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Luis Nassif: Quando Vera Magalhães estava no lado escuro da força

Mas é curioso analisar seu comportamento quando estava do lado escuro da força.

É inominável o que está ocorrendo com a jornalista Vera Magalhães, depois que se tornou alvo de Jair Bolsonaro. Mas é curioso analisar seu comportamento quando estava do lado escuro da força.

Vera foi contratada pela Folha. A mídia estava a pleno vapor, praticando assassinatos reiterados de reputação contra qualquer pessoa que questionasse suas posições. Jornalista de futuro era o que se habilitasse a fuzilar colegas críticos da mídia.

Vera tornou-se editora de Poder da Folha.

Por aqueles dias, eu tinha um programa na TV Cultura. Inesperadamente, meu contrato foi rompido por Paulo Markun, então presidindo a Fundação Padre Anchieta, devido a críticas que fiz ao então governador José Serra, pelos abusos de campanhas publicitárias da Sabesp no Nordeste. As críticas saíam no meu blog.

Na verdade, foi uma iniciativa individual de Markun. Terminava o mandato de Serra, mas ele teria condições de nomear o presidente da Fundação Padre Anchieta para o próximo período. O então Secretário de Cultura João Sayad era o favorito. Mas Markun queria mais um mandato e tomou a iniciativa da demissão por conta própria, descontentando o próprio Serra, conforme me revelou Sayad na ocasião.

Na época, em toda eleição do Comunique-se eu vencia ou era finalista nas categorias Jornalismo Econômico Impresso ou Televisivo.

Fui procurado, então, pela Helena Chagas com uma proposta para um programa semanal e comentários diários na TV Brasil. Aceitei.

Por esses tempos, formava-se uma nova geração de jornalistas, alguns extremamente ambiciosos, dispostos a qualquer coisa para subir na carreira. Para contentar a Folha, Vera preparou uma reportagem “denunciando” que eu havia sido contratado sem licitação. Era total falta de senso. Se a TV Brasil pretendia contar com meu trabalho e minha imagem, licitar o quê? Se haveria outro jornalista para ser Luis Nassif?

A falta de senso se consumou quando Vera pautou uma repórter para ouvir a Fundação Padre Anchieta sobre a contratação de comentaristas. A resposta óbvia é que não existia essa modalidade de contratação por licitação.

Vera cortou essa explicação da matéria e manteve e “denúncia”.

Mesmo furada, a denúncia deu trabalho. Seguidor subalterno de José Serra, o deputado Roberto Freire ameaçou convocar Helena Chagas para explicar a contratação. Só parou quando um assessor do Congresso, indignado com a baixaria, me encaminhou uma relação de quase dez funcionários do Congresso que trabalhavam para projetos pessoais de Freire.

O estrago não ficou nisso. Precipitou o abandono de minhas causas pela minha advogada Tais Gasparian, já que a “denúncia”, por mais improvável que fosse, refletia a vontade e a autorização de Otávio Frias Filho.

Assim como os oportunistas da campanha do impeachment de Collor, aqueles tempos tenebrosos legaram uma geração de jornalistas extremamente ambiciosos. A lealdade política permitiu a Vera ser contratada para ancorar o Roda Viva, na mesma Fundação Padre Anchieta, e sem necessidade de licitação.

Mas nem esse passado pode justificar os ataques que está sofrendo. Aliás, cada ataque bolsonarista ajuda a passar a limpo uma biografia polêmica.

*GGN

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Vídeo: Pesquisa Ipec só revelou o que já estava no ar

A pesquisa Ipec desta segunda-feira 12, somente confirmou o que já prevíamos desde o fatídico 7 de setembro, que Bolsonaro começava a esvaziar, a derreter. Isso é um processo muito maior do que simplesmente a transferência de votos de Ciro para Lula, é o Bolsonaro em si.

A tendência é a coisa piorar. No 7 de setembro estava no palanque só o lixo de campanha que sobrou pro Bolsonaro, o véio da Havan, não tinha generais, não tinha Arthur Lula, Pacheco, Fux. Isso é uma clara mostra de que Bolsonaro está jogado às traças.

Assista:

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A campanha normal acabou

Celso Rocha de Barros – Nela, Jair já perdeu; o que resta para as próximas semanas é a anormalidade.

A revista britânica The Economist, que a elite brasileira lia antes de começar a dar mamadeira de coturno para seus filhos, trouxe em sua capa essa semana a foto do Jair com o texto “Bolsonaro prepara sua grande mentira para o Brasil”.

“A Grande Mentira”, nesse contexto, tem um sentido bem específico. “The Big Lie” é o nome que os americanos dão à mentira segundo a qual Donald Trump venceu a eleição presidencial de 2020, mas foi vítima de fraude.

Não há, obviamente, um único indício que comprove isso. Se houvesse, seria “a grande dúvida”, ou “o grande questionamento”, mas é “a grande mentira”.

A revista britânica, como todo mundo que não dormiu nos últimos quatro anos, teme que Bolsonaro tente um golpe como o de Trump quando perder as eleições.

O comício do último 7 de Setembro deve ser entendido nesse contexto. Segundo o Datafolha da sexta-feira, o show não trouxe votos que ajudassem Bolsonaro a vencer. Mesmo assim, pode tê-lo ajudado a virar a mesa quando perder.

O 7 de Setembro eletrizou a militância bolsonarista. As promessas golpistas estavam todas lá: Bolsonaro prometeu, por exemplo, que em seu segundo mandato enquadraria quem saísse das quatro linhas da Constituição. Traduzindo para o português, Bolsonaro prometeu reprimir juízes ou demais autoridades que investiguem seus crimes. Isso aconteceu poucos dias depois do presidente da República chamar o ministro Alexandre de Moraes de vagabundo.

O 7 de Setembro encerrou a campanha normal. Veio logo depois do fim do mês em que, segundo as projeções do Planalto, Bolsonaro deveria ter ultrapassado Lula nas pesquisas. Ao que tudo indica, mesmo mudando a Constituição a três meses da eleição para poder gastar mais dinheiro, mesmo usando as Forças Armadas como animadoras de comício, Bolsonaro ainda não conseguiu tirar votos de Lula. Como notou Bruno Boghossian em sua coluna de 8 de setembro, Bolsonaro não tem como vencer sem tirar votos de Lula.

Com o 7 de Setembro, a campanha normal acabou, e nela Jair perdeu. Perdeu quando deixou centenas de milhares de brasileiros morrerem sem vacina, quando trouxe o Brasil de volta para o mapa da fome, quando fez sua guerra particular contra as mulheres, quando a imprensa descobriu os 51 imóveis de sua família comprados com dinheiro vivo. A maior parte da campanha de candidato à reeleição é sempre o mandato que está chegando ao fim, e o de Jair, enfim.

O que sobra para as próximas semanas —e, se for o caso, para o segundo turno— é a anormalidade. Desde o dia 7, mais um petista foi assassinado por bolsonarista, e seguidores do presidente ameaçaram Guilherme Boulos e Ciro Gomes na rua. As ligações do bolsonarismo com o mundo do crime são notórias: no palanque do dia 7, discursou o secretário de Polícia Civil bolsonarista que, dias depois, foi preso por ligação com a máfia do jogo do bicho.

Além da violência, que busca evitar que as pessoas manifestem seu apoio a Lula, ou mesmo que tenham medo de votar no dia 2, Bolsonaro deve avacalhar ainda mais as instituições brasileiras de agora em diante. Já liberou R$ 5 bilhões adicionais do orçamento secreto e não vai parar aí. Afinal, se ninguém cassou sua candidatura por usar as Forças Armadas em um comício, o que ele se sentirá impedido de fazer?

*Celso Rocha de Barros/Folha

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Em nome de Deus

Florestan Fernandes Jr – Muito nos foi roubado pelo governo Bolsonaro. As mais de 680 mil vidas vitimadas pela Covid, a perspectiva de futuro para um país que seguirá colhendo por décadas o efeito da fome e desnutrição de crianças e gestantes.

As consequências da desnutrição das crianças na primeira infância e das gestantes são devastadoras, além da tragédia social, o déficit cognitivo.

Isso vai impactar fortemente a formação e educação dessas crianças. Ou seja, o futuro do Brasil foi roubado.

E agora, nesta semana, uma data cívica singular também nos foi roubada. O bicentenário da Independência do Brasil, oportunidade única de discutirmos como nação os avanços e retrocessos que tivemos, foi arrancada de nós.

Em lugar de um espaço de discussões e ações propositivas, de comemoração cívica, um espetáculo grotesco de misoginia, de crimes eleitorais, de incitação ao ódio às instituições e eliminação de adversários políticos.

Até mesmo o coração de Dom Pedro I, trazido ao Brasil em uma iniciativa controversa e simbólica da Necropolítica desse governo, perdeu espaço para a irrigação sanguínea dos genitais do presidente da República. Fomos expostos mais uma vez ao escárnio internacional.

A tragédia nacional parece não ter fim. É como viver um loop distópico infinito.

Vivemos as consequências de um discurso de eliminação, que transforma antagonistas em inimigos, que tem nos roubado pais de família como Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu morto durante a própria festa de aniversário por um bolsonarista tomado pelo discurso de ódio. Ou ainda Benedito Cardoso do Santos esfaqueado e morto ontem, com requintes de crueldade em Cuiabá, pelo colega de trabalho, Rafael Silva de Oliveira, apoiador de Bolsonaro, após uma discussão política.

Em todos os aspectos da vida nacional temos sido penalizados.

Ele nos roubou os investimentos na educação, na pesquisa, na saúde. Está queimando nossas florestas, poluindo nossos rios, contaminando nossa lavoura com a liberação de agrotóxicos altamente prejudiciais à saúde.

Está entregando nossas riquezas e dizimando os povos originários. Bolsonaro roubou a autoestima dos brasileiros. Os sonhos de uma sociedade mais justa, mais fraterna e solidária.

Tudo nesse governo é destruição e expropriação. Fomos também privados da publicidade e da transparência, que obriga os administradores públicos a prestar contas do uso das nossas riquezas. Fomos privados do direito de sabermos o destino das verbas de emendas ao Orçamento da União, dos gastos do cartão corporativo. Tudo é coberto por sigilo centenário, desde os negócios suspeitos da família, aos mal feitos da administração. Por fim, nos rouba a estabilidade das leis e a lisura das eleições, já que usou e abusou de inúmeros artifícios para garantir sua reeleição, num derrame de dinheiro para compra de votos nunca visto.

Bolsonaro e seus seguidores, que tanto usam o nome de Deus, deveriam atentar para o que diz o Evangelho de João, capítulo 10, versículo 10: “O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham plenamente”. Um rouba e mata. O outro acolhe e cuida.

*Com 247

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Bolsonaro está encurralado no caso da compra dos 51 imóveis em dinheiro vivo

Tudo indica que os dias de Bolsonaro estão contados e talvez não dê tempo de ele se safar da arapuca em que está metido, os 51 imóveis que comprou com dinheiro vivo.

A coisa só piora e ele não consegue esconder o desespero, até porque já está sendo abandonado até mesmo por Ciro Nogueira e alguns generais.

Assista:

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O plano econômico de Bolsonaro para um segundo mandato é dobrar o número de miseráveis, se possível, passar de 70 milhões

As diretrizes de um segundo mandato de Bolsonaro são inequívocas, repetir o mesmo “plano econômico” que, na verdade, seria a repetição dos seus trágicos quatro anos de governo, com o desmonte do Estado brasileiro, privatizações, cortes no investimento em Educação, Saúde, Ciência, Cultura e Desenvolvimento, mantendo os lucros astronômicos de banqueiros, rentistas para que os pobres sejam esmagados com mais eficiência, que os trabalhadores tenham ainda menos direitos e que os bicos que rendem menos de um salário mínimo sejam louvados.

Esse é o show de horrores que Bolsonaro acaba de anunciar como meta, num segundo reinado do clã que, certamente, para essa classe média arcaica que ocupa as ruas e que tem sua aposentadoria garantida, o capitão é o cara, porque, além de massacrar os trabalhadores, dissolver as instituições do Estado e dilapidar o patrimônio público para servir os abutres, ele tem já garantido em uma das mãos um porrete para transformar os 33 milhões de miseráveis em 70 milhões e a 80% o número de brasileiros que vivem em insegurança alimentar.

Em síntese, é isso que está na fala de Paulo Guedes para conhecimento do gado e que Bolsonaro fez questão de anunciar em seu twitter, utilizando outros termos que, em última análise, representam a realidade aqui descrita.

Como bem disse Lula, Bolsonaro vive o tempo todo fazendo comparações do Brasil com a Venezuela, com a Nicarágua, entre outros países, porque não tem coragem de comparar seu governo ao de Lula, tanto que Lula o desafiou a colocar em comparação os dois governos, e Bolsonaro, assim como explicar os 51 imóveis comprados pelo clã com dinheiro vivo.

Bolsonaro age como os bandidos desse país, mantendo-se no mais absoluto silêncio acovardado, já deixando claro que não irá a nenhum debate com Lula, pois não tem respostas para as perguntas que Lula já fez a ele publicamente.

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Vídeo: Neste 7 de Setembro, Bolsonaro deu sua maior demonstração de fraqueza

O que ficou patente neste 7 de setembro com a ausência dos presidentes das casas legislativas e do judiciário, é que Bolsonaro vive seu momento de maior debilidade no governo, tendo como destaque em seu palanque o véio da Havan que, no governo Bolsonaro, virou modelo de empresário brasileiro.

Assista?

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Vídeo: E amanhã, 7 de Setembro, teremos um golpe ou uma arruaça comandada pelo Capitão baderna?

O que vai acontecer amanhã, é uma incógnita. Para uns causa calafrios imaginar a possibilidade de um golpe. Para outros, não passa de uma bagunça que pode sim provocar incidentes pela estupidez de Eduardo Bolsonaro convocar gente armada e antidemocrática.

Mas o paladar está em aberto, ninguém sabe qual será o tempero. Uma coisa é certa, no final das contas, Bolsonaro pagará eleitoralmente um preço amargo, principalmente se nada acontecer, o que é o mais provável.

Assista:

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Estabilidade em pesquisa beneficia Lula, e Bolsonaro entra em modo desespero

A eleição de outubro está praticamente dada. A não ser que o acaso faça uma surpresa.

No final dos anos 1950 e início dos anos 60, quando a contagem sempre devagar das células eleitorais sugeria que o candidato da esquerda ao governo de Pernambuco caminhava para a derrota, ouvia-se dos seus correligionários esperançosos:

“Calma, falta apurar os votos da Zona da Mata”.

Situada entre o Recife, que ainda não era chamado de Grande, e o Agreste, a Zona da Mata era a região da cana de açúcar, das usinas e do que restava de antigos engenhos. A economia, ali, quase sempre ia bem, e os empregados na colheita da cana, de mal a pior.

A essa altura, o primeiro escalão da campanha de Bolsonaro deve estar nervosamente debruçado sobre o mapa do país à procura dos votos de qualquer zona rural ou urbana que possa salvá-lo de uma derrota quase certa nas eleições de daqui a 26 dias.

A nova pesquisa Ipec (ex-Ibope), apontou uma situação de estabilidade em relação à anterior divulgada na semana passada. É o mesmo quadro registrado pelas demais. Estabilidade é uma coisa boa para quem está na frente, e ruim para quem está atrás.

Descontados os nulos e brancos, Lula tem 50% dos votos válidos contra 35% de Bolsonaro. Ele precisa de 50% mais um voto para liquidar a eleição no primeiro turno. Se o segundo turno fosse hoje, ele derrotaria Bolsonaro por 52% a 36%.

Há uma semana, 47% dos eleitores disseram que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum. Agora, são 49%, uma oscilação dentro da margem de erro da pesquisa. Oito em cada 10 eleitores afirmam que já definiram seu voto e que não mudam mais.

O Sudeste é a região com o maior número de eleitores (42%). Lula passou de 39% para 41%; Bolsonaro caiu de 33% para 30%. Entre os que ganham de 1 a 2 salários mínimos (27% dos eleitores), Lula subiu de 47% para 49%, e Bolsonaro caiu de 31% para 26%.

O comício militar de 7 de setembro servirá para que Bolsonaro dê sua última demonstração de força. Por maior que seja, ela não subtrairá um único voto a Lula, podendo, no máximo, apenas atrair eleitores de Ciro Gomes (PDT) e de Simone Tebet (MDB).

Vai depender, porém, de como Bolsonaro se comporte no palanque montado em frente ao Forte de Copacabana, no Rio. Se ele for mais Bolsonaro do que Jair, sua rejeição aumentará. Se for mais Jair do que Bolsonaro, talvez diminua, mas ninguém garante.

À falta dos votos de uma Zona da Mata que possa chamar de sua, restará a Bolsonaro apelar ao Sobrenatural de Almeida, criação imortal do jornalista e teatrólogo Nelson Rodrigues, por sinal pernambucano e torcedor fanático do Fluminense.

Sobrenatural de Almeida era um fantasma, responsável por tudo de ruim que acontecesse ao Fluminense, segundo Nelson. Ele surgia quando menos se esperava, e geralmente em momentos decisivos. Quem sabe, ele não dá uma mão a Bolsonaro…

*Noblat/Metrópoles

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Vídeo: O 7 de setembro mais macabro da história

No 7 de setembro mais macabro da história, bolsonaristas vão às ruas comemorar os quase 700 mil brasileiros mortos por covid, a hiperinflação dos alimentos, os 33 milhões passando fome, recorde de juros no crédito e os 107 imóveis do clã, sendo 61 deles comprados com dinheiro vivo.

Assista:

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