Então, quer dizer que Eduardo Bolsonaro, barrado na posse de Trump, fez ele baixar a tarifa para o Brasil? Que prestigio esse penetra barrado tem na Casa Branca!
Quem anunciou isso foi aquele deputado que matou duas pessoas atropeladas porque estava bêbado ao volante, chamado Gustavo Gayer.
Certamente, Gayer estava de porre quand, aos gritos, soltou essa pérola na Câmara de Deputados
Bolsonaro também anunciou que acabou com a guerra entre Rússia e Ucrânia quando esteve lá em 2022, provocando gargalhadas e chacotas no Brasil.
Presidente da Câmara deu um nó na bancada de celerados da extrema direita que quer tirar os criminosos do 8 de Janeiro da cadeia. Pauta volta a perder força e tem muita gente furiosa.
Os últimos dias foram de intensa gritaria por parte dos bolsonaristas no Congresso Nacional. Os escândalos e chiliques, com ameaças de obstruir completamente a pauta da Câmara, por exemplo, fizeram com que o Projeto de Lei da anistia para os criminosos golpistas do 8 de Janeiro de 2023 ganhasse força, mesmo contra a vontade do presidente da Casa, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que por acordos com o governo não quer permitir que tal iniciativa vergonhosa siga em frente.
Após uma duríssima queda de braço, Motta finalmente passou a perna na bancada de celerados da extrema direita e impediu que a tal anistia fosse levada a votação em caráter de urgência, mesmo com o crescente (e aparente) fortalecimento da pauta na Câmara recentemente. Deputados bolsonaristas ficaram furiosos.
O ruidoso grupo de parlamentares que segue fielmente Bolsonaro apresentou publicamente uma lista com 156 assinaturas de deputados favoráveis à anistia aos golpistas, sendo que 92 delas eram de nomes filiados ao PL. Na prática, apenas 64 nomes vieram de fora do partido controlado pelo ex-presidente. Para pautar a anistia diretamente em plenário, em regime de urgência, seriam necessárias 257, ou seja, um longo caminho a se percorrer cujo objetivo seria angariar mais 101 assinaturas.
Os bolsonaristas, então, fizeram o óbvio: partiram para cima das lideranças partidárias das legendas do Centrão, que habitualmente servem como satélites da extrema direita, caso do PP, Republicanos, Patriota, PSD e congêneres. No caso de a liderança aderir à lista, basta sua assinatura para que as assinaturas de todos os deputados do partido se incluam automaticamente. É claro que dessa forma seria muito mais fácil e simples para atingir os 256 ok’s necessários para pautar o tema.
Em evento para apresentar balanço dos primeiros dois anos de mandato, Lula cutucou Bolsonaro e respondeu Trump.
“O Brasil é um país que não tolera ameaça a democracia, que não abre mão da sua soberania e não bate continência para nenhuma outra bandeira que não seja a bandeira verde e amarela. Que fala de igual para igual e respeita todos os países, dos mais pobres aos mais ricos, mas que exige reciprocidade no tratamento, defendemos o multilateralismo e o livre comércio e responderemos a qualquer tentativa de impor o protecionismo que não cabe hoje no mundo”, defendeu o Lula durante evento para apresentar as realizações dos primeiros anos de governo.
“Brasil não bate continência” é indireta a Bolsonaro A fala de Lula também foi considerada uma alfinetada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que prestou continência a bandeira dos Estados Unidos durante um evento em 2019.
“Diante da decisão dos Estados Unidos de impor uma sobretaxa nos produtos brasileiros, tomaremos todas as medidas cabíveis para defender as nossas empresas e nossos trabalhadores brasileiros. Tendo como referência a lei da reciprocidade econômica aprovada ontem pelo Congresso Nacional, e a diretrizes da Organização Mundial do Comércio,” disse Lula.
Reação do governo brasileiro Impulsionado pela guerra tarifária, o Senado Federal aprovou nesta semana, um projeto de lei em regime de urgência que cria mecanismos para o governo brasileiro retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais aos produtos do Brasil.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE), Itamaraty, publicou uma nota oficial que repudia e apresenta dados sobre qual o cenário da parceria comercial entra o Brasil e os EUA nos últimos anos. TVTNews.
Veja a nota completa do Itamaraty “O governo brasileiro lamenta a decisão tomada pelo governo norte-americano no dia de hoje, 2 de abril, de impor tarifas adicionais no valor de 10% a todas as exportações brasileiras para aquele país. A nova medida, como as demais tarifas já impostas aos setores de aço, alumínio e automóveis, viola os compromissos dos EUA perante a Organização Mundial do Comércio e impactará todas as exportações brasileiras de bens para os EUA.
Segundo dados do governo norte-americano, o superávit comercial dos EUA com o Brasil em 2024 foi da ordem de US$ 7 bilhões, somente em bens. Somados bens e serviços, o superávit chegou a US$ 28,6 bilhões no ano passado. Trata-se do terceiro maior superávit comercial daquele país em todo o mundo.
Uma vez que os EUA registram recorrentes e expressivos superávits comerciais em bens e serviços com o Brasil ao longo dos últimos 15 anos, totalizando US$ 410 bilhões, a imposição unilateral de tarifa linear adicional de 10% ao Brasil com a alegação da necessidade de se restabelecer o equilíbrio e a “reciprocidade comercial” não reflete a realidade.
Em defesa dos trabalhadores e das empresas brasileiros, à luz do impacto efetivo das medidas sobre as exportações brasileiras e em linha com seu tradicional apoio ao sistema multilateral de comércio, o governo do Brasil buscará, em consulta com o setor privado, defender os interesses dos produtores nacionais junto ao governo dos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo em que se mantém aberto ao aprofundamento do diálogo estabelecido ao longo das últimas semanas com o governo norte-americano para reverter as medidas anunciadas e contrarrestar seus efeitos nocivos o quanto antes, o governo brasileiro avalia todas as possibilidades de ação para assegurar a reciprocidade no comércio bilateral, inclusive recurso à Organização Mundial do Comércio, em defesa dos legítimos interesses nacionais.
Nesse sentido, o governo brasileiro destaca a aprovação pelo Senado Federal do Projeto de Lei da Reciprocidade Econômica, já em apreciação pela Câmara dos Deputados.”
Presidente critica sobretaxas e cita nova lei aprovada pelo Congresso que agiliza retaliação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira (3), a decisão de Donald Trump de impor tarifas sobre produtos brasileiros. Em evento para avaliar os primeiros anos de seu governo, (foto) Lula garantiu que o Brasil responderá à medida com ações concretas. “Responderemos a qualquer iniciativa de impor protecionismo, que não cabe mais ao mundo”, afirmou.
Na quarta-feira (2), Trump anunciou que todas as importações do Brasil sofrerão uma taxa de 10%, como parte de seu decreto de tarifas recíprocas contra países que cobram impostos sobre produtos norte-americanos. Em resposta, o Congresso Nacional aprovou um marco legal que permite ao Brasil retaliar medidas comerciais que considerar injustas, rompendo com a atual regra da Organização Mundial do Comércio (OMC), que proíbe tratamentos diferenciados entre países.
Durante o evento, Lula reforçou a postura soberana do país: “Somos um país que não tolera ameaça à democracia, que não abre mão de sua soberania, que não bate continência para nenhuma outra bandeira que não seja a bandeira verde e amarela, que fala de igual para igual e que respeita todos os países — dos mais pobres aos mais ricos —, mas que exige reciprocidade no tratamento”.
Lula diz que lei aprovada pelo Congresso será referência
O governo brasileiro, segundo o presidente, usará os instrumentos legais aprovados para proteger empresas e trabalhadores nacionais. “Diante da decisão dos EUA de impor uma sobretaxa aos produtos brasileiros, tomaremos todas as medidas cabíveis para proteger as nossas empresas e nossos trabalhadores brasileiros, tendo como referência a lei de reciprocidade econômica aprovada ontem no Congresso Nacional e as diretrizes da OMC”, declarou Lula.
O evento, chamado de “Brasil dando a volta por cima”, foi estruturado de forma diferente das tradicionais cerimônias do governo. Lula e a primeira-dama Janja assistiram à abertura da plateia antes de o presidente subir ao palco para discursar.
Evento é parte da estratégia para tentar reverter queda de popularidade
Apesar da resposta firme ao protecionismo norte-americano, Lula enfrenta queda na popularidade. Pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira (2) revelou que a desaprovação ao seu governo subiu para 56%, o pior índice desde o início do mandato. Para tentar reverter esse cenário, a equipe de comunicação do governo tem apostado em estratégias de redes sociais e entrevistas, além da retomada de programas sociais e do crescimento econômico.
Aliados do presidente lamentam que avanços como o aumento real do salário mínimo e o crescimento do PIB não estejam impactando positivamente a avaliação do governo. Entre os fatores que pesam contra Lula, especialistas apontam o aumento no preço dos alimentos e a insegurança pública. Desde o ano passado, o presidente promete enviar ao Congresso uma PEC para ampliar a participação da União na segurança pública, mas a proposta ainda não foi apresentada, de acordo com o g1.
Aumento da letalidade coincide com ascensão dos discursos contra câmeras corporais e mudanças no controle do uso da força.
Em novembro de 2024, Gregory Ribeiro Vasconcelos, de 17 anos, foi morto por sete tiros, quatro pelas costas, disparados por policiais militares, na comunidade Morro do São Bento, em Santos. Ele estava numa moto com um amigo de 15, que ficou ferido, mas sobreviveu. A PM diz que a morte de Gregory ocorreu em confronto, versão contestada. Os policiais envolvidos no caso não usavam câmeras corporais.
No mesmo dia, na mesma comunidade, Ryan da Silva Andrade dos Santos, de apenas 4 anos, brincava quando foi morto com um tiro no abdômen disparado por outro PM que também não usava câmeras corporais.
Os dois casos ilustram uma mudança recente nas estatísticas de mortes decorrentes de intervenção policial (MDIP) entre crianças e adolescentes. O número de pessoas de 10 a 19 anos mortas por PMs de São Paulo aumentou 120% entre 2022 e 2024, ou seja, desde o início do mandato do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e da posse do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
É o que aponta a segunda edição do relatório “As câmeras corporais na Polícia Militar do Estado de São Paulo: mudanças na política e impacto nas mortes de adolescentes”, produzido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Em números absolutos, 77 crianças e adolescentes de 10 a 19 anos morreram em intervenções da PM no estado em 2024, mais que o dobro das 35 mortes registradas em 2022. Jovens negros são maioria (67%) entre essas vítimas. As MDIP representam 34% das mortes violentas nesta faixa etária e são a segunda principal causa de morte violenta desse grupo.
“É um absurdo que essas crianças e adolescentes estejam perdendo a vida nas mãos de quem deveria protegê-los”, afirma Adriana Alvarenga, chefe do escritório do Unicef em São Paulo. “As vidas perdidas afetam a família, a comunidade e a escola, e criam um ambiente negativo para a população como um todo, em especial para aqueles que são nosso presente e nosso futuro.”
Entre adultos com mais de 20 anos, o aumento das MDIP no mesmo período foi de 157% e o percentual dessas mortes em 2024 foi de 18% do total de mortes violentas, o que evidencia o peso maior da letalidade policial entre os mais jovens.
Entre PM’s, o crescimento de mortos em serviço também foi expressivo: 133% entre 2022, quando ocorreram 6 mortes, e 2024, quando elas foram 14.
Este cenário é o oposto daquele revelado pela primeira edição do estudo, dois anos atrás, que indicou uma queda de 66,3% nas mortes por intervenção policial de crianças e adolescentes de 10 a 19 anos entre 2019 e 2022. O resultado havia sido atribuído ao uso das câmeras corporais e à adoção de políticas para controle do uso da força policial. No mesmo período, também houve redução de 57% nas mortes de policiais militares em serviço.
De acordo com a edição atual do relatório, o crescimento nas MDIP foi observado no mesmo período em que ocorreram mudanças em mecanismos de controle das forças de segurança e no discurso sobre câmeras. Desde a sua campanha para o Governo de São Paulo, Tarcísio se posicionou sistematicamente de maneira contrária ao uso de câmeras corporais, que foram desqualificadas pelo hoje governador, apesar da redução nas mortes de policiais e daquelas provocadas pela PM desde a incorporação gradual do equipamento por batalhões da corporação, a partir de 2021.
No final do ano passado, após virem à tona vídeos de policiais atuando fora do protocolo, inclusive matando pessoas desarmadas, Tarcísio fez mea culpa e disse que “estava completamente errado nessa questão”.
Ao mesmo tempo, entre 2022 e 2024, caiu o número de procedimentos instaurados pela Corregedoria da PM, órgão interno de correição. Os autos de prisão de PMs em flagrante delito caíram quase pela metade (48%), assim como a instauração de conselhos de disciplina (46%).
Derrite mudou o comando da Corregedoria no início de 2024 e, em junho, o trâmite para afastamento de policiais. Aqueles envolvidos em casos de atentado às instituições, ao Estado e aos direitos humanos agora precisam ter o afastamento autorizado pelo subcomandante-geral da PM, o que retira independência da Corregedoria.
O titular da Segurança Pública é capitão reformado da PM e foi desligado da Rota por excesso de mortes. Ele é apontado como uma liderança que estimula o confronto e o uso letal da força, ao mesmo tempo em que relaxa punições por práticas fora do procedimento operacional padrão.
Procurada, a Secretaria da Segurança Pública afirmou, por meio de nota, que não compactua com “desvios de conduta ou excessos” e que pune “com absoluto rigor todas as ocorrências dessa natureza”, citando a prisão de 550 policiais e a demissão ou expulsão de outros 364 desde 2023., segundo o ICL.
Sobre câmeras operacionais, a nota informa que a gestão Tarcísio ampliou o número de equipamentos em 18,5% e que seu uso “segue regras rígidas, e qualquer agente que descumpri-las estará sujeito às sanções cabíveis”.
O governo vai trocar as câmeras atuais, que gravam de maneira ininterrupta, por outras que são acionadas pelo policial ou pelo centro de operações da PM. Na prática, segundo especialistas, as gravações de patrulhamentos de rotina, quando muitas dessas mortes ocorrem, podem deixar de ser feitas.
Segundo Samira Bueno, diretora-executiva do FBSP, mesmo antes da mudança, “houve uma série de operações em que policiais que deveriam estar usando a câmera não gravaram nada”.
“Se hoje já há policiais tentando obstruir as gravações ou deixando as câmeras de lado, o que deve acontecer quando retirarmos essa gravação ininterrupta?”, questiona.
Tarcísio já fala como candidato da direita a Presidência da República em 2026.
Só não combinou com o Clã Bolsonaro.
Bolsonaro foi claro taxativo num podcast em que Tarcísio estava a seu lado: “não vou passar bastão pra ninguém!”
Adicione a isso o fato dos próprios membros do clã Bolsonaro se sentirem traídos pelo “aliado”
Claro que, não tendo mesmo como disputar as eleições de 2026, até porque, além de inelegível estará na cadeia, Bolsonaro apoiará um de seus filhos, possivelmente Flávio.
Ele é quem herdou Queiroz o esquema criminoso de peculato (rachadinha) e formação de quadrilha criados por Bolsonaro.
O fato é que, em um evento do mercado, Tarcísio prometeu à escória do dinheiro que, se eleito, será mais cruel e perverso que Bolsonaro contra os pobres e não tocar na grana da papa-fina.
É uma técnica de traição especializada em dar cama de gato reparadora em seu padrinho ou criador político.
Agora é esperar a reação do clã Bolsonaro contra Tarcísio que, certamente, não tardará.
Senador disse que Tarcísio está eleito com apoio de Bolsonaro e que o Congresso já opera contra o governo.
Em evento fechado com investidores promovido pela Legend Investimentos nesta segunda-feira (31), no auditório do BTG, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) construiu uma narrativa de desgaste irreversível do governo Lula e antecipou o cenário de 2026 com uma certeza: “Se Tarcísio tiver o apoio do Bolsonaro, ele está eleito. Inclusive no Nordeste”. A afirmação não foi isolada. Ao longo de quase duas horas de conversa, o ex-ministro da Casa Civil desenhou um roteiro que aponta para o enfraquecimento da base do governo e para a consolidação da direita como principal força política nacional nos próximos anos.
Congresso como contenção e fragilidade do governo Logo na abertura da conversa, Ciro definiu o papel atual do Legislativo como uma contenção do governo: “Não vai haver rompimento institucional, mas o Congresso vai segurar. Vai ser a contenção até 2026”. Para ele, o governo Lula perdeu tração política e está velho. “O eleitor está pronto para migrar. Esse governo já deu o que tinha que dar”, afirmou. Segundo Ciro, o governo hoje se sustenta apenas no simbolismo de Lula, mas já não possui capacidade de mobilizar entusiasmo. “Tudo é ‘nova’ farmácia popular, ‘novo’ Minha Casa Minha Vida, mas ninguém diz que tem uma nova avó. É um governo velho.”
Ciro afirmou que Lula não será candidato à reeleição. “Ele não tem mais capacidade de dialogar com as pessoas”, disse, apontando o que considera uma perda de conexão do presidente com a base popular e com o sentimento de esperança que o caracterizou em eleições anteriores. “Até no Nordeste ele pode perder. O povo não vê mais esperança.”
O senador também fez comparações com o processo de impeachment de Dilma Rousseff. De acordo com ele, as condições para um afastamento de Lula não estariam dadas, mas o cenário de contenção já está em andamento. “O impeachment só foi possível porque ela tinha 7% [de aprovação]. Lula ainda tem 30. Seria traumático. Mas o Congresso está lá, funcionando como dique.”
Críticas econômicas e recepção da elite financeira As críticas ao governo se estenderam à política econômica. O senador afirmou que o aumento nos preços de medicamentos atingirá em cheio a população idosa, único grupo onde Lula ainda mantém algum apoio. “Quem está acabando com o governo é a inflação”, disse. Para ele, qualquer tentativa de ajuste fiscal ou racionalização dos gastos é inviável com o PT no poder. Ciro afirmou que o país vive uma paralisia econômica e institucional, e que a resposta do Planalto tem sido recorrente e ineficaz: “O governo reage com aumento de gasto público e slogans reciclados”.
O auditório reuniu empresários, investidores e representantes do setor financeiro, público diretamente beneficiado pelo atual modelo de tributação. Uma das participantes expressou preocupação com uma eventual tributação mais progressiva: “aqui está todo mundo taxado acima dos 50 mil”, disse, em referência às propostas que miram faixas mais altas de renda. A frase evidenciou o temor da elite econômica com possíveis mudanças nas regras. Ao ser questionado, Ciro Nogueira evitou entrar no mérito da tributação dos mais ricos. Limitou-se a afirmar que é preciso “ver a questão da compensação”, sem indicar de onde sairiam os recursos para bancar a isenção na base.
O senador também ressaltou que a proposta do seu partido precisa ser “politicamente viável”, o que, no contexto da conversa, soou como um aceno à manutenção dos interesses dos setores representados na plateia. Ao longo da exposição, ficou claro que a principal preocupação dos presentes não era enfrentar as distorções do sistema tributário, mas sim proteger os benefícios acumulados por quem ganha mais. Ciro reforçou que os três itens da proposta não poderiam ser divulgados por enquanto e que o apoio do presidente da Câmara é essencial para avançar. O tom reservado reforçou a percepção de que o projeto busca evitar conflitos com setores privilegiados.
Tarcísio como sucessor e a transferência de Bolsonaro Na avaliação de Ciro, a direita está articulada e já possui sua estratégia definida para 2026. A candidatura de Tarcísio de Freitas, segundo ele, representa uma continuidade do bolsonarismo com maior capacidade de diálogo institucional. “Se Tarcísio tiver o apoio do Bolsonaro, ele está eleito. Inclusive no Nordeste”, disse. Ele descartou qualquer possibilidade de terceira via e reforçou que a eleição será polarizada. “Vai ser o candidato do Lula contra o candidato do Bolsonaro. E se for o Tarcísio, a eleição já acabou.”
Ciro também deixou claro que o bolsonarismo não precisa mais da candidatura do próprio ex-presidente para vencer. O apoio de Bolsonaro, segundo ele, é suficiente para consolidar uma vitória no primeiro turno, especialmente se a oposição se mantiver unificada em torno de nomes mais palatáveis ao centro. “A força do Bolsonaro está na transferência. Ele aprendeu com os erros e vai fazer uma campanha diferente.”
Direita organizada e aposta no Congresso Por fim, Ciro garantiu que a centro-direita já está pronta para assumir o protagonismo institucional e eleitoral do país. Caso Bolsonaro cumpra os compromissos assumidos com os partidos de centro, o senador prevê “a maior vitória da direita da história”. “Essa campanha já está estancarada. Estamos organizados. O governo vai até 2026, mas a mudança já começou no Congresso.”
A fala de Ciro foi recebida com atenção por investidores e agentes do mercado financeiro presentes no evento. Ao adotar um tom direto e sem rodeios, o senador se posiciona como um dos principais articuladores do novo bloco conservador que se desenha para o próximo ciclo eleitoral. A aposta é clara: usar o Congresso como freio do governo Lula e preparar o terreno para um reposicionamento completo do campo da direita em 2026.
Presidente dos EUA prometeu anunciar taxas para proteger empresas locais da concorrência internacional.
residente Donald Trump em relação a tarifas contra a entrada de produtos estrangeiros nos EUA. A promessa do mandatário é revelar novas taxas nesta tarde, marcando o que ele batizou de “Dia da Libertação”. Essas taxas devem afetar empresas brasileiras que exportam para os EUA, e o Brasil se prepara para retaliar as ações.
Na segunda-feira (1º), o Senado aprovou o projeto que autoriza o governo brasileiro a tomar medidas de resposta a barreiras comerciais impostas por outros países a produtos nacionais. O projeto tramitava na casa desde 2023. Após ameaças de Trump, o texto foi aprovado pela manhã na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, de tarde, no plenário por unanimidade.
A proposta agora será avaliada na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o projeto deve ser votado ainda nesta semana. O parlamentar destacou o esforço de apoiadores do governo e da oposição para acelerar a votação.
“O episódio entre Estados Unidos e Brasil deve nos ensinar definitivamente que, nas horas mais importantes, não existe um Brasil de esquerda e um de direita, existem apenas representantes do povo”, afirmou.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS), que foi ministra da Agricultura do governo de Jair Bolsonaro (PL), disse que o ideal seria “sentar à mesa e dialogar”. Concordou, porém, que o Brasil precisa ter mecanismos de retaliação.
“Este projeto é de interesse do país. Por isso a urgência, para que o Brasil tenha instrumentos de defesa, se tiver alguma retaliação aos seus produtos”, afirmou.
Reciprocidade O projeto já aprovado no Senado leva em consideração o princípio da reciprocidade. Ou seja, se um país taxa o Brasil, o Brasil pode taxá-lo de volta.
A proposta dá ao Executivo o poder de: impor tributos, taxas ou restrições sobre importações de bens ou serviços de um país; suspender de concessões comerciais ou de investimentos; e concessões relativas a direitos de propriedade intelectual, segundo o Brasil de Fato.
O texto também prevê a realização de consultas diplomáticas para mitigar ou anular os efeitos das medidas e contramedidas.
Aço Desde 12 de março, os EUA passaram a cobrar tarifas extras sobre a importação de aço, alumínio e outros metais. A medida afeta diretamente o Brasil. Afinal, o país é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, exportando para lá cerca de 18% de todo metal que as siderúrgicas brasileiras produzem.
O governo brasileiro não retaliou a medida até o momento.
“Q.uem escreveu o seu relatório foi Arthur Lira. O seu relatório estava comprado”, disse o deputado.
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) utilizou a sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados para fazer um histórico discurso e para defender o seu mandato parlamentar.
Nesta quarta-feira (2), o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), relator do caso, pediu pela cassação de Glauber pela ocasião em que o psolista expulsou com chutes um militante fascista do MBL que ofendia a honra de sua mãe, a ex-deputada Saudade Braga.
Contudo, Glauber não se deixou calar pelo processo e fez uma forte defesa do seu mandato, partindo para cima de seus inimigos políticos. Em especial, Arthur Lira, ex-presidente da Câmara (PP-AL).
“O relator, no seu desespero em poder agradar quem de fato escreveu o relatório, nem disfarçou O que eu disse naquele dia, deputado, e o que eu repito aqui no dia de hoje, é que quem escreveu o seu relatório foi o senhor Arthur Lira. E hoje, mais do que dizer, eu vou provar, eu vou trazer elementos objetivos que demonstram que o seu relatório já estava comprado, previamente comprado”, disse Glauber.
“Chiquinho Brazão, casos de corrupção, deputado que deu um soco em um sindicalista em uma comissão, deputados envolvidos na tentativa de golpe do dia 8, deputada que conclamou os generais a darem um golpe de Estado e correu atrás de uma pessoa com uma pistola na rua que está sendo condenada fora do espaço institucional do Congresso, mas que aqui não foi…”, disse Glauber.
“Mas quem deve ser condenado é o parlamentar que denunciou o senhor Arthur Lira o seu esquema do orçamento secreto e aquele que defendeu a honra da sua mãe contra um mini bandido pago pelo MBL”, completou o deputado.
Ele acusou o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), relator do caso, de ter se beneficiado das emendas de orçamento secreto em ação coordenada com Arthur Lira em cidades da Bahia.
“Eu tô lutando contra a compra de apoio político que já tava pré-datada, pré-fixada a partir daquilo que ele indicou de orçamento secreto em articulação com o senhor Arthur Lira nessas cidades. Eu desafio o relator a dizer que não foi ele quem fez a indicação desses recursos de orçamento secreto em pacto com o ex-presidente da Câmara”, afirmou Glauber.
“Eu termino esse processo com o coração tranquilo, com espírito de luta, que eu não vou parar por aqui, não devo a nenhum daqueles que achavam que eu ia beijar a mão ou ser enquadrado um único favor, e me orgulho disso. Se o relator pensou, ou se o senhor Arthur Lira pensou que, a partir desse processo, eu ia me transformar em um deputado mais comportado aos seus interesses, estavam muito enganados. Terminamos essa etapa de hoje aqui, vamos para a próxima etapa na semana que vem e depois vamos para a etapa do plenário, com a consciência de que a gente agiu corretamente e de que a luta continua”, completou o deputado.
Em pesquisa que, na prática, não há como aferir, cabe qualquer coisa.
Dependendo da metodologia “reparadora”, usada como assistente de imagem de quem contrata, é entregue uma coisa do tamanho do interesse de quem está de fato por trás da encomenda.
Ninguém, com o mínimo juízo e honestidade, dá de ombros para os preços de alimentos nos mercados.
Essa questão terá que ser vista com a máxima urgência. Pelo que se sabe, o governo Lula está se empenhando para baixar os preços dos alimentos, o que já se observa em vários produtos.
É uma das minas de bombas deixadas por Bolsonaro para atingir o povo brasileiro e, consequentemente, o governo Lula, assim como os juros pornográficos do banco central “independente”.
O problema é que, dentro do balaio de uma pesquisa interesseira, cabe exatamente o tamanho do que foi encomendado. Para tanto, basta saber pinçar as pessoas e perguntas certas para obter as respostas que a pesquisa deseja.
Os caminhos das pesquisas nunca são feitos pela realidade, mas pelos interesses de quem as contrata, sobretudo se não tiver algo real que possa confrontar os números aferidos nesse jogo de cartas marcadas.
Não por acaso, no momento em que a direita se encontra totalmente desancada com a inapelável condenação e prisão de Bolsonaro, pipocam pesquisas diárias não só detonando Lula, mas exaltando o criminoso golpista.
Qual brasileiro acredita na isenção e metodologia das pesquisas às quais ninguém tem como aferir, como acontece nas eleições?
Pesquisas manipuladas fraudam as estatísticas e a democracia.