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Por risco de fuga, Tacla Durán pede tornozeleira e retenção de passaporte de Moro

O advogado Tacla Duran, que denuncia ser alvo de uma tentativa de extorsão para que não fosse preso no âmbito da “lava jato”, reivindicou em suas redes tornozeleira e a retenção do passaporte de Sergio Moro diante do risco de fuga do Brasil, segundo o 247.

A fala do advogado ocorre após Moro sinalizar renúncia do cargo de senador e saída do Brasil, após seu colega, Deltan Dallagnol, ter sido cassado pelo TSE. De acordo com o jornalista Daniel Cesar, do portal IG, “O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) sondou amigos e aliados que moram nos EUA na busca por um emprego, que lhe garantiria a permanência no país americano”.

“Não seria o caso de tornozeleira e retenção do passaporte, já que o Russo é investigado?”, questionou.

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Advogados do Prerrogativas pedem que Deltan seja investigado

Informações que motivaram petição à PGR foram divulgadas pelo deputado federal Glauber Braga.

O grupo Prerrogativas apresentou uma petição à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo que Deltan Dallagnol seja investigado por uma série de fatos elencados pelo deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, diz Mônica Bergamo, Folha.

O deputado Rocha questionou, entre outras coisas, se “é verdade” que Dalagnoll “adquiriu dois apartamentos, de 400 metros quadrados cada um, no edifício Plymouth Hills, em Curitiba, o primeiro comprado por R$ 1,8 milhão, quando o preço de avaliação do prédio era de R$ 2,3 milhões, e o outro foi comprado em leilão em nome de sua esposa por R$ 2 milhões”.

Perguntou também, no discurso, se o ex-deputado, cassado na terça (16), “comprou quatro lojas da Hering em shoppings de Curitiba, todas em nome de seus familiares”. A negociação, disse, teria sido “conduzida diretamente” por Dallagnol.

O deputado seguiu com questionamentos sobre diárias recebidas pelos procuradores da Lava Jato quando Dallagnol coordenava a operação, e também sobre palestras remuneradas dadas por ele na época.

O discurso e o petição do Prerrogativas à PGR foram feitos antes de Dallagnol perder o mandato.

“Vamos repetir o pedido no foro adequado”, afirma o advogado Marco Aurélio de Carvalho, do Prerrogativas.

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CPI dos Atos Antidemocráticos convoca Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, ele foi preso preventivamente em operação da PF por supostamente fraudar dados de vacinação.

Mauro Cid está convocado para prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Os deputados distritais aprovaram o requerimento de convocação na manhã desta quinta-feira (18/5).

O pedido, aprovado por unanimidade entre os quatro presentes na sessão, é de Fábio Felix (PSol). O tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid é ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e foi preso preventivamente em operação da Polícia Federal (PF) por supostamente fraudar dados de vacinação contra a Covid-19.

A CPI ainda aprovou mais dois requerimentos. Um deles, do relator, Hermeto (MDB), pede o convite para oitiva de Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. O outro requer ao Ministério do Turismo cópias das fichas de registro de hóspedes que estiveram nos hotéis do Setor Hoteleiro Sul e Norte de Brasília, entre os dias 8 e 14 de dezembro de 2022.

Mauro Cid

O braço direito de Bolsonaro ainda é investigado por participação em uma conversa sobre o planejamento de um golpe de Estado no Brasil, segundo divulgado pela jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil. A convocação requer o depoimento de Mauro César Cid na condição de testemunha diante dos atos terroristas cometidos por bolsonaristas em Brasília, em de 12 de dezembro de 2022 – data da tentativa de invasão à sede da Polícia Feral (PF) – e em 8 de janeiro de 2023, quando ocorreu a depredação das sedes dos Três Poderes.

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Ironia do destino: Advogado preso indevidamente por Moro nos anos 2000 ajudou a cassar Dallagnol

O criminalista Michel Saliba tem um passado traumático com o ex-juiz Sergio Moro, contado com exclusividade ao GGN, segundo Cintia Alves.

Quem assistiu ao documentário Sergio Moro: A construção de um juiz acima da lei, da TVGGN, deve ter sentido a ironia do destino ao identificar o advogado Michel Saliba fazendo sustentação oral no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na tarde de terça (16), durante julgamento da cassação de Deltan Dallagnol.

Saliba advogou no TSE pela cassação de Dallagnol em nome do PMN. A Federação Brasil da Esperança também era parte interessada na cassação e fez uso do púlpito perante os ministros, na figura de seu advogado Luiz Eduardo Peccinin.

Só que Saliba tem um passado traumático com o ex-juiz Sergio Moro, que foi contado com exclusividade no documentário da TVGGN.

Advogado criminalista, Saliba sentiu na pele o impacto dos métodos abusivos de Moro enquanto magistrado.

Em meados dos anos 2000, Saliba e outros advogados foram presos indevidamente na Operação Big Brother, a mando de Sergio Moro, que sequer tinha competência para julgar aquele caso.

Saliba acredita que foi preso por ser um dos desafetos de Moro, já que o jovem advogado representava empresários que estavam na mira do ex-juiz que, desde os tempos de Banestado, era “seletivo” e “perseguia holofotes”. Na metodologia de Moro, a melhor forma de atrair atenção da imprensa é julgando figuras influentes e poderosas.

Na Lava Jato, Saliba quase voltou a bater de frente com Moro e os procuradores da força-tarefa do MPF em Curitiba, agora na condição de investigado, mas tratou de “aplicar uma vacina” para se preservar de uma nova devassa e exposição na sua vida pessoal

No documentário que narra o passado de Moro, Saliba frisa que o ex-juiz repetiu na Lava Jato a mesma prática de ser o “senhor de todos processos”, mesmo quando não são de sua competência.

Na Lava Jato, essa situação poderia ter sido corrigida no começo da operação. Mas a pressão da mídia sobre o então ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, o fez manter o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, sob a batuta de Moro, mesmo enquanto eles delatavam crimes que envolviam pessoas com foro privilegiado.

O recuo de Teori foi um “divisor de águas” na Lava Jato. Quando Youssef e Paulo Roberto Costa perceberam que seriam julgados por Moro, aderiram de vez à delação premiada e seguiram o script dos procuradores da Lava Jato. O resto, vocês já sabem.

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Em denúncia, MPF cita cobrança de “taxa de proteção” a investigados

Jamil Chade*

Uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal e que corre na Justiça do Rio de Janeiro aponta para indícios de um esquema no qual advogados e intermediários cobravam “taxa de proteção” para que suspeitos não fossem investigados e até mesmo a adoção de uma “mesada”.

A informação faz parte de uma denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, em 2020, e que apontava para evasão de divisas, exploração de prestígio, tráfico de influência, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Um dos denunciados é Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto. Procurado, ele indicou que “a questão está com o Judiciário, no qual confiamos e falaremos somente em juízo”.

Figueiredo Bastos é o advogado acusado por Rodrigo Tacla Duran como parte do esquema que supostamente garantia a proteção para que certos nomes não fossem investigados pela Operação Lava Jato. Tacla foi advogado da Odebrecht e acusado pelo antigo grupo da Lava Jato de lavagem de dinheiro em 2016.

Há quatro anos, em entrevista exclusiva concedida a esta coluna, ele disse que saiu do Brasil em decorrência da Operação Lava Jato. “Paguei para não ser preso”, acusou. Tacla Duran detalhou, naquela ocasião, a suposta extorsão, no valor de US$ 5 milhões, que começou quando seu nome veio à tona na investigação.

A apuração do MPF do Rio de Janeiro, em 2018, aponta a suposta existência de um esquema. Na denúncia, os colaboradores Claudio Fernando Barboza de Souza e Vinicius Claret “afirmaram que a organização criminosa de doleiros liderada por Dario Messer sofria cobrança e realizava pagamento de uma denominada “taxa de proteção” em espécie aos advogados Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto e Luis Gustavo Rodrigues Flores durante oito anos.

“Os denunciados Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto, Luis Gustavo Rodrigues Flores e Enrico Vieira Machado [que intermediaria a operação] afirmavam a Messer, Barboza e Claret que tais pagamentos seriam repassados a autoridades envolvidas nas investigações”, apontou.

Parte do dinheiro era transferido “para conta mantida no exterior, em nome de empresa offshore de fachada, constituída com a única finalidade de distanciar os valores de sua origem ilícita”.

De acordo com o MPF, houve uma “confissão parcial por Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto e Luis Gustavo Rodrigues Flores de atos criminosos de evasão de divisas”.

Na peça de denúncia, Figueiredo Basto reconheceu os fatos confessados por seu sócio Luis Gustavo Flores, indicando “que esse dinheiro recebido no exterior não foi declarado.” Ainda em seu depoimento, ele teria afirmado “que os pagamentos geralmente eram feitos no escritório em Curitiba” e “que acredita que parte desses valores tenham sido declarados, e parte, não.”

Mesada

Na denúncia, Claret e Barboza informaram ainda que algum tempo após o início do pagamento dessa “taxa de proteção” foi criada formalmente no sistema de contabilidade da organização criminosa uma conta, sob a rubrica “MESADA” ou “MÊS”, para contabilizar os pagamentos feitos como essa “taxa de proteção”.

Nos extratos bancários colhidos pelo MPF, de fato, a palavra “mesada” é citada.

Segundo a denúncia, Claudio Barboza ainda traz prova de que, embora no Sistema somente tenha sido possível recuperar o extrato de duas contas das diversas criadas para contabilizar tais pagamentos (“MES”, “MESADA”, “MES.N”, “MES2”), uma das contas referente ao pagamento da “taxa de proteção” foi criada no Sistema ST em 13/09/2006 e o último pagamento que consta em uma das contas é de 19/03/2013, corroborando o que havia sido anteriormente afirmado que o pagamento de tal taxa foi realizado desde 2006 até 2013, por Claudio Barboza e Vinicius Claret.

Depoimento de Tacla e conta na Suíça

O pagamento do sistema de proteção voltou à tona em audiência realizada em 9 de maio de 2023. Naquele dia, Rodrigo Tacla Duran prestou depoimento como testemunha na 13ª Vara Federal de Curitiba, num processo envolvendo o ex-vice-presidente do Equador Jorge Glass.

Tacla Duran relatou uma série de constrangimentos praticados por procuradores da Operação Lava Jato em Curitiba, para supostamente forçar delações.

Na ocasião, o advogado também detalhou pagamentos, que segundo ele, destinavam-se a uma taxa de proteção, em um esquema montado entre procuradores e alguns advogados próximos da Força Tarefa, para que possíveis alvos não fossem investigados.

Na audiência, Tacla Duran informou que Figueiredo Basto possuiria uma sociedade offshore de fachada, a Big Pluto Universal, com uma conta no Banco Vantobel na Suíça.

Segundo seu relato, foram enviados dessa conta 750 mil dólares para a conta da Ultra Sky Corporation, no Banco Hang Seng, em Hong Kong, e de titularidade do chinês Wu Yu Sheng, acusado pelo MPF de ser o responsável por recolher dinheiro vivo na rua 25 de Março, em São Paulo.

Antônio Augusto Figueiredo Basto rechaçou o relato de Tacla Duran. “Ele ouviu dizer da boca de uma pessoa que já morreu? Não sei quem é o tal Sheng, a existência dele fiquei sabendo agora”, disse. “Cada dia ele traz uma mentira nova. Desafio ele a provar. Minha conta está declarada no Banco Central e Receita Federal. Meus sigilos estão disposição, como sempre fiz e farei. Não temo qualquer investigação”, insistiu.

Em 18 de setembro de 2020, Antônio Augusto Figueiredo Basto e seu sócio Luis Gustavo Rodrigues Flores foram denunciados pelo MPF, justamente por não haverem declarado a conta na suíça em nome da offshore.

A mesma denúncia demonstrou que de fato a Ultra Sky Corporation, de Wu Yu Sheng, recebeu três transferências de Figueiredo Basto. Segundo o documento oficial obtido pelo UOL, a acusação aponta:

  • 400 mil dólares em 20/05/2016
  • 230 mil dólares em 07/06/2016
  • 120 mil dólares em 17/06/2016

Naquele momento, o MPF pediu a quebra do sigilo bancário de Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto e Luis Gustavo Rodrigues Flores, “bem como a autorização judicial para Cooperação Jurídica Internacional junto à Suíça, para que se tenha acesso a todos os extratos das contas do Banco Vontobel, em Zurique, em nome da empresa offshore Big Pluto Universal, bem como as contas pessoais de Antonio Augusto Lopes Figueiredo Basto e Luis Gustavo Rodrigues Flores”.

O MPF ainda pediu que, uma vez confirmadas as imputações, “a condenação dos denunciados, determinando-se o valor de confisco e cumulativamente, um valor mínimo correspondente ao dobro dos valores lavados por cada um dos denunciados, para reparação dos danos morais e materiais causados pela infração”.

*Uol

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Urgente: Por unanimidade, TSE cassa mandato de Deltan Dallagnol

Ministros consideraram que ex-procurador pediu exoneração para escapar de punição.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou nesta quinta-feira o registro de candidatura do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Na prática, isso significa a perda de mandato. Pela decisão, os votos recebidos por Deltan serão destinados ao seu partido, segundo O Globo.

A decisão foi tomada por unanimidade. Todos os ministros seguiram a posição do relator, ministro Benedito Gonçalves, que considerou que Deltan pediu exoneração do cargo de procurador para evitar uma eventual punição administrativa, que poderia tornar ele inelegível.

O pedido de cassação foi apresentado pela federação PT, PCdoB e PV e pelo PMN. O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) rejeitou o pedido, mas os partidos recorreram ao TSE.

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Ao vivo: Assista ao julgamento do TSE que pode cassar o mandato de Dallagnol

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga, na noite desta terça-feira (16), ações que pedem a inelegibilidade do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Caso o tribunal acate a reclamação, o ex-procurador da Lava Jato terá sua eleição anulada e seu mandato como parlamentar cassado.

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Sérgio Cabral diz ao CNJ que TRF-4 está limitando atuação de juiz Eduardo Appio

Conjur – A defesa de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, entrou nesta terça-feira (16/5) com uma reclamação disciplinar no Conselho Nacional de Justiça contra o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (PR, SC e RS). Os advogados afirmam que o magistrado está usurpando e limitando a atuação do juiz Eduardo Appio, da 13º Vara Federal de Curitiba.

A reclamação foi feita depois de Thompson Flores anular o despacho de Appio que declarou a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro, antigo titular da 13ª Vara, para julgar Cabral.

Entre as decisões anuladas por Appio como consequência da declaração de parcialidade está a que condenou o político a 14 anos de prisão por suposta corrupção e lavagem de dinheiro.

O Ministério Público Federal apresentou correição parcial contra a decisão de Appio. O recurso é cabível em caso de “erro ou abuso que importe inversão tumultuária do processo”, conforme o artigo 164 do Regimento Interno do TRF-4.

Em sua decisão, o desembargador Thompson Flores argumentou que, em duas correições parciais julgadas em abril, o TRF-4 já havia proibido Eduardo Appio de “proferir decisões nos processos relativos à referida operação ‘lava jato’ nos quais foram opostas exceções de suspeição ou naqueles em que, eventualmente, vierem a ser arguidas, até o cumprimento do que prescreve as normas do Código de Processo Penal, incluído o final julgamento por esta corte”.

Para a defesa de Cabral, o MPF e o TRF-4 estão impossibilitando que Appio julgue processos da extinta operação “lava jato” por meio de sucessivas correições parciais contra o atual titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.

“O parquet interpôs exceções idênticas em todos os processos supostamente vinculados à Operação Lava Jato de Curitiba e, insatisfeito com suposta mora processual de outras exceções, ingressou com outras Correições Parciais”, diz a defesa de Cabral, feita por Rebecca Reis Monteiro, João Pedro Proetti, Julia Raimundo de Oliveira, Rodrigo de Rocha Feitosa, Tayna Duarte Pereira e Patricia Proetti Esteves.

Ainda segundo os advogados, Thompson Flores está “interditando” a atuação de Appio, em violação ao princípio do juiz natural, e aceitando pedidos de correição sem “justificativa idônea”, barrando, na prática, qualquer decisão contra a “lava jato”.

“O Ministério Público Federal vem reiteradamente buscar, com a oposição de inúmeras exceções de suspeição e correições parciais advindas destas, o afastamento do magistrado titular da 13ª Vara Federal de Curitiba de sua jurisdição, uma vez que a instituição não consegue manipular sua independência funcional e autonomia, ao contrário dos esquemas subreptícios coordenados com o ex-magistrado Sergio Moro e a juíza Gabriela Hardt.”

A defesa de Cabral pede que o CNJ suspenda a decisão de Thompson Flores contra Cabral; que determine ao TRF-4 que se abstenha de proferir decisões em vias correicionais “usurpando ou limitando” a jurisdição de Appio; e que sejam estabelecidas as “medidas cabíveis” contra Thompson Flores.

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Gilmar Mendes diz não saber se tem ‘pena’ ou ‘horror’ de Sergio Moro

Ministro do STF disse que o ex-juiz federal e agora senador perdeu ‘o senso do ridículo’ por vídeo em que brincou sobre ‘comprar um habeas corpus’ dele.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta segunda-feira não saber se tem “horror ou pena” do ex-juiz federal e senador Sergio Moro (União Brasil-PR). A declaração foi dada após questionamento sobre um vídeo em que Moro aparece, aos risos, falando em “comprar um habeas corpus” do ministro. Nesta ocasião, que ocorreu em uma Festa Junina, Mendes afirmou que o senador “perdeu o senso do ridículo”.

— Eu não sei se tenho horror ou pena de Sergio Moro. Quem está sendo acusado de vender sentenças é ele. A gente deve rezar para não perder o senso de justiça. Se a gente não tiver sorte, que continuemos a rezar e pedir a Deus para não perder o senso do ridículo — afirmou em entrevista ao Jornal da Record.

Desde que o vídeo de Sergio Moro viralizou, em abril, Gilmar Mendes tem tecido uma série de críticas públicas ao senador. Na semana passada, em entrevista ao Roda Viva, Mendes também falou do ex-juiz federal e afirmou que em “Curitiba tem o germe do fascismo”.

— Curitiba gerou Bolsonaro. Curitiba tem o germe do fascismo. Inclusive todas as práticas que desenvolvem. Investigações à sorrelfa e atípicas. Não precisa dizer mais nada — disse Gilmar Mendes.

Após a declaração, a deputada federal e esposa de Moro, Rosangela, disse que o ministro do STF é “obcecado” por seu marido. A parlamentar também pediu respeito em nome do ex-juiz federal.

Sobre a gravação que lhe rendeu uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por calúnia, Sergio Moro diz ter sido uma “brincadeira infeliz” e que a fala foi “retirada de contexto.

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Governo Bolsonaro pagou R$ 260 o quilo de carne de pescoço a indígenas

Governo pagou por carne de pescoço de galinha superfaturada e produto não chegou até indígenas da região do Rio Madeira, no Amazonas.

O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comprou carne de pescoço de galinha superfaturada para indígenas da etnia Mura, na região de Manicoré, no Amazonas.

Segundo apuração do Estadão, a Fundação Nacional dos Indígenas (Funai) comprou a carne de pescoço a R$ 260 o quilo, sendo que, à mesma época, o preço médio era de R$ 10,7 em outros contratos.

Além disso, a Funai de Bolsonaro também teria comprado toneladas de carne para indígenas que não chegaram ao destino final. Os indígenas da região relataram que receberam apenas arroz, feijão, macarrão, farinha de milho, leite e açúcar .

De acordo com a reportagem, entre 2020 e 2022, a Funai comprou R$ 927,5 mil em carnes para os povos indígenas de Manicoré, sendo que R$ 5,2 mil eram referentes a 20 Kg de carne de pescoço de galinha, que também não teria sido entregue. Quem comandava a Funai na região à época era o capitão do Exército Cláudio da Rocha.

Relação política

As carnes de pescoço foram compradas de uma empresa de Herivaneo Vieira de Oliveira Júnior, 23 anos. Na verdade, a companhia é administrada pelo pai dele, o ex-prefeito de Humaitá (AM) Harivaneo Vieira de Oliveira (PL).

Quando era prefeito, em 2018, Harivaneo pai acabou preso por ataques a órgãos ambientais. Ele foi acusado de ter incentivado a reação violenta contra operação que fiscalizava o garimpo de ouro no Rio Madeira.

Para o Estadão, o ex-prefeito disse que tudo foi entregue aos indígenas conforme nota fiscal. Sobre a carne de pescoço, ele acredita que pode ter sido um erro nas notas de pagamento.

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