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Militares tentam dar golpe de Estado na Bolívia

Militares fecharam a Praça Murillo, epicentro político de La Paz. População começa a se mobilizar com slogans em defesa da democracia.

(Prensa Latina) – Militares golpistas tentam tomar a Casa Grande do Povo (sede governamental da Bolívia), enquanto a segurança presidencial tenta impedir a ação.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou nesta quarta-feira (26) movimentos irregulares de membros do Exército, diante da presença incomum de militares que fecharam a Praça Murillo, epicentro político de La Paz.

“Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército Boliviano. A democracia deve ser respeitada”, escreveu o dignitário em sua conta no X (antigoTwitter).

O canal estatal Bolivia Tv mostrou como a Polícia Militar, com escudos antidistúrbios, impedia o trânsito livre de pessoas e usava gases contra os civis que tentavam se aproximar da Casa Grande do Povo.

Anteriormente, o ex-presidente Evo Morales denunciou nesta quarta-feira um suposto “aquartelamento” das Forças Armadas.

“Há uma hora, comandantes de divisões instruem comandantes de regimentos a retornarem imediatamente aos seus quartéis para aguardarem novas disposições (aquartelamento).

“Isso levanta muitas suspeitas sobre o movimento militar na Bolívia”, escreveu em sua conta no X.

A população começa a se mobilizar para a Praça Murillo com slogans em defesa da democracia.

A ministra da Presidência, María Nela Prada, denunciou no canal estatal que as tropas ocuparam todas as esquinas da Casa Grande do Povo, da Chancelaria e da Assembleia Legislativa.

Ela indicou que, aparentemente, essa é a resposta do general Juan José Zúñiga após sua destituição nesta quarta-feira por emitir declarações deliberadas no sentido político, o que constitui uma quebra da ordem constitucional.

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Venezuela recorre a navios que adulteram radar para fornecer petróleo a Cuba

Operados por terceiros, os navios da frota obscura geralmente não têm seguro ocidental e enviam sinais falsos de localização para disfarçar seu movimento.

A petroleira estatal venezuelana PDVSA começou a usar navios-tanque que adulteram dados de radar para abastecer sua aliada política mais próxima, Cuba, à medida que a frota de navios estatais que historicamente cobria a rota diminui, de acordo com documentos e serviços de monitoramento de navios.

Cuba e sua principal fornecedora de petróleo, a Venezuela, usaram por mais de uma década exclusivamente seus próprios navios-tanque para navegar entre os dois países.

A manutenção atrasada das embarcações, no entanto, tirou alguns navios de serviço, e o surgimento do México como um novo fornecedor para Cuba, usando alguns dos mesmos navios, fez com que os dois países renovassem as rotas para levar petróleo bruto e combustível desesperadamente necessários para a ilha.

Uma grande parte das frotas de navios-tanque de propriedade da Venezuela e de Cuba está sob sanções dos Estados Unidos, o que também limita suas viagens. Operados por terceiros, os navios da frota obscura geralmente não têm seguro ocidental e enviam sinais falsos de localização para disfarçar seu movimento.

Em junho, a PDVSA começou a carregar navios com petróleo bruto e combustível para desembarcar uma parte em águas cubanas e, de lá, partirem para destinos na Ásia para descarregar o volume restante, de acordo com documentos de embarque da empresa.

As embarcações falsificam seu sinal, fazendo com que pareçam estar em outro lugar do Caribe enquanto descarregam em Cuba, muitas vezes por meio de transferências de navio para navio, de acordo com o serviço de monitoramento TankerTrackers.com e uma foto de satélite do Planet Labs vista pela Reuters.

A PDVSA e os ministérios das Relações Exteriores da Venezuela e de Cuba não forneceram comentários. Não ficou imediatamente claro se o uso de navios de terceiros para abastecer Cuba é temporário.

A ajuda secreta ocorre em um momento em que a demanda por eletricidade produzida por usinas movidas a petróleo aumenta durante os sufocantes verões cubanos.

Os apagões que eram ocasionais em Cuba tornaram-se rotina, pois os suprimentos importados são limitados e os problemas logísticos complicam a distribuição doméstica de combustível para suas usinas elétricas envelhecidas.

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Vídeo: Avião com Julian Assange chega à Austrália após julgamento que o libertou

Criador do WikiLeaks ganha liberdade e volta a seu país natal após impasse com os EUA que durou 14 anos.

O avião que leva o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pousou em Camberra, capital da Austrália, nesta quarta-feira (26).

Após mais de uma década, Assange chega a seu país natal como um homem livre. Na noite desta terça-feira, ele se declarou culpado e foi condenado durante uma audiência no tribunal dos Estados Unidos nas Ilhas Marianas do Norte.

Apesar da condenação por espionagem, ele foi posto em liberdade. Devido a um acordo feito com as autoridades estadunidenses, a Justiça dos EUA considerou que ele já cumpriu a pena de prisão enquanto esteve detido na Inglaterra.

A audiência em Saipan, nas Ilhas Marianas do Norte, durou cerca de três horas. A juíza do caso, Ramona Villagomez Manglona, aceitou o acordo entre procuradores estadunidenses e a defesa de Assange.

“Você estará autorizado a sair deste tribunal como um homem livre”, disse a juíza após a sentença.

A juíza disse ainda ser “justo” e “razoável” aceitar como sentença os 62 meses de prisão que Assange já cumpriu no Reino Unido. Por fim, Manglona ainda desejou “feliz aniversário” antecipado para o criador do WikiLeaks, que comemora 53 anos na próxima semana.

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Abraham Lincoln “perde a cabeça” no calor de Washington

A temperatura em Washington, capital dos Estados Unidos, passa de 35ºC e, durante o fim de semana, derreteu a cabeça de uma estátua de cera do ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln.

Logo depois, as pernas começaram a derreter, e a cadeira em que o ex-presidente está sentado afundou no chão.

A cabeça, de cerca de 1,8 metro do Lincoln Memorial, está sob reparos, deixando para trás um fio do pescoço do ex-presidente. A estátua foi colocada ao ar livre como parte da The Wax Monument Series pela artista americana Sandy Williams IV. A réplica de cera é também uma vela, e não é a primeira vez que tem problemas com derretimento.

Em setembro do ano passado, a estátua foi instalada no mesmo lugar, mas a primeira versão do monumento de cera incluiu mais de 100 pavios que foram iluminados antes da hora, o que fez parte significativa da obra derreter antes da cerimônia de inauguração.

A nova versão tem pavios estrategicamente posicionados com uma placa abaixo, que diz: “Por favor, exploda seu pavio dentro de 1-2 minutos”.

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Família de Assange agradece a Lula e ao Papa após libertação

Detido desde 2019, a libertação do jornalista e fundador do Wikileaks é comemorada ao redor do mundo. Assange se tornou um ícone da luta pela liberdade de imprensa. Assange fez acordo com os EUA e já cumpriu a pena pelo único “crime” que aceitou.

O irmão do fundador do Wikileaks, Julian Assange, agradeceu autoridades que se manifestaram em apoio ao jornalista, entre eles, o presidente Lula. Gabriel Shipton afirmou à emissora britânica Sky News que personalidades como o Papa Francisco e o presidente brasileiro foram determinantes para a libertação de Assange.

“Eu venho trabalhando em Washington, em congressos defendendo a liberação de Julian, durante os últimos três ou quatro anos. Conquistar a liberdade de Julian Assange tem sido um esforço global, e é crédito de todos”, agradeceu Shipton.

“Do Papa, que defendeu Julian, o presidente Lula, do Brasil, o primeiro-ministro australiano, todos fizeram parte desse esforço global”, disse o irmão de Assange.

O jornalista deve se declarar culpado nesta quarta (26), em um tribunal nas Ilhas Marianas do Norte, por violar a lei de espionagem dos EUA, em um acordo que encerrará sua prisão no Reino Unido e permitirá que ele encerre sua odisseia e retorne para casa, na Austrália.

O fundador do Wikileaks está a caminho do arquipélago das Marianas, um território americano situado no oceano Pacífico, muito mais próximo da Oceania do que da América Norte.

Segundo o acordo, em um tribunal americano na ilha de Saipan, ele se declarará culpado por conspiração por obter e disseminar informações de defesa nacional dos Estados Unidos.

Assange cumpre uma pena de 62 meses, equivalente ao tempo que já cumpriu na prisão de Belmarsh, no Reino Unido, enquanto lutava contra a extradição para os Estados Unidos. Espera-se que ele seja libertado e retorne para a Austrália, seu país natal, após o desenrolar do processo judicial desta semana, segundo o Vermelho.

O Wikileaks anunciou a saída de Assange da prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, às 20h50 desta segunda (24). Após a decisão da Suprema Corte britânica por sua soltura, na manhã da segunda, do horário local, o jornalista dirigiu-se ao aeroporto de Stansted e deixou o Reino Unido.

“Julian Assange está livre. Ele deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho, depois de ter passado 1.901 dias lá. Ele recebeu fiança do Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no aeroporto de Stanstead durante a tarde, onde embarcou em um avião e partiu do Reino Unido”, publicou o Wikileaks no X, antigo Twitter.

“Depois de mais de cinco anos numa cela de 2×3 metros, isolado 23 horas por dia, ele em breve se reunirá com sua esposa Stella Assange e seus filhos, que só conheceram o pai atrás das grades”, disse.

Wikileaks e a defesa pelos direitos humanos e a soberania nacional

Assange se tornou um símbolo da luta pela liberdade de imprensa ao ser perseguido e condenado pelos Estados Unidos por revelar centenas de milhares de documentos que expuseram ataques do exército americano a civis no Iraque e no Afeganistão.

Em 2006, o jornalista criou o Wikileaks, um sistema de “entrega de cartas mortas” na internet para potenciais fontes. Mas foi em abril de 2010 que o site ganhou destaque ao publicar um vídeo que mostrava um helicóptero dos EUA, em 2007, matando uma dúzia de pessoas na capital iraquiana, Bagda, inclusive dois jornalistas da Reuters.

Em 2010, o Wikileaks divulgou mais de 90 mil documentos militares secretos dos EUA sobre a guerra no Afeganistão e cerca de outros 400 mil documentos sobre a guerra do Iraque, na maior quebra de segurança da história militar americana.

Em 2011, a organização revelou mais 250 mil telegramas diplomáticos secretos de embaixadas americanas em todo o mundo, que foram publicadas por jornais como The New York Times e o The Guardian.

Em um dos vazamentos, o Wikileaks revelou que a então presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff (PT), foi grampeada pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês). Além da própria presidente, outros 29 telefones do governo foram espionados pela agência de inteligência.

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“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje”, diz Lula após libertação de Assange

“Sua libertação representa uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, declarou o presidente Lula.

O presidente Lula (PT) celebrou pelo X, antigo Twitter, nesta terça-feira (25) a libertação do jornalista Julian Assange, fundador do WikiLeaks, que deixou a prisão no Reino Unido e já está a caminho de casa, na Austrália.

“O mundo está um pouco melhor e menos injusto hoje. Julian Assange está livre depois de 1.901 dias preso. Sua libertação e retorno para casa, ainda que tardiamente, representam uma vitória democrática e da luta pela liberdade de imprensa”, publicou o presidente.

Saiba mais:

Do Wikileaks – Julian Assange está livre. Ele deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho, depois de ter passado 1.901 dias lá. Ele recebeu fiança do Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no aeroporto de Stansted durante a tarde, onde embarcou em um avião e partiu do Reino Unido.

Este é o resultado de uma campanha global que abrangeu organizadores de base, defensores da liberdade de imprensa, legisladores e líderes de todo o espectro político, até às Nações Unidas. Isto criou espaço para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA, conduzindo a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado. Forneceremos mais informações o mais breve possível.

Depois de mais de cinco anos numa cela de 2×3 metros, isolado 23 horas por dia, ele em breve se reunirá com sua esposa Stella Assange e seus filhos, que só conheceram o pai atrás das grades.

O WikiLeaks publicou histórias inovadoras sobre corrupção governamental e violações dos direitos humanos, responsabilizando os poderosos pelas suas ações. Como editor-chefe, Julian pagou caro por esses princípios e pelo direito do povo de saber.

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Assange deixa a prisão no Reino Unido após acordo com governo norte-americano

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deixou a prisão nesta segunda-feira (24) após realizar um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O ativista estava detido no Reino Unido há cinco anos e decidiu se declarar culpado em troca da liberdade. A informação foi divulgada pela conta do WikiLeaks no X.

“O Tribunal Superior de Londres concedeu-lhe liberdade sob fiança e ele foi liberado no aeroporto de Stansted à tarde, onde embarcou em um avião e partiu do Reino Unido”, detalhou a plataforma onde foram publicados milhares de documentos dos Estados Unidos, motivo pelo qual Assange foi perseguido por anos por Washington.

O ativista e jornalista australiano estava preso em uma penitenciária nos arredores de Londres nos últimos cinco anos e antes do acordo lutava contra sua extradição para os Estados Unidos, onde é acusado de ter feito a maior revelação de documentos secretos do governo norte-americano.

“Após mais de cinco anos em uma cela de 2×3 metros, isolado 23 horas por dia, ele em breve se reunirá com sua esposa Stella Assange e seus filhos, que só conheceram o pai atrás das grades”, informou a plataforma fundada por Assange.

Assange, de 52 anos e que está doente, foi acusado em maio de 2019 de conspirar com Chelsea Manning para obter documentos oficiais e publicá-los em sua plataforma WikiLeaks. Formalmente, ele é acusado de divulgar informações sigilosas do governo dos Estados Unidos, pelo qual poderia ser condenado a uma pena de 175 anos de prisão.

“As ações de Assange causaram um grave dano à segurança nacional dos Estados Unidos em benefício de nossos adversários e colocaram as fontes humanas não redigidas em risco grave e iminente de dano físico grave e/ou detenção arbitrária”, disse na época o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

No entanto, em março passado, fontes próximas ao caso declararam ao The Wall Street Journal que as 18 acusações que o australiano enfrenta poderiam ser reduzidas a manipulação indevida de informações oficiais, um delito considerado menor no código penal dos Estados Unidos.

O fundador do WikiLeaks foi preso na embaixada do Equador em Londres em abril de 2019, depois que o governo do país latino-americano retirou seu asilo. A plataforma confirmou que a defesa do ativista australiano conseguiu um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que ainda não foi finalizado.

O relatório disse que os promotores federais dos EUA recomendam que Assange receba uma sentença de prisão de 5 anos como parte do acordo de confissão, mas ele não será obrigado a passar tempo em uma prisão dos EUA diante do “crédito” pelos cinco anos que passou detido no Reino Unido.

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Rússia convoca embaixadora dos EUA após ataque ucraniano na Crimeia

Kremlin alerta que ofensiva terá resposta, mas não especificou qual.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou a embaixadora dos Estados Unidos no país, Lynne Tracy, nesta segunda-feira (24) para dizer a ela que Moscou culpa o tanto os EUA quanto a Ucrânia por um ataque mortal com mísseis na cidade de Sebastopol, na Crimeia.

Ela enfrentou acusações de que os EUA estão “travando uma guerra híbrida contra a Rússia e, na verdade, se tornou parte do conflito”.

“Tais ações de Washington não ficarão sem resposta. Definitivamente haverá medidas de resposta”, alertou o ministério russo em uma declaração.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres sobre o ataque que “deveriam perguntar aos meus colegas na Europa, e acima de tudo em Washington, os secretários de imprensa, por que seus governos estão matando crianças russas. Basta fazer esta pergunta a eles”.

Ao menos duas crianças foram mortas no ataque a Sebastopol no domingo (23), de acordo com autoridades russas.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres sobre o ataque que “deveriam perguntar aos meus colegas na Europa, e acima de tudo em Washington, os secretários de imprensa, por que seus governos estão matando crianças russas. Basta fazer esta pergunta a eles”.

Ao menos duas crianças foram mortas no ataque a Sebastopol no domingo (23), de acordo com autoridades russas.

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“Desaparecimentos forçados”: Israel tortura, mata e amputa membros de reféns palestinos

Israel segue cometendo crimes bárbaros contra os detidos da Faixa de Gaza, incluindo execuções sumárias, e manipulam sistema judiciário para esse fim.

Wisam Zoghbour

Israel, o Estado ocupante, habituou-se a utilizar métodos criminosos ultrapassados ​​contra o povo palestino onde quer que este se encontre, incluindo a política de detenção administrativa e desaparecimento forçado, para obrigá-lo a renunciar aos seus direitos nacionais legítimos, incluindo o direito de construir um Estado independente tendo como capital Jerusalém e o direito à autodeterminação.

O estado ocupante continua a cometer o crime de desaparecimento forçado, que é uma das faces da guerra genocida na Faixa de Gaza, em curso pelo nono mês consecutivo, resultando em cerca de 50 mil mártires e desaparecidos, e cerca de 86 mil feridos, entre eles cerca de 12 mil que necessitam urgentemente de tratamento fora da Faixa. Além disso, mais de 70% da Faixa de Gaza foi destruída.

A Ocupação prossegue com a política de desaparecimento forçado contra o povo palestino, recusando-se a revelar a identidade dos seus detidos, as circunstâncias de suas detenções e, em caso de martírio de qualquer um deles, as circunstâncias do seu martírio, como ocorreu recentemente com os dois médicos Adnan Al-Barsh e Iyad Al-Rantisi, cujos martírios foram anunciados pela mídia israelense como ameaça à vida de mais de 310 detidos do corpo médico.

Vale mencionar que as forças de ocupação israelenses prenderam milhares de palestinos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro passado. Relatórios e estatísticas de fontes ligadas à Ocupação indicam que suas forças prenderam cerca de 4 mil palestinos na Faixa de Gaza, dos quais cerca de 1.500 foram libertos. A administração prisional da Ocupação anunciou, no início deste mês de junho, a detenção de 899 prisioneiros que classifica como detidos ilegais, incluindo mulheres, crianças e idosos.

Segundo testemunhos, o Estado ocupante não faz distinção ao prender entre crianças, idosos e mulheres durante sua guerra brutal na Faixa de Gaza, utilizando diversos métodos de tortura e maus-tratos contra os cidadãos palestinos e os colocando em centros de detenção e prisões secretas que lembram os campos de concentração nazistas.

É alarmante que o Estado ocupante, Israel, continue a cometer o crime de desaparecimento forçado contra os detidos da Faixa de Gaza, chegando ao ponto de cometer execuções sumárias e manipular o sistema judiciário para esse fim.

Relatórios e investigações da imprensa internacional e israelense revelaram o martírio de cerca de 36 detidos em suas prisões e campos, além de testemunhos chocantes de detidos libertados nos últimos meses, alguns dos quais sofreram amputações de membros devido à tortura e maus-tratos, como confirmado por um dos prisioneiros que perdeu a perna devido à tortura e negligência médica, resultando em gangrena e infecção.

Impunidade é sinal verde a Israel
A contínua incapacidade do sistema jurídico internacional em responsabilizar Israel por seus crimes contra o povo palestino e suas violações da Carta dos Direitos Humanos encoraja o Estado ocupante a persistir nos seus crimes, levando o sistema internacional à beira do colapso e substituindo o direito internacional pela lei da selva.

Tudo isso ocorre com o apoio de países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, que levantam o cartão vermelho contra qualquer tentativa de responsabilizar o Estado ocupante por seus crimes contra o povo palestino.

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Argentina envia ao Brasil lista de foragidos dos atos golpistas e alerta: parte já deixou o país

Há a possibilidade de que mais tenham cruzado a fronteira devido a pontos de monitoramento precário.

A Argentina entregou ao Brasil nesta quarta-feira (19) uma lista de cerca de 60 foragidos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, confirmando a entrada deles no país. Contudo, Buenos Aires informou que aproximadamente dez desses indivíduos já deixaram o território argentino, sem detalhes sobre seus destinos.

A iniciativa argentina responde ao pedido do governo brasileiro, que forneceu uma lista com os nomes e documentos de 143 condenados pela invasão das sedes dos Três Poderes. A ação busca verificar a presença desses foragidos na Argentina, embora haja a possibilidade de que mais pessoas tenham cruzado a fronteira sem serem detectadas devido a pontos de monitoramento precários.

Em resposta às especulações de um possível acordo de proteção aos foragidos, o porta-voz de Javier Milei, Manuel Adorni, afirmou que não há pacto de impunidade com o bolsonarismo. Adorni garantiu que a Argentina acatará as decisões judiciais brasileiras.

Essa declaração desmente as esperanças dos foragidos que buscaram refúgio na Argentina, acreditando que o governo Milei, aliado do bolsonarismo, facilitaria sua permanência no país.

A lista dos foragidos enviada pela Argentina foi compartilhada com o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, que agora prepara pedidos de extradição a serem enviados à Justiça argentina.

A situação dos foragidos que solicitaram refúgio e asilo político na Argentina permanece incerta, pois seus processos aguardam análise em meio a mudanças na liderança da Comissão Nacional para os Refugiados (Conare).

Fontes diplomáticas argentinas sugerem que a burocracia brasileira tem atrasado ações relacionadas aos pedidos de extradição, enquanto os foragidos se movem rapidamente para escapar da Justiça.

Recentemente, advogados que representam os detidos após os eventos de 8 de janeiro estiveram em Buenos Aires. Eles se reuniram com deputados aliados de Milei e visitaram órgãos de migração para defender a concessão de asilo político a seus clientes.

Essa colaboração entre Argentina e Brasil reflete um esforço conjunto para lidar com as consequências dos ataques de 8 de janeiro, buscando garantir que os envolvidos enfrentem a justiça de seus respectivos países.