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Polícia Federal diz que Bolsonaro agiu de modo consciente ao cometer crime

Em relatório ao STF, delegada afirma que presidente teve “atuação direta” na divulgação de informações sigilosas a respeito do inquérito de ataque hacker ao TSE. Chefe do Executivo desobedece Corte e não comparece a depoimento sobre o caso.

A Polícia Federal afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Jair Bolsonaro teve “atuação direta, voluntária e consciente” na divulgação de informações sigilosas a respeito da investigação sobre a invasão ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018. No documento enviado à Corte, a delegada responsável pela apuração, Denisse Dias Rosas Ribeiro, apontou a prática de crime de violação de sigilo funcional. O chefe do Executivo foi intimado a depor no caso, mas desobedeceu determinação do STF e não compareceu à oitiva marcada para ontem na sede da corporação em Brasília, segundo o Correio Braziliense.

O relatório da PF foi enviado ao Supremo em novembro e tornado público, ontem, após o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, decidir pela retirada do sigilo do inquérito. No documento, Denisse Ribeiro sustentou que não indiciou Bolsonaro nem o deputado Filipe Barros (PSL-PR) — que participou da transmissão em rede social em que foram divulgados os detalhes sigilosos da investigação (leia Entenda o caso) — por se tratarem de autoridades com foro privilegiado.

“Deixo, entretanto, de promover o indiciamento de ambos em respeito ao posicionamento de parte dos excelentíssimos ministros do Supremo Tribunal Federal, que preconiza que pessoas com foro por prerrogativa de função na egrégia Corte só podem ser indiciadas mediante prévia autorização”, enfatizou a delegada no relatório.

É a primeira vez que a PF acusa Bolsonaro. Denisse Ribeiro o enquadrou nos artigos 325 e 327, do Código Penal, que versam sobre utilizar o cargo que ocupa para revelar fatos em sigilo ou ter acesso a documentos restritos. O dispositivo ainda prevê multa e pena de seis meses a dois anos, podendo ser aumentada em virtude do cargo que ocupa. A delegada frisou haver materialidade do crime, “configurada por meio da realização da própria live e dos links de disponibilização do material”.

Ainda no documento, a delegada apontou que o depoimento de Bolsonaro é “medida necessária para prosseguir no processo” e informou que há indícios de crime, também, na conduta do tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid — ajudante de ordens do presidente e um dos participantes da live.

Denisse Ribeiro destacou os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral do país e apontou “similaridade no modo de agir” do presidente. De acordo com ela, o crime em apuração provocou “dano à credibilidade do sistema eleitoral brasileiro, com prejuízo à imagem do Tribunal Superior Eleitoral e à administração pública”.

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O dia que Moro foi avisado que seria massacrado por Lula, mas o ego já tinha deixado o jacu cego

A reação de Lula e da sociedade no dia da condução coercitiva, deixou a força tarefa de cabelo em pé. Estavam numa coletiva aquelas figuras teatrais da Força Tarefa, ao vivo na Globo, exibindo Lula como se fosse um animal selvagem em que todos queriam fazer pose de caçador ao lado de sua caça abatida e sangrando.

Em determinado momento, um deles mostra para o outro que o jogo não tinha acabado, mas apenas começado. O celular ligado nas notícias heroicas dos bravos lavajatistas mudou de vento e rumo.

A reação da sociedade revoltada com a tentativa de humilhação de Lula, foi o primeiro aviso que Sergio Moro não escutou.

Em seguida, Lula dá uma entrevista coletiva que inverte as manchetes na hora e ganha uma dimensão muito maior do que sua condução coercitiva. Moro, que já sonhava em ser presidente, fingiu que não viu.

Hoje, Moro é a figura do cara que tomou uma surra, dentro e fora de campo. É um fiasco eleitoral e um corrupto totalmente desmoralizado. O que ele não pode reclamar é de falta de aviso de que ele cairia em desgraça com sua ambição desmedida, ambição que não permitiu que ele enxergasse o seu real tamanho e muito menos o de Lula, dentro e fora do país. Deu no que deu.

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Wadih Damous vai ao ponto: Moro não foi empregado da Alvarez & Marsal, ele foi sócio diretor

Isso muda completamente o rumo da narrativa farsesca de Moro que já escandaliza pelo valor declarado de 3,6 milhões recebidos da A&M.

Damous foi preciso quando disse que as empresas quebradas por Sergio Moro contrataram a Alvarez & Marsal para promover a reestruturação financeira e não mera recuperação judicial.

E Damous vai mais longe quando alerta que o TCU fará uma festa, pois, como alerta, são milhões de reais. Moro abocanhou muito mais do que revelou.

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Negativa de Moraes ao pedido de Bolsonaro decreta crise entre os poderes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que o Plenário da Corte decida sobre a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro depor em outro momento no âmbito do inquérito que investiga vazamento de dados sigilosos sobre ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O presidente da República não cumpriu determinação de Alexandre de Moraes e faltou ao depoimento à Polícia Federal, que deveria ocorrer presencialmente às 14h desta sexta-feira (28/1). Onze minutos antes do horário marcado, a AGU protocolou um pedido na Corte pedindo que o recurso fosse submetido ao Plenário, “a fim de que seja reformada a decisão agravada”. O agravo regimental só chegou ao gabinete de Moraes às 14h08, depois do estipulado para começar o depoimento.

Com a decisão de Moraes, resta um impasse: Bolsonaro não foi, o ministro do STF insiste em que ele vá. Ainda não se sabe o que Moraes decidirá, mas há uma crise posta, pois o presidente, na prática, descumpriu uma determinação judicial. A AGU alega que ele tinha esse direito, mas não se sabe como isso agora será definido, já que a questão não irá ao Plenário a Corte — ao menos, em um primeiro momento.

A AGU alegou que “ao agente político é garantida a escolha constitucional e convencional de não comparecimento em depoimento em seara investigativa”.

O ministro, na decisão, no entanto, negou o pedido de análise em plenário e não voltou atrás em seu posicionamento sobre o presidente depor presencialmente na PF.

“A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou a petição nº 3671/2022, nesta data, às 13h:49 – 11 minutos antes do horário agendado para o interrogatório – e recebida no gabinete às 14h:08, sabendo tratar-se de recurso manifestadamente intempestivo por preclusão temporal e lógica”, disse na decisão.

*Com informações do Metrópoles

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Moraes acaba de negar pedido de Bolsonaro faltar ao depoimento

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com um recurso no STF pedindo para Bolsonaro não comparecer.

Por volta de 14h, hora marcada para o depoimento, quem apareceu na Polícia Federal foi o advogado-geral da União, Bruno Bianco. Nesse horário, Bolsonaro continuava no Palácio do Planalto.

O ministro do STF não analisou argumentos da AGU para a falta do presidente a depoimento. Apenas considerou atitude descabida, informa o Metrópoles.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes se recusou a aceitar o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para autorizar a falta do presidente Jair Bolsonaro a depoimento na Polícia Federal, nesta sexta-feira (28/1), e marcar nova oitiva. O chefe do Executivo deveria prestar esclarecimentos no âmbito do inquérito que investiga pronunciamento tratando de ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e não foi.

Moraes, contudo, ainda não decidiu o que acontecerá agora com a recusa do presidente.

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Moro é uma unanimidade como fracasso eleitoral

Pouca coisa nesse país é tão ruim que possa virar unanimidade negativa, mas Moro conseguiu essa faceta.

Moro está saindo mais caro para a Globo do que o dólar para o Brasil. Na própria GloboNews, comentaristas de política dizem que “no balcão da chamada terceira via há quem diga que Moro é uma espécie de rolha: enquanto não sair, nada vai mexer”.

Ou seja, não satisfeita em, junto com a opinião pública, jogar Moro no limbo, a Globo agora o culpa pelo fracasso do convescote de direita chamado terceira via.

Nesse caso, a Globo terá que assumir uma parcela do fracasso, senão o todo do bate entope, não tem saída, pois tanto a terceira via quanto o próprio Moro era uma tentativa tosca de reorganizar os interesses da burguesia nacional.

Moro, ao contrário do que ele imaginou, é apontado como uma das figuras mais nefastas que organizaram o golpe parlamentar contra Dilma. Aquele seu vazamento criminoso para a Globo de um grampo da conversa da então presidenta Dilma com o ex-presidente Lula, igualmente criminoso, está tatuado na testa do conje, conje este que cada vez que abre a boca com o inacreditável vocabulário de erros gramaticais, suscita a pergunta, como esse sujeito conseguiu passar na prova para juiz?

Moro se mostra, mais do que inculto, um sujeito sem qualquer preparo intelectual, pior, mente sem nenhuma rede de suporte, como ocorreu no programa do Bial, quando disse que gostava de ler biografias, mas não conseguiu dizer uma única que tenha lindo, fato que Pedro Bial, que estendeu tapete vermelho, canhões e microfones para a celebridade, ficou desconcertado e lhe cobrar tal incoerência.

O fato é que, assim como ocorreu  em uma de suas inacreditáveis declarações como candidato a candidato em que diz que comandou a Lava Jato recebendo uma histórica espinafrada de Reinaldo Azevedo, lembrando a ele que juiz não tem que comandar operação e sim ouvir as partes, de acusação e defesa, com os ouvidos de isenção, e sentenciou, “Moro confessa que foi extremamente parcial”.

Para piorar, sua equipe lhe oferece como frase de efeito o que existe de pior no lugar comum, sem dizer que, além de tudo, falta um mínimo de carisma em um sujeito que foi vendido pela Globo como a última vaca sagrada desse país.

Resultado da fatura, Moro saiu caro para a direita, fortalecendo a ideia de que as três últimas apostas dos golpistas, Temer, Bolsonaro e Moro, somados a João Dória, produzem, em bloco ou a granel, a maior rejeição política da história registrada por todos os institutos de pesquisa.

Tudo indica que em questão de dias, quiçá de horas, Moro jogará a toalha e pulará fora dessa vexatória tentativa de se candidatar à presidência da República.

Até o presidente do Ipespe, Antonio Lavareda, diz que desempenho de Moro é decepcionante, já o de Lula, surpreendente.

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Se não comparecer na PF para depor, Bolsonaro cometerá crime de responsabilidade

O presidente terá que chegar pontualmente às 14h no prédio da PF nesta sexta

Fontes do STF ouvidas pelo Radar dizem que Jair Bolsonaro pode ser enquadrado por crime de responsabilidade, caso descumpra a decisão de Alexandre de Moraes para que vá até a Superintendência da Polícia Federal de Brasília prestar depoimento nesta sexta-feira. A delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro já foi comunicada oficialmente pelo STF sobre a oitiva do presidente, informa o Radar Veja.

O presidente terá que chegar pontualmente às 14h no prédio que já recebeu inúmeros investigados por casos de corrupção na política brasileira. “Em uma República, o investigado – qualquer que seja ele – está normalmente sujeito ao alcance dos poderes compulsórios do Estado necessários para assegurar a confiabilidade da evidência, podendo, se preciso, submeter-se à busca de sua pessoa ou propriedade, dar suas impressões digitais quando autorizado em lei e ser intimado para interrogatório”, diz Moraes na decisão.

Está na Constituição:

“Art. 4º São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra:

I – A existência da União:

II – O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados;

Fontes do STF ouvidas pelo Radar dizem que Jair Bolsonaro pode ser enquadrado por crime de responsabilidade, caso descumpra a decisão de Alexandre de Moraes para que vá até a Superintendência da Polícia Federal de Brasília prestar depoimento nesta sexta-feira. A delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro já foi comunicada oficialmente pelo STF sobre a oitiva do presidente.

O presidente terá que chegar pontualmente às 14h no prédio que já recebeu inúmeros investigados por casos de corrupção na política brasileira. “Em uma República, o investigado – qualquer que seja ele – está normalmente sujeito ao alcance dos poderes compulsórios do Estado necessários para assegurar a confiabilidade da evidência, podendo, se preciso, submeter-se à busca de sua pessoa ou propriedade, dar suas impressões digitais quando autorizado em lei e ser intimado para interrogatório”, diz Moraes na decisão.

Está na Constituição:

“Art. 4º São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra:

I – A existência da União:

II – O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados;

III – O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais:

IV – A segurança interna do país:

V – A probidade na administração;

VI – A lei orçamentária;

VII – A guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos;

VIII – O cumprimento das decisões judiciárias (Constituição, artigo 89).”

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Moraes manda Bolsonaro prestar depoimento pessoalmente na PF na sexta-feira

Ministro escreveu que AGU deixou de indicar o dia, horário e local para o interrogatório do presidente.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o presidente Jair Bolsonaro compareça pessoalmente à Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal na sexta-feira, às 14h, para prestar depoimento sobre suspeita de vazamento de documentos sigilosos de uma investigação da PF, informa O Globo.

A decisão do ministro foi em resposta a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que Bolsonaro não comparecesse ao depoimento, cujo prazo venceria nesta sexta-feira, dia 28. O presidente teria a prerrogativa de escolher data, horário e local para o interrogatório, mas a AGU apenas apresentou, na véspera do fim do prazo, um pedido de dispensa. Por isso, Moraes negou o pedido e determinou o comparecimento pessoal à PF para o depoimento.

“Em momento algum, a imprescindibilidade do absoluto respeito ao direito ao silêncio e ao privilégio da não autoincriminação constitui obstáculo intransponível à obrigatoriedade de participação dos investigados nos legítimos atos de persecução penal estatal ou mesmo uma autorização para que possam ditar a realização de atos procedimentais ou o encerramento da investigação, sem o respeito ao devido processo legal”, escreveu Moraes.

Prosseguiu o ministro: “Em uma República, o investigado – qualquer que seja ele – está normalmente sujeito ao alcance dos poderes compulsórios do Estado necessários para assegurar a confiabilidade da evidência, podendo, se preciso, submeter-se à busca de sua pessoa ou propriedade, dar suas impressões digitais quando autorizado em lei e ser intimado para interrogatório”.

Segundo Moraes, embora a lei preveja que caberá ao investigado escolher o “direito de falar no momento adequado” ou o “direito ao silêncio parcial ou total”, “não é o investigado que decidirá prévia e genericamente pela possibilidade ou não da realização de atos procedimentais ou processuais durante a investigação criminal ou a instrução processual penal”.

Esse inquérito foi aberto para apurar a suspeita de vazamento de documentos sigilosos de uma investigação da PF a respeito de ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O inquérito foi aberto pelo Supremo e tramita sob relatoria de Moraes.

Bolsonaro divulgou os documentos em sua rede social e também durante uma transmissão ao vivo em julho na qual divulgou informações falsas a respeito da confiabilidade das urnas eletrônicas. O presidente, então, mostrou documentos de uma investigação da PF sobre ataque ao TSE, mas que não tinha nenhuma relação com as urnas eletrônicas. O deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR), que participou da live, também é investigado.

A divulgação de documentos sigilosos constitui crime, por isso o STF abriu inquérito para apurar a conduta do presidente. O depoimento de Bolsonaro é uma das últimas diligências pendentes para a PF concluir a investigação.

Na sua petição, a AGU também pediu o arquivamento do inquérito e citou trechos do depoimento do delegado Victor Campos, que era responsável pela investigação sobre o ataque hacker ao TSE. O delegado afirmou que essa investigação não estava sob segredo de Justiça e que, por isso, forneceu cópia dela para o deputado Filipe Barros após uma solicitação do parlamentar à Superintendência.

Em novembro, Bolsonaro prestou depoimento em um outro inquérito, sobre suspeita de interferência indevida na Polícia Federal. Neste caso, ele foi ouvido no próprio Palácio do Planalto pela equipe da corporação. Inicialmente, Bolsonaro também tentou ser dispensado do depoimento, mas mudou de posicionamento e concordou em ser ouvido pela PF.

Em dezembro, a Polícia Federal chegou a intimar Bolsonaro a prestar depoimento. Por ser presidente da República, ele tem a prerrogativa de escolher data, horário e local para o seu depoimento. Por isso, o agendamento dependia de uma resposta do Palácio do Planalto à polícia.

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Há uma onda neonazista no Brasil? É o que dizem os números e especialistas no tema

Na esteira da ascensão de Bolsonaro, dados mostram aumento de grupos com ideais inspirados no nazismo.

A ascensão da extrema direita e a vitória do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 estão diretamente ligadas aos dados que apontam o avanço do neonazismo no Brasil. É o que apontam números e especialistas consultados pelo Brasil de Fato.

O aumento de grupos extremistas, o crescimento de crimes de apologia ao nazismo e a intensa disseminação de conteúdos com teor neonazista na internet foi identificada em pesquisas publicadas nos últimos meses.

O interesse da academia e de veículos de imprensa sobre o tema reflete uma preocupação cada vez maior expressa por pesquisadores, organizações e movimentos ligados à questão judaica e organizações populares.

“É uma coisa que nosso campo acompanha e que, de alguma maneira, ocorre de forma cada vez mais aberta e pública. É um crescimento absolutamente considerável e perigoso”, afirma Douglas Belchior, da Coalizão Negra por Direitos.

O nazismo prega a destruição de todos os povos e indivíduos que possam contaminar a presumida pureza da raça ariana. Essa ideologia foi posta em prática por Adolf Hitler nas décadas de 1930 e 1940, como política de Estado, na Alemanha e nos países invadidos pelo ditador.

De 1941 a 1945, seis milhões de judeus foram executados nos campos de extermínio nazistas. O genocídio do povo judeu ficou conhecido como Holocausto e é reconhecido como um dos episódios mais traumáticos da história da humanidade. Entre as vítimas dos nazistas, estiveram judeus, negros, gays, pessoas com deficiência física ou mental, ciganos, comunistas e testemunhas de Jeová.

O que dizem os números?

O Brasil de Fato reuniu três estatísticas importantes divulgadas nos últimos meses que se relacionam à existência de uma “onda neonazista” no país. Entenda o que cada um deles aponta:

1) Mapeamento identifica 530 núcleos neonazistas

Nos últimos meses, diversos trabalhos quantificaram a ocorrência de manifestações neonazistas. Uma das pesquisas de maior destaque é da antropóloga Adriana Dias, que investiga o tema desde 2002.

Em levantamento divulgado pelo Fantástico em janeiro deste ano, ela mostrou que existem pelo menos 530 núcleos extremistas de teor neonazista no Brasil, um universo que pode chegar a 10 mil pessoas.

O número representa um crescimento de 270,6% de janeiro de 2019 a maio de 2021. Dias apontou ainda que os núcleos nazistas se concentravam na região Sul do Brasil, mas se espalharam para as cinco regiões do país.

2) Crimes de apologia crescem, segundo levantamento

Um levantamento do jornal O Globo publicado em maio do ano passado mostrou que as denúncias apuradas pela Polícia Federal para crimes de apologia ao nazismo também explodiram. Até pouco tempo atrás, eram raros os inquéritos, entre 4 e 20 a cada ano.

A virada se deu em 2019, quando foram abertas 69 investigações de apologia do nazismo. A situação piorou em 2020, quando os policiais federais investigaram 110 casos — um novo inquérito a cada três dias, em média.

Levando em conta as 36 ocorrências investigadas pela PF nos cinco primeiros meses de 2021, é possível esperar que o ano passado tenha mantido a tendência de alta dos dois anteriores.

3) Brasil é sétimo lugar em ranking sobre nazismo na internet

A SaferNet Brasil, organização não-governamental que atua mapeando denúncias anônimas de crimes e violações contra os direitos humanos na internet, localizou 2.516 páginas (hospedadas em 666 domínios) no Brasil em 2020. O país está na sétima colocação global do ranking publicado pela ONG.

‘Sinal de alerta’, aponta autora de livro

Na visão da advogada Milena Gordon Baker, autora do livro Criminalização da Negação do Holocausto no Direito Penal Brasileiro, todos esses indicativos de aumento das ideias nazistas no Brasil deveriam acender um sinal de alerta:

“Os estudos do genocídio mostram que existe uma pirâmide do ódio. Tudo começa de maneira sutil e vai piorando pouco a pouco. Primeiro, na base da pirâmide, constrói-se uma imagem estereotipada de determinado grupo oprimido. Depois começam o preconceito generalizado, a discriminação, o discurso de ódio.”

“Em seguida, vem a supressão de direitos. Mais tarde, surgem os ataques físicos. Por fim, já no topo da pirâmide, assentado sobre todos os estágios anteriores, vem o genocídio. Normalmente passa-se de uma etapa para a outra sem que se perceba. É por isso que não podemos baixar a guarda”, afirma Baker.

Período coincide com ascensão de Bolsonaro

O período do crescimento das ocorrências nos estudos coincide com o período da gestão Bolsonaro no governo federal. O diretor-acadêmico do Instituto Brasil-Israel, Michel Gherman, é contundente ao afirmar, em seu canal no Youtube, que “Bolsonaro é nazista”.

Segundo ele, a falsa tese adotada por bolsonaristas de que o nazismo seria ideologicamente de esquerda mascaram o teor nazista do presidente.

“A perspectiva de o nazismo ser de esquerda é uma das referências importantes do negacionismo histórico, que coloca o nazismo a partir de lentes exclusivamente ideológicas, e não historiográficas”, sustenta.

“Bolsonaro se afirma como um amigo dos judeus. Isso tem duas dimensões. A primeira dimensão é que isso, mais uma vez, tal qual o nazismo ser de esquerda, afasta possíveis afirmações de que ele é nazista. Afinal de contas, como é que o nazista pode ser amigo dos judeus? Como é que o nazista pode ter bandeira de Israel? Como é que o nazista pode dizer que se aproxima do estado de Israel?”, questiona Gherman.

Nesse sentido, o acadêmico defende que bandeiras de Israel e símbolos sionistas são usados como cortina de fumaça para esconder a ideologia nazista do presidente: “[Servem] Para passar o pano no nazismo, para limpar a sua imagem”.

Bolsonarismo e nazismo: via de mão dupla

Na visão de Odilon Caldeira Neto, professor de História Contemporânea da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a associação entre o nazismo e a figura do presidente pode ser estabelecida, mas é complexa.

O pesquisador, que é um dos coordenadores do Observatório da Extrema Direita no Brasil, aponta que é preciso entender o que diferencia o “bolsonarismo” do próprio Bolsonaro.

“É bom sempre separar o governo Bolsonaro, essa instância mais institucional de representação, um governo como tal, do que é o bolsonarismo (…). O bolsonarismo é um fenômeno que transcende ao governo em si. Ele não é tutelado pelo governo”, diz.

Caldeira Neto afirma, contudo, que o governo federal, em diversas oportunidades, sinalizou aos apoiadores mais radicalizados, ligados inclusive ao pensamento neonazista: “A presença de símbolos fascistas ou nazistas não é apenas fruto exclusivamente da associação de indivíduos e militantes neonazistas ao bolsonarismo. Muitas vezes, esse é um esforço do próprio governo”.

“A utilização de slogans, de figuras de linguagem, de simbologias nazistas ou fascistas, é também parte do esforço de se compreender como parte de uma história de uma trajetória da extrema direita brasileira e internacional”, defende.

No ano passado, o Brasil de Fato mostrou cinco momentos em que membros do governo e bolsonaristas adotaram símbolos do movimento fundado por Adolf Hitler, responsável pelo assassinato de seis milhões de judeus.

“É uma via de mão dupla: de um lado, são os movimentos e lideranças do neonazismo tentando imprimir a sua faceta no bolsonarismo e no governo Bolsonaro; de outro lado, é o governo buscando radicalizar as suas bases por meio da chave, dos lemas e das imagens do imaginário fascista e nazista na atualidade”, explica Caldeira Neto.

Encontro com representantes da direita neonazista alemã

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