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Estrangeiro com tatuagens de símbolos nazistas é agredido em bloco no RJ

Caso ocorreu no bloco Marimbondo Não Respeita

Um estrangeiro, de nacionalidade ainda não identificada, com duas suásticas tatuadas no corpo, além da sigla da Polícia do Estado da Alemanha nazista, a SS, e um Sol negro, foi agredido em um bloco de carnaval no Centro do Rio de Janeiro na tarde desta segunda-feira (3). Os símbolos são associados ao regime totalitário liderado por Adolf Hitler.

O caso ocorreu no bloco Marimbondo Não Respeita, que desfila na Avenida Franklin Roosevelt, no Centro da capital fluminense. As informações foram dadas inicialmente pelo jornal “O Globo”.

Os foliões perceberam as tatuagens do estrangeiro logo na concentração do bloco. Segundo “O Globo”, um folião contou que foi até o estrangeiro e disse que ele não era bem-vindo no bloco. Ele respondeu que não era nazista, mas a briga começou. Outros foliões pediram calma e retiraram o homem do cortejo.

Homem possui suástica tatuada na nuca
O homem possui uma suástica tatuada na nuca e outra na testa, além do símbolo SS no rosto. A sigla é como ficou conhecido o Schutzstaffel, organização paramilitar e de segurança a serviço de Hitler. O homem também tinha um Sol negro no braço esquerdo, símbolo que é uma junção de três símbolos associados à ideologia nazista: a roda solar, a suástica e a runa da vitória, utilizada pelas antigas tribos germânicas.

Após a confusão, os foliões pediram que o estrangeiro fosse retirado do cortejo, e ele foi removido do local, de acordo com o ICL.

A Polícia Militar foi acionada, mas informou que nenhuma ocorrência foi registrada na área. A Secretaria Municipal de Saúde também foi consultada, mas, sem a identificação do indivíduo, não foi possível confirmar se ele recebeu atendimento médico em alguma das unidades de emergência.

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Ganhar um Oscar em pleno carnaval levando a Sapucaí a uma explosão de alegria, é a cara do Brasil.

Em que país no mundo se comemora um Oscar como no Brasil? Não existe.

A cultura brasileira é única, antropofágica e, potencialmente, popular.

Não foi a vitória da grana, mas da história que os militares tentaram apagar ao se vingarem de Dilma que, com coragem, bancou a Comissão da Verdade.

O mundo viu o que é o Brasil.

Mesmo diante de uma trágica ditadura, contada em detalhes, o país encontra na alegria a forma de denunciar crimes hediondos.

Está rodando o mundo a maneira Ganhar um Oscar em pleno carnaval levando a Sapucaí explodir de alegria, é a cara do Brasil com que os brasileiros, em pleno carnaval, receberam a notícia do 1º Oscar. Nunca se viu nada igual.

Brasil nas ruas, na maior festa popular do mundo, explodindo de alegria pela vitória, através da cultura, do bem contra o mal, sem sombra de dúvida, deixa o caminho aberto para outras glórias.

O povo brasileiro tem orgulho de sua cultura no sentido mais profundo, complexo e poético. Isso surpreendeu o mundo.

Esse clima de copa do mundo que tomou o Brasil na noite deste domingo (02), mostra como o filme Ainda Estou Aqui é representativo para o povo brasileiro.


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Governo Lula não aceita ‘politizar decisões judiciais’ e diz que EUA distorcem ordens do STF

Declaração ocorre em resposta à nota publicada no X que faz referência implícita ao caso do Rumble contra Moraes.

O governo Lula, por meio do Itamaraty, afirmou nesta quarta-feira (26) que o governo Donald Trump distorce o sentido das ordens do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal de Justiça), e que rejeita a tentativa de politizar decisões judiciais.

“O governo brasileiro rejeita, com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais e ressalta a importância do respeito ao princípio republicano da independência dos Poderes, contemplado na Constituição Federal brasileira de 1988”, informou o Ministério das Relações Exteriores em nota.

O comunicado afirma que o governo brasileiro foi pego de surpresa pela nota do Departamento de Estado dos Estados Unidos, seu órgão equivalente no país, “a respeito de ação judicial movida por empresas privadas daquele país para eximirem-se do cumprimento de decisões da Suprema Corte brasileira”.

A declaração ocorre em resposta à nota publicada no X pelo escritório do Hemisfério Ocidental do departamento que faz referência implícita ao caso do Rumble contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

governo Lula e rumble

Governo Lula se posiciona sobre EUA x Moraes
“O respeito pela soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil”, escreveu o perfil do Escritório do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado no X.

“Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar pessoas que vivem nos Estados Unidos é incompatível com os valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão.”

“A manifestação do Departamento de Estado distorce o sentido das decisões do Supremo Tribunal Federal, cujos efeitos destinam-se a assegurar a aplicação, no território nacional, da legislação brasileira pertinente, inclusive a exigência da constituição de representantes legais a todas as empresas que atuam no Brasil”, afirmou o Itamaraty.

A pasta ainda diz que a liberdade de expressão deve ser exercida no Brasil “em consonância” com “os demais preceitos legais vigentes, sobretudo os de natureza criminal”.

Depois, cita que o Estado brasileiro e as instituições foram alvo de “orquestração antidemocrática”. “Os fatos envolvendo a tentativa de golpe contra a soberania popular, após as eleições presidenciais de 2022, são objeto de ação em curso no Poder Judiciário brasileiro”, diz a nota. Com ICL.

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EUA consideram Brasil de Lula para forças de paz na Ucrânia, aponta The Economist

Proposta visa incluir países não europeus em missão de cessar-fogo; Rússia manifesta oposição à presença estrangeira.

A revista britânica The Economist informou que o governo dos Estados Unidos está avaliando a inclusão do Brasil em uma força de manutenção da paz na Ucrânia. A iniciativa busca garantir a implementação de um cessar-fogo, caso um acordo seja estabelecido entre Kiev e Moscou.

A proposta surge em meio à decisão do presidente Donald Trump de excluir aliados da Otan das negociações de paz com o presidente russo, Vladimir Putin. Autoridades americanas sugerem que a presença de nações como o Brasil ao longo de uma eventual linha de cessar-fogo poderia servir como uma medida dissuasória contra possíveis agressões russas.

No entanto, a Rússia já manifestou oposição à implantação de tropas estrangeiras na Ucrânia, o que indica que os EUA teriam que persuadir Putin a aceitar tal arranjo.

A proposta de incluir países não europeus em uma força de paz contrasta com as recentes declarações de nações europeias. Holanda e Bélgica, por exemplo, não descartaram a possibilidade de enviar suas próprias tropas para garantir a segurança na Ucrânia após um possível acordo de paz.

Até o momento, o Brasil não se pronunciou oficialmente sobre a possibilidade de participar de uma missão de paz na Ucrânia. O país mantém relações diplomáticas com a Rússia e faz parte do grupo BRICS, o que pode influenciar sua decisão sobre uma eventual participação em forças de paz na região.

*Transmissão Política

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Jornal inglês chama polícia militar de SP de ‘força policial mais perigosa do mundo’

Apesar da reputação atribuída pelo The Sun, a polícia mais letal do Brasil é a da Bahia, de acordo com dados de 2024.

O jornal britânico The Sun publicou neste domingo (16) uma reportagem em que define a Polícia Militar de São Paulo como a “mais perigosa do mundo”.

A reportagem fala sobre “aumento alarmante de assassinatos nas mãos da polícia”. “Mães encontram seus filhos mortos a tiros nas ruas por policiais e suspeitos são atirados de pontes em vez de serem presos. Esta é a realidade atormentadora da vida sob uma força policial desonesta”, diz a matéria.

O jornal relaciona o início do mandato de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao aumento no número de mortes. “Desde sua chegada, os policiais desencadearam violência descarada nas ruas — que já estavam cheias de problemas sociais”, relaciona a reportagem.

“Tarcísio de Freitas é o ex-soldado populista e linha dura eleito governador de São Paulo em janeiro de 2023 –e amplamente elogiado como candidato presidencial para 2026. Sua campanha eleitoral fervilhava de retórica violenta, e ele assumiu uma posição firme contra o uso de câmeras corporais da polícia”, disse o The Sun.

A reportagem também menciona também Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de Tarcísio. “Derrite tem uma reputação assustadora e costumava fazer parte da ROTA — um batalhão da polícia militar na cidade, famoso por seu rastro de morte”, diz o jornal.

“Ele foi investigado anteriormente por 16 mortes durante operações da ROTA nas quais estava envolvido, de acordo com a revista Piauí. E ele também se gabou uma vez para um podcaster de que foi expulso da força por “matar muitos bandidos”, disse o The Sun.

O veículo lista alguns casos recentes de violência policial. Um deles é o da morte de Gabriel Renan da Silva Soares, sobrinho do rapper Eduardo Taddeo, ex-integrante do grupo musical Facção Central, que foi morto com onze tiros disparados por um policial militar que estava de folga, na porta de um supermercado Oxxo.

Outro exemplo utilizado pelo jornal foi o do jovem jogado de uma ponte por policiais militares. O momento em que ele foi rendido e arremessado foi gravado por uma testemunha. “O mundo assistiu novamente, boquiaberto”, relembra.

O jornal cita alguns dados para corroborar o título dado à PM de São Paulo. A reportagem cita que, entre janeiro e setembro de 2024, a polícia matou 496 pessoas em São Paulo. “Para efeito de comparação, apenas uma pessoa foi morta pela polícia em Londres durante esse período”, contrapõe a publicação.

A SSP (Secretaria de Segurança Pública) se defendeu das alegações. O órgão disse que “reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e a responsabilização de eventuais desvios de conduta por parte das forças de segurança”. (Veja a nota completa abaixo).

Polícia de SP não é a mais letal do Brasil
Apesar da reputação atribuída pelo The Sun, a polícia paulista não é a mais letal do Brasil. O título fica com a polícia da Bahia, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Em 2023, a Bahia totalizou 1.620 pessoas mortas por policiais militares. Já em São Paulo, foram 353 mortes causadas por militares em serviço e 104 por policiais fora de serviço no mesmo período.
Presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia, Eustácio Lopes estimou ao UOL, no início deste mês, um déficit de cerca de 40% no quadro da corporação. “Quando você não tem elucidação, não tem a certeza da punição, é um território para a impunidade”, disse.

A Bahia registra o pior índice de esclarecimento de homicídios dolosos do Brasil, com apenas 15% dos casos esclarecidos. O Instituto Sou da Paz define como esclarecido o homicídio doloso em que pelo menos um autor foi denunciado pelo MP até o ano seguinte à ocorrência.

“A Bahia não está fazendo o dever de casa, não tem atuado no controle democrático da atividade policial. Não há produção de evidências à altura do problema da Bahia. A Polícia Científica deveria ser priorizada”, disse Daniel Hirata, sociólogo.

Procurada pelo UOL, a SSP-BA não comentou diretamente as mortes em decorrência de intervenção policial. Porém, citou números da secretaria que mostram uma queda na criminalidade no estado, como redução de 6% das mortes violentas em 2023 e diminuição de 10% neste ano das ocorrências de homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte.

Pasta diz que atua “dentro da legalidade”. “A SSP reitera o compromisso com a atuação dentro da legalidade, buscando sempre proteger a população”, diz o órgão.

Polícia brasileira é a mais letal do G20
Policiais militares e civis do Brasil matam quase o triplo do que os agentes de segurança de 15 países do G20 somados, segundo levantamento feito pelo UOL. Foram 6.393 mortos por policiais em 2023, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho. Ao todo, 15 países do G20 somam 2.267 vítimas fatais de policiais.

Arábia Saudita, China e Rússia não entraram no levantamento por falta de dados confiáveis. Criado em 1999, o G20 reúne as maiores economias do mundo. O Brasil ocupa a 10ª posição. O grupo reúne 19 países, além de União Europeia e União Africana, que também não foram considerados.

Quando considerados os tamanhos das populações, a diferença é ainda maior. O Brasil tem 7% do número de pessoas da soma dos outros 15 países.

Proporcionalmente, os policiais brasileiros matam 36 vezes mais do que a média dos agentes das outras nações. A taxa é 7,5 vezes a da África do Sul, cuja polícia é a segunda que mais mata por habitantes entre os países analisados.

O que diz a SSP de São Paulo
“A SSP reitera seu compromisso com a legalidade, a transparência e a responsabilização de eventuais desvios de conduta por parte das forças de segurança. Desde 2023, 465 policiais foram presos e outros 335 demitidos ou expulsos, refletindo o rigor das investigações e a postura intransigente do Governo contra irregularidades. Para reduzir a letalidade, a atual gestão investe em formação contínua dos agentes, capacitações práticas e teóricas, e na adoção de equipamentos de menor potencial ofensivo, como armas de incapacitação neuromuscular, segundo o ICL.

Além disso, comissões especializadas analisam as ocorrências para promover ajustes nos procedimentos operacionais e aprimorar a atuação da tropa. Todas as mortes decorrentes de intervenção policial são rigorosamente investigadas pelas polícias Civil e Militar, com acompanhamento das corregedorias, do Ministério Público e do Poder Judiciário.

Vale destacar que o confronto armado é uma reação ao criminoso. Ao atacar com armas pesadas, como fuzis e pistolas de alto calibre, esses indivíduos colocam em risco a vida de policiais e da população. A polícia, por sua vez, age dentro da lei e das estratégias de segurança pública, com o objetivo de proteger a sociedade e neutralizar a ameaça.

Assim, a atuação das forças de segurança é uma resposta direta ao comportamento dos criminosos que optam pelo confronto para evitar a captura. Em relação ao primeiro caso mencionado, as investigações estão em andamento sob segredo de Justiça, conduzidas pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos. Pela Polícia Militar, as mortes foram apuradas por meio de Inquérito Policial Militar (IPM), já relatado à Justiça Militar, e os agentes envolvidos seguem afastados das atividades operacionais.

Sobre o caso do estudante, o inquérito conduzido pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi relatado à Justiça, com pedido de prisão preventiva do autor por homicídio doloso eventual. No âmbito militar, o policial foi indiciado em IPM pelo mesmo crime e também permanece afastado de suas funções.”

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IBGE confirma boom agrícola! Safra de 2025 impressiona

Com crescimento de 11,1% em relação a 2024, a produção de grãos no Brasil deve atingir 325,3 milhões de toneladas, impulsionada pelo avanço da soja e do milho Em janeiro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2025 deve totalizar 325,3 milhões de toneladas, 11,1% maior que a obtida em 2024 (292,7 milhões […]

Com crescimento de 11,1% em relação a 2024, a produção de grãos no Brasil deve atingir 325,3 milhões de toneladas, impulsionada pelo avanço da soja e do milho

Em janeiro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2025 deve totalizar 325,3 milhões de toneladas, 11,1% maior que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas com aumento de 32,6 milhões de toneladas; e 0,8% acima da informada em dezembro, com acréscimo de 2,7 milhões de toneladas. A área a ser colhida foi de 80,9 milhões de hectares, acréscimo de 2,4% frente à área colhida em 2024, com aumento de 1,8 milhão de hectares, e acréscimo de 0,6% (472.102 hectares) em relação a dezembro.

Segundo o IBGE, o arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,9% da estimativa da produção e respondem por 87,5% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 2,9% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço); de 6,7% na do arroz em casca; de 0,6% na do feijão; de 2,8% na da soja, de 2,1% na do milho (declínio de 1,4% no milho 1ª safra e crescimento de 3,0% no milho 2ª safra) e de 2,7% na do sorgo, ocorrendo declínio de 2,6% na do trigo.

Em relação à produção, houve acréscimos de 1,6% para o algodão herbáceo (em caroço); de 8,3% para o arroz; de 10,9% para o feijão, de 14,9% para a soja, de 8,2% para o milho (crescimento de 10,0% para o milho 1ª safra e de 7,8% para o milho 2ª safra), de 5,4% para o sorgo, bem como decréscimo de 3,3% para o trigo.

A estimativa de janeiro para a soja foi de 166,5 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 124,1 milhões de toneladas (25,2 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 98,9 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 11,5 milhões de toneladas; a do trigo em 7,3 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 9,0 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,2 milhões de toneladas.

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as Regiões Centro-Oeste (10,1%), Sul (15,4%), Sudeste (10,8%), Nordeste (9,8%) e Norte (3,6%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos na produção a Região Norte (0,1%), a Nordeste (0,1%) e a Centro-Oeste (2,7%). A Região Sudeste apresentou estabilidade, enquanto a Sul apresentou declínio (-1,6%), de acordo com o Cafezinho.

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 29,7%, seguido pelo Paraná (13,4%), Rio Grande do Sul (12,4%), Goiás (11,1%), Mato Grosso do Sul (7,8%) e Minas Gerais (5,4%), que, somados, representaram 79,8% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (48.9%), Sul (27,8%), Sudeste (8,8%), Nordeste (8,7%) e Norte (5,8%).

Destaques na estimativa de janeiro de 2025 em relação ao mês anterior

Em relação a dezembro, houve aumentos nas estimativas da produção do sorgo (8,9% ou 341 793 t), da batata 3ª safra (5,0% ou 42 246 t), do feijão 1ª safra (4,7% ou 54 579 t), do milho 2ª safra (3,6% ou 3 395 514 t), do feijão 3ª safra (3,4% ou 26 722 t), do tomate (2,1% ou 91 134 t), da cevada (2,0% ou 8 300 t), do algodão herbáceo – em caroço (1,6% ou 137 530 t), da batata 1ª safra (1,5% ou 30 400 t), do milho 1ª safra (0,7% ou 173 667 t), da batata 2ª safra (0,2% ou 2 520 t), do café canephora (0,0% ou 329 t), e declínios nas estimativas da produção do trigo (-7,7% ou -609 361 t), do feijão 2ª safra (-2,2% ou -31 335 t), da mandioca (-2,0% ou -417 807 t), do café arábica (-1,7% ou -36 855 t), da cana-de-açúcar (-1,3% ou -9 347 810 t) e da soja (-0,4% ou -750 197 t).

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Brasil divulga prioridades do BRICS para 2025; desdolarização segue na pauta, pesem ameaças dos EUA

As prioridades que guiarão os debates do BRICS e os objetivos a serem alcançados em 2025 foram divulgados nesta quinta-feira (13) pelo governo brasileiro, que está na presidência rotativa do agrupamento, que é anual.

Chamadas de notas temáticas (ou Issue Notes, em inglês), as diretrizes apresentam temas como cooperação política, de segurança, econômico-financeira, cultural e pessoal.

De acordo com o documento, estão entre as prioridades os países do Sul Global; a mudança do clima; a governança de inteligência artificial; e a reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança.

Pesem as recentes e insistentes ameaças do presidente americano, Donald Trump, de prejudicar o BRICS caso o grupo tente desdolarizar transações comerciais, o documento assegura que os países-membros seguirão trabalhando a favor do uso de moedas locais em transações comerciais internas.

“A presidência do Brasil dará continuidade aos esforços de cooperação para desenvolver instrumentos de pagamento locais que facilitem o comércio e o investimento, aproveitando sistemas de pagamento mais acessíveis, transparentes, seguros e inclusivos entre os membros do BRICS. Além disso, medidas de facilitação de comércio, entre elas a cooperação regulatória, poderão contribuir para o aumento do intercâmbio comercial e de investimentos.”

Ao citar os conflitos internacionais que assolam o planeta e a baixa efetividade das instâncias multilaterais de paz e segurança internacionais, o texto defende que o BRICS pode contribuir para uma reforma abrangente da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo seu Conselho de Segurança, “com o objetivo de torná-lo mais democrático, representativo, eficaz e eficiente”:

“A presidência brasileira pretende discutir o seguimento do “Chamado à Ação sobre a Reforma da Governança Global”, emanado da reunião aberta de ministros das Relações Exteriores do G20 realizada em Nova York, à margem da 79ª Assembleia Geral da ONU”, reafirma a nota.
Inteligência artificial (IA) (imagem de referência) – Sputnik Brasil, 1920, 13.02.2025

Panorama internacional
BRICS planeja criar políticas conjuntas para regular inteligência artificial

Além disso, segundo o documento, o Brasil proporá a formação de uma Força-Tarefa sobre Desenvolvimento Institucional para manter a coesão, harmonização e eficiência dentro do grupo, além de facilitar a transferência da presidência, melhorar as metodologias de trabalho e integrar melhor os novos membros à estrutura do BRICS.

Esses e outros tópicos serão discutidos e transformados em compromissos coletivos pelo grupo na cúpula de chefes de Estado, programada para ocorrer no segundo semestre deste ano, no Rio de Janeiro.

Criado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a articulação vem crescendo e já ganhou seis membros nos últimos dois anos: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.

Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão se tornaram países parceiros na 16ª Cúpula do BRICS, realizada em Kazan, em agosto de 2024.

A primeira cúpula de chefes de Estado ocorreu em 2009, na cidade de Ecaterimburgo, na Rússia, e desde então ocorre anualmente com sedes rotativas.

*Sputnik

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Brasil

Com Bolsa Família de exemplo, Brasil vai presidir Aliança Global contra a fome e pobreza

O Brasil foi eleito, na última terça-feira (11/02), o país para presidir a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Segundo o governo Lula, políticas públicas nacionais como o Cadastro Único e o Bolsa Família “servirão de exemplo” para que outros países impulsionem ações concretas contra a vulnerabilidade social.

A eleição brasileira foi feita durante um evento realizado em Roma, na Itália, onde a primeira-dama Rosângela “Janja” Lula da Silva será pelo papa Francisco nesta quarta (12/02) para tratar do tema.

“Para mim, é uma honra participar desse momento histórico da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Essa luta pelo povo mais pobre do mundo é uma grande bandeira do presidente Lula, que, por sua história e vivências, sabe o quanto isso é importante”, afirmou Janja.

“A Aliança propõe o caminho de unir esforços de diversos países do mundo. Hoje estamos colhendo esse fruto”, acrescentou a primeira-dama ao lado do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, eleito como presidente do Conselho de Campeões da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza..

A eleição de Dias ocorreu na sede do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), agência da ONU voltada para o combate à insegurança alimentar, em Roma, durante a primeira reunião do Conselho.

A reunião formalizou a composição do grupo e instaurou as presidências e vice-presidências, além de aprovar as regras de funcionamento

A eleição de Dias ocorreu na sede do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), agência da ONU voltada para o combate à insegurança alimentar, em Roma, durante a primeira reunião do Conselho.

Segundo o governo brasileiro, ministro Dias deverá promover “um debate estratégico entre os países e órgãos membros sobre ações imediatas a serem tomadas para criar melhores condições de funcionamento da Aliança”.

Como presidente da Aliança contra a Fome, Dias propôs a “operacionalização” dos objetivos estabelecidos na cúpula do G20 no Rio de Janeiro- que teve a pauta do combate à fome e pobreza como central, impulsionando “parcerias concretas e ações orientadas para resultados”.

*Opera Mundi

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Brasil Política

Acordo de Bolsonaro permite humilhação a brasileiros deportados dos EUA

Modelo de deportação que permite às autoridades dos EUA tratar brasileiros deportados com humilhação, racismo e maus-tratos foi anulado em 2006, mas retomado por Bolsonaro.

Muitos discutiram o caso dos brasileiros deportados dos Estados Unidos que chegaram ao Brasil algemados nos pulsos e nos tornozelos, além de terem denunciado humilhações, racismo e maus-tratos pelas autoridades americanas. Mas poucos se questionaram o porquê desse tratamento humilhante.

Alguns argumentaram que isso já era sintoma do fascismo implantado por Donald Trump em seu novo governo. Mas os agentes que algemaram e transportaram os brasileiros como escravos já estavam nas mesmas funções muito antes de Trump tomar posse. Além disso, Joe Biden deportou mais brasileiros do que Trump, inclusive sob as mesmas condições desumanas.

Também se poderia dizer que os americanos são supremacistas e consideram os latino-americanos seres inferiores. Isso já está mais próximo da verdade.

Mas o principal motivo é que o Brasil deixa os Estados Unidos tratarem os brasileiros como lixo. As deportações em voos fretados eram um procedimento comum e legal até 2006, quando o Brasil decidiu que não permitiria mais essa modalidade. Tal decisão dificultou a deportação de brasileiros dos EUA.

7,5 mil deportados sob Bolsonaro
Contudo, a paixão de Jair Bolsonaro pelos Estados Unidos fez com que o Brasil voltasse a aceitar essa humilhação. O primeiro voo fretado de brasileiros deportados dos EUA em 13 anos chegou em outubro de 2019, com 60 imigrantes. O segundo, em janeiro de 2020, com 80. Depois, em março. As denúncias de maus-tratos, assim, também voltaram. Até mesmo um menor de idade relatou ter sido acorrentado nos braços e pés.

Bolsonaro recebeu mais de 7,5 mil brasileiros deportados dos EUA, após concordar com a vinda de dois voos por mês – uma média de mais de 200 a cada mês retornaram ao Brasil. Em geral, sob essas condições subumanas. Segundo a imprensa, o Itamaraty teria tentado, tanto durante o primeiro mandato de Trump quanto no governo Biden, um acordo para liberar os brasileiros do uso humilhante de algemas pelo corpo. Mas outros relatos mostram que o aparato diplomático brasileiro nos EUA atuou contra os direitos de seus cidadãos para favorecer as autoridades norte-americanas.

O acordo de Bolsonaro para retomar as deportações humilhantes passou despercebido, ao contrário do escândalo que gerou a medida que acabou com a necessidade de visto para turistas americanos, sem a tradicional reciprocidade. Uma decisão, complementando a outra, evidencia a que o Brasil foi reduzido: uma colônia de onde bancos e indústrias dos EUA recolhem as riquezas, desgraçando o país, gerando miséria e êxodo, e cujos cidadãos são tratados como animais por tentarem uma nova vida na metrópole. Já os superiores estadunidenses vêm ao Brasil desfrutar de prostitutas e água de coco.

Fulgencio Batista sentiria inveja de Bolsonaro.

*Eduardo Vasco/Diálogos do Sul

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Brasil

Tarifas da China sobre o petróleo dos EUA são oportunidade para o Brasil

A decisão da China de impor tarifas de 10% sobre as importações de petróleo bruto dos EUA abre uma “janela de oportunidade” para o Brasil aumentar as exportações de petróleo para o país asiático, disse o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) nesta terça-feira.

O Brasil foi o sétimo maior fornecedor de petróleo para a China no ano passado, com uma média de 720.000 barris por dia, de acordo com dados da StoneX até setembro.

“Pode acontecer realmente um incremento”, disse Roberto Ardenghy, do IBP.

Cerca de 30% das exportações de petróleo da Petrobras foram para a China no quarto trimestre do ano passado, disse a empresa na segunda-feira, ante 44% no mesmo período de 2023.

As tarifas criam uma “assimetria de mercado” que pode levar ao aumento das vendas “oportunisticamente” para a Petrobras na China, disse o diretor de Logística Comercialização e Mercados da estatal, Claudio Schlosser, a repórteres no evento.

Mas a mudança não é estrutural e pode ser revertida, observou ele.

Na China, tarifas sobre os produtos dos EUA entram em vigor na próxima segunda-feira.