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Moraes em entrevista ao Washington Post: ‘Não há menor chance de recuar um milímetro’

O ministro do STF Alexandre de Moraes concedeu uma entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, que o descreveu como “o juiz que se recusa a ceder à vontade de Trump”.

“Não recuaremos do que precisa ser feito”
Moraes contou que estava assistindo a um jogo do Corinthians quando o celular dele começou a apitar com várias mensagens: Jair Bolsonaro (PL) havia descumprido a ordem de não usar as redes sociais, descreve o jornal. Ele agiu imediatamente, decretando a prisão domiciliar do ex-presidente, que será julgado nas próximas semanas por tentativa de golpe de Estado.

O ministro disse que não há chance de que as sanções impostas pelos Estados Unidos influenciem o processo:

“Não há a menor chance de recuarmos nem um milímetro sequer.

Eu entendo que, para a cultura norte-americana, é mais difícil entender a fragilidade da democracia, porque nunca houve um golpe lá. Mas o Brasil teve anos de ditadura sob [o presidente Getúlio] Vargas, outros 20 anos de ditadura militar e inumeráveis tentativas de golpe. Quando você é mais atingido por uma doença, você desenvolve anticorpos mais fortes e procura uma vacina preventiva.

Faremos a coisa certa: receberemos a acusação, analisaremos a evidência, e quem deve ser condenado, será condenado, e quem deve ser absolvido, será absolvido.”

“Sanções não são agradáveis, mas investigação continuará”

O governo de Donald Trump sancionou Moraes com a perda do visto e com a Lei Magnitsky, criada para punir acusados de graves violações contra os direitos humanos, que proíbe que ele faça transações com instituições financeiras que atuam nos Estados Unidos, segundo o Uol.

*Imagem: Reprodução/The Washington Post


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‘Célula de Legitimação’: Israel usa inteligência para associar jornalistas ao Hamas e validar execuções

Criado após 7 de outubro, grupo faz parte das IDF e vasculha Gaza em busca de material para reforçar narrativa israelense sobre a guerra, revela +972 Magazine

Uma investigação da revista independente +972 Magazine revelou a existência de uma unidade israelense intitulada Célula de Legitimação, cuja função é vincular jornalistas de Gaza ao Hamas para justificar seus assassinatos, como ocorreu com o repórter da Al Jazeera Anas al-Sharif e seus outros cinco colegas de profissão nesta semana.

O texto afirma que Israel “trata a mídia como um campo de batalha” e utiliza desse “esquadrão secreto de inteligência do exército para vasculhar Gaza em busca de material que reforce a hasbara israelense [termo hebraico que refere-se a propaganda e imagem pública de Israel”. Em outras palavras, a motivação da Célula de Legitimação são as relações públicas.

De acordo com a reportagem investigativa, escrita por Yuval Abraham, jornalista e cineasta baseado em Jerusalém que foi vencedor do Oscar de Melhor Documentário por um filme sobre a ocupação israelense na Cisjordânia, a Célula de Legitimação é uma unidade especial das Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês, como é chamado o exército do país].

Com base nos relatos de três fontes de inteligência que falaram à +972 Magazine e ao portal Local Call, parceiro da revista independente que produz conteúdo jornalístico independente sobre Israel e a Palestina, a unidade foi criada após o 7 de outubro de 2023 e tem como objetivo final reforçar a imagem de Israel na mídia internacional.

“A unidade foi designada para identificar jornalistas baseados em Gaza que poderiam ser retratados como agentes secretos do Hamas, em um esforço para conter a crescente indignação global com o assassinato de repórteres por Israel”, escreveu Abraham.

“Motivados pela raiva de que repórteres baseados em Gaza estivessem manchando o nome [de Israel] diante do mundo, seus membros estavam ansiosos para encontrar um jornalista que pudessem vincular ao Hamas e marcar como alvo”, relatou uma das fonte à publicação.

Na prática, sempre que as críticas contra Israel se intensificam na mídia internacional, a Célula de Legitimação é ordenada pelo próprio governo Benjamin Netanyahu a encontrar informações que pudessem combater essas críticas.

“Se a mídia global está falando sobre Israel matando jornalistas inocentes, então imediatamente há uma pressão para encontrar um jornalista que possa não ser tão inocente — como se isso de alguma forma tornasse aceitável matar os outros 20”, disse a fonte de inteligência à +972 Magazine.

De acordo com as declarações, até mesmo funcionários da inteligência fora da Célula de Legitimação foram instruídos a sinalizar “qualquer material que pudesse ajudar Israel na guerra de informação”. Uma das fontes inclusive revelou uma frase constantemente falada pelos superiores: “Isso é bom para a legitimidade”.

Contudo, a instrução de encontrar informações em Gaza não era o único trabalho da unidade porque havia a possibilidade de que as informações encontradas não fossem as mais adequadas à narrativa israelense sobre a guerra.

*Opera Mundi


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Trump está com medo do Trump

Todo santo dia Trump, em sua imensa lista, adiciona mais um ou dois “inimigos” dos EUA e nunca se inclui ou o próprio EUA.

Trump está na lista dos pedófilos ligados a Epstein, por isso não mostra a lista, como prometeu ao MAGA, o bolsonarismo dele.

O MAGA ao menos não faz como os bolsonaristas, que se comportam como avestruzes diante do fracasso do governo Bolsonaro e de seus incontáveis crimes.

Esse é apenas um grave problema que Trump não tem como resolver e não vai resolver.

A tragédia econômica que vive os EUA, não será resolvida de fora para dentro.

Os Estados Unidos perderam completamente a capacidade produtiva na globalização neoliberal, criada pelos próprios com Reagan.

Todo dia é dia de Trump fabricar manchetes na tentativa de turvar a visão do planeta para a decadência acelerada do império americano.

O inimigo de Trump não é ninguém além dele e do país que preside.
Por isso afunda na mesma velocidade m que cria seus fantasmas como diversionismo para os amantes da “era de ouro dos EUA”

Michael Rothfeld, um jornalista e escritor americano, atualmente repórter investigativo na seção Metro do The New York Times, teve apenas algumas horas para anotar 29 páginas de documentos relacionados às acusações contra Donald J. Trump


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Magnitsky: sistema Swift diz ao Brasil que “não está sujeito a sanções arbitrárias”

Swift é sediado na Bélgica e obedece à legislação da União Europeia (UE), e não às decisões dos EUA, afirmou porta-voz ao secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, recebeu nesta quinta-feira, 14, na sede da Pasta, o Chefe Global de Assuntos Corporativos do Swift, Hayden Allan.

O Swift é sediado na Bélgica e obedece à legislação da União Europeia (UE), e não às decisões dos EUA. Conectando 11.500 instituições financeiras, o sistema global de mensagens interconecta mais de 200 países.

“Tive excelente conversa com Hayden Allan, da Swift, que operacionaliza o maior sistema de integração bancária global”, anunciou Durigan pelas redes sociais. “Hayden esclareceu que o Swift, sediado na Bélgica, segue o marco legal europeu e não está sujeito a sanções arbitrárias de países específicos”, escreveu o número dois do ministro Fernando Haddad, sem citar os Estados Unidos.

No fim de julho, o governo americano aplicou a Lei Magnitsky, que prevê sanções financeiras a pessoas ou empresas, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Segundo Durigan, Allan explicou também que o sistema processa transações em múltiplas moedas e vem ampliando a representatividade de países emergentes em seu conselho de administração.

“Reafirmei que o Brasil é um país soberano, democrático e autônomo, que respeita todos os países e exige reciprocidade. Como nação comprometida com o multilateralismo e a integração global, foi gratificante confirmar que somos um dos maiores usuários do Swift mundialmente”, completou o secretário-executivo.

O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, recebeu nesta quinta-feira, 14, na sede da Pasta, o Chefe Global de Assuntos Corporativos do Swift, Hayden Allan.

O Swift é sediado na Bélgica e obedece à legislação da União Europeia (UE), e não às decisões dos EUA. Conectando 11.500 instituições financeiras, o sistema global de mensagens interconecta mais de 200 países.

“Tive excelente conversa com Hayden Allan, da Swift, que operacionaliza o maior sistema de integração bancária global”, anunciou Durigan pelas redes sociais. “Hayden esclareceu que o Swift, sediado na Bélgica, segue o marco legal europeu e não está sujeito a sanções arbitrárias de países específicos”, escreveu o número dois do ministro Fernando Haddad, sem citar os Estados Unidos.

Como mostrado pelo Estadão/Broadcast no fim de julho, o governo brasileiro já vinha monitorando a possibilidade de o País ser excluído do Swift pelos EUA, como fez a União Europeia em 2022 com bancos russos após a invasão da Ucrânia.

Para um interlocutor da equipe econômica, o cenário econômico e político atual não embasaria uma ação deste tipo, mas, dadas as últimas ações no campo comercial, com o tarifaço do governo Donald Trump, nada mais pode ser descartado.

*Infomoney


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BRICS acelera criação de ‘Pix Global’ para países-membros e cresce tensão com EUA

O Brics está acelerando a implementação do Brics Pay, um sistema de liquidação financeira que promete reduzir a dependência do dólar nas transações entre países do bloco — formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de novos integrantes como Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos.

O projeto, apelidado de “Pix Global”, permitirá transferências rápidas, com menor custo e risco, entre os países-membros. Embora não se trate de uma moeda única, a iniciativa prevê o uso de tecnologias como blockchain, QR codes, carteiras digitais e canais de comunicação entre bancos centrais para agilizar e baratear as operações.

Na 16ª Cúpula do bloco, realizada em outubro de 2024, na Rússia, o avanço do sistema foi destacado como parte de uma estratégia de integração econômica e de fortalecimento da autonomia financeira. O ponto central, porém, preocupa Washington: as transações poderão ser feitas sem a intermediação do dólar.

Trump e os Brics
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já se manifestou contra iniciativas do tipo, classificando o Brics como “grupo antiamericano” e ameaçando impor tarifas de 10% sobre importações de países alinhados ao bloco. O governo norte-americano também elevou para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros e abriu investigação sobre o Pix, acusando-o de discriminar empresas dos EUA.

Para Trump, reduzir o papel do dólar no comércio internacional representa risco direto à supremacia econômica norte-americana. Especialistas apontam que a disputa em torno do Brics Pay é mais um capítulo da crescente rivalidade entre potências emergentes e os EUA no tabuleiro geopolítico global.

Tecnologia blockchain como base
A plataforma BRICS Pay utiliza o Decentralized Cross-border Messaging System (DCMS), desenvolvido pela Universidade Estatal de São Petersburgo. Essa tecnologia permite transações seguras e rápidas, com capacidade de processar até 20 mil mensagens por segundo. Diferentemente do sistema SWIFT, controlado por bancos ocidentais, o BRICS Pay opera sem um controlador central, garantindo maior independência.

Características do DCMS:

Operação descentralizada, com cada país gerenciando seu próprio nó.
Alta segurança com múltiplos protocolos de criptografia.
Código aberto após a fase de testes, sem tarifas obrigatórias.
Capacidade de operar mesmo sem conexão direta entre usuários.

A escolha da tecnologia blockchain reflete a prioridade do bloco em criar um sistema moderno e resistente a interferências externas. A Rússia, que enfrenta sanções desde 2022, e a China, que busca internacionalizar o yuan, lideram os testes iniciais, com transações bilaterais em moedas locais.

No Brasil, a adesão ao BRICS Pay é vista como uma oportunidade para expandir exportações, especialmente no agronegócio, mineração e energia. Setores que hoje dependem do dólar para transações com China e Índia poderiam se beneficiar de conversões diretas em yuan ou rúpias, reduzindo perdas cambiais. O professor da Universidade Federal Fluminense, Marco Aurélio dos Santos Sanfins, destaca que o sistema pode minimizar os impactos de sanções econômicas externas.

Integração com sistemas nacionais
A viabilidade do BRICS Pay depende da integração de sistemas de pagamento instantâneo já existentes nos países membros. Além do Pix, o bloco planeja conectar o SBP russo, o UPI indiano, o IBPS chinês e o PayShap sul-africano. Essa interoperabilidade é um desafio técnico, mas especialistas acreditam que a digitalização das moedas nacionais, como o Drex no Brasil, pode facilitar o processo.

Sistemas de pagamento dos BRICS:

  • Pix (Brasil): Transferências instantâneas com 227 milhões de transações diárias em setembro de 2025.
  • SBP (Rússia): Permite transferências com número de telefone, usado por mais de 200 instituições.
  • UPI (Índia): Interface unificada com forte adesão desde 2010.
  • IBPS (China): Suporta transferências em yuan via múltiplos canais.

A integração desses sistemas visa criar uma rede ágil e eficiente, capaz de processar transações em tempo real. O Brasil, que assume a presidência rotativa do BRICS em 2026, planeja liderar os esforços para superar barreiras técnicas e tributárias.

O BRICS Pay promete transformar o comércio global ao reduzir custos e aumentar a competitividade. Para o Brasil, a plataforma pode abrir novos mercados, como Emirados Árabes Unidos e Irã, que demandam alimentos e combustíveis. A eliminação da conversão para o dólar pode baratear exportações e atrair investimentos.

Economistas projetam que, até 2030, o sistema movimente centenas de bilhões de dólares em transações anuais, desafiando o SWIFT. A iniciativa também fortalece o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), que planeja criar uma linha de garantia multilateral para reduzir riscos em operações financeiras.

*ICL

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Mundo

EUA enviam tropas para sul do Caribe em ameaça à Venezuela

Ação foi anunciada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que chamou o governo venezuelano de ‘organização criminosa’

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, confirmou nesta quinta-feira (14/08) que está enviando tropas para o sul do mar do Caribe para realizar operações militares na região. Ele disse que o objetivo é prender traficantes latino-americanos e relacionou um desses grupos ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

O estadunidense reforçou, sem apresentar provas, a narrativa da Casa Branca de que Maduro é chefe do Cartel dos Sóis, uma suposta organização criminosa. Em 25 de julho, o Departamento de Estado dos EUA classificou o grupo como uma organização terrorista internacional.

Agora, Rubio subiu o tom e afirmou que está enviando tropas aéreas e navais para controlar cartéis que levam “veneno” para os EUA. Ele afirmou que o tráfico de drogas é uma ameaça à segurança estadunidense e novamente chamou o governo de Maduro de “organização criminosa”.

“São grupos que atuam nas águas internacionais. Muitos países cooperam conosco. Alguns desses grupos levam veneno aos EUA e eles serão confrontados. O Cartel dos Sóis é uma organização criminosa das mais complexas que existem. O regime de Maduro não é um governo, é uma organização criminosa. Eles tomaram o controle do território de um país e estão ameaçando os EUA e os países vizinhos”, afirmou em declaração.

O secretário de Estado não deu detalhes da operação, mas disse que a meta é interceptar esse fluxo de drogas na região.

Militares venezuelanos ouvidos pelo Brasil de Fato não acreditam que os Estados Unidos possam fazer um ataque militar contra o país. Setores das Forças Armadas afirmam não descartar nenhuma possibilidade de maneira definitiva, mas entendem que o envio de aviões e navios é mais uma ameaça e demonstração de força da Casa Branca.

A decisão vem na esteira de uma reportagem publicada na semana passada pelo New York Times. A publicação afirmava que Trump havia assinado uma ordem executiva secreta orientando que o Pentágono começasse a usar “força militar” contra alguns cartéis de drogas latino-americanos considerados terroristas. A ordem autoriza que sejam realizadas operações militares diretas no mar e em outros países.

O chefe do programa de mestrado de História Militar da Universidade Militar Bolivariana de Venezuela, Henry Navas Nieves, reforça essa tese e afirma que os EUA aprenderam com a guerra no Iraque e no Afeganistão, dois conflitos que tiveram um custo político, militar e econômico muito alto para os EUA.

“Desde Obama, se caracterizou um novo modelo de guerra dos EUA contra países em expansão. Eles abandonaram confrontações armadas diretas e aprenderam que foi possível derrubar Muammar Gaddafi na Líbia sem colocar nenhum soldado. E eles aplicam e replicam isso. O uso de forças militares próprias é inconveniente nesses casos e eles usam o assédio e as medidas coercitivas unilaterais”, disse Nieves ao Brasil de Fato.

Os militares venezuelanos entendem que a lógica da Casa Branca parte do estímulo a conflitos e atentados de grupos paramilitares e de extrema direita em território venezuelano.

Essa semana, o governo venezuelano anunciou ter desmobilizado uma nova tentativa de ataque contra estruturas estratégicas na Venezuela. O ministro do Interior, Diosdado Cabello, disse na terça-feira (12/08) que as forças de segurança identificaram planos terroristas organizados por setores da extrema direita em conjunto com paramilitares.

Segundo ele, foram apreendidos explosivos que teriam a capacidade de atingir alvos a uma distância de até 1,2 quilômetro, que seriam usados para atacar hospitais, postos de gasolina e figuras políticas.


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EUA cancelam vistos de integrantes do governo brasileiro ligados ao Mais Médicos

Marco Rubio, chefe da diplomacia dos EUA, citou suposto uso de organização Pan-Americana para driblar sanções a Cuba; Itamaraty ainda não se manifestou

O governo dos Estados Unidos anunciou, na noite desta quarta-feira (13), a revogação de vistos de funcionários do Ministério da Saúde do Brasil que atuaram durante a implementação do programa Mais Médicos, informa o Metrópoles. A medida foi divulgada pelo secretário de Estado Marco Rubio.

Foram atingidos pelas sanções Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, diretor da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) para a COP 30, ex-Assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor de Relações Externas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). A decisão impede que eles entrem em território norte-americano.

No Twitter, Rubio classificou o Mais Médicos como um “esquema diplomático inconcebível de missões médicas estrangeiras”, acusando o Brasil e a OPAS de atuarem como intermediários para viabilizar o envio de médicos cubanos ao país e driblar sanções impostas pelos EUA contra Havana.

“O Departamento de Estado está tomando medidas para revogar vistos e impor restrições a vários funcionários do governo brasileiro e ex-funcionários da OPAS cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”, escreveu o senador.


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Mundo Política

O dia em que o JN lamentou por 20 reféns israelenses e ignorou o genocídio de milhares em Gaza

Pretensa regra de ouro da emissora foi quebrada em favor de um dos governos que promove uma das matanças mais cruéis que a humanidade já viu

É cada vez mais estarrecedor o nível de barbárie com que Israel executa o genocídio em Gaza há quase dois anos. Não só pelos números superlativos, que chegam a mais de 60 mil mortos (cerca de 40 mil mulheres e crianças) e 150 mil feridos, mas também pelo modus operandi.

Desde que os homens do Hamas invadiram território israelense, mataram 1.200 pessoas e sequestraram cerca de 200 reféns, as tropas de Netanyahu receberam de seus comandantes carta branca para exterminar a população civil de Gaza. A justificativa de que terroristas se escondem entre a população comum tem servido de salvo conduto para a matança indiscriminada.

Naquele pedaço de terra, os militares de Israel destruíram casas, bombardearam campos de refugiados, explodiram escolas, mandarem pelos ares hospitais. As bombas e os tiros mataram professores, médicos, socorristas, funcionários da ONU e da Cruz Vermelha, jornalistas…

Na fase atual, a máquina da morte de Israel usa a fome para acabar com adultos e crianças que escaparam dos tiros e explosões. O governo Netanyahu impede a entrada de mantimentos no território palestino, o pouco alimento que chega não corresponde a 10% do necessário. São cada vez mais comuns as imagens de meninos e meninas esquálidos, com os ossos visíveis sob a pele. Morrer de fome virou destino comum.

A crueldade do massacre é tamanha que até mesmo países que por muito tempo fizeram vistas grossas ao genocídio passaram a reclamar da falta de humanidade do governo israelense. Alguns, como França, Alemanha, Austrália, Reino Unido e Canadá, anunciaram que vão reconhecer o Estado da Palestina em setembro. Até mesmo Donald Trump, o principal cúmplice de Netanyahu, reconheceu que as imagens de crianças famélicas são chocantes.

Com o tempo, a vergonha pelo extermínio causado em Gaza faz com que Israel perca aliados em várias partes do mundo.

Os lobistas israelenses sabem, no entanto, que no Brasil sempre terão um poderoso alto-falante para amenizar os seus malfeitos.

O principal telejornal da maior emissora de TV do país sempre faz o possível para minimizar o genocídio em Gaza.

São ilustrativas dessa parcialidade as justificativas que os apresentadores do Jornal Nacional têm divulgado logo após noticiarem os seguidos fuzilamentos de moradores de Gaza surpreendidos enquanto disputam um pouco de comida em meio à multidão. Esse tipo de tiro ao alvo macabro se repetiu dezenas de vezes. A repetição não deixa dúvida quanto à intenção assassina. Mas no telejornal da Globo as notícias sobre esses episódios sempre se encerram com a cínica versão israelense de que teria havido erro por parte dos soldados.

Todos sabem que no dia seguinte o “erro” se repetirá.

Em oportunidades anteriores, a coluna usou um parâmetro que não tem nada de subjetivo para comprovar a parcialidade da Globo a favor de Israel: a minutagem. A contagem de tempo das matérias mostra sempre que para a emissora o drama dos reféns israelenses sequestrados pelo Hamas é muito mais importante que as dezenas de milhares de palestinos assassinados a mando de Netanyahu.

Na edição de terça-feira (12), porém, essa tomada de posição ficou ainda mais clara.

Em reportagem que duraria 2 minutos e 40 segundos, William Bonner anunciou: “O governo israelense divulgou um relatório que detalha o sofrimento dos reféns capturados pelo grupo terrorista Hamas”. A seguir, a repórter Bianca Rothier, de Genebra, abordou o documento apresentado à ONU, mostrando o impacto físico e mental nas vítimas, com base em relatos e condições de 12 sobreviventes libertados no fim ano.

Violações do Direito Internacional Humanitário, abuso, tortura e negligência médica foram constatados. O vídeo cedido pelo governo de Israel realmente mostrava um refém em condição lastimável, uma afronta à dignidade humana. Mães de jovens em cativeiro (um deles soldado) e o embaixador de Israel na ONU foram entrevistados.

A estimativa é de que haja 20 reféns ainda nas mãos do Hamas, e nada mais justo que o jornalismo apresente esse drama ao público.

Ao fim do relato, no entanto, frustrou-se quem esperava que a Globo fosse mostrar o cotidiano trágico dos moradores de Gaza, mesmo que com tempo menor, como é seu costume.

Nem isso. O telejornal não dedicou aos palestinos um segundo sequer.

A edição de quarta-feira (12) do JN entrou para a história da infâmia do jornalismo brasileiro como aquela em que a Globo ignorou as centenas de vítimas que foram mortas e feridas em Gaza naquele dia (juntando-se aos 60 mil mortos e 150 mil feridos já contabilizados) e lamentou exclusivamente pelos 20 reféns israelenses.

A pretensa regra de ouro da emissora, de “ouvir os dois lados”, foi quebrada justamente em favor de um dos governos que promove uma das matanças mais cruéis que a humanidade já viu.

Pareceu até que um tênue sinal de constrangimento marcou as expressões dos apresentadores do telejornal no começo e no fim da reportagem.

Mas talvez tenha sido apenas impressão deste colunista, diz Chico Alves no ICL.


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Exército de Israel aprova plano para ocupar Gaza e mata centenas de palestinos

Projeto de Netanyahu avança em meio a ataques generalizados na Cidade de Gaza; ao menos 123 morreram nesta quarta-feira

O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), Eyal Zamir, aprovou nesta quarta-feira (13/08) as linhas gerais do plano operacional para ampliar a ocupação na Faixa de Gaza, começando pela Cidade de Gaza, principal centro urbano do enclave. O projeto israelense foi anunciado na semana passada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, após passar pela aprovação do gabinete de segurança, e foi rechaçado pela comunidade internacional.

De acordo com um comunicado, o órgão militar sionista “aprovou a principal estrutura do plano operacional do Exército na Faixa de Gaza”, apesar da resistência de alguns funcionários internos ao projeto de ocupação. Inclusive, o próprio tenente-general Zamir se dizia contrário ao plano devido ao risco dos prisioneiros remanescentes em Gaza, mas afirmou que seguirá as ordens do governo.

As ações das IDF já foram iniciadas na terça-feira (12/08) na área de Zeitoun, um dos principais bairros da Cidade de Gaza, provocando muitas mortes. O Exército destacou que o conceito principal do plano para as próximas fases da operação foi aprovado em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo gabinete de Netanyahu.

Zamir ressaltou “a importância de aumentar a prontidão das tropas para o recrutamento de reservistas, garantindo, ao mesmo tempo, o período necessário para a reorganização e recuperação para as próximas missões”.

A aprovação do plano foi divulgada horas depois que o Hamas anunciou o envio de uma delegação ao Cairo, no Egito, para “conversações preliminares” com as autoridades mediadoras sobre uma possível trégua. Segundo a TV Al-Qahera News, o grupo palestino expressou seu desejo de um “rápido retorno às negociações de cessar-fogo” em Gaza.

Em entrevista ao canal de televisão israelense i24News, Netanyahu reiterou que os palestinos deveriam sair do território, ao alegar que “eles não estão sendo expulsos” pois “terão permissão para sair”.

O plano anunciado pelo premiê na semana passada prevê inicialmente a ocupação da Cidade de Gaza, principal centro urbano do enclave, onde o Exército israelense declarou ter evitado entrar desde a intensificação do genocídio, em 7 de outubro de 2023, embora o município tenha sido intensamente bombardeado. A invasão deve provocar a evacuação de um milhão de pessoas.

Ataques à Cidade de Gaza
A recente incursão israelense sobre a Cidade de Gaza já provocou ao menos 123 mortes nas últimas 24 horas desta quarta-feira, segundo o Ministério da Saúde palestino. Os ataques começaram antes mesmo da formalização do plano operacional por parte do Exército de Israel.

À agência de notícias Reuters, moradores relataram que aviões e tanques israelenses bombardearam áreas orientais da Cidade de Gaza, destruindo residências. De acordo com o hospital Al-Ahli, pelo menos 12 pessoas foram mortas em apenas uma ofensiva aérea a uma casa em Zeitoun

Os relatos também incluem ataques terrestres a moradias na região leste de Khan Younis, no sul de Gaza. Apenas no centro, fontes médicas afirmaram à emissora catari Al Jazeera que militares israelenses também mataram 12 palestinos que buscavam ajuda humanitária, em meio à fome generalizada. No enclave todo, nesta quarta-feira, 26 requerentes de ajuda foram assassinados.

Em relação às mortes por desnutrição aguda, o Ministério da Saúde local informou que nas últimas 24 horas houve mais oito fatalidades, incluindo três crianças. O diretor de hospitais gerais de Gaza, Mohammed Zaqout, relatou nesta quarta-feira que, até o momento, pelo menos 235 pessoas já morreram de fome, sendo 106 crianças entre as vítimas fatais.

*Opera Mundi


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OTÁRIO: Tarcísio bajula Trump e Trump acusa Tarcísio de execuções policiais

Depois de posar para fotos usando o boné com o slogan “Make America Great Again” e bajular Donald Trump. Tarcísio de Freitas viu seu nome aparecer de forma nada lisonjeira em um documento oficial do próprio presidente norte-americano

Depois de posar para fotos usando o boné com o slogan “Make America Great Again” e bajular Donald Trump — repetindo o gesto de outro governador brasileiro, Ibaneis Rocha —, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), viu seu nome aparecer de forma nada lisonjeira em um documento oficial do próprio presidente norte-americano. Poucos dias após as demonstrações públicas de simpatia, Donald Trump divulgou o relatório anual de direitos humanos dos Estados Unidos, no qual condena com veemência a violência policial em São Paulo, sob a gestão de Tarcísio.

O documento “2024 Country Reports on Human Rights Practices: Brazil” dedica um capítulo inteiro a “Execuções Extrajudiciais”, apontando relatos de homicídios arbitrários atribuídos à Polícia Militar paulista e de outros estados. Segundo o relatório, parte desses casos está ligada às operações Escudo e Verão, realizadas na Baixada Santista entre julho de 2023 e abril de 2024, após a morte de policiais militares.

De acordo com a Pensar Piauí, o texto afirma que essas ações resultaram em mortes atribuídas a policiais, inclusive de suspeitos que teriam se rendido, e também menciona operações contra organizações criminosas transnacionais no estado.

Além das críticas a São Paulo, o documento cita o ministro Alexandre de Moraes, do STF, no contexto de alegações de censura, e relata casos em outros estados. No Rio de Janeiro, destaca avanços na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, com a prisão dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e a condenação dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. Em Roraima, aponta a demissão e prisão de mais de 100 policiais militares acusados de integrar milícias e grupos de extermínio, atuando em segurança armada para garimpeiros ilegais e cometendo roubos.

Em resposta às críticas, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que todas as mortes ocorridas nas operações Escudo e Verão foram investigadas pelo Deic de Santos, com acompanhamento da Corregedoria da PM, do Ministério Público e do Judiciário. Disse ainda que os policiais foram absolvidos e que as apurações incluíram análise de câmeras corporais e compartilhamento de provas com órgãos de controle.

O governo paulista ressaltou que as ações na Baixada resultaram na prisão de 388 foragidos, captura de cerca de 600 suspeitos, apreensão de 119 armas de fogo — incluindo fuzis de uso restrito — e na retirada de aproximadamente uma tonelada de drogas. Até o momento, a gestão de Tarcísio não comentou o fato de ter sido criticada justamente por quem, dias antes, recebeu seu gesto público de admiração.


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