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Bolsonaro inelegível rumo à Papuda

TSE formou maioria para condenar Bolsonaro por abuso de poder. Com isso, o genocida está inelegível por oito anos.

Trocando em miúdos, Bolsonaro ficará fora das eleições até 2030.

Sem sombra de dúvida, é o fim da carreira política de Bolsonaro. A bala de prata veio da ministra Cármen Lúcia, somando os votos em 4 a 1.

Cármen Lúcia foi curta e grossa ao afirmar que acompanha o relator Benedito Gonçalves.

Nesse sentido, o RSE pode-se afirmar que o TSE concluiu o julgamento de Bolsonaro que o tornou inelegível e carta fora do baralho da política brasileira.

Toda e qualquer especulação além dessa decisão não tem qualquer valor. Fato consumado.

Essa condenação é somente o começo do fim de Bolsonaro que, certamente, terminará na Papuda.

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Na marca do pênalti

Quando falamos da inelegibilidade de Bolsonaro, praticamente falamos da cassação da Jovem Pan. Bolsonaro e Jovem Pan viraram um produto conjugado, produto fascista, diga-se de passagem.

Os dois, juntos, com uma campanha macabra a favor da Covid, produziram praticamente um milhão de mortos.

Qualquer pessoa que tenha apenas um único neurônio, sabe que muitas mortes por Covid, a mando de Bolsonaro, ficaram trancadas debaixo do tapete.

Bolsonaro, hoje, não será julgado por isso, nem a Jovem Pan está a ponto de perder sua concessão por esse fato, não do ponto de vista jurídico, mas do ponto de vista político.

Sim, esse morticínio tem peso e medida de um genocídio de proporções comparadas às piores formas de extermínio de que se tem notícia na história da humanidade.

O fato é que as punições que Bolsonaro e a Jovem Pan estão por receber, não cessam aí.

Na verdade,  é apenas o começo.

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O bolsonarismo tardio à procura de um novo Bolsonaro

O bolsonarismo precede Bolsonaro, mas paradoxalmente não tem como sobreviver sem o mesmo Bolsonaro.

Aliás, Bolsonaro se transformou no pai dos órfãos da direita, justamente porque ela vem cambaleando derrota após derrota e, com a ajuda criminosa de Sergio Moro, emplacou Bolsonaro na presidência da República que, em condições normais, não chegaria ao segundo turno. Lula venceria no primeiro turno, como apontavam as pesquisas em 2018.

Ou seja, mais efêmero que o bolsonarismo, impossível. O problema é que Bolsonaro puxou votos que elegeram muitos bolsonaristas no Congresso e, com sua derrota em 2022, ficaram completamente perdidos.

Com a inelegibilidade de Bolsonaro, esses mesmos parlamentares se tornarão muito mais inexpressivos do que já são, porque ainda vivem a atmosfera de ódio criada por Bolsonaro quando esteve no poder com uma máquina potente de disseminação de mentiras e ataques.

Esse é o único ativo do bolsonarismo que colapsou o país, na saúde, na economia, na educação, no meio ambiente, porque justamente Bolsonaro estava no poder, e é aí que começa um odisseia de alguns parlamentares que tentam sobreviver das tripas do bolsonarismo.

Este é, por exemplo, o caso de Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer que, na tentativa de sobreviver de um naufrágio político acachapante, produzem lambanças sobre lambanças, numa luta de vida ou morte para sustentar os próprios mandatos.

Na verdade, todo o bolsonarismo recebeu de Bolsonaro um abraço de afogado, o que já foi percebido por essa mesma turma, que tenta inutilmente ficar de pé com as próprias pernas, fazendo uma oposição medíocre ao governo Lula e, logicamente, acabam sendo tratorados pela dinâmica dos resultados positivos do governo em todos os setores da vida brasileira.

Esse bolsonarismo tardio não tem a menor chance de sobreviver, mesmo utilizando os apelos mais baixos, os preconceitos mais vis e as atitudes que ferem cada vez mais o código de ética do parlamento brasileiro.

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Bolsonaro será preso

Para quem sabe ler, pingo é letra.

O voto, bem fundamentado, do relator do TSE, Benedito Gonçalves no julgamento da inelegibilidade de Bolsonaro, não deixou dúvida para quem estava atento a cada palavra proferida pelo ministro, deixando claro que o próximo passo de Bolsonaro rumo à guilhotina, foi dado pelo relator.

Na verdade, o voto de Gonçalves tinha, junto, um procedimento para que a justiça comum julgue também os crimes do ex-presidente que o relator fez questão de pontuar e grifar a gravidade.

Certamente, isso não passou batido pelos advogados de Bolsonaro, tanto que já há um movimento de seus capachos do Congresso no sentido de criar um Projeto de Lei absurdo de anistia a ele, que, aliás, já foi protocolado.

Ou seja, com certeza, o slogan, dentro das quatro linhas d o bolsonarismo é, bola para o mato que o jogo é de campeonato. E a justiça comum virá com tudo na jugular de Bolsonaro.

A conferir.

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Por uma ordem cultural

O capitalismo cultural, se é que podemos chamar assim esse que já foi um dos maiores ativos financeiros dos grandes bilionários, tem regras muito claras. Para ser aceito nessa raia verticalizada, era preciso passar pelo filtro dos produtores medalhonados pelo mercado.

Tratava-se de um Jogo pesado que, na maioria das vezes, para sua “estrela brilhar”, você deveria, junto, ajudar a apagar a dos outros.

Sim, esse mundo sempre foi um campo de guerra onde as batalhas eram sangrentas e não obedeciam limites éticos e nem ambições pequenas.

A lógica era, lançou um produto hoje, amanhã pela manhã já tem que fazer sucesso. Essa era a regra nº1 daquela quimera para a imensa maior parte dos artistas.

Boa ou ruim, a coisa tinha que render muita grana para os barões mundiais da indústria cultural de massa.

Também por isso, quem esperava um plano robusto para as políticas públicas de cultura, se decepcionava.

Nunca falamos abertamente sobre esse assunto, sobre um caminho novo, sobre uma outra lógica que ao menos pudesse servir de proposta para um outro olhar sobre a produção artística.

Daquele mundo milionário só restaram os vícios e cacoetes ainda mais enviesados e completamente fora da realidade atual. Por isso, é urgente que se apague tudo, inclusive as soluções propostas pelos tecnocratas que operam no setor público com os mesmos vícios neoliberais que enxergam o Estado como uma empresa, o que é trágico.

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Quando você se sentir um idiota, lembre-se que a mídia tratou Moro como herói

Sim, a mídia, no período do golpe contra Dilma, tratava Sergio Moro e Eduardo Cunha na mesma medida em sua régua. E qual era a medida? Os dois, juntos, potencializariam a derrubada golpista da primeira mulher presidenta do Brasil.

E aqui abro um parêntese para dizer que esses dois, que se transformaram em cachorros mortos, guardam uma distância infinita diante de Dilma e do posto que ela ocupa no Banco dos BRICS e, consequentemente na geopolítica global.

Também por isso, de tempos em tempos, somos obrigados a lembrar do discurso histórico de Dilma Rousseff, quando deixou o governo, em que ela, da primeira à última palavra, disse o que aconteceria com o Brasil, sem errar suas previsões. Toda a tragédia que o Brasil viveria, com Temer e, depois, com Bolsonaro, foi prevista por ela, sem tirar nem pôr.

Mas em duas frases, ditas em momentos diferentes, Dilma sentenciou o futuro da direita, “não ficará pedra sobre pedra”. Mais assertiva, impossível. Já a segunda frase explica o título, quando, durante o golpe, disse que “o Brasil vivia uma enorme crise cultural”.

E Dilma acertou ainda mais, porque se assim não fosse, Moro não seria considerado herói nacional pela mídia industrial. Só mesmo uma crise ética e moral seria capaz de produzir uma crise cultural tão avassaladora em toda a mídia brasileira.

Agora, a mídia não sabe como explicar por que Moro e seu ajudante de ordem, Deltan Dallagnol, que são protagonistas de uma grotesca farsa jurídica chamada Lava Jato, foram elevados a figuras máximas da nação dentro de cada redação, de cada jornalão e para cada barão da comunicação.

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A crise institucional que produziu Bolsonaro

Eu sempre bati na tecla que essa coisa nefasta, Bolsonaro, nunca foi causa, mas consequência de uma herança civilizatória parida pelas instituições brasileiras, públicas ou não.

A apologia à ditadura, a violência, a tortura, o assassinato, os esquemas de peculato (rachadinha), sempre foram amplamente publicizados por Bolsonaro e seu clã.

Na verdade, esse era seu grande mote de marketing político, porque, por mais burro que seja, Bolsonaro sabe que as instituições e, consequentemente, parte da sociedade sempre saudaram a violência como forma de civilização.

Isso revela algo trágico.

As instituições brasileiras são moralmente falidas. Não importa o seguimento ou mesmo ser pública ou privada, religiosa ou cultural.

A diversidade bolsonarista se apresentou miseravelmente pelas instituições. Esse é um nó que precisa ser desatado, do contrário, num futuro não muito distante, o Brasil terá gente ainda pior que Bolsonaro assumindo os rumos da nação.

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Por que a sociedade civil impediu o golpe de Bolsonaro?

Luiz Carlos Bresser-Pereira*

Foi a sociedade civil brasileira com ajuda dos grandes países que impediu o golpe.

Bolsonaro tentou dar um golpe várias vezes durante seu governo. Agora está sendo julgado pelo TSE e provavelmente se tornará inelegível nos próximos oito anos. O que é muito justo, mas pouco. É preciso haver também um julgamento criminal.

Foi a sociedade civil brasileira com ajuda dos grandes países que impediu o golpe. Nas minhas aulas eu costumo ensinar que há duas formas de sociedade voltada para a política: a nação e a sociedade civil.

As mesmas pessoas e organizações participam das duas formas de sociedade, mas enquanto a nação está voltada para a autonomia nacional e o desenvolvimento econômico, a sociedade civil está voltada para a justiça social e a democracia.

No Brasil nós temos uma nação fraca e uma sociedade civil forte. A nação é fraca porque, não obstante os esforços realizados por Lula no seu primeiro governo e a agora, o Brasil continua subordinado aos grandes países que não têm interesse na nossa industrialização.

A força da sociedade civil ficou demonstrada no governo Bolsonaro. Só em 1985, com a aprovação do sufrágio universal, os brasileiros conquistaram a democracia, mas essa conquista foi definitiva.

É claro que os setores autoritários senão fascistas ganharam poder desde as manifestações de 2013. Foi quando a classe média, espremida entre os pobres, que o governo do PT procurava privilegiar e os muito ricos que não conseguia controlar, inclinou-se para direita.

Apesar disso, a maioria dos brasileiros, em todas as classes, inclusive a classe alta superior, preferem a democracia à ditadura. Têm boas razões para isso. Os governos podem errar, mas a sociedade civil e o Estado são suficientemente fortes para garantir a democracia.

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As cúpulas militares só abortaram plano de golpe por falta de apoio dos EUA

Em que pese o conhecimento detalhado que se tem hoje sobre a atuação partidária organizada das cúpulas das Forças Armadas como um partido político com projeto próprio de poder, amplos setores da sociedade brasileira ainda acreditam nas “narrativas” mentirosas dos militares, como a do chefe do Estado-Maior do Exército, general Fernando José Sant’Ana Soares e Silva, que sustenta que “nós, o Exército, nunca quisemos dar nenhum golpe”.

Decerto amparado na crença da eterna impunidade, o general vai longe no seu atrevimento: “Tanto não quisemos, que não demos [o golpe]”, declarou. A mensagem é clara: quando quiserem – ou, quando puderem –, os militares perpetrarão o golpe para tomarem de assalto o poder.

As cúpulas militares estão vencendo a batalha comunicacional sobre este período histórico em que tiveram não só primazia absoluta na condução do governo fascista-militar, como centralidade nos trágicos acontecimentos precedentes e posteriores à eleição de 2018, quando elegeram a chapa militar Bolsonaro/Mourão à presidência do Brasil.

Habilmente, descarregam as “culpas” nos bodes expiatórios midiaticamente mais atraentes, como Bolsonaro, Mauro Cid e elementos secundários da súcia. Desse modo, essas cúpulas que implicaram institucionalmente as Forças Armadas nos atentados à democracia vão conseguindo se safar das responsabilidades diretas e centrais na conspiração.

Já em 7 de outubro de 2018, data do primeiro turno da eleição presidencial, reportagem do jornalista argentino Marcelo Falak para o Ámbito Financiero destacava, a partir de relatos de uma fonte do alto oficialato das Forças Armadas brasileiras, que Bolsonaro era, na realidade, um Cavalo de Tróia para viabilizar o projeto secreto da cúpula militar – “o homem que a cúpula das Forças Armadas escolheram, há 4 anos [ainda em 2014, portanto], para que ele se fosse convertido no presidente do Brasil”.

Agora, quase cinco anos depois, outra matéria jornalística – do jornal inglês Financial Times [FT, de 21/6] – traz claridade a respeito do protagonismo decisivo das cúpulas militares na complexa dinâmica política nacional.

O FT relata “uma pressão silenciosa de um ano pelo governo dos EUA para conclamar os líderes políticos e militares do país a respeitarem e protegerem a democracia”.

Na matéria, o ex-embaixador dos EUA no Brasil [2016/2018] Michael McKinsley cita um “empenho muito incomum” que “durou quase um ano” e significou uma “campanha coordenada em várias ramificações do governo dos EUA, como os militares, a CIA, o Departamento de Estado, o Pentágono e a Casa Branca”.

De acordo com o também ex-embaixador dos EUA no Brasil [2009/2013] e ex-Sub-secretário do Departamento de Estado Thomas Shannon, “o esforço começou com a visita do assessor de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan” a Bolsonaro e a autoridades do governo, em agosto de 2021.

O assessor de segurança do governo Biden se convenceu que “Bolsonaro seria totalmente capaz de manipular os resultados da eleição ou negá-los, como Donald Trump havia feito”. A partir de tal constatação, o governo estadunidense decidiu aumentar as pressões sobre Bolsonaro e os militares.

No dia seguinte ao encontro que Bolsonaro promoveu com representações diplomáticas estrangeiras em Brasília para avacalhar o sistema eleitoral brasileiro, o Departamento de Estado saiu em defesa do sistema eleitoral e das instituições brasileiras, numa sinalização crítica à postura de Bolsonaro.

Segundo uma autoridade do alto escalão do Brasil, aquele “endosso incomum” ao sistema de votação brasileiro “foi muito importante, especialmente para os militares. Eles recebem equipamentos dos EUA e fazem treinamentos lá, de modo que ter boas relações com os EUA é muito importante para os militares brasileiros. [Neste sentido], a declaração foi um antídoto contra a intervenção militar”.

Uma semana depois, foi a vez de Lloyd Austin, secretário de Defesa do governo Biden, dar uma reprimenda nas cúpulas fardadas nativas, dizendo que as forças militares precisavam estar “sob forte controle civil” [26/7/2022]. Conforme o FT, Austin alertou os militares brasileiros sobre as consequências negativas caso perpetrassem um golpe.

Além do assessor de segurança nacional e do secretário de Defesa dos EUA, a general Laura Richardson, chefe do Comando Sul dos EUA; e o chefe da CIA, William Burns, também se encontraram com o governo Bolsonaro no ano eleitoral. “Isso [tamanha movimentação] é comum? Não, não é”, disse McKinley, reconhecendo a anormalidade da situação.

Está claro, portanto, que as cúpulas militares só não prosseguiram o plano golpista de virada de mesa para impedir a posse do presidente Lula por falta de apoio dos EUA.

Fosse Donald Trump o presidente da potência do Norte, ou se Bolsonaro não fosse um aliado estadunidense tão visceralmente atrelado a Trump e contestador da eleição de Joe Biden, provavelmente o governo Biden não teria agido como agiu, e então os militares teriam avançado na consecução do golpe.

A democracia clama por investigação e responsabilização das cúpulas militares e oficiais conspiradores que atentaram contra o Estado de Direito. O Brasil não pode continuar nesse auto-engano eterno em relação às Forças Armadas. A impunidade é um caminho livre para a destruição da democracia.

*Do blog de Jeferson Miola

*Ilustração: Miguel Paiva

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Bolsonaro volta a cuspir marimbondos às vésperas de ser cassado

À luta, seguidores do Mito!

Jairzinho Paz & Amor, edição revista e atualizada, desembarcou no Brasil depois de 100 dias em Miami e manteve-se em silêncio obsequioso. Edição revista e atualizada porque a original data de 7 de setembro de 2021, quando ele chamou de canalha o ministro Alexandre de Moraes, teve que se desculpar e passou a miar.

Aconselhado por amigos e advogados, adotou desde então uma postura discreta. Bolsonaro atendeu aos chamados da Polícia Federal para depor sobre joias que recebeu de presente, carteiras de vacinação falsificadas e o golpe do 8 de Janeiro. Tudo para não irritar Moraes e seus colegas, que em breve o julgariam.

Quem sabe assim eles não seriam mais complacentes com ele; quem sabe assim não lhe aplicariam apenas uma multa ao invés de cassar os direitos políticos dele sob a acusação de abuso do poder e atos hostis à democracia? Ao concluir que não adiantou comportar-se tão bem, agora volta a cuspir marimbondos.

Em visita a Porto Alegre, carente de afagos, ele cuspiu os primeiros:

Hoje [ontem], começa o meu julgamento político. Ou melhor, não é político, é politiqueiro. Da mais baixa intenção por parte de alguns. Não estou atacando o TSE. Mas a fundamentação é inacreditável: ‘Reuniu-se com embaixadores’. O outro cara, no ano passado, se reuniu com a nata do PCC no Complexo do Alemão, no Rio, e vai se reunir com a nata do Foro de São Paulo”.

Sobre o Supremo Tribunal Federal, a quem cabe julgar se leis aprovadas pelo Congresso estão de acordo com a Constituição:

“Não pode 594 pessoas [a totalidade de senadores e deputados federais] decidirem de um jeito e outras 11 [os ministros do STF] decidirem diferente”.

Ora, segundo a Constituição, só pode. Na sequência, Bolsonaro revelou ter sido alvo de uma nova investida da Justiça, na quarta-feira (21):

“Foram na minha casa querer saber como está a minha filha, de 12 anos de idade. Os caras, inclusive, não têm limite. […] Não tem nenhuma denúncia, nada contra ela. Foram lá para saber como é que está o cartão de vacina dela”.

“Os caras” são agentes do Ministério Público Federal. A carteira de vacinação de Laura foi falsificada. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem da Presidência, falsificou carteira para Bolsonaro e para sua própria mulher. Mauro Cid está preso. Encontraram uma minuta de golpe no seu celular.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, foi um dos promotores da reaparição do Jairzinho Paz & Amor. Mas ontem, à primeira cuspidela de marimbondos, subiu nos tamancos e convocou o partido para que saia em defesa de Bolsonaro:

“É um momento em que precisamos nos unir, o PL é um partido de direita. Faremos reuniões com nossos deputados por todo o país. Isto começará na segunda, em São Paulo, onde Bolsonaro estará para uma visita à Assembleia Legislativa do estado”.

Em apelo dirigido aos bolsonaristas, elevou o tom:

“Não vamos admitir injustiças com o nosso capitão. Não acredito que um presidente da República fique inelegível pelo que falou. Isso não existe em nenhum lugar do mundo. Bolsonaro vai seguir firme e será o nosso candidato nas próximas eleições”.

O que deu em Valdemar, tão pacífico até aqui? Deve ter levado ferroada de marimbondo.

*Blog do Noblat

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