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Escândalo de criptomoedas: Milei será alvo de pedido de impeachment e denúncia criminal

Agência Anticorrupção determinará se houve conduta imprópria de alguém do governo, incluindo o próprio Presidente.

O bloco União pela Pátria na Câmara dos Deputados da Argentina anunciou neste sábado sua decisão de avançar com um pedido de impeachment contra o presidente Javier Milei , após o escândalo que surgiu depois que o chefe de Estado promoveu um token digital em suas redes sociais.

“O envolvimento de Milei em um crime de fraude de criptomoedas é extremamente grave. É um escândalo sem precedentes . Nosso bloco de Deputados Nacionais decidiu seguir adiante com a apresentação de um pedido de impeachment contra o Presidente da Nação”, disseram os deputados da oposição.

O advogado e líder social Juan Grabois busca promover uma ação judicial coletiva contra o chefe de Estado, por incentivar a compra de $LIBRA em sua conta X em suas redes sociais . Grabois disse que o presidente “foi um participante necessário em um grande golpe contra dezenas de milhares de argentinos”.

Em uma publicação na rede social X, que Milei posteriormente apagou, o presidente pediu que seus seguidores investissem em uma criptomoeda chamada $LIBRA, que subiu exponencialmente e depois despencou, fazendo com que milhares de pessoas perdessem seu dinheiro.

Grabois publicou um post no qual anunciou uma ação coletiva contra o “golpe de Milei”. No qual ele explicou que ” Javier “Cositorto” Milei foi um participante necessário em um grande golpe contra dezenas de milhares de argentinos”.

Junto com o economista Itai Hagman , Grabois entrará com uma queixa criminal contra ” os vigaristas e o participante necessário que também foi visto violando o Artigo 249 do Código Penal em flagrante delito por milhões de pessoas “. Além disso, ele compartilhou um formulário que aqueles que foram enganados podem preencher para aderir ao patrocínio de forma conjunta ou individual.

Milei será investigado por Agência Anticorrupção do governo
O escândalo sobre a criptomoeda $LIBRA que o presidente da Argentina, Javier Milei, promoveu em suas redes sociais, causando uma alta meteórica em seu preço e posterior colapso, já escalou para níveis governamentais. O Executivo argentino emitiu um comunicado no qual confirmou que todos os envolvidos serão investigados pela Agência Anticorrupção.

Da conta X da Presidência da República, foi feita uma publicação oficial onde foi comunicado que “o Presidente Javier Milei decidiu intervir imediatamente junto à Agência Anticorrupção (OA) para determinar se houve conduta imprópria por parte de algum membro do Governo Nacional, incluindo o próprio Presidente “.

O Governo detalhou que criará ” uma Unidade de Tarefa de Pesquisa (UTI) na órbita da Presidência da Nação , composta por representantes dos órgãos e organizações com poderes vinculados aos criptoativos, atividades financeiras, lavagem de dinheiro e outras áreas relacionadas, que integrarão suas informações para iniciar uma investigação urgente sobre o lançamento da criptomoeda $LIBRA e todas as empresas ou pessoas envolvidas na referida operação”.

“Todas as informações coletadas na investigação serão entregues à Justiça para apurar se alguma das empresas ou pessoas vinculadas ao projeto KIP Protocol cometeu um crime”, disseram eles no comunicado.

Assim, a Casa Rosada destacou que “o Presidente Milei, que demonstrou com suas ações sua vocação pela verdade, está comprometido com o devido esclarecimento deste fato até as últimas consequências” , após ter reconhecido que houve uma reunião prévia com os representantes do Protocolo KIP em 19 de outubro de 2024.

No comunicado da Presidência, o Governo tenta se desvincular de uma relação próxima com o CEO da Kelsier Ventures, Hayden Mark Davis , líder da empresa que deu início ao projeto, ao lançamento do token e à criação do mercado $LIBRA, a criptomoeda promovida pelo presidente Javier Milei e que gerou um escândalo político: “O Sr. Davis não tinha e não tem nenhuma ligação com o governo argentino e foi apresentado por representantes do KIP Protocol como um de seus parceiros no projeto “, esclareceu.

Embora Davis tenha se apresentado como “assessor de Javier Milei” após a queda abrupta da criptomoeda, a partir da conta oficial X, eles comunicaram que “em 30 de janeiro de 2025, o Presidente manteve uma reunião na Casa Rosada com Hayden Mark Davis, que, segundo o que foi expresso pelos representantes do KIP Protocol, forneceria a infraestrutura tecnológica para seu projeto “.

*ICL

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A grande ameaça

A democracia dos EUA provavelmente entrará em colapso durante o segundo governo Trump, no sentido de que deixará de atender aos padrões para a democracia liberal: sufrágio adulto completo, eleições livres e justas e ampla proteção das liberdades civis.

O colapso da democracia nos Estados Unidos não dará origem a uma ditadura clássica em que as eleições são uma farsa e a oposição é presa, exilada ou morta. Mesmo no pior cenário, Trump não será capaz de reescrever a Constituição ou anular a ordem constitucional. Ele será limitado por juízes independentes, federalismo, militares profissionalizados do país e fortes barreiras à reforma constitucional. Haverá eleições em 2028, e os republicanos podem perdê-las.

Mas o autoritarismo não requer a destruição da ordem constitucional. O que está por vir não é uma ditadura fascista ou de partido único, mas um “autoritarismo competitivo” — um sistema em que os partidos competem nas eleições, mas o abuso de poder do titular inclina o campo de jogo contra a oposição.

A maioria das autocracias que surgiram desde o fim da Guerra Fria se enquadra nessa categoria, incluindo o Peru de Alberto Fujimori, e os contemporâneos El Salvador, Hungria, Tunísia e Turquia. Sob o ‘autoritarismo competitivo’, a arquitetura formal da democracia, incluindo eleições multipartidárias, permanece intacta. As forças de oposição são legais e abertas, e disputam seriamente o poder. As eleições são frequentemente batalhas ferozmente disputadas, nas quais os incumbentes têm que suar muito. E de vez em quando, os incumbentes perdem, como aconteceu na Malásia em 2018 e na Polônia em 2023. Mas o sistema não é democrático, porque os incumbentes manipulam o jogo ao aparelhar a máquina do governo para atacar oponentes e cooptar críticos. A competição é real, mas injusta.

O autoritarismo competitivo transformará a vida política nos Estados Unidos. Como a onda inicial de ordens executivas duvidosamente constitucionais de Trump deixou claro, o custo da oposição pública aumentará consideravelmente: os doadores do Partido Democrata podem ser alvos do IRS; empresas que financiam grupos de direitos civis podem enfrentar maior escrutínio tributário e legal ou encontrar seus empreendimentos bloqueados por reguladores. Veículos de comunicação críticos provavelmente enfrentarão processos de difamação custosos ou outras ações legais, bem como políticas de retaliação contra suas empresas controladoras. Os americanos ainda poderão se opor ao governo, mas a oposição será mais difícil e arriscada, levando muitas elites e cidadãos a decidirem que a luta não vale a pena. Uma falha em resistir, no entanto, pode abrir caminho para o entrincheiramento autoritário — com consequências graves e duradouras para a democracia global.

O ESTADO APARELHADO

O segundo governo Trump poderá violar as liberdades civis básicas de maneira a subverter inequivocamente a democracia. O presidente, por exemplo, pode ordenar que o exército atire em manifestantes, como ele supostamente queria fazer durante seu primeiro mandato. Ele também poderá cumprir sua promessa de campanha de lançar a “maior operação de deportação da história americana“, atacando milhões de pessoas, em um processo repleto de abusos, que inevitavelmente levará à detenção equivocada de milhares de cidadãos dos EUA.

Mas muito do autoritarismo vindouro assumirá uma forma menos visível: a politização e aparelhamento da burocracia governamental.

Os estados modernos são entidades poderosas.

O governo federal dos EUA emprega mais de dois milhões de pessoas e tem um orçamento anual de quase US$ 7 trilhões. Autoridades governamentais servem como árbitros importantes da vida política, econômica e social. Eles ajudam a determinar quem é processado por crimes, quem terá seus impostos auditados, quando e como regras e regulamentos são aplicados, quais organizações recebem status de isenção de impostos, quais agências privadas obtêm contratos para credenciar universidades e quais empresas obtêm licenças, concessões, contratos, subsídios, isenções tarifárias e resgates críticos.

Mesmo em países como os Estados Unidos, que têm governos relativamente pequenos e laissez-faire, essa autoridade cria uma infinidade de oportunidades para os líderes recompensarem aliados e punirem oponentes. Nenhuma democracia está totalmente livre dessa politização. Mas quando os governos aparelham o Estado usando seu poder para sistematicamente prejudicar e enfraquecer a oposição, eles minam a democracia liberal. A política se torna como uma partida de futebol em que os árbitros e seus auxiliares trabalham para um time sabotar seu rival’‘.

Este é um trecho de recente artigo publicado na Foreign Affairs, por Steven Levitsky e Lucan A. Way, intitulado The Path to American Authoritarianism. Steven publicou, junto com Daniel Ziblatt, o famoso livro “How Democracies Die”.

Esclareço que tanto Levitsky quando a Foreign Affairs são de tendência conservadora, o que mostra que a preocupação com Trump estende-se ao establishment tradicional dos EUA.

Segundo os autores, a democracia sobreviveu ao primeiro mandato de Trump porque ele não tinha experiência, plano ou equipe. Ele não controlava o Partido Republicano quando assumiu o cargo em 2017, e a maioria dos líderes republicanos ainda estava comprometida com as regras democráticas do jogo. Trump governou com republicanos e tecnocratas do establishment, e eles o restringiram amplamente. Nenhuma dessas coisas é mais verdade. Desta vez, Trump deixou claro que pretende governar com quadros leais a ele e ao MAGA.

Deve-se destacar que o aparelhamento do Estado norte-americano estava já previsto no Projeto 2025, da Heritage Foundation, think tank de extrema direita.

Não há dúvida de que esse aparelhamento político está seguindo a pleno vapor, nos EUA.

Portanto, a ameaça citada por Levitsky e Lucan A. Way é real.

Mas não é apenas uma ameaça à democracia estadunidense; é também uma ameaça às democracias do mundo, pois Trump pretende articular a extrema direita, em nível internacional.

Para tanto, conta não apenas com o apoio do novo aparelho de Estado dos EUA, mas também com o decisivo suporte das Big Techs norte-americanas.

Hoje mesmo, o vice-presidente JD. Vance deu “bronca” nos europeus por combaterem os partidos de extrema direita daquela região, alguns francamente nazistas.

Essa ameaça à democracia mundial virá de duas formas:

1- Pelo enfraquecimento da multipolaridade e pelas agressões e paralisações das instituições multilaterais (OMS, OMC etc.), o que comprometerá ainda mais uma governança mundial inclusiva e eficaz, que leve em consideração os interesses do Sul Global. Multilateralismo nada mais é que democracia em nível global.

2- Pelas tentativas de inviabilização de democracias progressistas, principalmente aquelas que não se dobrem aos imperativos geopolíticos e geoeconômicos do novo Império.

Nesse sentido, acredito que a guerra híbrida contra o governo Lula já foi deslanchada, com o objetivo de desequilibrar o BRICS e recolocar a América Latina sob a hegemonia exclusiva dos EUA.

A resposta a essas ameaças globais não pode ser isolada. Será necessário concertação internacional para defender as regras civilizatórias que permitem, ainda que com muitos limites, a construção de uma ordem internacional pacífica, previsível, simétrica e democrática.

O Brasil, na presidência do BRICS, pode contribuir com essa resistência à ordem mundial hobbesiana que Trump intenta implantar.

Como já observei anteriormente, muitos trágicos ditadores começam como risíveis bravateiros.

*Marcelo Zero é sociólogo e especialista em Relações Internacionais/Viomundo

*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Antropofagista”.

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Hamas liberta três prisioneiros, mas Israel diz que planeja novos “ataques” em Gaza

Liberação ocorreu via Cruz Vermelha após mediação do Egito e Catar; segunda fase das negociações permanece incerta.

AFP
O Hamas libertou neste sábado (15) mais três prisioneiros israelenses como parte do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. A Cruz Vermelha fez o transporte dos libertados até Khan Younis, onde foram entregues ao governo de Israel.

Há uma semana, o estado judeu ameaçava retomar ataques contra a população de Gaza, frente à paralisação nas liberações. O principal motivo foi o descumprimento dos termos do acordo por Israel, que bloqueava o acesso de palestinos ao território, assim como de mantimentos e materiais para reconstrução da região desolada pelo massacre.

Mediadores egípcios e cataris foram os responsáveis por articular as conversas entre o Hamas e o governo de Israel para manter o acordo de cessar-fogo. Após a libertação dos três prisioneiros, o Hamas aguarda a soltura de 369 palestinos e palestinas mantidos por Israel.

Mesmo com o gesto palestino, o chefe do Estado-maior de Israel, tenente-general Herzi Halevi afirmou que as forças do país estão preparando “planos de ataque”, sem dar detalhes sobre as possíveis ações militares.

A primeira fase do acordo se encerra em março. Ainda há incertezas se será possível alcançar a segunda fase, que colocaria fim ao genocídio israelense em Gaza. Em mais de um ano de ataques, mais de 47 mil pessoas morreram, grande parte delas mulheres e crianças.

Na segunda-feira (10) passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou provocar um “inferno” em Gaza se os prisioneiros israelenses não fossem libertados até este sábado, como estabelece o acordo de trégua que está em vigor desde 19 de janeiro.

O Hamas reagiu afirmando que as ameaças não tinham valor. “Trump deve lembrar que há um acordo [de trégua] que ambas as partes devem respeitar, e que essa é a única forma de fazer com que os prisioneiros retornem”, declarou Sami Abu Zuhri, um dos líderes do movimento.

*BdF

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Trump, na Argentina, enfia em Milei o mastro da bandeira norte-americana do tamanho de um comete

Javier Milei tem dedicado seu mandato a lamber as botas de Donald Trump.

Isso, no entanto, não impediu que seu país fosse atingido pela guerra comercial global desencadeada pelo líder dos EUA.

Trocando em miúdos, Trump enfiou o volumoso mastro da bandeira americana no anarcocapitalista portenho.

Nesta semana, Trump, ordenou tarifas de 25% sobre aço e alumínio, o que impactarão fortemente a Argentina que, no ano passado, foi o sétimo maior fornecedor do segundo metal aos EUA.

Não foi um golpe direto na Argentina, altamente protecionista, que mantém um comércio anual de quase US$ 30 bilhões com os EUA.

Foi um tranco que o sabujo Milei levou para deixar de ser deslumbrado e subserviente.

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Filho de Musk manda Trump se calar: ‘Você não é o presidente, você precisa ir embora’

O menino de 4 anos foi batizado com o nome exótico de X Æ A-Xii, e é conhecido apenas como X.

Viralizou nas redes sociais o vídeo em que um dos filhos de Elon Musk, que acompanhava o pai em uma reunião no Salão Oval da Casa Branca, manda o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, calar a boca.

O menino de 4 anos, chamado X Æ A-Xii, e conhecido apenas como X, foi junto com o pai para o evento em que o dono da Tesla discursava ao lado do presidente. Na gravação, é possível ouvir o menino mandar Donald Trump se calar.

A criança fala: “Você não é o presidente, você precisa ir embora”, momento em que presidente vira o rosto para o outro lado. O menino continua falando e dispara: “Eu quero que você se cale.” E depois emite sons indicando silêncio como “Shhh”.

Vestindo um boné preto com o lema “Make America Great Again”, o magnata da SpaceX e da Tesla conversou com os jornalistas enquanto Trump sentava-se atrás da mesa presidencial.

https://www.instagram.com/reel/DGBaOmiSl23/?utm_source=ig_web_copy_link

Nomeado pelo presidente americano para liderar o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), Musk alertou que, sem os cortes, os Estados Unidos iriam à falência. Ele admitiu que cometeria “erros”, mas disse que estaria enfrentando o que chamou de poder de uma burocracia “não eleita”.

Trump assinou um decreto que concede ao Doge mais poderes para ordenar que os chefes dos departamentos governamentais se preparem para novos cortes. Os críticos consideram os cortes liderados por Musk uma concentração inconstitucional de poder na Presidência.

Mas Musk teve algo a mais com o que se preocupar no Salão Oval. De vez em quando, ele interrompia sua fala para tentar distrair “X”, seu filho com a cantora Grimes, que Donald Trump descreveu como uma criança com “um QI elevado”.

Nos ombros do pai ou sentado no chão, o menino não se deixou impressionar pelas câmeras. Ele ainda brincou com as orelhas do pai, antes de ser entregue a uma mulher, que o levou para fora da sala.

Musk ironiza detratores
Foi uma aparição pouco ortodoxa de Musk, cujo estilo iconoclasta atraiu Trump quando ele buscava um líder para a sua reforma governamental.

Questionado sobre o que achava de seus “detratores”, Musk brincou: “Eu tenho detratores? Acho que não.” Depois, disse que, graças à vitória eleitoral de Trump, não poderia haver “um mandato mais forte”. “As pessoas votaram por uma reforma governamental importante, e é isso que elas terão.”

Musk também foi perguntado sobre possíveis conflitos de interesses, uma vez que a SpaceX possui bilhões de dólares em contratos com o mesmo governo que ele audita. O empresário afirmou que estava sendo “transparente”. “Vou ser escrutinado sem parar.”

Depois de Musk, Trump tomou a palavra. Ele elogiou o trabalho do empresário e criticou os juízes que bloqueiam alguns dos seus planos.

Durante o ato de meia hora, Musk deixou claro quem era o chefe: “Converso com frequência com o presidente, para garantir que é isso que ele quer que aconteça, então conversamos quase todos os dias.”

*Com AFP

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BRICS, uma potência, vai sediar negociação de Trump e Putin sobre a Ucrânia

Local de conferência para a paz foi definido, mas data ainda não foi estabelecida.

A Arábia Saudita, um dos membros do BRICS, foi escolhida como local para a primeira reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, desde que assumiram seus cargos em janeiro.

O anúncio foi feito por Trump nesta quarta-feira (13) após uma conversa telefônica de quase 90 minutos com Putin, na qual discutiram o fim da ofensiva de Moscou na Ucrânia, que já dura quase três anos.

“Nós esperamos nos encontrar. Na verdade, esperamos que ele venha aqui, e eu irei lá, e provavelmente nos encontraremos na Arábia Saudita pela primeira vez. Veremos se podemos conseguir algo”, disse Trump a repórteres no Salão Oval da Casa Branca. A data para o encontro “ainda não foi definida”, mas ocorrerá em um “futuro não muito distante”, acrescentou o presidente americano.

Trump sugeriu que o encontro contaria com a participação do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, que já havia se disposto a liderar um processo de paz. “Nós conhecemos o príncipe herdeiro, e acho que seria um ótimo lugar para nos encontrarmos”, afirmou.

Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, anunciou que Putin havia convidado Trump e autoridades de sua administração para visitar Moscou e discutir a questão ucraniana.

“O presidente russo convidou o presidente americano a visitar Moscou e expressou sua disposição para receber autoridades dos EUA na Rússia em áreas de interesse mútuo, incluindo, é claro, o tema do acordo ucraniano”, disse Peskov.

O convite ocorreu após Trump declarar, na quarta-feira (12), que as negociações de paz começariam “imediatamente” e que a Ucrânia provavelmente não recuperaria seu território perdido, causando reações fortes em ambos os lados do Atlântico.

O novo chefe do Departamento de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, reforçou que a Ucrânia não retornará às suas fronteiras pré-2014, que incluíam a Crimeia, Kherson, Luhansk, Zaporizhia e Donetsk. Além disso, Hegseth afirmou que a entrada do país na OTAN não é um desfecho realista nas negociações.

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O Lobo Hidrófobo

Em 15 de janeiro, em seu discurso de abertura, perante a Comissão de Relações Exteriores do Senado, o então Secretário de Estado designado, Marco Rubio, afirmou o seguinte:

“Então, enquanto a América frequentemente priorizava a ordem global acima do nosso interesse nacional central, outras nações continuaram a agir da maneira que as nações sempre agiram e sempre agirão: no que elas percebem ser o seu melhor interesse. E em vez de se dobrarem à ordem global pós-Guerra Fria, elas a manipularam para servir aos seus interesses às custas dos nossos.

A ordem global pós-guerra não está apenas obsoleta, ela agora é uma arma sendo usada contra nós. E tudo isso levou a um momento em que agora devemos enfrentar o maior risco de instabilidade geopolítica e de crise global geracional na vida de qualquer pessoa viva e nesta sala hoje. Oito décadas depois, somos mais uma vez chamados a criar um mundo livre a partir do caos, e isso não será fácil. E será impossível sem uma América forte e confiante que se envolva no mundo, colocando nossos interesses nacionais centrais mais uma vez acima de tudo.”

Essa é a visão deturpada de Trump e do MAGA sobre a ordem global e o “globalismo”. Eles atribuem, em boa parte, à ordem global seus problemas econômicos, comerciais e geopolíticos.

Ora, a atual ordem global, que realmente é obsoleta em muitos sentidos, foi construída, no pós-guerra, justamente para beneficiar os EUA e aliados.

Na conferência de Bretton Woods, que definiu as normas financeiras e comerciais internacionais, os Estados Unidos, que controlavam dois terços do ouro do mundo, insistiram que o sistema mundial se baseasse tanto no ouro quanto no dólar americano.

Entretanto, quando os EUA passaram a ter problemas inflacionários e a ter dificuldades para financiar seus gastos com a guerra do Vietnã, os bancos centrais europeus começaram a trocar suas reservas em dólar por ouro. Nixon, percebendo o perigo, simplesmente acabou, de forma unilateral, com o padrão ouro.

Assim os EUA sempre fizeram o que quiseram, com a “ordem mundial”. Sempre impuseram regras aos demais países, mas também sempre as quebraram, quando quiseram.

Em 1947, quando os EUA eram a única e inconteste grande potência capitalista, já que os países da Europa e o Japão estavam destruídos ou muito enfraquecidos, Washington impulsionou a assinatura do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio ou Acordo Geral sobre Aduanas e Comércio (em inglês, General Agreement on Tariffs and Trade, GATT). Tal acordo buscava a redução das tarifas de importação e o estabelecimento, em nível mundial, dos princípios do livre comércio.

Frise-se que, em período histórico anterior, os EUA tinham sido um país muito protecionista, resistindo as pressões britânicas pela abertura de sua economia e dos seus portos.

Alexander Hamilton, primeiro Secretário do Tesouro dos EUA, logo advogou pela proteção da indústria do seu país, afirmando que os argumentos de Adam Smith a favor do comércio livre “embora teoricamente verdadeiros (geometrically true)’, eram ‘falsos, na prática”.

As pressões dos EUA pelo “livre comércio”, entretanto, continuaram na segunda metade do século XX até chegarem ao seu auge no início da década de 1990, logo após a queda da União Soviética, quando foram concluídos, em dezembro de 1994, os Acordos da Rodada Uruguai, que transformaram o GATT na OMC.

Tais acordos, assinados primeiramente por 123 países, foram fortemente impulsionados pelos EUA, assim como o foram também o antigo Nafta e a fracassada proposta da Alca, que só não foi aprovada pela resistência do Brasil.

Porém, as mudanças geoeconômicas internacionais ocorridas principalmente a partir da segunda década deste século passaram a reverter a fé inquebrantável dos EUA nos benefícios do livre comércio, que antes tanto defendiam.

No que tange ao Nafta por exemplo, Trump impôs ao Canadá, e principalmente ao México, a renegociação ao acordo, criando o USCMA, mais favorável aos interesses dos EUA.

A história da OMC, no entanto, é mais interessante.

Em primeiro lugar, a OMC perdeu sua capacidade de negociar novos e amplos acordos. Só houve avanços pontuais dignos de nota nas conferências de Bali, em 2013 (Acordo de Facilitação de Comércio) e Nairóbi, em 2015 (proibição de subsídios à exportação de produtos agrícolas).

Porém, o mais negativo é que a OMC perdeu também a sua importante função de resolver contenciosos comerciais e manter as regras acordadas.

Com efeito, desde 2017 os EUA bloqueiam a seleção de membros do Órgão de Apelação (a segunda e definitiva instância recursal da OMC), que não pode mais receber casos, por não contar com o mínimo de três integrantes, o que paralisa a solução de contenciosos comerciais.

Desse modo, países demandados não podem recorrer de relatórios dos painéis (a primeira instância), como é de seu direito, o que, na prática, implica a suspensão indefinida do contencioso. É como se no Brasil todas as segundas e terceiras instâncias recursais ficassem subitamente paralisadas. Nenhuma questão jurídica se resolveria.

Pois bem, os EUA bloquearam o sistema de solução de controvérsias na OMC porque estavam perdendo muitas causas, inclusive ante o Brasil, como no caso do algodão. Já previam que não era mais conveniente seguir as regras que eles mesmos haviam criado.

Isso veio muito a calhar, agora, com os interesses do MAGA, porque tudo o que Trump está fazendo na área comercial, com seus tarifaços estúpidos e injustificados, segundo o Wall Street Journal, poderia ser facilmente questionado na OMC, caso seu sistema de solução de controvérsias estivesse funcionando normalmente.

Mas o fato é que o sistema internacional de comércio virou uma “terra de ninguém”, na qual a brutalidade e a ilegalidade protecionista de Trump valem. Na realidade, vale-tudo, desde que se tenha poder e força.

Todavia, Trump está indo além de quebrar ou manipular algumas regras. Trump quer acabar com as normas e regras internacionais. Esse é o ponto que o diferencia. Como disse Marco Rubio, Trump tem de criar um novo “mundo livre a partir do caos”. Refazer tudo.

Com Trump, os contratos sociais nacionais e intencionais estão sendo sistematicamente eliminados e a ordem mundial está se convertendo numa ordem hobbesiana, na qual a única regra é o homo homini lupus.

Tudo o que ele propõe viola regras do direito internacional público e muitas convenções, resoluções, tratados e acordos internacionais. Daí os EUA já terem abandonado o Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

Sua recente e brilhante ideia de enxotar os palestinos de Gaza e ali construir uma “Riviera do Oriente Médio”, é uma bofetada em todas as resoluções da ONU sobre o tema-israelo-palestino, ademais de uma clara violação dos direitos humanos e do direito humanitário. É algo de uma crueldade e de um cinismo inacreditável.

E os voos com migrantes para Guantánamo já começaram.

O que virá depois? A toma do Canal do Panamá, ou o impedimento daquele país de receber investimentos chineses?

A posse da Groenlândia e das rotas do Ártico?

Nós, brasileiros, seremos obrigados a diminuir a densidade das nossas relações diplomáticas e comerciais com China e Rússia?

Seremos pressionados a desinvestir na integração regional soberana?

Com Trump, tudo pode acontecer. Ele introduziu, na ordem mundial “baseada em regras”, um elemento de forte imprevisibilidade e disrupção que assusta o mundo. Uma anomia que nos força a olhar para a barbárie como o novo normal.

Não há mais regras, apenas há um gigantesco e hidrófobo lobo.

*Marcelo Zero é sociólogo e especialista em Relações Internacionais.

*Viomundo

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EUA: Trump assina decreto para demissões em massa do governo

Meta de cortar gastos públicos coloca bilionário Elon Musk à frente da ordem executiva.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na terça-feira (11/02) uma ordem executiva determinando que as agências do país colaborem com Elon Musk e seu Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), para reduzir o número de funcionários.

A meta do governo norte-americano é cortar US$ 1 trilhão em gastos públicos, o que corresponde a 15% dos gastos federais totais.

A ordem presidencial dá um prazo de 30 dias para que os chefes das agências federais apresentem “planos para redução de pessoal em larga escala”. Eles também devem “determinar quais áreas da agência (ou as próprias agências) podem ser eliminadas ou fusionadas porque suas funções não são exigidas por lei.”

O documento estabelece ainda que as agências só poderão contratar, no máximo, um funcionário para cada quatro demitidos . Também “não devem preencher nenhuma vaga para nomeações de carreira” sem que o líder da equipe ou o chefe da agência autorizem.

As exceções são para a área militar e para agências que lidam com imigração, aplicação da lei e segurança pública.

O anúncio foi feito no fim da tarde de terça no Salão Oval da Casa Branca ao lado de Musk. Trump começou falando em acabar com a corrupção e logo passou a palavra ao bilionários para que ele explicasse a necessidade dos cortes.

Déficit impulsado por corte de impostos
“São medidas de sentido comum, não radicais nem draconianas”, disse o multibilionário que, dias antes, determinou o corte de mais de 95% dos funcionários Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

O jornal espanhol El País lembrou que o déficit público norte-americano foi em grande parte provocado pelos cortes de impostos promovidos por Trump em seu primeiro mandato. Agora, o republicano quer prolongar e ampliar esses cortes de impostos.

“É surpreendente que o que pagamos somente em juros da dívida nacional exceda o orçamento do Departamento de Defesa”, disse Musk. Agora, com o anúncio de novas tarifas de importação e cortes de impostos, criou-se uma expectativa de inflação que já elevou a taxa de juros, aumentando os custos do financiamento.

Musk e Trump disseram que esperam economizar US$ 1 trilhão eliminando fraudes e desperdícios. Quando os jornalistas pediram exemplos de corrupção, Musk fez acusações a funcionários públicos sem apresentar nenhuma evidência, como já ocorreu recentemente.

Funcionários públicos protestam
Os cortes de pessoal devem começar nos escritórios que desempenham funções não expressamente exigidas por lei. São elas “todas as iniciativas dirigidas à diversidade, equidade e inclusão social; quaisquer iniciativas, componentes ou agências que o executivo suspenda ou feche; e todos os elementos e funcionários que desempenham funções não exigidas por estatuto ou leis”.

Centenas de pessoas se manifestaram do lado de fora do Capitólio nesta terça-feira em apoio aos funcionários federais e protestos semelhantes vem acontecendo em todo o país quase diariamente desde que Trump assumiu.

Há cerca de 2,3 milhões de funcionários civis nos EUA, excluindo o Serviço Postal. Agências relacionadas à segurança respondem pela maior parte da força de trabalho federal.

*Opera Mundi

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New York Times em alerta máximo: E se Trump simplesmente ignorar os tribunais?

Engana-se quem pensa que Trump está respeitando o próprio país enquanto ameaça um número cada vez maior de “aliados” e “inimigos” pelo mundo.

Para o New York Times, a luz amarela rumo à vermelha já está acesa pelas asneiras que Trump está produzindo internamente, mas sobretudo a cavação de um sistema de governo neofascista e, logicamente antidemocrático.

Vira e mexe, Trump mostra as unhas para as próprias instituições norte-americanas. Muitas vezes, em parceria de Musk, afronta principalmente o poder judiciário.

A sua última é de aliviar para quem suborna, corrompe, rouba o próprio Estado.

Na economia, a coisa parece bem complicada, porque a inflação, não da sinal de arrefecimento. O que tira de Trump os rompantes de fodão que ele vendeu na campanha, além de operar em outras áreas do governo.

O fato é que uma volumosa lista de ações de Trump, mostra que ele, se não pretende de fato mergulhar o país no obscurantismo concreto, usará isso como ameaça interna.

Ou seja, seu talento pra produzir tragédias inteiras, tem potencial para implodir o império, com casca e tudo.

Esse é o alerta que está em caixa alta de cada manchete de capa do NYT.

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Plano de Trump para Gaza desvia atenção sobre roubo de US$ 524 bi de gás e petróleo dos palestinos

Israel está fazendo igual ou até pior que Hitler. Está roubando tudo, sobretudo o direito daquele povo a existir.

Em Auschwitz, Treblinka e em outros campos de concentração, os nazistas não descartavam nenhum objeto com valor monetário pertencente aos judeus.

Eles roubavam até o ouro dos dentes arrancados da boca de judeus assassinados nas câmaras de gás.

Antes disso, os algozes nazistas já haviam roubado e saqueado todos os bens, pertences e propriedades das vítimas.

Depois de despojados desses últimos itens de valor que ainda portavam nos seus corpos, os cadáveres seguiam para incineração nos fornos ou enterro em valas coletivas, como lixo.

Aquela realidade tétrica dos anos 1930/1940 do século passado guarda, lamentavelmente, uma tétrica similitude com o que acontece com o povo palestino hoje, confinado no campo de concentração de Gaza.

Ali, naquele inferno nazi-sionista, e amontoados como entulho, os palestinos aguardam seu extermínio enquanto são observados por um mundo passivo, impotente e, por isso, cúmplice com o Holocausto palestino.

Israel está fazendo igual ou até pior que Hitler. Está roubando tudo, sobretudo o direito daquele povo a existir. Israel está levando a pleno êxito o propósito de extermínio total, da “solução final”.

Em artigo no Al Jazeera em março de 2024 o professor Sultão Barakat, das Universidades Hamad Bin Khalifa e York, denunciou “tropas israelenses saqueando as propriedades de palestinos que fugiram de sua agressão brutal. Soldados podem ser vistos sorrindo para a câmera e exibindo relógios, joias, dinheiro e até mesmo tapetes e camisas esportivas que eles roubaram de casas palestinas. Artefatos históricos roubados de Gaza foram até mesmo colocados em exposição no Knesset [parlamento israelense]”.

“Como o historiador israelense Adam Raz descreve em seu livro Saque de propriedade árabe na Guerra da Independência [2020], combatentes e civis judeus saquearam tudo, desde joias, livros e vestidos bordados até alimentos e gado, móveis, utensílios de cozinha e até ladrilhos” das casas de palestinos, assinala Barakat.

Com o Estado de Israel estabelecido, o roubo de palestinos ganhou “maior escala”. Além das terras e propriedades, “os recursos naturais palestinos, particularmente a água, também foram saqueados. Hoje, a guerra em Gaza está servindo como uma cobertura conveniente para outro roubo em grande escala; desta vez, Israel está buscando saquear as reservas marítimas de gás offshore que são propriedade do estado da Palestina”.

Estudo da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento/UNCTAD realizado em 2019 concluiu que “territórios palestinos têm gás e petróleo que podem gerar centenas de bilhões de dólares”. Reservatórios com quantidades significativas de gás e petróleo estão localizados no território ocupado da Cisjordânia, e também na costa mediterrânea da Palestina, na Faixa de Gaza.

A UNCTAD calcula que as reservas de petróleo representam 1,7 bilhão de barris [ou US$ 71 bilhões] e 122 trilhões de pés cúbicos de gás natural [ou US$ 453 bilhões], significando uma riqueza total de 524 bilhões de dólares, a valores de 2019, data do estudo.

Esta cifra extraordinária, que permitiria à Palestina se afirmar como um Estado soberano, rico e sustentável, constituído por uma população diminuta, equivale ao PIB de Israel, de 528 bilhões de dólares [FMI/2024], e é superior ao PIB de mais de 170 países do mundo.

No artigo do professor Barakat citado acima, o autor denunciou que no final de outubro de 2023 o Ministério de Energia e Infraestrutura de Israel concedeu a empresas israelenses e estrangeiras o direito de exploração de gás natural de propriedade palestina, localizado dentro das fronteiras marítimas da Palestina. Um ato escancarado de roubo, pilhagem e pirataria.

Barakat entende que “é preciso se perguntar por que empresas estrangeiras, incluindo a italiana Eni, a britânica British Petroleum e a Dana Petroleum, uma subsidiária da Korea National Oil Corporation, decidiram continuar sua participação neste acordo, principalmente em meio à contínua campanha israelense do que a Corte Internacional de Justiça identificou como um caso plausível de genocídio”.

A resposta pode ser porque o Holocausto palestino, além de atender ao plano nazi-sionista de limpeza étnica, é enormemente benéfico aos negócios daqueles conglomerados econômicos transnacionais, e por isso representa uma poderosa moeda de troca do sionismo a favor do seu projeto genocida.

Quando o assunto é o povo palestino, os interesses econômicos ficam acima de princípios básicos de humanidade.

Barakat lembra que além da ilegalidade da concessão israelense das riquezas palestinas, a participação da italiana Eni nesse negócio ilegal viola normas da União Europeia, que determinam que “todos os acordos entre o Estado de Israel e a União Europeia devem indicar inequivocamente e explicitamente sua inaplicabilidade aos territórios ocupados por Israel em 1967”.

O povo palestino está no centro do jogo macabro de Israel, dos Estados Unidos e seus países vassalos.

A Riviera de Gaza-Auschwitz, projeto de Donald Trump, demanda a limpeza étnica total, com o extermínio de todo e qualquer vestígio humano e material do povo palestino ou, então, a diáspora radical.

Tragicamente, é preciso reconhecer que se Trump decidir avançar na concretização dessa idéia infame, ele não será detido.

A construção de um resort no Mediterrâneo para o gozo da elite mundial aparenta ser parte de um plano maior que o negócio turístico-imobiliário do conglomerado Trump em associação com capitais estadunidenses e europeus, porque pode estar encobrindo o roubo, também, de mais de meio trilhão de dólares de gás e petróleo dos palestinos.

Os negócios de Trump e dos grandes capitais abastecem o motor da máquina nazi-sionista-assassina de Netanyahu.

*Do Blog de Jeferson Miola

*Ilustração: Aroeira