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Quem chocou o ovo da serpente do fascismo que pariu Bolsonaro, foi a Globo e afins

Numa memorável entrevista de Brizola no programa de Jô Soares, ainda no SBT, Brizola indaga, por que o Sr. Roberto Marinho não disputa uma eleição presidencial e governa o país da forma dele? Numa alusão a um sórdido jogo de manipulação, historicamente conhecido, que as Organizações Globo apoiaram não só a ditadura, mas toda a violência que ela gerou, tudo de ruim que ela estimulou e aplaudiu para e educação e cultura, sobretudo a ampliação do fosso econômico entre pobres e ricos.

O que hoje aí está, no sentido amplo da questão, é uma pasta integral do lixo da ditadura, um extrato de militares e civis bolsonaristas que foram forjados nas escolas militares e civis, com essa violência do Estado, típica das ditaduras militares, que foi incentivada a sair de suas tubas, não simplesmente para atacar um partido, um governo, no caso, o PT.

Os Marinho sempre odiaram a educação, por isso atacaram tanto Brizola, Darcy Ribeiro e, principalmente os Cieps, de maneira doentia.

Qualquer pessoa ligada à cultura nesse país, sabe que a Globo é o maior câncer cultural, e que fez o que pôde para massacrar as manifestações culturais brasileiras no mesmo momento em que importava o que existia de lixo mais tóxico da indústria de cultura de massa dos EUA.

Ora, o bolsonarista foi forjado com esse tipo de cultura anti nacional, contra ele próprio. A autonegação sempre foi a linha pedagógica que existia nas escolas, tutelada pelos militares, mas sobretudo na programação da primeira rede de televisão brasileira, a Globo, por apoiar a ditadura.

A imagem clássica de Roberto Marinho de braços dados com Figueiredo, deveria ser esfregada na cara de Merval Pereira, o sabujo mais original dos Marinho e, por isso, tenta nutrir o bolsonarismo de cabeça branca que, além de sustentar um ódio contra a esquerda, já foi adestrado para isso, odeia o PT, os movimentos negros, as feministas, os movimentos jovens, o LGBTQIA+ e tudo o que se opõe integralmente à expressão do que existe de mais reacionário nesse país.

Merval, espertamente, dá peso e medida iguais a Bolsonaro e Lula no caso do assassinato do líder do PT, Marcelo Arruda, justamente porque, na verdade, Merval, mais do que ninguém, sabe que, do outro lado, Bolsonaro não está sozinho, e pelo o que opera contra a população, principalmente contra os pobres para favorecer os ricos, incluindo os Marinho, a Globo sempre esteve do lado de Bolsonaro e Merval sempre apareceu em resumo desse senso comum entre o império da comunicação e o universo bolsonarista, tratando Bolsonaro como um fenômeno político para parecer que não foi eleito por uma fraude eleitoral armada por ele e Moro, o justiceiro criado nos porões editoriais da Globo, com capacidade, a partir dos holofotes da emissora, de destruir milhões de empregos, empresas, entre outras coisas, para levar o país a esse estado em que a cidadania foi totalmente mutilada.

A coisa se agravou muito nesses quase quatro anos de regime Bolsonaro.

Ou seja, a Globo sempre fez e sempre fará de qualquer episódio político o cálculo econômico e vai tentar utilizar os recursos midiáticos que tem para organizar o país a modo e gosto dos Marinho que, junto, repetem a Faria Lima.

Não há outra forma de encarar o problema sério porque passa o Brasil se não tiver no mesmo balaio as personalidades de uma gama de bandidos ligados à milícia, a torturadores e assassinos da ditadura, a partir da própria territorialização corporativa da mídia industrial.

A Globo sempre foi a alavanca de  tudo isso, os Marinho e o bolsonarismo formam uma única pasta integral que se formou no país no período da ditadura, mas não como uma integração casual, e sim, como resultado de uma campanha de ódio garantida pela Globo.

O resultado é essa tendência perversa a qual parte da sociedade brasileira chegou, incluindo o preconceito a tudo que não está conformado com essa goma característica do fascismo, assim como toda forma de racismo que há dentro da sociedade brasileira na sua formação moderna herdada, par e passo, da escravidão.

Merval quer fazer uma confusão calculada para que se crie artificialmente contradições do discurso de quem defende a vítima, propondo uma visão em que não existe culpados ou todos são culpados.

Originalidade nisso, não há, pois essas sempre foram as ideias de valores que o império dos Marinho utilizou para fazer parte do clube seleto da oligarquia nacional.

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Política

‘A raposa cuidando do galinheiro’: analistas explicam impacto de nova privatização no pré-sal

O governo do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), estuda privatizar a estatal responsável por gerenciar contratos da União para exploração do petróleo do pré-sal, a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). A Sputnik Brasil ouviu três especialistas para explicar o impacto da possível venda de mais um ativo ligado ao setor de energia brasileiro.

Por sugestão do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, a PPSA, estatal responsável por gerenciar os contratos da União para exploração do petróleo localizado no pré-sal, foi incluída em estudos de possíveis privatizações.

Especialistas apontam que em caso de venda da estatal, o governo pode perder a gestão de US$ 122,7 bilhões (cerca de R$ 662 bilhões).

Logo em seguida, no início de junho, o governo Bolsonaro apresentou um projeto de lei que autoriza a venda dos contratos da empresa, apontando até R$ 398,4 bilhões em potencial de arrecadação. O projeto retira os repasses ao Fundo Social, criado para investir os recursos da União obtidos no regime de partilha do pré-sal em áreas como educação e saúde.

A Sputnik Brasil ouviu especialistas para explicar como essa privatização impactaria o país, quais são as motivações do governo Bolsonaro em torno da proposta e os possíveis efeitos sobre a indústria do petróleo e os preços dos combustíveis.

Quais são os efeitos da eventual privatização da PPSA?

Para o pesquisador Rodrigo Leão, do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), a possível privatização da PPSA rompe com o “espírito” do chamado regime de partilha (Lei 12.304/10). Essa legislação, além de criar e definir a atuação da PPSA, determina que as empresas exploradoras do pré-sal ofereçam uma contrapartida ao Estado — o excedente de petróleo. Diferentemente do regime de concessão, a partilha garante mais recursos ao governo. Segundo Leão, a problemática de uma venda da PPSA vai além das finanças.

“O prejuízo [da privatização da PPSA] eu diria que não é tanto do ponto de vista econômico. O prejuízo é muito mais de tirar do Estado uma atribuição que, por definição, é dele: regulação e gerenciamento de recursos fiscais”, aponta Leão.

Segundo o especialista, com a PPSA funcionando como uma espécie de agência regulatória e de fiscalização, a privatização seria uma “completa disfunção” do que a empresa representa. Além disso, ele alerta para possíveis conflitos de interesse caso a PPSA saia das mãos do Estado devido a eventuais relações entre a substituta da estatal e as petrolíferas no pré-sal.

“É uma coisa sui generis, a gente não vê nos modelos de partilha algo desse tipo. O Estado tem, por definição, o papel de fiscalizar e gerenciar os recursos gerados pela produção do petróleo. Então acho que podem surgir problemas graves de governança ou de gerenciamento dos recursos”, salienta.

Leão também destaca que a PPSA tem uma função de monitorar e controlar o volume de exploração e produção do petróleo. “Com uma empresa privada isso perde o sentido. A ideia de regular esse tipo de timing é poder avaliar o melhor momento de aumentar ou diminuir a produção”, afirma, acrescentando que há uma incompreensão a respeito do modelo de partilha.

*Com Sputnik Brasil

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Política

Ex-advogado de Flávio Bolsonaro teve promoção relâmpago na Caixa

Luis Gustavo Botto Maia teve aumento de 367% na gestão de Pedro Guimarães; ele nega ingerência de senador.

Ex-advogado de Flávio Bolsonaro e investigado no caso da “rachadinha”, Luis Gustavo Botto Maia conseguiu uma promoção relâmpago do Rio de Janeiro para um cargo em Brasília com apenas oito meses de trabalho na Caixa, segundo a Folha.

Ele passou no concurso para técnico bancário, em 2014, e começou a trabalhar na unidade da Caixa na praça Jauru, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, em abril de 2021.

Em novembro do mesmo ano, oito meses depois de começar no banco, Botto Maia foi transferido para a Diretoria Executiva de Marketing e Relacionamento Institucional, em Brasília, como substituto eventual de assessor executivo, o que elevou seu salário de R$ 3.000 para R$ 14 mil.

Nos sistemas internos da Caixa, Botto Maia ainda aparece como lotado na sua agência original, apesar de não dar expediente lá desde o ano passado.

Ele nega a ingerência de Flávio, hoje senador pelo PL, na sua mudança para Brasília. “Uma oportunidade surgiu e eu me enquadrava no perfil”, justificou.

A defesa de Pedro Guimarães também nega que o ex-presidente tenha feito qualquer movimentação para trazer o ex-advogado de Flávio para Brasília.

Botto Maia foi investigado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) no caso das “rachadinhas”. Ele chegou a ser alvo de busca e apreensão na Operação Anjo, em junho de 2020, quando trabalhava no gabinete do deputado estadual Renato Zaca (PRTB), apoiador de Bolsonaro.

De acordo com o MP, Botto Maia, que advogou para Flávio por um período durante o caso da “rachadinha”, teria obstruído a investigação e destruído provas. O MP afirma que ele assinou retroativamente registros de pontos de 2017 com o objetivo de atrapalhar a apuração dos fatos.

“Botto Maia extrapolou todos os limites do exercício da advocacia e passou a atuar de forma criminosa, em cumplicidade com funcionários da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), para obstruir a atuação da Justiça mediante adulteração de provas relevantes à investigação da organização criminosa”, diz a denúncia.

Ele chegou a responder um processo administrativo na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) por isso, mas o caso foi arquivado.

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Arte Política

O lulismo não existe, o que existe é Lula, assim como Villa Lobos, uma síntese do povo brasileiro

Na história da humanidade não existe no mundo das artes, nenhum evento erudito que tenha inspirado o povo. Ao contrário disso, os verdadeiros eruditos que trabalharam a essência de sua arte a partir do humano, sempre se nutriram da cultura popular, porque todos sabem que não existe malabarismo engenhoso que, embora seja perfeito tecnicamente, soe cordas vivas com sutis vibrações num ambiente híbrido, muitas vezes esfriado pelas técnicas, o que acaba deixando na arte um ambiente de crepúsculo, frio e sem sangue.

Sempre entendi que, como bandolinista, meus dedos deveriam estar a serviço da música e não do meu bandolim e, portanto, suas cordas deveriam vibrar emotivas, sempre.

Foi assim que a aura dos chorões permaneceu até os dias atuais, absolutamente suprema e nos deu, no mundo da música erudita, um gênio como Villa Lobos.

Política e arte se faz com paixão, poesia e sensibilidade popular. Mesmo que o político e o artista utilizem de substâncias inerentes as suas funções, o sentimento profundo será sempre medido a partir da postura que uma gama de componentes nos revela, tanto do artista quanto do político.

Lula é um fenômeno de massa, assim como foi Villa Lobos, justamente porque fizeram de suas vidas um caminho obreiro, inspirado na alma do povo brasileiro, do qual são parte e se orgulham disso.

São muitas as frases de Villa Lobos que sublinham a sua incondicional brasilidade, sempre a partir do sentimento do povo brasileiro, o que, muitas vezes, levou a uma suposta elite cultural da sua época, uma irritação profunda.

Com Lula, não é diferente. Essa saudade que o povo tem de Lula está lincada com a esperança característica da gente brasileira.

Na minha concepção, não existe lulismo, assim como nunca existiu o villalobismo, os dois são fruto do sentimento coletivo e jamais negaram esse fato, ao contrário, fizeram desse material humano rico e extremamente produtivo, a massa de valores que norteou seus caminhos.

Nem Lula, nem Villa Lobos estão limitados a uma geração, mas a uma imagem, um cosmos brasileiro que se transformou no ponto de encontro do povo com arte e com a política que os gênios conseguem captar.

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Política

Emenda misteriosa: usuário identificado só como ‘Assinante’, leva R$ 29 milhões do orçamento secreto

Mecanismo de ‘usuários externos’ tem sido usado para burlar transparência e para esconder pedidos feitos pela oposição no orçamento secreto.

Na distribuição do orçamento secreto definida pelo Congresso Nacional até agora, um beneficiário fantasma, sem nome, conseguiu liberar uma quantia milionária. Chamado apenas de “Assinante”, esse beneficiário sem nome obteve uma liberação de R$ 29 milhões para diversas prefeituras, segundo a Folha.

Ao contrário dos anos anteriores, quando o controle sobre as indicações era feito pelo próprio relator, sem transparência, neste ano, o Congresso criou um sistema em que os pedidos são formalizados pela internet e, depois, divulgados em planilhas. Nessas planilhas aparece, porém, a figura do “usuário externo”, que são pessoas ou organizações de fora do Congresso Nacional. É uma forma de o parlamentar beneficiado com uma emenda do orçamento secreto não aparecer nas planilhas do Congresso.

Segundo os dados enviados pelo relator do Orçamento, Hugo Leal, para os ministérios, a maior parte dos recursos do “Assinante” irá para a cidade de Caxias, no Maranhão: duas emendas, uma de R$ 10 milhões e outra de R$ 9,9 milhões, estão endereçadas para a melhoria da oferta de serviços de média e alta complexidade da saúde.

Também identificando “Assinante” como autor estão emendas para Itaitinga, no Ceará; Magalhães Barata, no Pará, e outras 19 cidades do estado de São Paulo.

O Globo questionou a Câmara dos Deputados sobre a possibilidade de identificar quem seria o usuário ou usuários que se identificaram apenas como “Assinante”, mas, até o momento da publicação desta reportagem, não obteve uma resposta.

Neste ano, até agora,o Congresso já encaminhou R$ 12 bilhões em emendas do orçamento secreto para o governo, de um total previsto em R$ 16,5 bilhões. No cadastro, os autores são senadores, deputados ou usuários externos.

O “Assinante” é apenas um exemplo de 1.716 autores que aparecem como usuários externos. Dos R$ 12 bilhões cuja destinação já foi definida pelo Congresso, R$ 3,9 bilhões são pedidos sem identificação de um parlamentar.

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Política

Sabe o Coronel Lee, aquele que ameaçou Lula, pois é, teve o mandato cassado pelo TRE

Lee e outros 3 deputados estaduais que se elegeram pelo PSL tiveram seus mandatos cassados; cabe recurso ao TSE.

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) decidiu, na noite desta segunda-feira (5), cassar os mandatos de todos os quatro deputados eleitos pelo antigo PSL em 2018 para a Assembleia Legislativa do estado (Alep) por fraude na cota de gênero na eleição daquele ano, que exige mínimo de 30% de candidaturas femininas, diz a Forum.

Entre os que tiveram o mandato cassado, está o deputado estadual Coronel Lee, atualmente no PSD. Lee foi um dos políticos que ameaçou o ex-presidente Lula (PT) de morte em abril, quando o petista sugeriu que as pessoas façam manifestações em frente às casas de deputados.

“O nosso modus operandi, Coronel Telhada, é o mesmo. A última vez que esse bando do MST e da esquerda veio nos visitar, queriam conversar com a gente no meio do mato, foram parar no inferno. Então, Lula. Mande a sua turma toda falar com a gente de novo. Vocês vão visitar seus amigos que estão lá. É esse nosso recado”, disse Lee à época em discurso no plenário da Alep.
Toda a bancada eleita pelo PSL

Além de Lee, tiveram os mandatos cassados pelo TRE os deputados Luiz Fernando Guerra (União Brasil), Ricardo Arruda (PL) e Delegado Fernando (Republicanos).

A cassação dos mandatos havia sido solicitada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que constatou fraude nas cotas de gênero na coligação do PSL em 2018. Ao menos duas candidatas, segundo a procuradoria, foram registradas sem consentimento na chapa dos parlamentares que foram eleitos.

O processo tramita em segredo de Justiça e ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os deputados devem seguir no cargo até que o caso tramite em julgado.

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Política

Em mais uma culpa de Bolsonaro, preço do leite dispara e assusta consumidores

Economista do Dieese critica falta de planejamento na cadeia do leite. “A dúvida é se esse preço vai baixar. A gente acha que não”.

Rede Brasil Atual – Entre os vários alimentos que vêm registrando altas expressivas de preços, ampliando e aprofundando a fome no país, o leite é o “vilão” do momento. Nos mercados, o litro do leite longa vida já ultrapassa a casa dos R$ 7. A alta do produto, em junho, foi de 3,45%, cinco vezes a inflação oficial do período, que ficou em 0,69%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Em 12 meses, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), o preço do leite cobrado pelos produtores acumula elevação de 21,6%.

Parte do aumento se dá em função da entressafra do leite, de março a outubro, o que ocorre todo ano, sem novidade. Outro agravante é o fenômeno La Niña, que vem provocando secas nas regiões produtoras pelo segundo ano consecutivo. Mas além desses fatores, o Dieese também destaca o crescimento das exportações e a queda nas importações, que reduziram a quantidade de leite disponível.

supervisora de pesquisas do Dieese, Patrícia Costa, cita a desvalorização do real, que encarece o custo de vacinas e medicamentos que são aplicados no gado leiteiro. Além disso, o crescimento das exportações de soja e milho também aumenta o preço da alimentação seca dos animais. As altas nos preços dos combustíveis e da energia elétrica também pesam no custo. Mas não é só isso.

Faltam planejamento e políticas públicas para o setor, segundo a especialista. “Os problemas da cadeia do leite vêm desde o governo anterior. Você pode subsidiar, investir, pode pensar em diversas soluções. Mas não estão fazendo nada disso. Então, o preço do leite explodiu. No patamar em que está hoje, a dúvida é se esse preço vai baixar. E a gente acha que não. Porque essas questões não estão resolvidas”, disse Patrícia, em entrevista nesta segunda-feira (4).

(Des)Alimenta Brasil

Patrícia destaca que uma das formas de conter a alta do preço do leite é investir nos pequenos produtores. O governo Bolsonaro, no entanto, vem fazendo justamente o oposto. Uma das principais ferramentas de estímulo era o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), criado em 2003, no governo Lula. O atual governo substituiu o PAA pelo Alimenta Brasil.

Não foi só a mudança de nome. Também houve restrição severa na aplicação de recursos. Em 2012, por exemplo, o PAA chegou a aplicar R$ 586 milhões do orçamento federal. Em 2021, por outro lado, foram R$ 58,9 milhões. Até maio deste ano, o programa do governo Bolsonaro aplicou apenas R$ 89 mil. Os dados são de um levantamento do UOL, no mês passado.

Para a supervisora do Dieese, alimentação é “assunto de segurança nacional”. “Não dá para deixar ao sabor do mercado. Tem que ter planejamento, tem que se pensar políticas, tem que subsidiar, tem que investir. Não dá para deixar assim: ‘Ah, deixa rolar, que vai ser bom’. Não vai ser, não está sendo. A gente vê isso sistematicamente. Não tem nada de bom quando você deixa só o mercado agir.”

No caso do leite, a questão é ainda mais “grave”, segundo ela. Isso porque se trata de um alimento praticamente “insubstituível”, em função das suas especificações nutricionais, sobretudo como fonte de cálcio. Os que mais sofrem, segundo ela, são crianças carentes em fase de crescimento. E idosos, também pobres, que necessitam do leite para fortalecer os ossos.

“Já se deu de barato que a população não vai comer carne de primeira. Mas come carne de segunda, come frango. Você até consegue pensar em substitutos. No caso do feijão, se não tem o carioquinha, vai o preto. No caso do leite, não tem. O que vai botar no lugar?”, comentou.

“TÁ TUDO CARO”

Os internautas também protestaram hoje contra a carestia. O termo “TÁ TUDO CARO” registrou mais de 13 mil postagens no Twitter ao longo do dia. E o leite apareceu como um dos principais protagonistas das queixas. Confira as principais publicações:

https://twitter.com/abocadelobo/status/1543957397412225025?s=20&t=fFuG3IO4dmRCWQVYN_HlfA

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Política

O que vai diluir os efeitos eleitorais da PEC da compra de votos de Bolsonaro é a situação caótica da economia em outubro

Da última sexta-feira pra cá, as frutas, verduras, legumes, carnes e cereais deram um salto.

O sistema financeiro, que manda e desmanda no governo Bolsonaro, provocou um verdadeiro banzé na economia brasileira que estará de cabeça pra baixo, assim como Bolsonaro.

O aumento do Auxílio Brasil que dará a Bolsonaro gás na hora do vamos ver. Esse benefício de R$ 200 a mais, dado pela mão interesseira de Bolsonaro, será retirado em dobro por duas mãos grandes do sistema financeiro, as dos banqueiros e as dos rentistas. Rentistas em que muitos são parte do grande empresariado brasileiro, que hoje tem mais interesse em lucrar com ações do que com produção ou venda.

Isso significa que o dinheiro da última sexta-feira valia 20% mais do que hoje e, certamente, em uma semana valerá o mesmo percentual a menos.

Na verdade, quando esse dinheiro chegar nas mãos dos pobres, chegará manco, sem qualquer poder de compra, além do que se pode comprar hoje com os atuais R$ 400.

Só mesmo um grande otimista pode sonhar que uma economia em acelerada corrosão não vai afetar violentamente o valor desse benefício.

O máximo que Bolsonaro vai conseguir, talvez seja estacionar o seu índice de rejeição nessa parcela da sociedade. Até porque, para piorar, essas pessoas estão sendo avisadas que, depois das eleições, a carruagem vai voltar a ser abóbora.

A conferir.

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Política

As semelhanças entre o pastor do MEC e o presidente da Caixa

Milton Ribeiro e Pedro Guimarães têm mais em comum do que a folha de serviços prestados ao bolsonarismo. Até caírem em desgraça, os dois cultivavam a imagem de “cidadãos de bem”, defensores da moral e dos bons costumes.

O ex-ministro da Educação desembarcou em Brasília com credenciais de pastor. Vendia-se como homem de fé, temente a Deus e à bancada evangélica. Com sua fala mansa, quase pastosa, gostava de discursar em defesa da família. Desde que ela não contrariasse os padrões impostos pela igreja.

O ex-presidente da Caixa encarnava outro tipo de “cidadão de bem”: o rico que dá lições de patriotismo e meritocracia. O executivo também se apresentava como guardião das mulheres. Numa reunião ministerial, disse estar disposto a pegar em armas para defendê-las — mas só as da própria família, é claro.

O “cidadão de bem” não cultiva a modéstia. Mira o espelho e enxerga um virtuoso. Pensa ter tantas virtudes que se julga acima da lei. Em entrevista, Ribeiro ligou a homossexualidade a “famílias desajustadas”. A declaração lhe rendeu uma denúncia por crime de homofobia.

Cinco meses depois, o pastor seria preso sob suspeita de comandar um balcão de negócios no MEC. De acordo com as investigações, o esquema cobrava pedágio para repassar verbas aos municípios. Um prefeito relatou ter recebido pedido de propina em barras de ouro.

Na quarta-feira, foi a vez de Guimarães ser despejado da Caixa. Em depoimentos ao Ministério Público Federal, funcionárias o acusaram de cometer abusos em série. Relataram toques indesejados, abordagens impróprias, convites indecentes.

O “cidadão de bem” se embrulha na bandeira, brada contra o comunismo e estufa o peito para se dizer conservador. Na verdade, só quer conservar o direito de ser machista, racista e homofóbico. Ele sabe que os tempos mudaram, mas não teme ser punido. No Brasil de 2022, o mau exemplo vem de cima.

Bibliofobia presidencial

Que Jair Bolsonaro detesta livros, não é segredo nem para as traças do Alvorada. Mas a bibliofobia presidencial tem ganhado contornos inéditos com a proximidade da eleição.

Na sexta-feira, a Biblioteca Nacional concedeu a Ordem do Mérito do Livro a Daniel Silveira. O deputado não deve ler nem a bula dos anabolizantes que consome.

Um dia antes, o capitão manifestou horror com a possibilidade da vitória de Lula: “Vai recolher as armas, clube de tiro vai virar biblioteca…”

Diplomacia do Cavalão

Às vésperas do bicentenário da Independência, Bolsonaro fez uma grosseria com o presidente de Portugal: cancelou, pela imprensa, um almoço marcado para segunda-feira.

O capitão retirou o convite ao descobrir que Marcelo Rebelo de Sousa também se encontraria com Lula. O português nem tentou simular incômodo: “É possível o almoço, tudo bem. Não é possível, ninguém morre”.

Avesso à diplomacia, Bolsonaro já acumulava episódios de incivilidade com líderes eleitos de França, Alemanha, Noruega, Estados Unidos, Argentina, Chile e Bolívia. Agora acrescenta à lista mais um chefe de estado europeu.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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Política

Lula a banqueiros: ‘para que acumular tanto dinheiro, imbecil?’

O ex-presidente Lula fez a crítica mais contundente da pré-campanha presidencial ao setor financeiro. Em entrevista à Rádio Metrópole (Bahia) nesta sexta-feira, 1, Lula se referiu a banqueiros usando o termo “imbecil” e defendeu a distribuição de riqueza, informa o 247.

“Essas pessoas não podem ser ignorantes de querer só acumular riqueza. Ah… o fulano de tal é o mais rico do mundo, tem 50 milhões de dólares, outro tem 70 milhões. Pra quê? Você vai gastar no quê? Pra que você quer acumular tanto dinheiro, imbecil? (…) Distribua um pouco do seu salário. Distribua com alguns benefícios”, defendeu, após afirmar que, durante seus governos, promoveu a inclusão de milhões de pessoas no sistema financeiro através da elevação do poder de compra.

Os rentistas e oligarcas brasileiros se opõem ao programa de governo do petista. Essa classe não busca o desenvolvimento do país e se acostumou ao capitalismo entreguista e parasitário, decorrente das políticas neoliberais pós-golpe de 2016.

“Na cabeça dessa gente não existe pobreza, não existe fome, não existe gente dormindo na rua, gente dormindo na sarjeta, não tem criança morrendo de desnutrição. Essa gente só fala em teto de gastos, em política fiscal”, criticou o petista, cobrando dos representantes do setor discussões sobre políticas sociais.

“Parece que eles vivem em uma redoma de vidro em que o mundo gira em torno deles e dos interesses deles”, disse, ao final da entrevista ao programa Jornal da Bahia.

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