas de parlamentares. Não foi do Tesouro, não foi do governo, foram emendas. Isso cria uma descontinuidade na política, porque geralmente o deputado faz um valor único de emenda, e é preciso construir o serviço, ajudar na manutenção, fazer o monitoramento, o acompanhamento, então tudo isso é um desafio que nós encontramos.

O segundo elemento foram as obras, todas paradas. Nós estamos com obras que já estavam aprovadas desde quando nós saímos, em 2016, quando teve o golpe da presidenta Dilma, como no caso de Manaus. Então é preciso chegar, renegociar com o governo porque o valor da casa era outro, é todo um processo para recolocar as casas que estão hoje em obras para funcionar, para que a gente possa entregá-las entre este ano e o ano que vem.

Do início do mandato até agora, nós inauguramos três novas Casas da Mulher Brasileira. Estamos com 16 em obras, outras 19 com contrato assinado com a Caixa [Econômica Federal] e com os governos dos estados para começar, para que no ano que vem a gente consiga entregar as 40 casas, se não todas, a maioria das Casas da Mulher Brasileira para a população.

Política Nacional de Cuidados

No ano passado, foi aprovada a Política Nacional de Cuidados, que incide muito sobre o chamado “trabalho não remunerado”, comum à maioria das mulheres. Qual a importância dessa política e o que ainda precisa avançar nessa matéria?

A importância de ter uma Política Nacional de Cuidados é estratégica para as mulheres, porque o grande desafio das mulheres é que a gente fala só na questão do cuidado, mas ela afeta tudo. Veja bem, nós também aprovamos a lei da igualdade salarial. E nós temos um “gap” [brecha] muito grande entre quando você entra [em uma empresa] e quando você sobe para gerente. E, geralmente, isso acontece porque as mulheres têm que pegar os filhos na creche, a mulher tem que cuidar do idoso, se alguém está internado, é a mulher que cuida. Então o cuidado também não contribui que para que as mulheres tenham ascensão ao mundo do trabalho.

Portanto, toda a discussão do que é a igualdade entre homens e mulheres termina esbarrando exatamente na questão do cuidado. Por isso eu acho que esse é um primeiro grande desafio.

A segunda coisa é que nós precisamos construir uma cultura no país em que o Estado também ajude a cuidar, criando, por exemplo, espaços de convivência para idosos… O ministro Camilo [Santana, da Educação] anunciou que vai ter mais 2 mil creches. Creche é fundamental para que mãe possa trabalhar, estudar ou mesmo descansar. A escola de tempo integral para que as crianças também fiquem lá e a mãe tenha sossego. O Pé de Meia, que também promove um momento de tranquilidade para a mulher, por saber onde está seu filho.

E tem uma terceira questão, que é a divisão sexual do trabalho. Nós precisamos fazer uma discussão de comportamento com a sociedade brasileira e com os homens, de que eles precisam dividir o trabalho de casa. Olha, enquanto você faz janta, boto a roupa para lavar, enquanto você faz isso eu dou banho nas crianças. Então eu acho que esse olhar também na relação entre homens e mulheres é fundamental para que a gente possa repensar todo a questão do cuidado.

Orçamento

A senhora mencionou uma dificuldade orçamentária para a continuidade desses projetos. Em 2023, 75% do orçamento do Ministério das Mulheres veio de emendas parlamentares. Como fazer para garantir esses recursos dos quais o ministério precisa para que essas políticas não sejam descontinuadas?

Eu acho que a gente tem muita coisa para fazer. Primeiro, garantir a execução orçamentária porque, com isso, você garante novos recursos para o ano seguinte. Mas também tem uma questão da conscientização dos Executivos federal, estaduais e municipais. Porque é importante pensar que o orçamento não é só do governo federal, ele tem que ser em todas as instâncias de governo.

A segunda coisa do orçamento são as políticas de transversalidade, que são aquelas políticas que às vezes não são específicas para as mulheres, mas que as beneficiam. E é isso que o governo do presidente Lula tem feito.

Nós temos trabalhado com a perspectiva de construir políticas em todos os ministérios. No Ministério da Educação, no MDS [Ministério do Desenvolvimento Social], a questão do programa Bolsa Família. No Ministério das Cidades, há o Minha Casa Minha Vida, que 85% são entregues em nome das mulheres. Ou seja, mesmo não sendo uma política específica para as mulheres, você tem um recurso que é destinado especificamente para elas. Então você trabalha com a perspectiva de ter recursos de diversos ministérios. Dessa forma, é possível ampliar o orçamento das políticas para as mulheres.

Agora, nós precisamos fortalecer as instituições que cuidam das políticas para as mulheres. Então o Ministério das Mulheres precisa ter mais orçamento, as secretarias estaduais terem mais orçamento e as secretarias municipais também. Eu avalio que é um processo a curto, médio e longo prazo.

Nós somos um Ministério que foi criado em 2023, então nós vamos ter um processo de construção desse orçamento. Nós assumimos com 23 milhões para investimento, hoje nós estamos com 240 milhões. Nós já subimos 1000%, praticamente. Então, para o ano que vem, possivelmente nós vamos aumentar mais. A gente vai aos poucos, até chegar no montante de recurso que seja compatível com 52% da população.

Caso Julieta Hernández

A gente tem falado aqui de medidas do Executivo, mas no Judiciário também há muito o que fazer, vide o caso da artista venezuelana Julieta Hernández, classificado como latrocínio, quando parece haver todas as evidências de um crime de ódio. De que forma o Ministério das Mulheres atua para incidir sobre a estrutura machista do Judiciário brasileiro?

Na verdade, a gente tem uma sociedade muito machista, muito patriarcal. Isso está em todo o sistema do Estado brasileiro. Seja no Executivo, seja no Legislativo, seja no Judiciário.

A segunda questão é que nós ainda não conseguimos avançar em um debate que é fundamental no Brasil, de que o feminicídio não é só violência doméstica e familiar, quando o marido que assassina ou o ex-companheiro. O feminicídio é quando a mulher é morta por ser mulher, como a Julieta foi. Ela foi estuprada, ela foi violada em todos os seus direitos e todo o caso da Julieta é um caso de feminicídio.

Porém, como ela era uma artista, uma palhaça, viajando de bicicleta pelo Brasil inteiro, uma venezuelana, eles não caracterizam como crime de feminicídio, porque eles dizem que não tinha relação afetiva. De fato não tinha, mas todas as características são de feminicídio.

Discursos de ódio

Se por um lado a senhora fala dos esforços do ministério em todas essas ações, por outro lado, as redes sociais parecem ser uma espécie de território sem lei e fértil para esses discursos de ódio. Na sua avaliação, qual a urgência e a necessidade de regular esses espaços para combater discursos criminosos?

Primeiro, nós precisamos vincular o número de feminicídios, o número de estupros, ao discurso misógino. A primeira coisa é isso, porque muitos de nós achamos que o que acontece na rede não acontece na vida física, e isso é mentira. Acontece sim. Então nós vamos ter um aumento de violência sexual contra criança de 0 a 9 anos, um aumento de feminicídio, um aumento da crueldade e isso tudo está vinculado a esses discursos misóginos nas redes.

E há um incentivo à misoginia contra as mulheres públicas, que estão em lugar de poder. Nós estamos vendo como está sendo queimada a Janja [Silva, primeira-dama], como que a Ana Hickmann não tem lugar de fala e o agressor dela tem. O que aconteceu com a Maria da Penha… Então as redes sociais vão criando um discurso que é para favorecer os misóginos e descredibilizar as mulheres.

Eu acho que essa é uma questão que está colocada: regular as redes sociais é fundamental exatamente para evitar o feminicídio, a violência sexual e a violência contra as mulheres.

O que nós, do governo federal, e o presidente Lula temos insistido, é de que nós precisamos investir no empoderamento das mulheres. Precisamos construir outros processos. E isso significa regular as redes sociais, significa ter um mínimo de regulação. Se os outros meios de comunicação têm, por que as redes sociais não têm?

O ministro Alexandre de Moraes [do Supremo Tribunal Federal] já falou que o que você faz na vida, no mundo físico, e na rede virtual é a mesma coisa, o mesmo crime. Então acho que a gente vai ter que trabalhar pela regulação.

Por outro lado, eu acho que nós temos que enfrentar as redes sociais também com conteúdos positivos. Nós precisamos entrar nas redes, dizer outras coisas, colocar outros elementos, porque nós não vamos conseguir fugir dela.

Incidência internacional

2025 é o ano dos eventos políticos internacionais no Brasil. Tivemos o G20 o ano passado, teremos a Cúpula dos Brics em julho, no Rio de Janeiro, e a COP30 em Belém (PA), em novembro. Qual tem sido a incidência das mulheres e o debate de gênero que o Brasil traz a esses eventos?

Na verdade, essa é uma orientação do presidente Lula, e é importante dar a César o que é de César. O presidente Lula nos disse que nós precisamos ter ações estratégicas em todas as áreas internacionais. Ele fez o debate como presidente do G20 sobre a questão da Aliança Global Contra a Fome. Nós sabemos que a fome atinge no mundo prioritariamente as mulheres, e são as mulheres negras, mães solos, que são as mais pobres.

Portanto, quando o presidente Lula coloca no G20 Aliança Global como uma estratégia fundamental, ele exige que o Ministério das Mulheres também construa uma política que dê conta disso. Ao mesmo tempo que ele fortalece o debate, que para ele é muito caro, que é o combate à fome, ele também sabe que isso envolve uma questão de gênero e de raça no nosso país. E, portanto, trabalha como isso e empodera a gente para fazer esse debate.

E nós não fazemos isoladamente. O sucesso do G20 foi exatamente porque a gente conseguiu discutir em todos os outros grupos de trabalho, no financeiro, no energético, quais eram as políticas e de que forma essas políticas no G20 vão incidir sobre a vida das mulheres. E é por isso que ele se torna forte, porque não é um grupo isolado de ministras que estão fazendo o debate. Não, nós estávamos incidindo sobre todos os grupos de trabalho, levando as propostas, trazendo as propostas deles, e construindo um processo para que, de fato, a gente se fortalecesse.

E dentro disso, um dos temas que é prioritário para o presidente Lula é questão da igualdade. Ele tem insistido na igualdade de gênero, na questão da igualdade de raça, ele tem trabalhado com a perspectiva de que só é possível consolidar uma democracia com igualdade. E vai ser esse processo que nós vamos construir no Brics, na COP30. Esse processo que nós vamos trabalhar permanentemente para que, de fato, a questão das mulheres não seja uma questão só do Ministério das Mulheres, mas uma questão do governo do presidente Lula.

*BdF

Categorias
Política

Lula regulamenta Fundo Social do pré-sal

MP que determina a regulamentação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma Medida Provisória que regulamenta o Fundo Social do pré-sal. A ferramenta instituída em dezembro de 2010 tem a finalidade de se consolidar como fonte de recursos para o desenvolvimento social e regional a partir de um percentual dos recursos obtidos com a exploração de petróleo na região do Pré-Sal.

A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta quinta-feira (6), e também traz as assinaturas dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil).

O texto atualiza a Lei nº 12.351 e inclui novas possibilidades de destinações ao fundo, como a mitigação e adaptação às mudanças climáticas e seus efeitos, além do enfrentamento das consequências sociais e econômicas de calamidades públicas, infraestrutura social, e habitação de interesse social. O fundo já previa aplicação dos recursos em educação, saúde, cultura, esporte, ciência e tecnologia e meio ambiente.

50% PARA EDUCAÇÃO – Os recursos podem ser alocados nas áreas previstas originalmente e nas incluídas pela MP. Segue valendo a obrigação de 50% em educação pública.

REGRAS FISCAIS – O instrumento legal também adapta o Fundo ao atual contexto econômico. Determina que os recursos serão aplicados com observância das regras orçamentárias e fiscais, especialmente o regime fiscal sustentável.

TRANSPARÊNCIA AMPLIADA – A MP prevê que o Conselho Deliberativo do Fundo Social seja regulamentado em até 60 dias, com definição da composição e mecanismos de controle, como o plano anual de aplicação e o relatório anual do Fundo. Com isso, amplia-se a transparência do uso dos recursos públicos. A participação no conselho será considerada prestação de serviço público relevante, e não prevê remuneração.

*Agência Gov

Categorias
Ciência

Rússia lança vacina contra o câncer

A Rússia desenvolveu uma vacina personalizada contra o câncer que será lançada no ano que vem , disse Alexander Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia em Moscou, à RT.

A vacina foi desenvolvida pela Universidade de Ciência e Tecnologia Sirius e pelo Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, juntamente com os maiores centros de câncer da Rússia.

Guintsburg disse que cada vacina será criada individualmente para o paciente , já que não há dois tumores iguais.

Segundo o diretor do Centro Gamaleya, a vacina será baseada em uma plataforma de mRNA e treinará o sistema imunológico do corpo humano para atacar células malignas . Graças à vacina, células que reconhecem proteínas estranhas aparecerão no corpo, aderirão ao tumor e liberarão enzimas ativas.

Algumas enzimas criarão buracos nas células afetadas, enquanto outras penetrarão através delas e destruirão as proteínas do tumor. Graças a esse mecanismo, a inflamação é prevenida e não apenas o tumor é destruído, mas também as células que metastatizam

Atualmente, os testes estão sendo realizados em animais, mas a expectativa é que a vacina seja usada em humanos em setembro ainda deste ano.

Gintsburg observou que o desenvolvimento da vacina começou em meados de 2022 por especialistas da mesma equipe que criou a Sputnik VI, a vacina russa contra a Covid-19.

“Em 10 a 15 anos, a humanidade também expandirá sua capacidade de viver sem essas doenças”, previu Gintsburg, acrescentando que, com o tempo, o conceito atual de câncer como doença mudará”.

*Com RT


Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Pix: 45013993768

Agradecemos imensamente o seu apoio


 

Categorias
Política

“Bolsonaro está com medo”, diz Lula

Presidente também ironizou o ex-capitão, que, segundo ele, “meteu o rabo no meio das pernas e fugiu para Miami” depois de fracassar na tentativa de golpe.

O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira (7) que Jair Bolsonaro “está com medo”, em meio à expectativa para o julgamento do ex-capitão referente à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) no Supremo Tribunal Federal (STF) pela tentativa de golpe de Estado.

“Bolsonaro se diz inocente mas pede anistia antes de ser julgado. Ele deveria ter coragem de esperar o julgamento e provar sua inocência. Ele na verdade está com medo, porque ele sabe que cometeu um deslize nesse país. Ele tramou um golpe, a morte do presidente, do vice e do presidente do TSE. Quando não conseguiu ele meteu o rabo no meio das pernas e fugiu para Miami. Ele que tenha a coragem que eu tive. Prove que foi inocente”, disse Lula em cerimônia de entregas do programa Terra da Gente, em Minas Gerais.

“A verdade foi pisoteada, o que vale é a mentira. Tem até dono de uma empresa americana que divulga notícias na Internet que não quer respeitar governos e a justiça. Ele pode tudo no país dele, mas aqui no Brasil ele vai ter que respeitar o povo brasileiro”, acrescentou. Com 247.

Categorias
Economia

Brasil está entre os países que mais cresceram em 2024; veja o ranking do PIB mundial

China, Costa Rica, Rússia e Dinamarca também se destacaram; grupo de países da OCDE cresceu 1,7% em 2024.

O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro de 3,4% em 2024 ficou entre os maiores registrados entre as economias mais relevantes, segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para 35 países, incluindo alguns que não fazem parte do bloco, como a China e o Brasil.

O PIB do grupo de países da OCDE cresceu 1,7% em 2024, em comparação ao 1,8% em 2023. Entre os que já divulgaram seus dados, cinco registraram contração.

O destaque negativo foi novamente a Alemanha, maior economia da União Europeia, que teve retração pelo segundo ano seguido. Entre os fatores que afetaram o resultado estão a queda nas exportações da indústria alemã, altos custos de energia, um nível de taxa de juros que permanece alto, segundo o governo local, segundo a Folha.

O bloco econômico europeu cresceu 0,9%, ante 0,4% no ano anterior.

Nos Estados Unidos, a taxa de crescimento passou de 2,9% em 2023 para 2,8% em 2024.

A China cresceu 5% e prevê um resultado próximo desse número em 2025.

O Brasil continua como a 7ª maior economia do mundo no ranking do FMI (Fundo Monetário Internacional) pelo critério do poder de paridade de compra das moedas locais.

No ranking em dólares, o país caiu da 9ª para a 10ª posição, por causa da desvalorização da moeda brasileira no ano passado —posição perdida para o Canadá e que deve ser recuperada a partir de 2027, segundo estimativas do Fundo.

Categorias
Política

Mídia “civilizada” diz que cortes de impostos nos alimentos anunciados por Lula não mudará nada

Esse gênero ornitorrinco de “direita civilizada” não é figurino que cai bem na mídia lírica brasileira.

Essa gente é pior que bolsonarista. Só ataca de bando.

É da natureza animal das redações nativas.

Um fala, os outros balançam o rabo, rosnam e latem juntos numa sinfonia canina ensaiadinha.

Bastou Lula anunciar as medidas para baratear alimentos, que  a mídia correu para estampar em garrafais e na primeira página, um “medidas inócuas!”

Mas não para aí.

Diz ainda que o “inexperiente” Lula mostra que não entende do riscado.

O suprassumo do ódio antilulista William Waack, criticou as “indecisões do presidente Lula em assuntos-chave para o Brasil”

Essa gente da “mídia civilizada” não desacelera.

Funde o motor, mas esgoela o bicho até ele bater biela.

Categorias
Economia

PIB cresce 3,4% em 2024 e fecha o ano em R$ 11,7 trilhões

Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 11,7 trilhões em 2024. Já o PIB per capita chegou a R$ 55.247,45, com avanço real de 3,0% frente ao ano anterior.

A taxa de investimento em 2024 foi de 17,0% do PIB, contra 16,4% em 2023. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 14,5% em 2024, ante 15,0% em 2023.

Frente ao 3º trimestre de 2024, na série com ajuste sazonal, o PIB variou 0,2%. Houve variações positivas na Indústria (0,3%) e nos Serviços (0,1%), enquanto a Agropecuária recuou 2,3%.

Em relação ao 4º trimestre de 2023, o PIB avançou 3,6%, 16º resultado positivo consecutivo nesta comparação. A Agropecuária recuou 1,5%, enquanto a Indústria e os Serviços cresceram 2,5% e 3,4%, respectivamente.

Principais resultados do PIB a preços de mercado do 4º trimestre de 2023 ao 4º trimestre de 2024 (%)
2023.IV 2024.I 2024.II 2024.III 2024.IV
Acumulado ao longo do ano / mesmo período do ano anterior 3,2 2,6 3,0 3,3 3,4
Últimos quatro trimestres / quatro trimestres imediatamente anteriores 3,2 2,8 2,7 3,1 3,4
Trimestre / mesmo trimestre do ano anterior 2,4 2,6 3,3 4,0 3,6
Trimestre / trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal) 0,4 1,0 1,3 0,7 0,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais
PIB cresce 3,4% em 2024

O PIB em 2024 cresceu 3,4% frente ao ano anterior. Com isso, o PIB per capita alcançou
R$ 55.247,45 em 2024, com avanço real de 3,0% em relação ao ano anterior. A alta do PIB frente ao ano anterior resultou do aumento de 3,1% do Valor Adicionado a preços básicos e de 5,5% no volume dos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado frente a 2023 refletiu o desempenho das três atividades: Agropecuária (-3,2%), Indústria (3,3%) e Serviços (3,7%).

A queda de 3,2% do Valor Adicionado da Agropecuária em 2024 decorreu do fraco desempenho da Agricultura, que suplantou a contribuição positiva da Pecuária, Produção Florestal e Pesca. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, efeitos climáticos adversos impactaram várias culturas importantes, ocasionando quedas em suas estimativas anuais de produção, com destaque para a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).

Na Indústria, o destaque positivo foi a Construção com alta de 4,3%, corroborada pelo crescimento da ocupação na atividade, da produção de insumos típicos e da expansão do crédito. Houve elevação das Indústrias de Transformação (3,8%), que foram puxadas, principalmente, pela alta na fabricação: da indústria automotiva e de equipamentos de transporte; máquinas e equipamentos elétricos; produtos alimentícios e móveis. Cresceram também a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%), influenciada pelo aumento das temperaturas médias do ano e as Indústrias Extrativas (0,5%).

Houve crescimento em todas as atividades que compõem os Serviços: Informação e comunicação (6,2%), Outras atividades de serviços (5,3%), Comércio (3,8%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,7%), Atividades imobiliárias (3,3%), Transporte, armazenagem e correio (1,9%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,8%).

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 7,3%, devido aos aumentos da produção interna e da importação de bens de capital, além da expansão da Construção e do Desenvolvimento de Software.

A Despesa de Consumo das Famílias cresceu 4,8% em relação ao ano anterior puxada pela melhora no mercado de trabalho, pelo aumento do crédito e pelos programas governamentais de transferência de renda. A Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, cresceu 1,9%.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,9%, enquanto as Importações de Bens e Serviços subiram 14,7%. Os destaques da pauta de importações foram: produtos químicos; máquinas e aparelhos elétricos; veículos automotores; máquinas e equipamentos e serviços.

PIB varia 0,2% em relação ao 3º tri de 2024

No quarto trimestre de 2024, o PIB apresentou variação positiva de 0,2% contra o trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. A Indústria variou 0,3%, os Serviços apresentaram variação positiva de 0,1%, enquanto a Agropecuária recuou 2,3%, respectivamente.

Entre as atividades industriais, houve crescimento na Construção (2,5%), nas Indústrias de Transformação (0,8%) e nas Indústrias Extrativas (0,7%). Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,2%) registrou queda.

Nos Serviços, as atividades de Transporte, armazenagem e correio (0,4%) e Comércio (0,3%) registraram variação positiva. Houve estabilidade para Atividades imobiliárias (0,1%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%) e Outras atividades de serviços (-0,1%). Já as Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,3%) e Informação e comunicação (-0,4%) apresentaram resultados negativos.

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo variou 0,4% e a Despesa de Consumo do Governo cresceu 0,6%, ao passo que houve queda da Despesa de Consumo das Famílias (-1,0%).

No setor externo, na mesma comparação, as Exportações de Bens e Serviços recuaram 1,3%, enquanto as Importações de Bens e Serviços mostraram variação negativa (-0,1%).

*Fonte: Agência IBGE

Categorias
Mundo

Rússia adverte Europa que enviar tropas à Ucrânia será ‘entendido como guerra direta’

Chanceler Sergei Lavrov afirmou que Moscou passará a considerar os países que tomem essa iniciativa como seus inimigos.

Em declaração feita nesta quinta-feira (06/03), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, lançou uma advertência aos países aliados da Ucrânia, sobre o risco de uma escalada da guerra caso os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) enviem tropas para apoiar Kiev no campo de batalha.

“Consideraremos a presença dessas tropas de qualquer outro país em território ucraniano exatamente da mesma forma com a que tratamos a possível presença da OTAN na Ucrânia, como uma declaração de guerra feita diretamente à Rússia”, disse o chanceler.

Lavrov explicou que “não importa sob quais bandeiras esta operação seja hasteada, se a da União Europeia ou as bandeiras nacionais dos países que enviam suas tropas, continuam sendo tropas da OTAN”.

O comentário fez referência às ameaças feitas pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, sobre um possível plano para enviar tropas europeias ao território ucraniano.

“Não vemos espaço para esse tipo de compromisso. A discussão (sobre o envio de tropas) está sendo conduzida com um propósito abertamente hostil. Eles (Macron e Starmer) nem estão escondendo para que precisam dela”, disse o chanceler russo.

Críticas a Macron e Starmer
Lavrov também ironizou um comentário de Macron, que justificou a proposta de envio de tropas à Ucrânia dizendo que elas atuariam “em paralelo a uma possível negociação de um acordo sobre os termos da paz”.

*Opera Mundi

Categorias
Política

Programa Terra da Gente: Ampliando a Reforma Agrária, governo Lula anuncia entrega de 12 mil lotes

Lula participa de evento em Minas Gerais e anuncia investimentos bilionários em créditos, educação e desenvolvimento rural.

O governo federal oficializa, nesta sexta-feira (7), um amplo pacote de medidas voltadas para a reforma agrária, durante evento no Complexo Ariadnópolis, em Campo do Meio (MG). A cerimônia, que contará com a presença do presidente Lula (PT), marca a entrega de 12.297 lotes para famílias acampadas em 138 assentamentos rurais espalhados por 24 estados. No total, são 385 mil hectares de terras destinadas à produção agrícola familiar e à inclusão produtiva.

O programa Terra da Gente também receberá um reforço financeiro significativo. O governo anunciará um investimento de R$ 1,6 bilhão em 2025 para o Crédito Instalação, destinado à construção de moradias, apoio inicial aos assentados e incentivo à participação de jovens e mulheres na reforma agrária. A expectativa é de que pelo menos 18 mil famílias sejam contempladas com novas residências. Além disso, será autorizada uma nova rodada do Pronaf A, com liberação de créditos de até R$ 50 mil e juros reduzidos entre 0,5% e 1,5% ao ano.

Outro investimento de peso será feito no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que receberá R$ 1,1 bilhão. Entre 2023 e 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) adquiriu 249 mil toneladas de alimentos de cooperativas e associações, sendo que 26% dos fornecedores eram assentados da reforma agrária. A tendência é que a compra de produtos desses pequenos agricultores aumente em 2025.

Novos decretos para reforma agrária – Durante a cerimônia, Lula assinará sete decretos que reconhecem como de interesse social 13.307 hectares de terras para fins de reforma agrária, beneficiando cerca de 800 famílias. Os decretos abrangem propriedades em diferentes estados, incluindo as fazendas Ariadnópolis (3.182 ha), Mata Caxambu (248 ha) e Potreiro (204 ha), todas localizadas no Complexo Ariadnópolis, em Minas Gerais. Outras áreas beneficiadas estão em Pau-d’Arco (PA), Formosa (GO), Barbosa Ferraz (PR) e Cruz Alta (RS), somando um investimento de R$ 189 milhões.

A reforma agrária também contará com a criação de novos projetos de assentamento, graças a um investimento de R$ 383 milhões, contemplando 528 famílias. Os projetos estão distribuídos em municípios como Alcobaça (BA), Teixeira de Freitas (BA), Goiana (PE), Pirapora (MG), Castro (PR), Muquém de São Francisco (BA), Primavera do Leste (MT) e Marabá (PA).

Regularização de dívidas e incentivos produtivos – Outro destaque do evento será a assinatura de contratos de renegociação de dívidas do programa Desenrola Rural, que oferece descontos de até 96% para assentados da reforma agrária refinanciarem seus débitos. Essa medida busca facilitar o acesso ao crédito e evitar que agricultores familiares fiquem inadimplentes.

Também serão entregues 243 títulos de terras pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), totalizando investimentos de R$ 53,7 milhões. Além disso, dez famílias assentadas nos estados de Tocantins, Mato Grosso, Bahia, Pará e Acre receberão títulos definitivos no âmbito do Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA). Com 247.

Parcerias para fomentar produção e tecnologia – Durante o evento, o governo assinará dois acordos estratégicos. O primeiro será firmado com a Itaipu Binacional, garantindo um benefício de R$ 4,6 mil para cada uma das 2,5 mil famílias acampadas em situação de vulnerabilidade, voltado a investimentos produtivos. O segundo acordo será com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), destinando R$ 15 milhões para o desenvolvimento de bioinsumos e mecanização da agricultura familiar.

Categorias
Política

Medidas para baixar preço de alimentos e tarifas de importação zero são anunciadas por Alckmin

Governo passou o dia em reuniões para tentar alternativas para a inflação dos alimentos; medidas devem valer em breve.

O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou nesta quinta-feira (6) que o governo criou medidas para tentar baixar o preço de alimentos. As medidas incluem zerar a tarifa de importação para alguns produtos, como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva.

Alckmin afirmou que as medidas vão passar a valer “em poucos dias”. Segundo o vice-presidente, “o governo está abrindo mão de imposto em favor da redução de preço”.

Alckmin foi questionado sobre o impacto das medidas nos produtores nacionais, que vão ter que lidar com um produto mais barato vindo de fora. “Nós entendemos que não [vai prejudicar o produtor brasileiro]. Você tem períodos de preços mais altos, mais baixos. Nós estamos em um período em que reduzir o imposto ajuda a reduzir preços. Você está complementando”, disse Alckmin.

As medidas foram anunciadas após reunião do presidente com ministros e empresários do setor de alimentos e abastecimento no Palácio do Planalto.

Alckmin

Alckmin: alimentos e imagem do governo
A inflação dos alimentos é uma das principais preocupações do governo Lula no momento. Segundo especialistas, esse é um dos fatores que contribuem para a crise de popularidade que o presidente enfrenta atualmente.

Veja como ficam as tarifas de importação anunciadas:

Carne

Tarifa de importação atual: 10,8%

Nova tarifa: 0%

Café

Tarifa de importação atual: 9%

Nova tarifa: 0%

Açúcar

Tarifa de importação atual: 14%

Nova tarifa: 0%

Milho

Tarifa de importação atual: 7,2%

Nova tarifa: 0%