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Congresso coloca cadeado nos R$ 10 bi de emendas de relator que voltaram para Lula

Presidente eleito precisará de aval de deputados e senadores caso queira mudar destinação da verba.

O Congresso colocou uma trava para impedir o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de fazer mudanças no destino dos quase R$ 10 bilhões que ficam sob comando do novo governo pelo acordo de redistribuição das extintas emendas de relator.

Após o STF (Supremo Tribunal Federal) declarar essas emendas inconstitucionais na última semana, a cúpula do Congresso negociou uma saída com o governo eleito para manter a influência dos parlamentares.

Pelo acerto, metade da verba, R$ 9,85 bilhões, foi incorporada às emendas individuais que cada congressista tem direito a fazer ao Orçamento da União. Os outros R$ 9,85 bilhões voltam para as mãos do governo.

Ocorre que deputados e senadores inseriram um dispositivo no Orçamento para que Lula precise de autorização do próprio Congresso para colocar a verba da sua parte em outras áreas que não sejam as definidas pelos parlamentares, como construção de estradas, compras de tratores e obras.

O presidente eleito não é obrigado a executar as obras, os convênios e os projetos, mas o dinheiro ficará nos ministérios de Lula, como Agricultura e Desenvolvimento Regional, de forma engessada.

Aliados de Lula chegaram a dizer que o governo eleito iria apresentar ao relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), uma proposta para a distribuição dos R$ 9,85 bilhões entre os ministérios do novo governo.

No entanto, líderes do centrão já afirmavam na terça-feira (20) que a prioridade é do Congresso, responsável pela aprovação do Orçamento. Por isso, mesmo a realocação da verba de Lula iria atender a projetos de interesse dos parlamentares, irrigando pastas e ações semelhantes que recebiam emendas de relator nos anos anteriores.

Segundo a Folha, essa queda de braço, o centrão se sobressaiu. Com críticas de poucos deputados, como os do PSOL, o Orçamento aprovado foi com os R$ 9,85 bilhões divididos no mesmo modelo das emendas de relator e com a trava a Lula para alterações nessa verba. O PT não se opôs a isso no Congresso.

Na prática, apesar da decisão do STF, o Orçamento de 2023 mantém os recursos nas mesmas ações e projetos que já estavam previstos na semana passada em acordo político entre líderes do centrão. A diferença é o código, que sai do RP9 (emendas de relator) e entra no RP2 (recurso dos ministérios).

Líderes do centrão têm afirmado que, embora tenham perdido o poder de execução das emendas de relator, querem que os R$ 9,85 bilhões repassados para os ministérios sejam liberados seguindo indicações de parlamentares.

Para isso, deputados e senadores terão de negociar o envio dos recursos com os ministérios. Mas, no governo de Jair Bolsonaro (PL), também não havia a obrigação de os ministros executarem as emendas de relator –era uma negociação política.

Na semana passada, o Congresso já havia feito uma divisão das emendas, antes da decisão do STF.

O quadro previa recursos para algumas ações, como fomento ao setor agropecuário (compra de máquinas), qualificação viária (área de obras em rodovias), abastecimento de água do canal do sertão alagoano, entre outras.

Foram atendidos os ministérios da Agricultura, Saúde, Educação, do Desenvolvimento Regional (que será fatiado em dois) e da Cidadania (futuro Desenvolvimento Social).

Os ministérios desmembrados do Desenvolvimento Regional estão sendo negociados por Lula com o centrão, mas o grupo de partidos que aglutina muita força no Congresso não comandará as demais pastas. No caso da Agricultura, deve ir o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), aliado de Lula e também do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Por isso, a trava contra mudanças no destino dos R$ 10 bilhões teve amplo apoio na Câmara e no Senado.

O quadro da semana passada, antes da decisão do STF, previa R$ 40 milhões de emendas de relator para a implantação de sistemas adutores para abastecimento de água no canal do sertão alagoano, via Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paranaíba).

Agora, mesmo com o fim das emendas, o relator chegou a ampliar para R$ 50 milhões o valor para essa mesma ação.

No caso da ação de fomento ao setor agropecuário, que financia compras de máquinas e tratores, havia a previsão de destinar R$ 600 milhões em emendas de relator na semana passada. O Orçamento aprovado colocou R$ 416 milhões nessa mesma área com recursos oriundos da parte de Lula no acordo de divisão da verba das emendas.

O centrão ainda conseguiu encontrar uma forma para destravar mais de R$ 7 bilhões em emendas de relator que estavam bloqueadas pelo governo Bolsonaro neste ano. O dinheiro deve ser descongelado após a aprovação da PEC da Gastança, que permite ao governo investir cerca de R$ 23 bilhões ainda neste ano.

Por acordo entre lideranças partidárias, o Congresso aprovou na quinta-feira (22) um projeto que transfere o valor das emendas de relator (classificadas como RP9) para o orçamento próprio dos ministérios.

A proposta ainda permite, “excepcionalmente”, que o governo poderá destinar os recursos para transferência direta para estados e municípios. O acordo político, no entanto, prevê que os parlamentares terão o direito de indicar qual o destino do dinheiro —assim como era feito antes de o STF declarar as emendas de relator inconstitucionais.

Para dar segurança a essa execução do Orçamento a uma semana do fim do ano, a AGU (Advocacia-Geral da União) apresentou um pedido de esclarecimento ao STF.

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Congresso

Congresso promulga Lei Padre Júlio Lancellotti, contra arquitetura hostil

O Congresso promulgou nesta quinta-feira (22) a lei Padre Júlio Lancellotti, que proíbe o uso de materiais ou estruturas para afastar pessoas em situação de rua de locais públicos, a chamada “arquitetura hostil”.

Com isso, o Estatuto da Cidade será alterado para estabelecer diretrizes voltadas à “promoção de conforto, abrigo, descanso, bem-estar e acessibilidade na fruição de espaços livres de uso público, seu mobiliário e interfaces com espaços de uso privado”.

Na semana passada, o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao projeto de lei 488/2021 foi derrubado em sessão conjunta por 60 votos a quatro. No dia, o padre comemorou a decisão.

Votaram contra o texto os senadores:

  • Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
  • Carlos Portinho (PL-RJ)
  • Eduardo Girão (Podemos-CE)
  • Carlos Viana (PL-MG)

Bolsonaro vetou o projeto, que havia sido aprovado na Câmara e no Senado, alegando que a medida poderia interferir no planejamento da política urbana e causar insegurança jurídica.

O que prevê a lei Padre Júlio Lancellotti

A proposta proíbe o uso de materiais ou estruturas para afastar pessoas em situação de rua de locais públicos, a chamada “arquitetura hostil”.

A legislação é do senador Fabiano Contarato (PT-ES), e leva o nome do padre Júlio Lancellotti, líder da Pastoral do Povo de Rua em São Paulo, e referência no acolhimento de pessoas em situação de rua em São Paulo.

Ao ser aprovada na Câmara, a proposta reuniu apoio até de partidos que fazem oposição ao PT. “Esse é um raro projeto com concordância de vários partidos para evitar o emprego dessa arquitetura hostil nas cidades. Um projeto muito humano”, afirmou a deputada Bia Kicis (PL-DF), acredite.

*Com Uol

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Congresso

Se passar, acordo da PEC é bom para Lula, com percentual maior do Orçamento

Reinaldo Azevedo – Há duas formas principais de ler uma negociação política: 1) o melhor acordo é o possível, já que o pior é o desejável, mas irrealizável; 2) ou tudo sai como quer uma das partes, de sorte que a outra saia humilhada, ou nada feito. A primeira é própria da política; a segunda fabrica impasses e crises. Parece, por ora, que tudo caminha para uma solução política no que respeita à PEC da Transição e ao Orçamento do ano que vem. O futuro governo, ao fim de tudo, ganhou ou perdeu? Ganhou. Volto ao ponto mais adiante.

Se tudo sair como negociaram Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, os líderes dos partidos e os petistas Fernando Haddad (futuro ministro da Economia), Josué Guimarães (CE), líder do PT na Câmara, e o senador Jaques Wagner (BA) — os três últimos falando pelo futuro governo –, caminha-se para o seguinte:
– os termos da PEC de Transição terão validade por um ano;
– o teto de gastos será elevado em R$ 145 bilhões;
– mantêm-se os 6% sobre receitas extraordinárias, coisa da ordem R$ 23 bilhões;
– mantêm-se a possibilidade de investir R$ 24,6 bilhões, fora do teto, de contas abandonadas do PIS-Pasep — que não têm origem no Orçamento;
– recursos oriundos de acordos com organismos multilaterais não poderão ser usados fora do teto; isso será suprimido do texto;
– a PEC de Transição também dará a nova destinação aos R$ 19,4 bilhões das Emendas do Relator, tornadas inconstitucionais pelo STF. A divisão ficará assim:
a: R$ 9,7 bilhões (metade dos recursos) serão convertidos em emendas individuais, de execução obrigatória (RP6);
b: a outra metade irá para as emendas RP2, que o governo usa de forma discricionária.

Há o entendimento de que a mudança do prazo de dois para um ano e a questão relativa ao financiamento internacional não precisam ser referendados pelo Senado. Já a nova destinação dos R$ 19,4 bilhões tem de ser incluída na PEC da Transição. As emendas individuais, que ficarão com metade da grana, correspondem a 1,2% da Receita Corrente Líquida. Isso foi definido por emenda em 2015 e por emenda tem de ser alterado.

As principais lideranças que participaram do acordo acreditam que se pode conseguir algo em torno de 340 votos na Câmara para esse arranjo. Há ainda os inconformados, que querem suprimir da emenda os recursos referentes às receitas extraordinárias e ao PIS-Pasep.

Tudo caminhando sem novos percalços, a Câmara pode votar ainda hoje a PEC, e há a expectativa de que o Senado também referende ainda nesta terça a alteração referente à divisão das emendas do relator. A Comissão Mista do Orçamento se reúne amanhã, e haverá um esforço para definir, então, a nova peça orçamentária. Celso Sabino (União-PA), presidente da Comissão, não descarta a eventual convocação do Congresso para a semana que vem caso isso não aconteça.

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento, está convicto de que tudo se resolve nesta semana. Em entrevista coletiva, afirmou:
“Nós vamos votar essa semana. Nós vamos votar o Orçamento, esperamos, amanhã ou depois de amanhã, que é o último dia. Quinta-feira vai ser o último dia de funcionamento do Congresso Nacional. No dia 23, o Congresso entra em recesso. Então, nós temos de votar até o dia 22, que é quinta-feira”.

FUTURO GOVERNO GANHA OU PERDE?
Vamos ver.

O fato de a elevação do teto valer apenas por um ano é, por óbvio, um contratempo para o futuro governo. Afinal, antes da metade do ano que vem, começa a negociação sobre o Orçamento de 2024. E a nova gestão tem seis meses para negociar com o Congresso uma nova âncora fiscal.

Mas considerem:
1 – dado que dinheiro não cai do céu, os recursos que ficarão fora do teto agora não aparecerão por mágica. Quando menos, qualquer que seja a âncora, será preciso fazer frente às despesas, não? Ou o futuro Congresso vai mandar os pobres à breca? Ademais, o ministro Gilmar Mendes lembrou ao Parlamento que aí está — e valerá para o próximo — que os recursos do Bolsa Família, por lei e por determinação Constitucional, estão garantidos. Como está na sua decisão, inexiste âncora fiscal que invalide o que dispõe a Constituição nos Artigos 3º, 6º e 23. Ademais, há a Lei 10.835, que dispõe sobre a renda mínima. E, num Mandado de Injunção, o STF definiu, por unanimidade, em 2021 que ela tem de ser posta em prática;

2 – os R$ 145 bilhões fazem frente ao complemento necessário para os R$ 600 do Bolsa Família e os R$ 150 a crianças abaixo de seis anos de famílias atendidas pelo programa. As duas contas somam R$ 70 bilhões;

3 – haverá recursos para recompor os orçamentos da Saúde, que havia perdido R$ 16,6 bilhões, da Educação, com quase R$ 5 bilhões a menos e do Minha Casa Minha Vida, que contava com ridículos R$ 34 milhões;

5 – caso se mantenham os termos do acordo, o governo poderá elevar o valor dos investimentos com os R$ 23,9 bilhões previstos, oriundos de receitas extraordinárias. É um ganho considerável porque, acreditem, no Orçamento atual, estão reservados apenas R$ 22 bilhões para esse fim;

6 – a grana abandonada no PIS-Pasep há mais de 20 anos não tem mesmo de entrar no teto. O dinheiro é privado e não sai do Orçamento;

7 – a decisão do Supremo, que tornou inconstitucional a forma como estavam as emendas do relator, acabou liberando para uso discricionário do governo outros R$ 9,4 bilhões.

Assim, tudo saindo como se definiu na reunião, o resultado é obviamente positivo para o futuro governo. E se vai ter, afinal, um Orçamento mais realista do que aquela patuscada entregue pelo atual governo.

A Bolsa sobe enquanto escrevo; o dólar cai. Alguma tia ou algum tio no parquinho “Duzmércáduz” disse àquela garotada buliçosa e um tantinho perigosa que a PEC foi desidratada — ou que nome queiram dar —, embora, a rigor, a mudança diga respeito apenas ao prazo, como se, em 2024, fosse chover maná… Mas sempre é melhor quando os infantes do mercado especulam a favor, obedecendo a uma lógica muito própria, que, como frequência, desafia a lógica clássica.

Vai ver a moçada está feliz porque, depois da decisão do Supremo sobre as emendas do relator, o futuro governo ganhou uma margem de R$ 9,4 bilhões a mais para interferir no Orçamento.

*Uol

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Congresso

Congresso acaba com sigilo do orçamento secreto e distribui recursos por tamanho das bancadas

O Congresso Nacional aprovou nesta sexta-feira (16) um projeto de Resolução que define critérios de distribuição das emendas de relator-geral do Orçamento, mais conhecido como orçamento secreto.

Segundo o Senado, a resolução apresentada pelas Mesas do Senado e da Câmara dos Deputados estabelece critérios para dar transparência às emendas de relator-geral do Orçamento. O projeto exclui a categoria “usuário externo”, usado por prefeituras para solicitar emendas (e que oculta o nome do parlamentar que apadrinhava o repasse).

De acordo com a proposta aprovada em sessão conjunta do Congresso, 80% dos recursos irão para indicação de partidos baseada no tamanho das bancadas (sendo um terço do total para as indicações no Senado e o restante para as da Câmara). PL e PT são os maiores beneficiados.

Do restante dos recursos, 15% vão para as cúpulas do Senado e da Câmara; 7,5% para a Mesa Diretora de cada Casa, com indicações feitas pelos respectivos presidentes; 5% para serem divididos entre o presidente e o relator da CMO (Comissão Mista de Orçamento).

A proposta também define que 50% do montante das emendas de relator deverão ser executados “em ações e serviços públicos de saúde, educação e de assistência social” segundo critério dos próprios deputados.

Segundo Castro, que também é relator do Orçamento de 2023 (PLN 32/2022), a matéria estabelece critérios de proporcionalidade e impessoalidade na aprovação e execução dessas emendas. Ele argumentou que as mesmas características presentes no processo de execução das emendas individuais, também serão aplicadas na RP9.

“Qualquer emenda de relator que for destinada para qualquer estado do Brasil, para qualquer município do Brasil, ou para qualquer entidade filantrópica terá obrigatoriamente que constar o nome do parlamentar. Ou deputado ou senador”, afirmou Castro.

Pelas regras atuais, a decisão sobre repasse das emendas RP9 fica com o próprio relator do Orçamento, sem critérios objetivos. Pela proposta, o relator passará a fazer indicações para a execução das programações cadastradas por parlamentares, que poderão ser fundamentadas em demandas apresentadas por agentes públicos ou por representantes da sociedade civil.

*Com 247

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Congresso

Senado aprova ‘PEC da Transição’ com impacto que pode chegar a R$ 205 bilhões

Proposta visa abrir espaço no orçamento para as promessas de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva. Texto agora segue para a Câmara.

Segundo O Globo, numa vitória para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Senado aprovou, no fim da noite de ontem, a “PEC da Transição”, que libera espaço no Orçamento de 2023 para as promessas de campanha do petista e abre caminho para destravar despesas deste ano bloqueadas pelo teto de gastos, inclusive do orçamento secreto. Em troca de votos, contudo, o Senado ampliou “penduricalhos” à proposta inicial, que, segundo técnicos do Congresso, podem elevar o impacto da medida a mais de R$ 200 bilhões.

O texto passou por dois turnos de votação, além dos destaques. Um deles reduzia a validade da PEC para apenas um ano, mas foi rejeitado.

O texto da “PEC da Transição” aprovado vai além do impacto de R$ 168 bilhões — decorrentes do aumento do teto em R$ 145 bilhões e da autorização de usar até R$ 23 bilhões em investimentos em caso de excesso de arrecadação. Outros “puxadinhos” incluídos na proposta podem levar o impacto total da medida a R$ 205,1 bilhões.

Além disso, para aprovar a proposta, o PT abriu mão de manter apenas com o governo eleito o poder de indicar a destinação do espaço que a PEC abre em outros programas: pelo texto aprovado, deputados e senadores também decidirão quais programas e ministérios receberão mais recursos em 2023.

No segundo turno, foram 64 votos a favor e 13 contra — a maioria da base bolsonarista —, placar semelhante ao do primeiro turno, de 64 e 16. A proposta precisava de 49 dos 80 votos na Casa antes de seguir para a Câmara. A equipe de Lula trabalha com o limite do dia 22 para fazer as alterações no Orçamento e garantir um Bolsa Família de R$ 600 em janeiro — sem isso, cairia a R$ 400.

Além de novas exceções às regras fiscais que já havia incluído no texto, antes da votação da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na terça-feira, o relator, senador Alexandre Silveira (PSD-MG), apresentou na noite de ontem uma nova versão de seu relatório.

Esta amplia a autorização de gastos da PEC — embora algumas destas exceções não impactem diretamente as receitas da União, por serem decorrentes de doações, parcerias de entidades públicas ou mesmo recursos não sacados das contas do PIS/Pasep.

Mudança nos ‘penduricalhos’

Na votação, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que a PEC seria necessária mesmo se Lula não tivesse sido eleito:

— Qualquer que fosse o presidente da República eleito, pelas condições que nós temos hoje de predefinição do Orçamento da União para o ano de 2023, seria necessária uma PEC como esta ou outro instrumento que garantisse a folga fiscal necessária para que pudéssemos atender não somente os compromissos assumidos pelos candidatos, mas também para o cumprimento desses compromissos.

A maioria dos senadores que votou contra a PEC é da base governista. Cinco deles são do PL, partido de Bolsonaro: Flávio Bolsonaro (RJ), Carlos Viana (MG), Carlos Portinho (RJ), Romário (RJ) e Marcos Rogério (RO).

O parecer apresentado por Silveira no plenário trouxe duas mudanças nos “penduricalhos” da PEC. O relator retirou do teto de gastos as despesas pagas com recursos próprios, doações e convênios de todas as instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICTs).

Antes, essa mudança beneficiava apenas a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e teria impacto de R$ 7,5 bilhões. Com a ampliação, a medida também valerá para a Embrapa, com projeção de impacto de R$ 3,5 bilhões.

A maioria dos senadores que votou contra a PEC é da base governista. Cinco deles são do PL, partido de Bolsonaro: Flávio Bolsonaro (RJ), Carlos Viana (MG), Carlos Portinho (RJ), Romário (RJ) e Marcos Rogério (RO).

O parecer apresentado por Silveira no plenário trouxe duas mudanças nos “penduricalhos” da PEC. O relator retirou do teto de gastos as despesas pagas com recursos próprios, doações e convênios de todas as instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICTs).

Antes, essa mudança beneficiava apenas a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e teria impacto de R$ 7,5 bilhões. Com a ampliação, a medida também valerá para a Embrapa, com projeção de impacto de R$ 3,5 bilhões.

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Senado aprova texto-base da ‘PEC da Transição’ de R$ 168 bilhões e validade de dois anos em primeiro turno

Proposta visa abrir espaço no orçamento para as promessas de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva e pode abrir caminho para desbloquear orçamento secreto deste ano.

O Senado aprovou nesta quarta-feira a “PEC da Transição” com impacto de R$ 168 bilhões e validade de dois anos. A proposta que visa abrir espaço no orçamento para as promessas de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva foi aprovada na votação de primeiro turno com 64 votos favoráveis e 16 votos contrários. Ainda serão analisados os destaques ao texto, que podem alterar a proposta.

A Proposta de Emenda à Constituição amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões e permite o uso de R$ 23 bilhões em investimentos acima da regra fiscal, além de outros “puxadinhos” — como retirar as despesas da Fiocruz do teto de gastos — que podem elevar a fatura acima de R$ 200 bilhões. O texto também abre uma brecha para destravar bloqueios do orçamento deste ano, incluindo o orçamento secreto.

Os senadores devem concluir a análise em segundo turno do texto ainda nesta quarta-feira, antes de enviar a PEC à Câmara dos Deputados.

O relator Alexandre Silveira (PSD-MG) apresentou um novo parecer para o plenário introduzindo duas mudanças em relação ao texto aprovado na terça-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em votação simbólica. Ele retirou do teto de gastos as despesas pagas com recursos próprios, doações e convênios de todas as instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICTs). Antes, essa mudança beneficiava apenas a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Além disso, ele ampliou para dezembro de 2023 o prazo de execução de recursos dos fundos estaduais e municipais de saúde e assistência social que receberam transferências da União no período da pandemia.

Discussão em plenário

O senador Humberto Costa (PT-PE), que articulou pela aprovação da PEC, disse na sessão que a proposta seria necessária mesmo se Lula não tivesse sido eleito.

— Qualquer que fosse o presidente da República eleito, pelas condições que nós temos hoje de predefinição do Orçamento da União para o ano de 2023, seria necessária uma PEC como esta ou um outro instrumento que garantisse a folga fiscal necessária para que nós pudéssemos atender não somente os compromissos assumidos pelos candidatos, mas também para o cumprimento desses compromissos — afirmou.

A oposição à proposta veio de atuais apoiadores do governo Jair Bolsonaro (PL), que chamaram a PEC de “cheque

em branco” e criticaram a ausência de referência sobre como o espaço fiscal aberto no Orçamento será usado.

— Diferente de todas as propostas de alteração no teto de gastos efetuadas no Governo do Presidente Bolsonaro, a PEC 32 não indica como o espaço fiscal será utilizado. Na prática, está sendo dado um cheque em branco, um cheque em branco para este novo tempo que o país vai enfrentar — disse Marcos Rogério (PL-RO).

O texto prevê que a equipe de transição envie um planejamento sobre como usar os cerca de R$ 200 bilhões “liberados” do teto ao relator do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI), que irá incorporar as sugestões à Lei Orçamentária Anual.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que a PEC é “irracional” do ponto de vista técnico e econômico. Ele é favorável a tirar do teto apenas os R$ 200 adicionais do Auxílio Brasil por um ano. No PL, essa posição é defendida para manter coerência em relação à promessa de campanha de Bolsonaro de manter o auxílio em R$ 600.

O senador Omar Aziz (PSD-AM) argumentou que, no projeto de Orçamento enviado pelo próprio governo Bolsonaro, não havia a previsão para os R$ 600.

— Nesse orçamento que está, aí já era para estar os R$600 se houvesse realmente vontade da atual equipe econômica de manter os R$600 a partir de janeiro.

Concessões do PT

O PT teve de fazer concessões para conseguir aprovar o texto. Na versão original da PEC, apresentada na última semana pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), toda a despesa do Bolsa Família seria retirada do teto de gastos por quatro anos e a fatura seria de R$ 198 bilhões.

Além de reduzir em R$ 30 bilhões o impacto da PEC e aceitar um prazo de dois anos de validade para a proposta, o partido aceitou que os efeitos do texto valham para esse ano, um pedido dos parlamentares do Centrão para tentar destravar o orçamento secreto de 2022.

Essa medida pode abrir um espaço fiscal de 23 bilhões, que podem ser usados para descongelar ações do governo de Jair Bolsonaro (PL) que sofrem com o bloqueio de verbas pelo teto de gastos. Assim, isso pode abrir caminho para o pagamento de R$ 7,7 bilhões em emendas do relator, o chamado orçamento secreto.

*Com O Globo

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Congresso

Congresso discute mudar divisão de emendas de relator em sinal ao STF

Aliados de Lira e Pacheco articulam projeto para que Legislativo apresente à corte a disposição de rever distribuição.

Segundo a Folha, a cúpula do Congresso discute um projeto para estabelecer regras de divisão das emendas de relator —atualmente distribuídas a deputados e senadores com base em critérios políticos por darem sustentação ao governo no Congresso ou estarem ligados às presidências da Câmara e do Senado.

A articulação para apresentar uma proposta de normas de rateio desse dinheiro ocorre antes do julgamento, pelo STF (Supremo Tribunal Federal), das ações que questionam essas emendas. A análise pela corte está marcada para começar nesta quarta-feira (7).

O centrão —grupo de partidos que representa a maioria do Congresso— já havia sinalizado que aceitava rever o formato de distribuição das emendas como forma de manter o poder sobre o Orçamento no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que fez declarações na campanha contra essas emendas.

A ministra Rosa Weber, que além de presidente da corte é relatora das ações, pautou os casos para avaliação do Supremo apenas na semana passada.

Diante da proximidade do julgamento no Supremo, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e integrantes da cúpula da CMO (Comissão Mista de Orçamento) discutiram na segunda-feira (5) as propostas para estabelecer, em resolução do Congresso, regras para a divisão das emendas.

A ideia, segundo aliados da cúpula do Legislativo, é que um projeto de resolução seja protocolado ainda nesta semana –se possível, antes do início do julgamento no STF.

Com isso, Lira e Pacheco poderiam apresentar aos ministros da corte algo concreto a ser feito pelo Congresso numa tentativa de evitar eventual proibição do uso das emendas de relator.

Uma das propostas é que o valor das emendas (estimado em R$ 19,5 bilhões para o próximo ano) possa ser repartido entre as bancadas partidárias. As siglas com mais deputados e senadores, portanto, receberiam mais. As legendas com menos cadeiras no Congresso, menos.

Outra sugestão que é citada por aliados de Lira é uma distribuição entre a CMO (5%), Mesa Diretora (15%), líderes da Câmara (53,33%) e do Senado (26,66%). Nesse modelo, a Câmara e o Senado, em acordo político, poderiam definir como será o rateio das emendas em cada Casa.

A cúpula do Congresso aguarda um acordo partidário para colocar o projeto de resolução em votação. Por ora, a prioridade é sinalizar ao Supremo que há a intenção de tornar a divisão das emendas mais igualitária.

O PT se beneficiaria das mudanças. O partido, que formou federação com o PC do B e PV, conseguiu eleger a segunda maior bancada da Câmara.

Hoje, no governo de Jair Bolsonaro (PL), são raros os deputados petistas que pedem e são beneficiados por emendas de relator, pois a distribuição fica a critério de Lira, que privilegia deputados governistas.

Aliados de Lula se dividem sobre qual seria o melhor cenário para o futuro dessas emendas.

Uma ala tem receio de que eventual decisão do Supremo contra as emendas possa implodir a aproximação do governo eleito com Arthur Lira.

Outro grupo de aliados de Lula sustenta que o melhor cenário para o novo governo seria o Supremo enterrar as emendas de relator, devolvendo ao Executivo o poder sobre essa fatia do Orçamento. Ou seja, fortalecendo os ministérios de Lula.

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Congresso

Diretor da PRF e ministro da Justiça irão à Câmara dar explicações sobre conduta do órgão nas eleições

O diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, irá à Câmara dos Deputados dar explicações sobre a conduta do órgão nas eleições. Vasques foi alvo de um requerimento de convocação, mas o governo propôs um acordo para que o pedido se transformasse em convite já com data definida. Vasques falará na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle no dia 24 de novembro.

Segundo Bela Megale, O Globo, ministro da Justiça, Anderson Torres, pasta à qual a PRF é subordinada, também irá à Comissão prestar esclarecimentos como convidado. A data agendada é 14 de dezembro. Em ambos os casos o requerimento foi do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).

Os deputados solicitam que Vasques e Torres deem explicações sobre a atuação da PRF no dia do segundo turno, que realizou mais de 600 operações em ônibus que transportavam eleitores para locais de votação. Outro ponto que será abordado é a leniência do órgão no combate aos bloqueios ilegais promovidos por apoiadores de Bolsonaro após sua derrota.

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Congresso

Deputados bolsonaristas votam contra a urgência da votação da lei que torna pedofilia crime hediondo

Em que contexto está inserida a votação dos bolsonaristas no Congresso contra a urgência da votação da lei que torna a pedofilia crime hediondo? A quem interessa isso além dos pedófilos?

São esses deputados, aliados de Bolsonaro, o mesmo que diz defender a infância, mas chama crianças de prostitutas e ainda diz que “pintou um clima” entre ele e crianças de 14 e 15 anos.

O que está acontecendo com esse país comandado pelo Palácio do Planalto em que deputados, que fazem parte da base aliada do governo Bolsonaro, votam contra a urgência da votação de uma lei que torna a punição mais pesada aos pedófilos? Isso acontece cinco dias após Bolsonaro proferir uma frase de cunho pedófilo.

Bolsonaro ainda classificou suas vítimas de “prostitutas”, o que é comum nesse tipo de algoz.

Seria interessante ver os apoiadores de Bolsonaro explicando essa aberração ou confissão de que Bolsonaro é quem mais teme enfrentar um tribunal, principalmente em caso de derrota na eleição.

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Congresso

Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc: Congresso derruba vetos de Bolsonaro

Oposição conseguiu acordo com o governo para derrubar os vetos às leis de incentivo à cultura.

O Congresso Nacional derrubou nesta terça-feira (5) os vetos totais do presidente Jair Bolsonaro (PL) às leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2, ambas de incentivo ao setor cultural. Artistas se mobilizaram nos últimos dias para defender as leis que haviam sido aprovadas quase por unanimidade no Congresso antes do veto presidencial.

O veto 18 (Paulo Gustavo) e 20 (Aldir Blanc 2) foram derrubados em votação simbólica após acordo. O partido Novo foi o único a orientar contra a derrubada dos vetos. O placar na Câmara ficou em 414 pela derrubada e 39 pela manutenção e 2 abstenções. No Senado, a votação foi unânime pela derrubada: 66 a 0.

Durante a sessão, deputada federal Rosa Neide (PT-MT) ressaltou que os R$ 3,8 bilhões previstos na Lei Paulo Gustavo, de autoria do senador Paulo Rocha (PT-PA), são recursos que já estão à disposição para o fomento à cultura, mas que estão parados no governo Bolsonaro. “São recursos que vão garantir o trabalho para os profissionais da cultura”, afirmou.

“Não podemos abrir mão da derrubada dos dois vetos”, ressaltou Rosa Neide. A base do governo relutou em aceitar a derrubada do veto à Lei Paulo Gustavo. O deputado Eli Borges (PL-TO), da bancada evangélica, chegou a dizer que votaria contra a lei por trazer a expressão LGBTQI+.

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