Jorginho Mello disse que Valdemar e Bolsonaro “conversam muito”
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal faça uma oitiva do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, para apurar se o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, estão violando a medida cautelar imposta pelo STF de que os dois conversem.
Em entrevista na Jovem Pan, no dia 13 de janeiro, o governador disse “E o nosso Presidente Valdemar conversa muito com o Presidente Bolsonaro, que é o Presidente de honra né? Espero que daqui um pouquinho eles possam conversar na mesma sala né? Para se ajudar ainda mais”.
Na decisão, Moraes afirmou que a “entrevista do governador de Santa Catarina indica possível violação às medidas cautelares impostas por esta SUPREMA CORTE, em especial a proibição de manter contato com os demais investigados aplicada a JAIR MESSIAS BOLSONARO e VALDEMAR COSTA NETO”. A PF deve ouvir o governador dentro de 15 dias.
Desordem, essa é a palavra chave da ação combinada entre a gang de Nikolas e as big tecs que obrigam o estado brasileiros a acender uma luz amarela para uma possível guerra virtual contra a nação.
O crime de Nikolas é um alerta sobre a apropriação da narrativa fake via big teches e suas consequentes chantagens contra o país.
A coisa é bem mais abrangente, profunda e complexa, do que a tentativa de desgastar o governo.
A busca ali era de dar um recado das big teachs as instituições brasileiras, sobre o pacote neofascista armado pelas grandes corporações do universo digital.
Houve ali, uma inversão e as big techs tendo Nikolas como cavalo, através dos algoritmos, passou a tomar as rédeas da própria institucionalidade no país.
A sintonia da extrema direita com as poderosas big techs foi um achado para os neofascistas.
O país ficou sobressaltado, e o estrago só não foi maior porque Lula agiu rápido, estancando a corrente de mentiras sobre o PIX que havia tomado o país.
Certamente quem entende melhor desse intermúndio das big teachs, poderá e falará melhor o risco do Brasil ser sequestrado se não regular com olho vivo e faro fino, esses bichos soltos do universo digital.
Presidente afirmou que as democracias estão enfrentando graves riscos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (16) que não se deve temer o enfrentamento às mentiras e aos golpistas, ao alertar para os riscos que as democracias sofrem ao redor do mundo.
Em cerimônia de sanção da regulamentação da reforma tributária, no Palácio do Planalto, Lula afirmou: “temos que fazer a disputa pela democracia, sistema que está correndo risco no mundo todo”.
Ele também critcou as “pessoas travestidas de políticos” e alertou que, caso o enfrentamento seja abandonado, há o risco de democracias serem derrubadas em nome do “fascismo e do nazismo”.
As declarações surgem após a Receita Federal recuar e revogar normas que ampliariam a fiscalização sobre a plataforma Pix de pagamentos. A decisão se deu em meio à divulgação de notícias falsas envolvendo a suposta cobrança de impostos sobre o Pix e o desgaste do governo em razão das mentiras.
Nós não devemos ter medo de enfrentar as mentiras. Não podemos ter medo de enfrentar quem tentou dar um golpe nesse país. E temos que fazer a disputa pela democracia, sistema que está correndo risco no mundo todo. (Lula)
Entraram em vigor, em 1º de janeiro de 2025, normas, posteriormente anuladas, da Receita Federal que ampliavam a fiscalização sobre o uso da plataforma Pix de pagamentos.
De acordo com as regras, publicadas pelo governo federal em setembro de 2024, bancos e outras instituições financeiras passariam a informar ao Fisco dados básicos referentes a algumas movimentações financeiras, definidas em níveis mais elevados de renda para pessoas físicas e jurídicas. O Ministério da Fazenda previu uma queda no volume de informações enviadas à Receita Federal devido ao alívio concedido aos clientes de menor renda dos bancos tradicionais.
No entanto, o governo federal foi acusado de supostamente aumentar os impostos sobre a classe média, em meio à disseminação de notícias falsas pela extrema-direita sobre uma suposta tributação do Pix.
Mesmo sendo graduado em picaretagem, não foi a presença minúscula de Nikolas, mas o texto fake que ele leu sobre o PIX que, com a mão invisível dos algoritmos conseguiu viralizar na internet.
Isso aconteceu muito mais pela popularidade do PIX do que pelas armadilhas funestas que os vigaristas armaram.
A desinformação, ou as mentiras sobre cobrança de taxa do PIX comem solta na internet ha muito tempo.
Nem isso foi original no vídeo de Nikolas.
Esses pulhas enfiaram o pé na jaca na parceria com vigaristas donos das big techs.
Outra coisa. Segundo o BC, as transações com PIX diminuíram no começo do ano, e registraram uma queda de 15,3% nas primeiras duas semanas de janeiro em relação ao mesmo período de dezembro de 2024.
Lógico que Nikolas que só vota contra os pobres e trabalhadores, fez isso, em primeiro lugar, pra detonar essas pessoas e ainda tentar desgastar o governo. Mas o refluxo contra ele, ta pesado e vai piorar na justiça. A ver.
Desde dezembro, diversas fake news envolvendo supostas novas tributações se disseminaram nas redes sociais. A falsa taxa do Pix é uma das que mais repercutiram, e teve consequência na vida prática das pessoas. Após a polêmica, governo recuou e revogou as normas com as mudanças no Pix.
Para especialistas ouvidos pelo UOL, ações como essas podem provocar desestabilização econômica.
UOL Confere desmentiu, ao menos, 19 conteúdos sobre temas econômicos desde dezembro. Nos últimos dias, publicações desinformativas sobre uma falsa taxação do Pix têm dominado redes sociais.
Transações com Pix diminuíram no começo do ano. Segundo o Banco Central, as transações registram uma queda de 15,3% nas primeiras duas semanas de janeiro em relação ao mesmo período de dezembro.
Notícia falsa já corre solta e provoca impactos ao consumidor. Para Marie Santini, coordenadora do Netlab (Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais) da UFRJ, a fake news sobre o Pix é um exemplo prático da relação de causalidade entre a desinformação e o impacto no cotidiano da população.
Acho que neste caso, é uma oportunidade de mostrar que mesmo o governo tentando desmentir, fazendo uma série de conteúdos para redes sociais, isso teve uma modificação no comportamento das pessoas.
Marie Santini, coordenadora do Netlab (Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais) da UFRJ.
Postagens podem afetar estabilidade econômica. Além da alteração de padrões de consumo, Ricardo Motta, sócio da área de Relacionamento com o Mercado pelo Viseu Advogados, entende que as fake news geram oscilações nos mercados financeiros, prejuízo à reputação empresarial e até afetar as relações internacionais.
A proliferação de fake news está intimamente ligada a fatores estruturais e interesses específicos, como o lucro e monetização digital, além da manipulação política e econômica.
Ricardo Motta, advogado e sócio da área de Relacionamento com o Mercado pelo Viseu Advogados.
Baixa educação midiática é o que provoca onda de desinformação. Motta considera que a população não está preparada para identificar e combater informações falsas, “tornando-se mais vulnerável a conteúdos manipulativos”. Os efeitos podem ser devastadores para a economia brasileira. Com Uol.
Dados do monitoramento do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) mostram que o número de mortes decorrentes de intervenção policial em 2024 foi o maior da década. Entre 2023 e 2024, o aumento foi de 65%, com os óbitos subindo de 542 para 835, uma média de duas pessoas mortas por dia.
O menor índice da série histórica, iniciada em 2017, foi registrado em 2022, com 477 mortes, um marco atribuído à implantação das câmeras corporais. Durante a campanha eleitoral, o atual governador defendeu o fim das câmeras e, já à frente do Palácio dos Bandeirantes, anunciou uma mudança no modelo atual, de gravação ininterrupta, permitindo que os policiais desliguem os aparelhos.
A Polícia Militar (PM), que tem o maior efetivo do estado, responde pela maior parte dessas mortes. Em 2024, foram 760 óbitos decorrentes de ações de policiais militares, um aumento de 60,5% em relação aos 460 registrados no ano anterior. As mortes por policiais fora de serviço permaneceram estáveis, com cerca de uma centena de casos anuais desde 2020.
Em 2020, policiais militares foram responsáveis por 93% das mortes por intervenção policial. Após um declínio em 2022, quando essa proporção caiu para 83%, houve novo aumento, alcançando 91% em 2024.
Impacto da política de segurança pública
Especialistas atribuem o aumento na letalidade às diretrizes do governo de Tarcísio de Freitas, que assumiu em 2023. Durante sua campanha, o governador defendeu intervenções policiais mais incisivas como pilar das políticas de segurança. Sob sua gestão, a Secretaria de Segurança Pública é liderada pelo capitão PM Guilherme Derrite, que prioriza o uso de armamento pesado e policiamento ostensivo.
Operações como Escudo e Verão, conduzidas por batalhões especializados como a Rota e os Baeps, têm sido marca dessa gestão com registro de dezenas de mortes. Rafael Rocha, coordenador do Instituto Sou da Paz, critica o discurso de confronto, que coloca policiais em situações de risco e aumenta a violência. “Essa é uma lógica que prejudica policiais, que têm morrido mais, e a população, com casos frequentes de uso excessivo de força”, afirma.
Em dezembro do ano passado, mais de 60 entidades denunciaram Tarcísio e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Críticas de organizações da sociedade civil
Carolina Diniz, da ONG Conectas, também responsabiliza a gestão atual pelo aumento da letalidade. Ela aponta o enfraquecimento de mecanismos de controle, como o uso das câmeras corporais, e critica a falta de investigações independentes sobre mortes em operações policiais. Segundo Diniz, “essa postura incentiva policiais a usarem mais força letal, com maior probabilidade de receberem condecorações em vez de punições”.
A Conectas, que acompanhou as operações Escudo e Verão, destacou falhas nas investigações dessas mortes, que desconsideraram padrões internacionais como os protocolos de Minnesota e de Istambul. “O enfraquecimento de instituições independentes, como a Ouvidoria das Polícias, e o esvaziamento de comissões que articulam governo, judiciário e sociedade civil agravam a situação”, conclui.
Respostas e perspectivas
Em nota, o governo de São Paulo reafirmou seu “compromisso com a legalidade e a transparência, garantindo punição a policiais que cometem abusos”. Destacou ainda medidas para reduzir a letalidade, como cursos de formação continuada e aquisição de equipamentos de menor potencial ofensivo.
Pesquisa Quaest divulgada em dezembro do ano passado mostra que Tarcísio tem a pior avaliação na área de segurança pública entre seis governadores pesquisados – Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Jr. (PSD-PR), Raquel Lyra (PSDB-PE), Ronaldo Caiado (União-GO) e Jerônimo Rodrigues (PT-BA). O levantamento mostra que apenas 27% dos paulistas acham positiva a política de segurança pública do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) – outros 36% acham regular e 37% péssima.
Apesar disso, especialistas apontam que uma mudança significativa requer maior controle social e investimento na profissionalização das polícias. “Uma segurança pública mais eficaz e menos letal é possível, como demonstraram estados que reduziram a letalidade”, diz Rocha. Ele defende que o governo federal vincule repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública a diretrizes que priorizem a redução de mortes.
O desafio, segundo Diniz, é mobilizar todas as esferas de controle – do judiciário a organismos internacionais – para responsabilizar os agentes públicos e assegurar uma segurança pública que respeite os direitos humanos
Internautas associaram a frase ‘Nunca subestime um idiota’ como uma alfinetada ao ex-presidente.
Cezar Bitencourt, advogado de Mauro Cid — antigo homem de confiança de Bolsonaro, cuja delação premiada trouxe informações relevantes sobre as atividades de seu antigo chefe — recentemente postou em suas redes uma foto em que está aproveitando as férias na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro.
O que chamou a atenção na fotografia foi a frase “Nunca subestime um idiota, um dia ele pode se tornar presidente”, estampada na camisa que o advogado usava.
A foto, postada no perfil no Instagram de Cezar, continha a legenda “Curtindo Ipanema”, porém a frase que mais chamou atenção foi o tom da indireta em sua camisa, interpretado como algo direcionado ao ex-presidente Jair Bolsonaro — investigado por tentativa de golpe de Estado.
Embora alguns internautas tenham associado a frase a Lula, o contexto da relação entre Mauro Cid — o mais famoso cliente de Cezar — e Bolsonaro dá indícios de que esse possa ter sido um ataque a Jair Bolsonaro de fato. Cid passou a ser um dos maiores algozes do ex-presidente após fechar o acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF).