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Cientistas de Hong Kong preocupados com novo vírus transmitido por ratos

Uma nova estirpe de hepatite E exclusiva de ratos vem infectando pessoas nos últimos meses em Hong Kong, China, levando à sua urgente hospitalização. A OMS já foi alertada.

Uma nova estirpe de hepatite E transmitida por ratos, também conhecida como HEV do rato, foi descoberta há alguns meses em Hong Kong, região administrativa especial da China, relata a CNN.

Casos intrigantes

Mais de uma dezena de pessoas já acusaram positivo e os médicos não descartam a possibilidade de haver centenas de outros casos.

O episódio mais recente foi diagnosticado em 30 de abril, e é de um homem de 61 anos a quem foi identificada uma função hepática anormal.

Siddharth Sridhar, microbiologista da Universidade de Hong Kong, relaciona estes casos com um ocorrido em 2018, quando um homem de 56 anos que tinha feito um transplante de fígado e que veio a apresentar problemas hepáticos, sem causa óbvia.

Os testes estabeleceram que seu sistema imunológico estava reagindo à hepatite E, mas não conseguiram identificar a estirpe do vírus que infecta o sangue de humanos.

A hepatite E é uma doença infecciosa hepática causada por um vírus RNA, o vírus E (HEV), e que provoca febre, icterícia e inchamento do fígado.

São conhecidas quatro cepas de vírus causadores desta doença, mas somente uma estirpe pode infectar humanos.

Cepa exclusiva de rato infecta humano

Os cientistas acabaram apurando, após inúmeros testes, que o homem tinha sido infectado com um vírus que causa hepatite E, mas com uma cepa que até agora só afetava os ratos.

“O preocupante é este vírus poder passar dos animais para os humanos. Essa infecção era tão incomum e sem precedentes que a equipe se perguntou se foi um incidente isolado ou um paciente que estava no lugar errado na hora errada”, afirmou à CNN Siddharth Sridhar, que foi um dos pesquisadores por trás da descoberta.

Mas não seria caso único. Depois deste episódio, já há mais dez casos de infectados com HEV dos ratos, incluindo o já referido em 30 de abril.
Como opera transmissão é um mistério

A cepa humana da hepatite E é tipicamente transmitida através da contaminação fecal da água usada para consumo.

Como a estirpe dos ratos passou para o homem permanece um mistério, não tendo os pesquisadores ainda identificado a rota exata de transmissão dos ratos para os humanos.

O último paciente deixou os cientistas perplexos: não havia ratos ou excrementos de ratos em sua casa, nenhum familiar que coabitasse com ele mostrou sintomas e o homem não viajou para parte nenhuma recentemente.

O desconhecimento de como o vírus “salta” de ratos para os humanos torna muito difícil prevenir novas infecções. E não deixa de ser intrigante que os infectados provenham de bairros com baixo número de ratos, quando deveriam ser teoricamente oriundos daqueles com maior infestação de roedores.

Os pesquisadores não excluem, por isso, a hipótese de a infecção poder ter ocorrido por um outro ser vivo intermediário, havendo já um caso análogo confirmado no Canadá, informa a CNN.

A possibilidade de o vírus estar infectando pessoas globalmente sem nenhuma medida de controle, colocando em risco algumas das pessoas mais vulneráveis (os idosos, os afetados pelo HIV, os com predisposição à doença, entre outros) inquieta os cientistas.

“Isso não deveria estar acontecendo. Precisamos de uma vigilância contínua para controlar esta infecção anormal. Espero realmente que as autoridades de saúde pública deem o primeiro passo e vejam o quanto suas populações estão realmente expostas à hepatite E transmitida pelo rato”, alertou Sridhar.

Os especialistas enviaram um relatório à OMS para alertar todos os países e ajudá-los a se prepararem para qualquer surto futuro.

 

 

*Com informações do Sputnik

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Brasil bate recorde assustador de 751 mortes por Covid-19 em 24 horas

Há 145.328 casos confirmados de coronavírus no país, de acordo com o Ministério da Saúde.

O Brasil confirmou mais 751 mortes por coronavírus em 24 horas, segundo balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta sexta-feira, 8. O país agora tem um total de 9.897 vítimas. É o quarto dia consecutivo que o registro de novos óbitos fica acima de 600.

No total, há 145.328 casos confirmados da covid-19, de acordo com o governo federal.

Com mais de 40 mil infecções confirmadas e 3,4 mil mortes, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prorrogou a quarentena até 31 de maio, sem flexibilização, em todos os 645 municípios do estado.

As medidas de isolamento teriam validade até este domingo, 10.

 

 

*Com informações da Exame

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Coronavírus: Brasil tem 449 mortes confirmadas em 24 h; total chega a 5.466

O Brasil registrou 449 novas mortes nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde. É o segundo número mais alto diário de novos óbitos.

Na terça (28), o Brasil bateu o recorde de mortes registradas em 24 horas, com 474 novas vítimas, e ultrapassou a China no número total de óbitos causados pelo novo coronavírus. O recorde anterior do Brasil era de 407 vítimas em 23 de abril.

No total, o país registra 5.466 óbitos por Covid-19.

A China, de onde o novo vírus é oriundo, registra 4.637 mortos desde ontem, a maioria em Wuhan, na província de Hubei, segundo a Universidade Johns Hopkins, nos EUA, que monitora a pandemia.

O Brasil é agora o 9º com mais vítimas no mundo. Em número de pessoas com a infecção, o Brasil ocupa o 11º lugar no ranking de países, com 78.162 —nas últimas 24 horas foram 6.276 novos casos. Fica só atrás da China, que tem 83.940 casos.

Questionado na terça à noite sobre os números, o presidente Jair Bolsonaro disse em entrevista na porta do Palácio da Alvorada: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”. Ele disse que cabia ao ministro da Saúde, Nelson Teich, explicar os números.

Depois de questionar e ouvir que sua entrevista estava sendo transmitida ao vivo em redes de TV, Bolsonaro deu uma uma declaração mais amena sobre o assunto: “Lamento a situação que nós atravessamos com o vírus. Nos solidarizamos com as famílias que perderam seus entes queridos, que a grande parte eram pessoas idosas, mas é a vida. Amanhã vou eu. Logicamente que a gente quer, se um dia morrer, ter uma morte digna, né? E deixar uma boa história para trás”, disse.

Nesta quarta, Bolsonaro criticou as notícias que relatam sua entrevista na noite anterior e passou a culpa das mortes para os governadores.

“As medidas restritivas são a cargo dos governadores e prefeitos. A imprensa tem que perguntar para o Doria porque tem mais gente perdendo a vida em São Paulo. Perguntar para ele que tomou todas as medidas restritivas que ele achava que devia tomar”, disse Bolsonaro em menção ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu virtual adversário em 2022.

“Não adianta a imprensa querer botar na minha conta estas questões que não cabem a mim. Não adianta a Folha de S.Paulo, O Globo, que fez uma manchete mentirosa, tendenciosa”, continuou Bolsonaro.

 

*Renato Machado e Natália Cancian/Folha

 

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Brasil tem mais um recorde de mortes por Covid-19 e ultrapassa a China

São Paulo, o epicentro da doença no país, registrou em um dia 224 novos óbitos. No estado, já são mais de 24 mil infectados.

O Brasil registrou 71.886 casos confirmados e 5.017 mortes por coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira, 28. Em 24 horas, foram mais 474 vítimas da covid-19, um aumento de 10,4%.

Com as novas mortes, o país supera a China, onde começou a pandemia, que tem até agora 4.637 óbitos.

Recorde de mortes em SP

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgou também nesta terça-feira, 28, que o número de mortes confirmadas por coronavírus em um dia foi de 224, uma alta de 12%. Com isso, o total de óbitos registrados no estado sobe para 2.049. Foi a maior alta em um dia desde o começo da pandemia.

O total de casos confirmados subiu 2.300 e agora São Paulo registra 24.041 infectados.

 

 

*Com informações da Exame

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Alerta da Fiocruz: no Brasil, número de mortes por Covid-19 dobra a cada cinco dias

O ritmo de mortes por coronavírus no Brasil supera Estados Unidos e Europa. “A nossa situação hoje é pior do que a de Itália, Espanha e Estados Unidos”, aponta o epidemiologista Diego Xavier, pesquisador do MonitoraCovid-19.

O número de mortes provocadas pelo novo coronavírus no Brasil está dobrando a cada cinco dias. Nos Estados Unidos, o número duplica a cada seis dias, e na Itália e na Espanha, a cada oito. O dado, preocupante, está na última nota técnica do MonitoraCovid-19, um sistema da Fiocruz que agrupa dados sobre a pandemia do novo coronavírus, e revela a velocidade com que a epidemia se dissemina no Brasil. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, é a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina.

“A nossa situação hoje é pior do que a de Itália, Espanha e Estados Unidos. Por isso, o número de mortes está dobrando em um espaço de tempo menor”, aponta o epidemiologista Diego Xavier, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz, e um dos líderes do MonitoraCovid-19. Além de epidemiologistas, geógrafos e estatísticos do Icict/Fiocruz têm trabalhado com a ferramenta para produzir análises sobre o avanço da doença, informa a jornalista Roberta Jansen, de O Estado de S.Paulo.

Segundo Xavier, “os dados de óbitos são mais confiáveis do que os dados de casos para medir o avanço da epidemia”, porque “no caso do óbito, mesmo o diagnóstico que não foi feito durante a evolução clínica do paciente pode ser investigado. Além disso, a situação clínica do paciente que vem a óbito é mais evidente, quando comparada aos casos que podem ser assintomáticos e leves.”

A nota técnica da Fiocruz também alerta para o acelerado processo de interiorização da epidemia, que está chegando aos municípios de menor porte. Dentre os municípios com mais de 500 mil habitantes, todos já apresentam casos da doença. Naqueles com população entre 50 mil e 100 mil habitantes, 59,6% têm casos. Já 25,8% dos municípios com população entre 20 mil e 50 mil, 11,1% daqueles com população entre 10 mil e 20 mil habitantes e 4,1% dos municípios com população até 10 mil habitantes apresentam doentes de covid-19.

Para o epidemiologista, a decisão de suspender o isolamento social em municípios que não têm nenhum caso da doença registrado é “temerária” e acontece exatamente no momento em que aumenta a velocidade da disseminação da doença. “Estão tomando uma decisão muito arriscada”, diz.

 

 

*Com informações do 247

*Foto destaque: O Globo

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‘Ainda não chegamos ao pior da pandemia’, diz presidente do Einstein

Com queda da ocupação da UTI por Covid-19, hospital redireciona recursos para serviços públicos sob sua gestão.

Quase dois meses após atender o primeiro paciente do país com Covid-19, o Hospital Israelita Albert Einstein registra queda na ocupação na UTI pela doença e tem redirecionado respiradores e outros equipamentos, além de pessoal, para serviços públicos que estão sob sua gestão.

Inicialmente, 78 leitos foram destinados aos pacientes de UTI. Entre 1º e 12 abril, a ocupação chegou a 76%. Hoje está em torno de 56%.

“Vem diminuindo o número de pacientes que exigem ventilação mecânica. Essa capacidade estendida de leitos de UTI está sendo inteirinha redirecionada para a rede pública”, diz o cirurgião Sidney Klajner, 52, presidente do hospital.

Os recursos de terapia intensiva estão indo, principalmente, para o Hospital Municipal Dr. Moysé Deutsch (M’Boi Mirim), gerido pelo Einstein. A instituição deve ganhar 110 leitos de UTI.

Para Klajner, é preciso manter alguma capacidade de folga porque o isolamento social está perdendo força. “A gente ainda não chegou ao pior da pandemia, especialmente no setor público”, afirma.

Desde o início da pandemia, o hospital teve 510 funcionários afastados —metade deles é de profissionais da assistência. Desses, 37% já retornaram às atividades. Todos estão fazendo testes para voltar ao trabalho.

Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein desde 2016, Klajner graduou-se em medicina pela USP, fez residência em cirurgia geral, do aparelho digestivo e coloproctologia no Hospital das Clínicas e estagiou na Clínica Mayo, nos EUA. É mestre em cirurgia pela USP. Foi contratado pelo Einstein em 1998 e ocupou a vice-presidência do hospital de 2010 a 2016.

Como está a capacidade de leitos de UTI do Einstein? 
Desde o início de janeiro nós nos capacitamos para transformar até quase 280 leitos em UTI, mas a quantidade flutuaria conforme a demanda. Nós atingimos um pico entre a semi-intensiva e a UTI de 137 leitos.

No momento, vem diminuindo o número de pacientes que exigem ventilação mecânica e observação na UTI, apesar do número total de internações estável, tendendo a decrescer.

Essa capacidade estendida de leitos de UTI está sendo inteirinha redirecionada para a rede pública, para hospitais que a gente mantém em parceria com a prefeitura, como o Hospital de M’Boi Mirim, onde existe um plano de acrescentar 110 leitos de UTI. Com a ajuda da Ambev e da Gerdau, construímos lá um outro hospital, com cem leitos, no estacionamento. Ficará como legado para após a pandemia.

O que explica a redução da demanda por UTI? 
São dois fatores. O primeiro é que a população que tem acesso ao setor privado foi a primeira a se infectar por conta das viagens internacionais. A doença foi importada por esse segmento. Ao mesmo tempo que essa população gerou um pico inicial, também foi a primeira a se isolar, o que permitiu uma mitigação da demanda.

Mas a gente precisa manter alguma capacidade de folga porque temos visto cada vez mais o isolamento perder a força. A gente espera que tenha um aumento de casos assim como está acontecendo na China, em Singapura.

O sr. acredita ser possível um isolamento seletivo? 
Não, essa possibilidade não deveria nem ser discutida por enquanto. Mas hoje um governante fala uma coisa, um prefeito fala outra, o presidente fala outra e demonstra com atitudes. A população fica confusa, se sente num objetivo enfraquecido do isolamento. Aqui no município de São Paulo a eficiência do isolamento que já foi de 60% está beirando os 40%.

É um risco nesse momento. Ao mesmo tempo, o uso de máscaras, mesmo as de pano, tem que ser incentivado. Se 60% das pessoas usarem máscaras, a taxa de transmissão cai de 2 para 1. É um efeito monstruoso na prevenção. Mas nenhuma estratégia será vitoriosa sozinha. A higienização das mãos deve cada vez mais obrigatória. A proibição de aglomerações também tem papel importante.

O pior ainda está por vir? 
Sim, a gente ainda não chegou ao pior, especialmente no setor público. Infelizmente, as projeções aqui no país, por falta de testagem, muitas vezes não se confirmam. Os epidemiologistas dizem que os dados podem ter atraso de dez dias e que a taxa de mortalidade pode ser muito maior do que aquela que a gente está vendo.

Isso se reflete no grau de ocupação nas UTIs nos estados em que a situação está pior. No município de São Paulo a gente já vê alguns hospitais públicos com a lotação chegando a quase 100%. Por isso a necessidade de transferir nossos recursos para os hospitais públicos. O sistema será atingido na maior capacidade nos próximos dias, infelizmente.

Como estão as taxas de mortalidade por Covid-9 no Einstein e dos hospitais públicos sob sua gestão? 
As taxas de letalidade são muito semelhantes haja visto que os protocolos de terapia intensiva é único, as UTIs se conversam por telemedicina a todo momento

Tivemos 13 óbitos entre 2.598 pacientes confirmados. Tivemos 349 internações e 253 altas. Pelo número de internados, a taxa de mortalidade é de 3,7%. Pelo o número de casos totais, 0,5%. Esses óbitos têm idade média entre 83 e 96 anos, todos eles com comorbidades.

O Einstein acompanha por telemedicina várias UTIs no país. Como estão? 
Quando se criam leitos de UTI em estados onde não há essa expertise, você tem déficit de capacitação profissional para lidar com paciente grave. De 30% a 40% das vezes o paciente de Covid vai necessitar de diálise. Tem que ter equipamentos e expertise. Daí a importância que a gente vê no programa TeleUTI [feito em parceria com o governo federal].

Antes contemplava oito UTIs, e, com a pandemia, já aumentou para 30 UTIs pelo Brasil e chegaria a 540 leitos. São UTIs assistidas por nossos especialistas pela telemedicina.

Começamos a acompanhar agora o Hospital Delfina, em Manaus (AM), que está com os leitos totalmente lotados.

O hospital faz parte de uma força-tarefa que testa a cloroquina. Ela funciona ou não? 
A gente ainda não sabe. Quem se arriscar a falar ou tem má intenção na comunicação ou não sabe o significado de pesquisa científica. O que tem por aí são pseudoestudos, tem uma validade científica muito questionável porque não estão sendo randomizados, controlados.

Como sr. avalia a mudança de gestão no Ministério da Saúde e o que espera do novo ministro Nelson Teich? 
Infelizmente a situação chegou a um ponto que não havia mais ambiente para o [Luiz Henrique] Mandetta, que estava fazendo um ótimo trabalho, pautado em ciência. O risco é trocar a turbina com o avião em voo.

Passado o momento de transição e conhecendo o ministro Nelson Teich como a gente conhece, uma pessoa extremamente bem preparada em áreas de gestão, que se baseia em dados, espero que o trabalho dele seja pautado na evidência científica.

Qual o impacto da pandemia nas finanças hospitalares? 
Do ponto de vista de sustentabilidade, é realmente devastador, assim como em outros setores da saúde. Aquilo que sustenta uma organização de saúde, que são exames complementares, procedimentos de alta complexidade, deixaram de ser feitos para que a gente pudesse ter a capacidade do hospital voltada para a pandemia.

Grande parte do nosso público deixou de comparecer ao controle de doenças. Até pré-natal deixou de ser feito pelo medo do contágio. Tivemos o caso de uma gestante que deu à luz no carro, em frente do hospital. O atraso de vir ao hospital foi tanto que não deu tempo.

Mas a população precisa continuar se cuidando. Temos visto infarto agudo do miocárdio chegando porque a medicação que poderia ter sido acertada não foi por falta de acompanhamento.

O sistema de saúde está com baixa ocupação daquilo que não é Covid-19, mas é muito importante que as condições para o cuidado de outras doenças continuem existindo.

Há hoje segurança para a pessoa ir até o hospital e não ser contaminada? 
Sim. Dividimos o hospital em serviços apartados. São fluxos diferentes, para os pacientes e para os colaboradores. Os funcionários que interagem com pacientes de Covid não interagem com pacientes de outras doenças. Hoje qualquer entrada no hospital tem medição de temperatura.

Em todos os procedimentos, de parto a cirurgia de câncer, tanto o médico quanto o paciente é testado para Covid na véspera. As outras doenças não terminaram. Continuam existindo câncer, doenças cardíacas, AVCs. Os pacientes não podem deixar de cuidar daquilo que não é adiável.

Qual sistema de saúde surgirá depois dessa crise toda? 
Um sistema muito pautado na prevenção. Talvez um dos ensinamentos que a pandemia nos trouxe foi o de que os que morrem mais são aqueles com doenças crônicas, aqueles que cuidam mal das condições de vida, como tabagismo e obesidade.

O sistema que vai restar será muito focado em atenção primária e, com menos frequência, nesse modelo hospitalocêntrico, com pessoas vindo ao pronto-socorro em situações de baixa complexidade.

Vamos ter mais uso da tecnologia, como a telemedicina, para isso. As relações com recursos humanos da saúde vão ganhar uma confiança naquilo que a tecnologia traz. O valor que a população dá para o médico, para o profissional da saúde, deve ser maior.

 

 

*Claudia Collucci/Folha

 

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Ministério erra e corrige números, dizendo que houve 113 mortos no país em 24h; óbitos somam 2.575

Número de casos confirmados da Covid-19 no país passa de 40.581 casos confirmados. No domingo, o total de infectados chegava a 38.654 e o de mortes, a 2.462

Depois de anunciar 383 mortes em 24 horas, Ministério corrige números e diz que houve 113 mortos no país em 24h; óbitos somam 2.575

A informação é do jornal o Globo. A correção dos números pelo Ministério da Saúde gerou especulação de manipulação para fortalecer o discurso de Bolsonaro que falou hoje em fim da quarentena.

O fato é que a mudança de ministro, a insistência de Bolsonaro em acabar com o isolamento horizontal e a nova conta das vítimas fatais anunciada há pouco pelo Ministério da Saúde elevam a incredibilidade dadas pelo governo.

Os pacientes acima dos 60 anos continuam sendo a maioria das vítimas da Covid-19 no Brasil.

 

*Da redação

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Brasil teve aumento significativo de mortes por Covid-19, 383 em 24 horas

Número de casos confirmados já chega a 40.581. São Paulo e Rio de Janeiro são os estados com maior número de pacientes diagnosticados.

e acordo com a última atualização feita pelo Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (20/04), o Brasil tem, até agora, 40.581 casos confirmados de coronavírus. 2.581 pessoas já morreram em decorrência da infecção. Os números representam um aumento de 5% e 15,5%, respectivamente, em relação aos divulgados neste domingo (19/04).

A gestão anterior do Ministério da Saúde sustentava que os resultados positivos de exames só são devidamente processados pelo sistema às terças-feiras, isso significa que o número de casos confirmados deve ser maior.

Os estados com maior número de casos confirmados e óbitos são São Paulo (14.580 e 1.037), Rio de Janeiro (4.899 e 422), Ceará (3.482 e 198), Pernambuco (2.690 e 234) e Amazonas (2.160 e 185). Algumas unidades federativas, como as três últimas citadas, já anunciaram que suas unidades de saúde estão perto da lotação máxima, ou seja, o sistema está próximo do colapso.

 

 

*Com informações do Metrópoles

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Medicamento anunciado por Marcos Pontes é mais nocivo e menos eficaz

O princípio ativo nitazoxanida seria pior do que a cloroquina, porque necessita maiores doses que poderiam ser nocivas ao paciente.

O medicamento que será testado em pacientes com Covid-19 no Brasil é menos efetivo e mais tóxico do que a cloroquina, também já alertada por especialistas por seus efeitos colaterais nocivos à saúde.

Trata-se do remédio que o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, anunciou que será testado nos próximos dias e que o ex-ministro da Saúde, Luiz Mandetta, revelou o nome: o vermífugo Annita. A composição deste medicamento é o princípio ativo nitazoxanida, que segundo coluna de Monica Bergamo, desta sexta (17), é pior que a cloroquina.

A coluna usou como base um estudo já realizado por cientistas e virologistas de Wuhan, a cidade chinesa que teve início a pandemia. Foram testados sete medicamentos em laboratório e comparados seus efeitos. A cloroquina, apesar de ter efeitos colaterais, foi considerada a menos tóxica e mais efetiva para tratar o Covid-19.

Também foram testados outros medicamentos, como o Remdesivir, utilizado para combater o Ebola, que também obteve resultados positivos em laboratório. Entretanto, a nitazoxanida, que é o composto principal do antiviral Annita, apenas apresentou bons resultados no combate ao vírus quando foram aplicadas doses muito altas, e que se mostraram tóxicas.

Ainda, conforme relatou o próprio ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, estas pesquisa foram realizadas em laboratório e in vitro, o que se diferencia da eficácia no corpo humano. Diversos medicamentos já apresentaram bons resultados in vitro e nenhum quando aplicados em pacientes.

Entretanto, Marcos Pontes, o ministro de Bolsonaro, que não confirmou que se trata do antiviral Annita, já anunciou que os testes terão início e que houve 94% de eficácia em exames preliminares.

Ainda, o fato de o ministro não querer revelar o nome, justificando para que não haja uma “corrida” às farmácias sem a comprovação da eficácia do medicamento, foi criticado pela comunidade científica.

“Qualquer pesquisa precisa dizer que medicamento será testado, em que doses, em quantos pacientes, e por quem será conduzida. Não existe pesquisa secreta em nenhum lugar do mundo”, criticou o membro do Comitê Comunitário de Acompanhamento de Pesquisas em Tuberculose, Ezio Távora.

 

 

*Com informações do GGN

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Vídeo: O grande Aldir Blanc está em estado grave no Rio e filha pede ajuda para vaga na UTI

Aldir Blanc, um dos maiores compositores da música brasileira, não está conseguindo vaga para a UTI no CER do Leblon. A filha do compositor, Isabel Blanc, fez um apelo por vídeo no Twitter.

O apelo dos amigos vai ganhando as redes socias. Luiz Antonio Simas faz um chamamento e fornece a conta de Aldir Blanc para colaborações:

“A situação do grande Aldir Blanc é muito grave. A família está tentando transferir o Aldir para uma UTI, mas não está conseguindo vaga. Aldir está na sala vermelha do CER, foi entubado, mas precisa de uma UTI com urgência. Se alguém do setor da saúde tiver como ajudar, a família dele agradece. Aldir é um patrimônio da cidade e do Brasil. Posto também um vídeo da Isabel, filha mais nova, falando da situação agora (vejam o vídeo, por favor). Quem puder ajudar com qualquer quantia, Aldir vive com dificuldades em virtude da vergonha que é o direito autoral no Brasil, pode colaborar na tentativa da transferência e do tratamento.

Banco Itaú
Agência 8236
C/C 08110-8
Aldir Blanc Mendes
CPF 102.790.677-04

 

*Com informações do 247