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Carbono Oculto

Operação contra o PCC no Piauí: ‘Faria Lima investe no Nordeste para lavar dinheiro’, diz secretário.

DIGITAIS BOLSONARISTAS
Titular da Segurança Pública do estado, Chico Lucas afirmou ao GLOBO que ação é ‘marco histórico’ e demonstra ‘pela primeira vez’ ligação do maior centro financeiro do país São Paulo, de Tarcisio e Derrite, com fraudes na região.

Implicações e Repercussões
Essa operação expõe a vulnerabilidade do sistema financeiro brasileiro à infiltração criminosa, com o PCC usando ferramentas legítimas como fundos de investimento para legitimar bilhões em recursos ilícitos.
Autoridades estimam que o esquema gerou lucros bilionários para a facção, financiando mais atividades criminosas.

No Piauí, a ação reforça a necessidade de maior fiscalização em setores estratégicos como combustíveis, que movimentam economias locais.

O BK Bank, em nota, negou irregularidades e afirmou compliance rigoroso. Investigações continuam, com possibilidade de novas fases em outros estados.


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Bolsonaristas não querem tratar esse terrorista patriota” como tal. Ele é vítima da sociedade e o sistema comédia, tadin

Que bosta é esse sistema do qual os marginais do Clã Bolsonaro se dizem vítimas, se eles são 100% sabujos do sistema financeiro, que oprime a imensa maior parte do povo brasileiro.

Esse mesmo povo que Bolsonaro sempre satanizou e, em seu governo, devolveu para a mais absoluta miséria, restituindo o nome do Brasil ao mapa da fome.

Esse canalha, que serviu aos infinitamente mais ricos desse país, fala em enfrentamento ao sistema. Só se for com o cool dele e dos seus virado para a Faria Lima.

Aquela parte do país que as facções criminosas passaram a dominar e operar, sobretudo depois do ataque criminoso de Nikolas (o primo do traficante) ao PIX.

Os bonachões do sistema amam os Bolsonaro e seus pelegos. Com pneu, ET, com tudo!

Então, vão se foder com essa história ridícula de sistema decalcado do mega bolsonarista “Capitão Nascimento”

Que o monstro “patriota” nunca mais saia da Papuda,


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Homem de confiança de Ciro Nogueira é alvo da polícia na Carbono Oculto do Piauí

Victor Linhares de Paiva recebeu 230 mil reais em conta de fintech suspeita de lavar dinheiro para o PCC

Por Leandro Demori, Flávio VM Costa e Alice Maciel

A Polícia Civil do Piauí cumpriu nesta terça-feira (4) mandado de busca e apreensão contra Victor Linhares de Paiva, ex-assessor, aliado político e compadre do senador piauiense Ciro Nogueira (PP). Ele é alvo da Operação Carbono Oculto 86 que investiga um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo postos de combustíveis que supostamente atendem à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Victor Linhares recebeu a quantia de R$ 230 mil de outro alvo da mesma operação, o empresário Haran Santhiago Girão Sampaio, antigo dono da rede de postos HD que seria o epicentro do esquema criminoso no Piauí. O ICL Notícias teve acesso exclusivo a um documento que comprova a transação financeira.

O dinheiro foi transferido em 20 de dezembro de 2023 para uma conta aberta por Linhares apenas oito dias antes na fintech BK Bank. A instituição financeira foi apontada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) como peça-chave no esquema de lavagem de dinheiro do PCC. A ligação entre o banco e a facção criminosa foi revelada na Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto e que atingiu empresas e fundos sediados na Faria Lima, em São Paulo.

A investigação piauiense é um desdobramento da operação homônima, que teve o foco maior em São Paulo. Por essa razão, foi batizada com acréscimo do número 86, referente ao DDD do Piauí. A Justiça autorizou o compartilhamento de provas entre as duas operações.

A comunicação do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), ao qual o ICL Notícias teve acesso, registra que Victor Linhares de Paiva transferiu o dinheiro para outra conta bancária registrada em seu nome, assim que recebeu o depósito de Sampaio.

“Após isso não houve mais nenhuma transação, indicando que a abertura de conta pode ter sido apenas para essa transação”, lê-se no documento.

Ciro

A movimentação financeira chamou a atenção dos investigadores do Piauí porque coincide com o período em que Haran Sampaio e seu sócio, Daniel Coelho de Souza, venderam os postos de combustíveis da rede HD para um fundo de investimentos administrado pela Altinvest Gestão de Administração de Recursos de Terceiros – empresa que também foi alvo da Carbono Oculto.

A suspeita dos investigadores é a de que Victor Linhares Paiva recebeu a quantia por intermediar a negociação.

Sampaio, Souza e Linhares foram alvos de mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça do Piauí, que rejeitou os pedidos de prisão temporária feitos pela Polícia Civil.

Os crimes investigados são de adulteração de combustíveis, fraudes fiscais e lavagem de dinheiro, num esquema semelhante ao identificado pela PF e pelo MP-SP. Investigadores apontam que o mesmo esquema foi levado até o Piauí e replicado na rede de postos de gasolina HD.

Procurados pela reportagem, Haran Sampaio e Victor Linhares não responderam aos questionamentos da reportagem.

Questionado pela reportagem, o senador Ciro Nogueira renovou os ataques contra o ICL Notícias em vez de responder aos questionamentos.”A única coisa que tenho a dizer é que fiquei impressionado de vcs conseguirem divulgar a operação antes dela acontecer kkkk”, afirmou, por meio de mensagem por WhatsApp. “Na próxima sincronizem direito com quem contratou vcs”.

As ligações entre Victor Linhares e Ciro Nogueira
Aliado político do senador Ciro Nogueira, Victor Linhares ocupou, de 2 de janeiro até esta segunda-feira (3), o cargo de secretário municipal de Articulação Institucional (SEMAI) da prefeitura de Teresina. Na função, ele era responsável por intermediar, junto ao governo federal e ao Congresso Nacional, projetos e a liberação de verbas destinadas à capital piauiense.

Linhares já exerceu cargo de vereador da capital piauiense entre julho e dezembro de 2024. Ele trabalhou, anteriormente, no gabinete de Ciro Nogueira entre abril de 2018 e março de 2019 e também na liderança do Partido Progressista (PP) no Senado em 2020.

O senador é padrinho de uma filha de Linhares. Diversas fotos postadas em redes sociais mostram a proximidade entre os dois.

Em julho deste ano, a revista piauí revelou que Victor Linhares recebeu R$ 625 mil, entre dezembro de 2023 e setembro de 2024, do empresário do setor de apostas, Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG.

No mesmo período, Paiva repassou R$ 35 mil à conta pessoal do senador Ciro Nogueira. As informações são do Relatório de Inteligência Financeira Relatórios de Inteligência Financeira (os chamados RIFs), acessados pela CPI das Bets, instalada em novembro de 2024 para investigar as empresas de apostas on-line.

À revista piauí, o senador afirmou que “o valor era o reembolso de uma reserva de hotel em Capri, na Itália, e que os R$ 625 mil foram o pagamento por um relógio Richard Mille, negociado diretamente entre Fernandin e seu ex-assessor”.

Linhares é apontado por políticos do Piauí ouvidos pela reportagem como “pupilo” de Ciro Nogueira. Em entrevista a um veículo local em agosto do ano passado, o senador disse que vai apoiar a candidatura do seu ex-assessor em 2026 para deputado federal ou estadual.

O ex-secretário era filiado ao PP até março deste ano, quando filiou-se ao União Brasil, que integra junto à sua ex-legenda, a Federação União Progressista.

O empresário que transferiu R$ 230 mil a Victor Linhares era dono da rede de postos de combustíveis “Postos HD”, que também foi alvo da Operação da Polícia Civil do Piauí, e é um dos principais grupos empresariais do setor nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins.

A investigação, segundo relatório da Polícia Civil, “foi iniciada após ocorrências sobre adulteração na quantidade de combustível abastecida e buscou explorar possíveis conexões com o crime organizado”. Os investigadores também apontam no relatório “similaridade com a operação Carbono Oculto”.

A principal empresa do grupo, HD Petróleo Ltda, foi aberta em 13 de outubro de 2014 por Haran Santhiago Girão Sampaio e Danilo Coelho de Souza, com o capital social de R$ 200 mil e com cotas divididas igualmente entre ambos.

A rede cresceu e ganhou notoriedade regional. Em dezembro de 2023, a empresa foi vendida para a Pima Energia Participações Ltda. O valor da venda não foi informado no contrato de compra e venda registrado na Junta Comercial do Piauí. Apenas foi informado que o capital social da empresa subiu para 300 mil e que 100% das contas pertencem à Pima Energia.

O que chama atenção, segundo relatório da Polícia Civil do Piauí,é que a Pima Energia foi aberta em um endereço em São Paulo, apenas seis dias antes de comprar a rede de postos HD, “levantando a suspeita de que foi criada especificamente para formalizar a referida transação comercial”. Os investigadores suspeitam que foi uma venda de fachada, uma vez que houve uma “substituição de bandeira (de HD para Pima e Diamante) sem alteração operacional real”.

A investigação detectou 32 pessoas jurídicas que tinham como sócios Haran Sampaio e Danilo Souza e foram transferidas para a Pima Energia Participações Ltda.

O único sócio da Pima Energia à época da venda era o Jersey Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, que por sua vez é administrado por uma empresa, também suspeita de lavar dinheiro e, igualmente, alvo da operação Carbono Oculto: a gestora de fundos Altinvest Gestão e Administração de Recursos de Terceiros.

Hub de soluções financeiras, a Altinvest é liderada pelo empresário Rogério Garcia Peres e administra 10 fundos citados pelos promotores na Carbono Oculto. O MP-SP afirma que Peres é um dos responsáveis pelas “dinâmicas fraudulentas envolvendo fundos e a BK Instituição de Pagamento”.

Advogado, Peres também é apontado pela promotoria como “administrador de fundos de investimento, amplamente envolvido com o grupo Mohamad [Mohamed Hussein Mourad], sócio em postos de combustíveis”. Mourad, mais conhecido como “Primo”, é acusado de liderar o esquema de lavagem de dinheiro do PCC, junto a Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”. Ambos estão foragidos da Justiça.

Segundo relatório da Polícia Civil do Piauí, após a conclusão da venda dos postos de combustível da rede HD, Moisés Eduardo Soares Pereira passou a figurar como único sócio da Pima Energia Participações Ltda. Ele é um ex-funcionário de Haran Sampaio e Danilo de Souza. Investigadores suspeitam que ele é um laranja de seus patrões.

Após a compra pela Pima Energia, os postos de gasolina da rede “Postos HD” passaram a ser chamados de Red Diamante. De acordo com a investigação da Operação Carbono Oculto 86, há evidências de uso de empresas de fachadas vinculadas às marcas “Postos HD”, “Postos Pima” e “Postos Diamante”, “que tem suspeita de ligação com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)”.

“As evidências apontam para possível sobreposição de registros ou compartilhamento de estrutura física entre diferentes pessoas jurídicas, indicando manobra para ocultar operações financeiras e dificultar a rastreabilidade de recursos, prática típica de lavagem de capitais”, destacam os investigadores.

*Com exclusividade n ICL


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De mito do baixo clero a monstro Papudo

Isso não é pouca coisa.

Está na corrente sanguínea de todo o clã.

A penazinha pró-forma dos mesmos que estão comemorando a chacina no Alemão e Penha, só aumenta a gastura de ver na Papuda esse cretino que matou mais de 700 mil de covid, por razões não confessadas de balconização da propina para cada dose de vacina.

Ele vai para Papuda por terrorismo com a arquitetura de explosão de caminhão tanque de gasolina que poderia ter matado centenas, além do dia 8 de janeiro de 2023 na tentativa de tomar os três poderes.

Hoje ele é o retrato do rei nu.

O que não deixa de ser a prisão do pior monstro da história do Brasil.

Bolsonaro, segundo Moraes, está a dois passos da Papuda.


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Começou o julgamento que pode levar Cláudio Castro à inelegibilidade e cassação

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a julgar, nesta terça-feira (4), os recursos que pedem a inelegibilidade e a cassação de mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

Os processos se referem às eleições de 2022, quando Castro foi reeleito para o comando do governo estadual.

  • abuso de poder político e econômico;
  • irregularidades em gastos de recursos eleitorais; e
  • conduta proibida aos agentes públicos no período eleitoral.

👉🏽 O Ministério Público Eleitoral e a coligação que apoiou Marcelo Freixo, o adversário na disputa, entraram na Justiça Eleitoral em setembro de 2022 com ações de investigação eleitoral por:

⚖️ Este tipo de processo pode resultar em cassação de mandatos e inelegibilidade por oito anos.

O Ministério Público Eleitoral e a campanha de Freixo acusaram o governador e o vice na chapa, Thiago Pampolha, de irregularidades na Ceperj (uma fundação estadual que atua em estratégias de políticas públicas) e na Uerj (a universidade do estado).

Entre elas:

  • O desvirtuamento da atuação da Ceperj com finalidade eleitoreira;
    aumento exponencial do orçamento e valores empenhados pela Ceperj para a execução de projetos não previstos na lei;
  • Criação de programas sociais não previstos no orçamento;
    manutenção de uma “folha de pagamento secreta” de 18 mil pessoas contratadas sem concurso público.

No julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), o governador e o vice foram absolvidos e tiveram os mandatos mantidos.

O MP e a coligação de Freixo, então, recorreram ao Tribunal Superior Eleitoral. Eles reiteraram as acusações e voltaram a pedir a condenação de Castro e do vice, com a aplicação de inelegibilidade.

Julgamento
O julgamento deverá ter o relatório e o voto da ministra Isabel Gallotti, relatora do caso.

Além dela, votam outros seis ministros da Corte Eleitoral. Caberá ao grupo decidir se o pedido deve ser rejeitado ou aceito. No primeiro caso, o processo é arquivado; no segundo, é determinada a cassação de mandatos e a aplicação de inelegibilidade.

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Desembargador de SC manda carta à moradora do Complexo da Penha: ‘Estou andando ao seu lado’

Magistrado tomou posse em março e viralizou com discurso sobre ameaças do fascismo

O desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), João Marcos Buch, conhecido durante seu período na Vara de Execuções Penais de Joinville por enviar cartas a detentos e seus parentes, redigiu um longo texto para uma mulher desconhecida no Rio de Janeiro. “Dona Nice” está a quilômetros de distância, mas enfrenta uma realidade que, na magistratura, ele tenta combater.

A senhora, abordada por uma emissora de televisão enquanto retornava para casa após a Operação que vitimou 121 pessoas no Rio de Janeiro, fez com que o magistrado se sentisse profundamente comovido. Ao longo da carta, ele cita ação conhecida como “ADPF das favelas”, que ele considera não ter sido “muito bem respeitada” pelas forças de segurança.

Buch explica, no texto, pontos que fazem parte da lei e que podem ter sido violados. Entre eles estão o uso proporcional da força, câmeras nas viaturas, elaboração de um plano de reocupação de territórios invadidos por organizações criminosas e a entrada da Polícia Federal nas investigações contra milícias e tráfico de drogas interestadual e internacional.

O magistrado, cujo discurso de posse como desembargador viralizou nas redes sociais no início do ano ao mencionar o termo “fascismo”, também escolhe o termo “chacina” para falar sobre a operação e suas consequências “extremamente letais sobre as comunidades marginalizadas”.

No texto, ele também questiona a “fórmula do confronto”, que considera “fadada ao fracasso”. “Por que é tão difícil que governos e autoridades entendam que somente políticas públicas inclusivas, articuladas à segurança pública, podem trazer benefícios reais para toda a sociedade?” (Preâmbulo da doutorado em Jornalismo Amanda Miransa no ICL Nooticias)

Leia a íntegra da carta, repassada à colunista:
Uma Carta para Dona Nice

Querida Dona Nice,
escrevo-lhe com afeto e respeito.
Meu nome é João Marcos, moro em Santa Catarina e trabalho com a Justiça. Sou desembargador, nome dado a juízes que atuam em recursos nos tribunais.

Na última terça-feira, vi sua entrevista no jornal da TV. A senhora voltava para casa, com sacolas de supermercado nas mãos, e foi parada por uma repórter que queria saber sobre a chacina ocorrida mais cedo nos complexos da Penha e do Alemão, onde mais tarde se viria a constatar que 121 pessoas (pode ser além) haviam sido mortas, na mais sangrenta intervenção da segurança pública já ocorrida no Rio de Janeiro e no Brasil dos tempos atuais.

Sua entrevista me marcou profundamente. Moradora desde sempre da Penha, a senhora disse que já não tinha mais esperança, que, nessa altura da vida, tendo visto tanta tragédia, tantas operações policiais, tantas pessoas próximas assassinadas, não acreditava mais que um dia a vida melhoraria — tudo era tristeza. Em seguida, a senhora se despediu da repórter e retomou seu caminho para casa, cambaleante, cansada, segurando as sacolas.

Hoje já é domingo; faz cinco dias que eu penso na senhora, faz cinco dias que estou andando ao seu lado, faz cinco dias que tento carregar as suas sacolas até sua casa. Por isso, querida Dona Nice, com o coração inquieto, mesmo sem saber nada da sua vida, senão o fato de que a senhora perdeu a esperança, resolvi lhe escrever.

Eu sei que esta carta nunca chegará a seu destino, pois nunca a postarei. Impotente que sou para modificar um átomo de sua vida e para lhe oferecer uma centelha de esperança, escrevo-lhe porque não consigo fazer diferente, porque não sei mais se a esperança também me abandonou.

Assim como nas favelas de Florianópolis, já estive em favelas do Rio; já me encharquei da beleza e da bondade de pessoas que tão bem me acolheram. E já testemunhei muita dor e injustiça. Entretanto, o fato é que nada mais conheço, além de que a vida de quem mora nessas comunidades periféricas é carente de direitos e de oportunidades.

Sabe, Dona Nice, sempre tive o cuidado de não me arvorar em senhor das verdades, e me incomoda muito ver quem acha que sabe de tudo — cegado por redes sociais e algoritmos —, pessoas com quem é impossível argumentar com base em fatos e lógica. É desolador ouvir suas vozes celebrando a chacina, justificando o horror com acusações sem conhecimento de causa sobre crimes antes cometidos. De onde vem esse ódio? De que veneno se alimentam esses seres humanos? Onde está sua bondade, sua compaixão?

Fico a pensar o que essas manifestações causam na senhora, que tanto já testemunhou e viveu. Será que a senhora ainda chora, ainda se revolta com a opressão e a violência que sua comunidade sofre? Essa chacina, para mim, que vivo em um apartamento confortável, localizado em um bairro seguro, saneado, arborizado, com espaços de cultura e lazer, provocou espanto, lamento e indignação. Porém, quando a pessoa tem sua dignidade tão ferida e há tanto tempo, ela acaba perdendo a consciência de que aquela situação fere de morte seus direitos. Então, não sei o quanto isso tudo lhe afetou; só sei que a esperança lhe foi roubada.

Em meus estudos e em meu trabalho, aprendi algo sobre o fenômeno da violência urbana. Depois de algum tempo procurando entender nossa sociedade, tomei conhecimento de que a fórmula do “confronto” na segurança pública é fadada ao fracasso (a senhora sabe disso bem antes de mim). Essa fórmula ceifa vidas de todos os lados e não supera as dificuldades das comunidades vulnerabilizadas. Por que é tão difícil que governos e autoridades entendam que somente políticas públicas inclusivas — de habitação, saneamento, saúde, educação, empregabilidade, cultura e lazer — articuladas à segurança pública, podem trazer benefícios reais para toda a sociedade?

No país, nós temos o Supremo Tribunal Federal (STF). Pois bem, a mais alta corte da Justiça definiu, em uma ação proposta pelo Partido Socialista Brasileiro (ADPF n.º 635, conhecida como ADPF das Favelas), que o governo do Rio deve seguir diversas regras nas operações policiais, como o uso proporcional da força, câmeras nas viaturas, elaboração de um plano de reocupação de territórios invadidos por organizações criminosas, bem como a entrada da Polícia Federal nas investigações contra milícias e tráfico de drogas interestadual e internacional. Olha,

Dona Nice, parece que o Supremo não foi muito bem respeitado. Creio, inclusive, que logo logo autoridades terão de prestar contas.

Aliás, até a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio do seu Alto Comissariado dos Direitos Humanos, declarou que essa operação policial — que eu chamo de chacina — ampliou a tendência de consequências extremamente letais sobre as comunidades marginalizadas e enfatizou que as autoridades têm obrigação perante as leis internacionais de direitos humanos.

Mas o que isso importa, não é? A chacina já aconteceu, vidas foram ceifadas, até policiais morreram — e não consigo imaginar a dor das famílias que tiveram seus entes sequestrados de suas vidas para todo o sempre.
Ainda sinto que um dia a justiça alcançará a todos os cidadãos, que as instituições funcionarão conforme a Constituição e que a dignidade da pessoa humana será, em definitivo, fundamento da República.

Dona Nice, inspirado na leitura de um livro chamado Antes que as Palavras te Abandonem, de um grande amigo, Leonardo Tônus, em que um imigrante, à procura de um amigo refugiado afegão em Berlim, escreve-lhe cartas, eu lhe digo que, se pudesse, eu a abraçaria e afirmaria, com o coração aberto, que não importa mais o resultado da luta, mas a capacidade de entender o seu chamado.

Dona Nice, neste Brasil tão sangrento, de séculos de escravidão, racismo, patriarcado e colonialismo, não tenho o direito de lhe pedir que volte a ter esperança. Entretanto, ouso lhe pedir outra coisa: atenda nosso chamado, não desista de mim, não desista de nós, não desista da humanidade.

Querida Dona Nice, a senhora é a nossa esperança, volte,

João Marcos Buch
Desterro, 02/11/25

*ICL


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Lula chama a carnificina no Rio pelo nome certo, matança!

Lógico que o bolsonarista Rodrigo Pimentel (Capitão Nascimento), vai aumentar o tom crítico a Lula, já que virou arroz de festa na internet.

O resultado trágico da operação não deixa Lula mentir e pinta um outro quadro diferente do que o ex-capitão do BOPE pinta, dando atestado de ótima conduta a Claudio Castro.

Mas não demora para senador Contarato, na presidência da CPI do crime organizado no Senado condenar essa carnificina como tem que ser.

Pimentel, que tem penazinha de Bolsonaro, julgado e condenado pelo STF já fez seu manjado discurso contra os que foram alvos da operação, sem investigação e conclusão técnica.

Até aqui, foi tudo dito de maneira fantasiosa como uma campanha política antecipada de Claudio Castro, que tomou gosto pelo sangue de pretos e pobres.

Lula, com a autoridade de presidente da República e seu longo percurso na defesa das garantias constitucionais, finda essa versão de mão única que será adotada pelos fatos concretos que a CPI há de trazer à luz do sol do meio dia.


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Contarato é eleito, no Senado, presidente da CPI do crime organizado

A direita só tinha um trágico massacre pra chamar de seu em 2026.
Agora não tem mais!

Isso é o retrato mais cru do patrimônio intelectual da direita no Brasil.
O tema se impõe pela sobrevivência da escumalha política. Não há pra onde fugir.

É o que essa escória política tinha a oferecer.

É um monumento a estupidez humana, mas estava sendo primordial para direita dizer que a treva é o único lugar que ela pingaria suas gotas de sangue para as eleições de 2026.

Mais, não dizem.

Até para os algoritmos, pagos ricamente pelos criminosos aliados, é pesado o fardo de carregar uma direita que vive do fígado porque não pode viver do cérebro.

Esse voo de galinha político é a única coisa que formigou a cabeça oca de um político de direita no Brasil atual.

Bolsonaro não chegou ao poder impunimente.

Tudo tem custos, e como inteligência não dá em árvores, o valor da chacina na Penha e Alemão, impõe limites estreitos demais para o problema de quem não tem causa política além da busca do poder pelo poder.

Os pobres diabos da direita napoleônica são pautados pelo hospício político que os sustenta.

É muita gritaria para ínfimos resultados.

Em menos de uma semana da carnificina nas favelas do Rio, o tema já esfriou e muito nas redes sociais.

Com o Senador Contarato presidindo a comissão da CPI do Crime Organizado, a direita vai fugir desse tema mais que o diabo da cruz, por razões óbvias.


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Para o clã Bolsonaro, Claudio Castro é apenas mais um rato querendo criar asas de ganso

Aliança da direita não cola nem com cuspe.

Foi esse o recado que Carluxo mandou para o desprezível Claudio Castro que sempre reclamou de Bolsonaro por tratá-lo como um ninguém na política carioca e brasileira.

Caiado, Ratinho Jr, Zema e Tarcísio foram tratados pelo clã como ratos de farelo de porco.

Ibaneis e outras porcarias nem aparecem nessa foto dos desprezíveis.
Castro então nem se fala.

Não tem 2ª opção para o clã que não tenha DNA de Bolsonaro.
É o clã Bolsonaro por ele e para ele.

Por isso Carluxão das massas vive berrando que o clã está cheio de hienas por perto. Chegou a hora da faxina!

Moraes quer Bolsonaro na Papuda.

Ou seja, Bolsonaro sempre disse na pandemia de Covid que todo mundo vai morrer um dia e sua morte política já foi decretada.

Nesse caso ele vai apontar o dedo para um de seus quatro filhos vagabundos como ele que nunca trabalharam na vida pra representar sua falange criminosa.

Ou seja, nem clã Bolsonaro e nem o consorcio Paraguaçu formado pelos governadores traíras que já se reúnem sem a participação de filhos de Bolsonaro.

Essa é a direita que está cantando vitória eleitoral com a chacina do Rio?


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Política

Castro e governadores de direita buscaram aliança com EUA sem passar por Lula

De acordo com o governador do Rio, é necessário declarar facções como “narcoterroristas”, o que pode abrir espaço até para uma intervenção militar

Há alguns meses, representantes do governo do Rio de Janeiro foram à embaixada dos EUA entregar um documento confidencial apresentando uma lista do que seriam os benefícios da declaração de facções criminosas brasileiras como narcoterroristas. A informação foi divulgada pela jornalista Malu Gaspar, em transmissão da GloboNews, nesta segunda-feira (3).

Segundo a jornalista, Castro chegou a ir a Nova Iorque para se reunir com autoridades dos EUA e tratar da questão. Ele e governadores de direita tentam fazer uma aliança, independente do governo federal, entre estados subnacionais com o governo Trump, levando possivelmente a alianças voltadas, declaradamente, ao combate ao crime organizado, diz Leonardo Sobreira, 247.

De acordo com as informações, um auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou as articulações como uma “irresponsabilidade”.

As articulações entre estados governados pela direita e Washington pode abrir espaço para uma intervenção militar dos EUA no Brasil, além de colocar o país como um todo na mira de sanções econômicas previstas no país norte-americano contra grupos e indivíduos associados considerados terroristas.


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