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Vídeo: Moro é escrachado em feira de Curitiba: ‘Vá pra São Paulo!’; ele não aguenta a pressão e vai embora

Neste sábado, 06-08, um coletivo de mulheres foi à Feira do Juvevê, bairro de Curitiba (PR), “toalhar’’.

É o termo usado para conversar com as pessoas, portando a toalha com a foto de Lula estampada.

E, aí, uma grande surpresa: Sergio Moro, candidato ao Senado pelo Paraná (União Brasil), em campanha na mesma feira, provavelmente gravando vídeos para exibir nas redes sociais.

De terno azul marinho, calça pula-brejo, o ex-candidato à Presidência e ex-candidato ao Senado por São Paulo posa para fotos com umas pouco pessoas, sorri amarelo para outras.

As mulheres lembram-lhe da fraude da Lava Jato, o papel de Moro no processo, a prisão de Lula, que beneficiou Jair Bolsonaro a se eleger presidente da República e Moro, seu ministro da Justiça, a destruição de milhões de empregos.

E aumenta o coro: “Vá pra São Paulo! Vá pra São Paulo!”

Era visível o desconforto do ex-juiz e dos membros da equipe que o acompanhava.

*Com Forum

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Molon traiu um acordo firmado. Essa é uma questão que está fazendo muita gente que o apoiava, passar a criticá-lo

Em momento algum Molon se prontificou a abrir um leque de debate sobre sua posição de roer a corda do acordo firmado entre PSB e PT, do qual ele tinha plena consciência, preferindo jogar para a torcida, mostrando apoio de pessoas públicas e respeitadas do campo da política e do meio artístico.

Molon tem um grande problema, umbigo de vedete e um narcisismo que não cabe dentro dele. Isso faz com que o vaidoso tropece no próprio pé após uma topada típica de quem estava distraído se autochaleirando.

Pior que isso, a frase perfeita dita por Brizola, “A política ama a traição, mas odeia o traidor”, nunca pareceu tão materializada nesse episódio que colocou Molon como boi na linha de uma coisa séria e definitiva para os rumos do país, que foi o acordo firmado, do qual ele é parte, entre o PSB, seu partido, e o PT.

Para piorar, descumprindo a orientação do PSB nacional, ele resolveu, primeiro, fazer ouvidos moucos para o carão que tomou da direção nacional do partido. Agora, decidiu afrontar a decisão majoritária do PSB que cortou a verba para sua campanha ao Senado e resolveu bancar o lobo solitário, numa espécie de bloco do eu só, impulsionado por uma ambição política desmedida.

O resultado não poderia ser mais desastroso. Imediatamente, a história integral de traição de Molon foi espalhada nas redes em um vídeo em que ele aparece miseravelmente se colocando de uma forma cretina, já fora do PT, quando o partido sofreu mais ataques dos bandidos da Lava-Jato, junto com a mídia, e Molon, além de se acovardar numa fuga vergonhosa da guerra, abrigou-se no acampamento do inimigo do PT e, de lá, passou a atirar em Lula e Dilma.

Isso foi o suficiente para que muita gente que, alheia a esse fato, tomasse ranço automático de Molon, porque não há como não ligar um fato a outro naquilo que é mais caro para a esquerda brasileira, a lealdade.

Pois bem, Molon saiu com essa de fazer uma carreira solo à francesa. A princípio, teve seu nome até exaltado por muitos que não tinham pego o fio da meada e que, agora, tendo plena consciência do que está em jogo, passaram a ter a visão real que é absolutamente oposta a de quem coloca os interesses do país acima dos interesses pessoais.

O custo político disso para Molon, está longe de ser avistado. Uma coisa é certa, ele vai sair muito menor do que entrou nesse furdunço que criou apenas para atender ao seu ego.

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Molon: um candidato de si mesmo

Ricardo Bruno – Se Alessandro Molon mantiver seu projeto pessoal e, como tudo indica, perder as eleições, terá de deixar a vida pública. O desmedido apego à candidatura, à revelia dos objetivos centrais de seu próprio grupo político, tirou-lhe condições de convivência em ambiente partidário.

Nesta empreitada contra o bom senso, violou um dos princípios basilares das agremiações partidárias: pôs seu projeto pessoal acima dos interesses e metas da legenda. Ao fazê-lo, perdeu credibilidade e confiança de seus pares, transformando-se em estorvo para a consecução do objetivo primordial da aliança PSB-PT: juntar, agregar, somar, reunir e potencializar energias para assegurar a vitória de Lula.

A obsessão do parlamentar de viabilizar o sonho de se tornar senador, em desacordo com pacto firmado diretamente como ex-presidente Lula, desidrata, drena e fragiliza a força da aliança entre as duas principais legendas da esquerda brasileira. Ao invés de se organizar estratégias para o avanço da chapa Lula-Alckmin, despende-se tempo e energia para tentar contornar a aventura individualista do parlamentar fluminense.

Os partidos não devem ser utilizados como instrumentos de projetos pessoais, desconectados das estratégias centrais do grupo. Essa talvez seja uma das maiores distorções da política nacional, na maioria das vezes resultante da ação das chamadas legendas de aluguel – siglas que são capturadas pelo objetivo raso de políticos despudorados.

Molon tem história no parlamento brasileiro, construiu trajetória ilibada na defesa de causas progressistas, ainda que tenha cedido à tentação moralista de apoiar Sérgio Moro e Marcelo Bretas nos desvios e arbítrios da operação Lava Jato. Em sua atuação, há indiscutivelmente um certo “lacerdismo” enrustido, ao agrado de boa parte da Zona Sul, base de seu eleitorado. Egresso da militância católica, ostenta a imagem de carola pudico, sublinhada pelo cabelo em corte que remete às tonsuras clericais.

Se na atividade parlamentar reúne muitos acertos, se a imagem se mostra aparentemente imaculada, a prática partidária é desastrosa. Molon controla o PSB utilizando métodos que fazem lembrar os políticos mais retrógados. Preside um diretório, cujos os integrantes, em sua maioria, são funcionários de seu gabinete parlamentar. Atuam exclusivamente para fazer valer os interesses e as vontades do patrão. Isto desqualifica e reduz o conjunto de sua atuação parlamentar. E retira legitimidade de sua indicação como candidato ao Senado.

Após sofrer sanções de seu próprio partido por incontinência de suas ambições pessoais, com o corte de recursos do fundo eleitoral e a possibilidade de perder espaço na propaganda na televisão, Molon se tornou candidato de si mesmo. Isolou-se no ambiente político-partidário e tenta levar à frente sua aventura com o apoio de alguns artistas e intelectuais respeitáveis, mas distantes da lide política, onde de fato se constrói os planos e estratégias de atuação eleitoral dos partidos.

Sua candidatura descumpre o acordo entre as legendas, traz prejuízos, portanto, à aliança PT-PSB e produz embaraços à convivência prática entre petistas e socialistas. Que deveriam estar terrivelmente unidos na defesa do projeto de redemocratização do país, representado pela chapa Lula-Alckmin. Perde também o candidato ao governo do PSB, Marcelo Freixo, que tem de se equilibrar entre as pretensões descabidas do presidente regional do partido e os objetivos maiores de seu projeto eleitoral de parceria com Lula e o PT.

Todos perdem, até mesmo o próprio Molon, que provavelmente será levado a encerrar sua respeitável carreira parlamentar, por pequenez política e demasiada ambição pessoal.

Ricardo Bruno é Jornalista político, apresentador do programa Jogo do Poder (Rio) e ex-secretário de comunicação do Estado do Rio/247

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Bancos privados rejeitam armadilha de Bolsonaro aos pobres e não aceitam fazer consignado com Auxílio Brasil

Bolsonaro e o Centrão criaram armadilha para multiplicar valor do Auxílio Brasil para os mais pobres iludindo-os com o crédito consignado. Juros poderiam chegar até a 98% ao ano. Os grandes bancos privados rejeitaram, com receio da repercussão negativa. Caixa e BB devem oferecer o crédito-arapuca.

Segundo a Forum, os grandes bancos privados do país não vão embarcar na proposta-armadilha aprovada pelo Centrão no Congresso e sancionada por Jair Bolsonaro de oferecer empréstimo consignado aos beneficiários do Auxílio Brasil, multiplicando os recursos nas mãos das famílias às vésperas da eleição e esmagando-as a seguir com juros estratosféricos.

Em publicações e anúncios em redes sociais, financeiras e promotoras de crédito que estão recolhendo pré-cadastros para ofertar os empréstimos falam em taxas de 4,99% ao mês, o equivalente a 79% ao ano. Mas as taxas chegam até a 5,88% ao mês, equivalentes a 98% ao ano.

Bradesco, Itaú, Santander, Nubank e BMG são algumas das instituições que já decidiram não oferecer crédito consignado. A recusa do mercado vem após o governo lançar a iniciativa sem colocar um limite à taxa de juros a ser cobrada.

Especialistas ouvidos por O Globo dizem que a saída em série dos grandes bancos mostra que há uma preocupação sobre a efetividade da medida e seu impacto na própria imagem das instituições.

Lauro Gonzalez, coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, afirmou ao jornalista João Sorima Neto que os bancos não querem se associar à imagem de que estão usando como garantia para o empréstimo uma transferência de renda para uma população na pobreza ou na extrema pobreza.

Isso poderia, inclusive, ir de encontro às práticas ESG (meio ambiente, social e governança na sigla em inglês) adotadas pelas grandes instituições: “As instituições que de fato estejam investindo em políticas ESG vão se questionar muito se entram ou não nesse mercado e, provavelmente, não vão entrar porque parece que há quase um consenso sobre, digamos assim, a ruindade dessa medida”.

Apesar da recusa dos bancos privados, os bancos públicos federais, sob comando bolsonarista, deverão apresentar a armadilha às beneficiárias e beneficiários do Auxílio Brasil. Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal informaram à Folha de S.Paulo que estão analisando como ofertar o consignado. A assessoria da Caixa afirmou que as contratações do empréstimo consignado do Auxílio Brasil terão início após a regulamentação das condições da operação, mas recusou-se a informar quais serão as taxas de juros dos empréstimos.

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Eduardo Cunha sai da Lava Jato quase 400% mais rico

Quem se esquece que Moro, que vestiu manequim de herói de combate à corrupção, aliviou, via mulher de Eduardo Cunha, um dos maiores esquemas de corrupção da história desse país? Na época, Moro afirmou que a fortuna que estava no nome dela, que seguia gastando como nunca no exterior com cartão sem limite, não tinha nada a ver com Eduardo Cunha.

Primeiro, temos que lembrar que Cunha só foi preso, porque o Ministério Público da Suiça deu a ficha do picareta que tinha dez contas em quatro países.

Agora, chega a notícia de que Cunha, depois da Lava Jato, ficou praticamente 400% mais rico, ou seja, vai combater corrupção assim lá na casa do Cunha.

Mas cadê que a nossa gloriosa mídia escancara esse fato em garrafais ou no Jornal Nacional.

O bolsonarista entusiasmado anda falando pelos cotovelos o que quer e que bem entende a favor de Bolsonaro. Trata-se daquele mesmo sujeito que, em 2018, dizia ser a nova política, em nome da família, de Deus e sei lá mais o quê.

Cunha está entre os quatro sujeitos “ilibados” que formam o esquadrão da moral bolsonarista. Além de Cunha, tem ainda Valdemar da Costa Neto, Collor e Roberto Jefferson, isso não é pouca coisa, até porque temos sempre que lembrar que Bolsonaro chegou à presidência por uma farsa entre ele e Moro, na barganha mais imunda da história das eleições.

Por isso, a notícia de que Cunha saiu da prisão muito mais rico do que já era, não surpreende ninguém. Foi pra isso que Moro, Dallagnol e o restante da falange de Curitiba trabalharam arduamente.

Dallagnol é outro que se encontra enrolado com a justiça com suspeita de desvio de verba do fundo partidário, sem falar de outro processo sobre gastos irregulares com diárias.

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Delegados da Polícia Civil lançam carta pró-democracia

O documento diz que os subscritores da carta “manifestam a crença nos valores da democracia e da cidadania, rechaçando qualquer tentativa de desrespeito à ordem constitucional”.

Segundo o Correio Braziliense, cento e doze delegados da Polícia Civil de São Paulo lançaram, ontem, o documento Carta Aberta dos Delegados de Polícia pela Democracia. Trata-se da primeira manifestação de policiais depois do lançamento do manifesto Estado de Direito, Sempre!, que deve ser lido, no dia 11 de agosto, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Entre os subscritores da carta estão o ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Domingo de Paulo Neto e o ex-diretor da Agência Nacional de Inteligência (Abin) Mauro Marcelo de Lima e Silva, além de outros delegados de classe especial — topo da carreira na Polícia Civil.

O documento diz que os subscritores da carta “conscientes do papel institucional do delegado de polícia de ser o primeiro garantidor da legalidade e da justiça, manifestam a crença nos valores da democracia e da cidadania, rechaçando qualquer tentativa de desrespeito à ordem constitucional ou arroubos autoritários”. A carta prossegue afirmando que “a democracia é um valor constitucional consagrado na Constituição Cidadã, e seu conteúdo deve ser construído dia a dia pelas instituições, em especial pelas agências de controle que integram o sistema de justiça, a exemplo da Polícia Civil”.

Os delegados lembram o arbítrio durante a ditadura militar e afirmam que em um “Estado Democrático de Direito, a Polícia Civil, tem o papel constitucional da preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio e a função de polícia judiciária e apuração das infrações penais, não sendo possível compactuar com qualquer atentado à lei e aos bens que devem ser protegidos constitucionalmente”.

Os delegados demonstram apoio à Justiça Eleitoral. “A reboque, o papel da polícia judiciária é o de órgão auxiliar da Justiça Eleitoral, inclusive na persecução dos crimes praticados contra a administração da justiça.”

O documento conclui salientando que os signatários reafirmam sua “disposição pela luta para garantia e defesa do Estado Democrático de Direito, pelo respeito aos três Poderes, bem como do processo eleitoral, que representa a vontade do povo e assim deve ser acatada”. “Em suma, parafraseando Ulysses Guimarães: ‘traidor da Constituição é traidor da Pátria. Temos ódio e nojo à ditadura!'”

Base eleitoral

Trata-se de mais uma manifestação de uma categoria que faz parte da base eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL). Vem na sequência da nota divulgada pelos servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no último dia 20, em favor do processo eleitoral brasileiro. Por meio de nota, a associação que representa a categoria disse que “não há qualquer registro de fraude nas urnas eletrônicas desde a implantação do atual sistema”.

No documento, deixam claro que a Abin tem “prestado apoio técnico especializado à Justiça Eleitoral no fornecimento e implementação de sistemas e dispositivos criptográficos, que contribuem para a autenticidade, confidencialidade e inviolabilidade dos programas e dados das urnas utilizadas no país”.

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A feliz citação da Semana de Arte Moderna de 1922 do manifesto da Fiesp pela democracia

Lógico, a carta da Fiesp em defesa da democracia é extremamente rebuscada para a cabeça ajumentada de Bolsonaro. Sim, alegra-nos ler a citação da Semana de Arte Moderna de 1922, liderada por Mário de Andrade que repudiava os discursos patrióticos a partir de uma estética oficial e exaltava o estrato mais humano da alma brasileira pela arte do povo.

Quando, já em 2017, o olhar arguto sobre o formato artístico espraiado em território nacional pelo povo de que a nossa arte deveria seguir o mesmo caminho obreiro e independente e de uma identidade severa, respaldada no sentimento coletivo da nação, refletido já na nossa maior arte de vanguarda até então, a música.

Essa celebração, que hoje é vista por Bolsonaro como principal inimiga do fascismo, dada a sua robustez e uma capacidade estonteante de resistência, vejam só, há um século é o principal pilar da construção de uma economia moderna a partir da comunhão de ideias que gerou a modernização da indústria nacional que, por sua vez, acabou inspirando, anos mais tarde, a criação da primeira indústria de base no Brasil, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda.

Trazer essa memória nesse momento foi, sem sombra de dúvida, uma feliz ideia, não só pela representação da mudança de paradigma determinante para o desenvolvimento do Brasil, como também trouxe à luz um caminho a ser retomado pelo próximo mandatário do país, que esperamos, seja Luiz Inácio Lula da Silva.

Há um aspecto bastante simbólico nesse ponto nevrálgico do manifesto da Fiesp, que é a adoção da primeira Semana de Arte Moderna pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, por ser o ponto alto dos três dias que abalaram o país, com o slogan de Mário de Andrade, “Brasileiros, chegou a hora de realizar o Brasil”.

No mesmo evento, Mário de Andrade leu um dos mais duros poemas críticos à falta de grandeza social da nossa burguesia. A leitura do poema foi feita na escadaria do Teatro Municipal de São Paulo, em tom de manifesto, “Ode ao Burguês”, extraído do seu livro “Pauliceia Desvairada”.

Por isso, não é sem motivos que a Semana de 1922, que foi repudiada pela burguesia daquele período, ganhou a dimensão que ganhou gerando os maiores debates  sobre cultura no Brasil, com um número incontável de livros que, 100 anos depois, continua sendo o grande marco institucional da cultura brasileira, por ser a expressão de natureza artística e cultural mais fiel ao sentimento mais profundo da alma brasileira, extraído do povo.

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Presidente da Fiesp: Não deveríamos estar discutindo urna eletrônica, e sim uma agenda para o país

Manifesto ‘Em Defesa da Democracia e da Justiça’ foi publicado hoje em forma de anúncio, com adesão de 107 instituições.

No dia em que o manifesto Em defesa da Democracia e da Justiça – de iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) – foi publicado em anúncios nos principais jornais do país, seu presidente, Josué Gomes da Silva, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo considerar “natural” que a entidade assine um manifesto em defesa da democracia. Segundo ele, “não existe liberalismo, economia de mercado ou propriedade privada, valores tão caros à entidade e ao setor industrial, sem que exista segurança jurídica, cujo pilar essencial é a democracia e o Estado de Direito”.

O dirigente é filho do vice-presidente da República de 2003 a 2010, José Alencar. À RBA, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo se referiu ao presidente da Fiesp na semana passada como “uma pessoa progressista, democrática e inteligente”.

Na entrevista à Folha, Josué afirma que “não deveríamos estar discutindo, a esta altura do campeonato, a urna eletrônica, e sim uma agenda para o país, como fomentar o desenvolvimento”. Um dos motivos que justificam o manifesto, acrescentou, é que não há como “ignorarmos a insegurança criada pela contestação da confiabilidade do sistema eleitoral e do Judiciário”.

Sem mencionar diretamente o presidente, ele comentou a semelhança entre os ataques de Jair Bolsonaro à democracia e os graves acontecimentos de 6 de janeiro de 2021 nos Estados Unidos, quando o ex-presidente Donald Trump se recusou a aceitar a derrota para Joe Biden e insuflou a invasão do Capitólio (o Congresso do país). “Nós não podemos aceitar que um 6 de janeiro aconteça no Brasil”, disse Josué. Na semana passada, isolado, Bolsonaro afirmou que o manifesto da Fiesp é uma “nota política em ano eleitoral”.

Movimentos pela paz, em defesa da democracia e do respeito às eleições se fortalecem

Adesão de mais de 100 entidades

O documento publicado nesta sexta é assinado por 107 entidades, entre as quais Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Câmara Americana de Comércio, Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), FecomercioSP, 11 centrais sindicais de trabalhadores, União Nacional dos Estudantes (UNE), USP e Unesp, entre outras instituições.

As instituições defendem enfaticamente no texto “o papel do Judiciário brasileiro, em especial do Supremo Tribunal Federal, guardião último da Constituição, e do Tribunal Superior Eleitoral, que tem conduzido com plena segurança, eficiência e integridade nossas eleições respeitadas internacionalmente”.

Bolsonaro tem atacado as instituições judiciais e ministros dos tribunais sistematicamente, principalmente Alexandre de Moraes e Edson Fachin, ambos do STF e do TSE. Moraes, eleito como o inimigo número 1 do chefe de governo, será o presidente da Corte eleitoral, em substituição a Fachin, a partir de 16 de agosto e conduzirá o tribunal no processo eleitoral.

Tortura Nunca Mais

O advogado Ariel de Castro Alves, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, entidade que também subscreve o manifesto, afirma ser preciso

“reconhecer que existe risco de uma tentativa de golpe de Estado, protagonizado por Bolsonaro e pelos militares que o cercam”. Para ele, “a união e reação imediata das instituições de Estado, das entidades da sociedade civil e da população em geral são fundamentais para desestimular setores do parlamento, das polícias e das Forças Armadas a aderirem aos planos golpistas e ditatoriais de Bolsonaro”.

Assinam o manifesto Em Defesa da Democracia e da Justiça:

Academia Brasileira de Ciências, Academia Paulista de Direito, Academia Paulista de Letras, Anistia Internacional, APD, Artigo 19, Abimo, Abics, Abihpec, Abdib, Abracom, Abimapi, Pró-genéricos, Abiove, Abraf, Associação Brasileira de Economistas pela Democracia, ABI, AASP, Febrafite, Andifes, Amcham, CSB, CTB, Intersindical, CUT, Cebrap, Cebri, CDPP, Ceert, CLP, Clube de Engenharia, Coalizão Negra por Direitos, Comissão Arns, Comitê de Defesa da Democracia, Conectas, Conif, Democracia em Xeque, Febraban, Fiesp, Fecomercio SP, FenaSaúde, Força Sindical, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, FNA, Fundação Fernando Henrique Cardoso, Greenpeace, Gife, Grupo Tortura Nunca Mais São Paulo, IBÁ, Akatu, IBCCRIM, Ibrac, BrasilCon, IDF, Iedi, Ieps, Ipam Amazônia, IAB Nacional, Iasp, Instituto Ethos, Instituto Marielle Franco, IMDS, Instituto Pro Bono, ISA, Instituto Sou da Paz, Instituto Vladimir Herzog, MDA, NCST Nova Central, OAB São Paulo, Pacto pela Democracia, PNBE, PUC-SP, Professores pela Democracia FGV-SP, Pública Central, Raps, Sinaemo, Sindbgesp, Sinbevidros, Sindicalçados Jaú, Sindilouça, Sindifibra, Sindicel, Sietex, Sindilux, Sipatesp, Sindusfarma, Sindmilho e Soja, Sindimov, Sinaesp, Sindical-MS, Sindicerâmica, Simagran-SP, Sindhosp, Sinpro, Sinaval, Sincs, Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência, Todos pela Educação, UGT, UNE, Unicamp, USP, Unesp e WWF.

*Com RBA

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Petrobras corta investimento e vende patrimônio para fazer pagamento recorde a acionista

Petrobras vendeu R$ 280 bilhões em bens para aumentar lucro de investidores. População paga a conta no preço dos combustíveis.

Brasil de Fato – Dividendos são, por definição, uma parcela de lucros que uma empresa distribui a seus acionistas. No caso da Petrobras, porém, essa palavra ganhou um novo significado desde a eleição de Jair Bolsonaro (PL).

Durante este governo, a Petrobras já não repassa a investidores uma parte do que ganha. A empresa atualmente paga aos seus acionistas mais do que ela lucra e incorpora nesses pagamentos inclusive parte do que ela arrecada com a venda de seus bens.

Só no primeiro semestre deste ano, por exemplo, a Petrobras já lucrou R$ 98 bilhões. Esse valor é altíssimo para o histórico da empresa, apenas 7% abaixo dos R$ 106 bilhões que ela lucrou durante todo o ano passado – recorde para a estatal.

Ainda assim, a companhia decidiu repassar a seus acionistas mais do que isso. Foram R$ 136 bilhões em dividendos referentes à sua atividade no primeiro semestre, ou seja, 138% do lucro líquido da empresa. Isso quer dizer que a cada R$ 1 que a Petrobras lucrou, R$ 1,38 foram distribuídos aos donos de suas ações.

Levando em conta só o resultado do segundo trimestre deste ano, a relação entre o lucro e os dividendos distribuídos pela Petrobras é ainda mais radical. A cada R$ 1 que a empresa lucrou, R$ 1,62 – 162% – foram distribuídos a acionistas.

De acordo com monitoramento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), isso nunca havia acontecido antes. De 1995 a 2019, primeiro ano da gestão Bolsonaro, a Petrobras tinha repassado a seus acionistas, em média, 30% do seu lucro num ano, chegando a no máximo 54%, em 1996.

Em 2020, contudo, esse percentual atingiu 145%. Baixou a 95% em 2021. Agora, ruma para uma nova porcentagem recorde graças a executivos indicados pelo presidente. “Essa é uma gestão que, como nunca, prioriza o lucro revertido ao acionista”, afirmou o economista economista Cloviomar Cararine Pereira, do Dieese.

Essa forma de administrar a Petrobras até colabora com as contas públicas, já que a União tem cerca de 36% das ações da Petrobras. Beneficia principalmente, entretanto, investidores, na sua maioria estrangeiros, que detêm os 64% restante das ações da companhia. Eles já têm R$ 87 bilhões em dividendos garantidos só em 2022.

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Bolsonaro chega nesse 7 de setembro com menos da metade da força de 2021

No ano passado, na véspera do ato de 7 de setembro, encontrei com um conhecido bolsonarista que parecia estar bastante entusiasmado com sua viagem para São Paulo para participar do ato de Bolsonaro. A viagem foi paga por um empresário que alugou alguns ônibus para formar uma caravana de minions para se somar à manifestação convocada por Bolsonaro na capital paulista.

No último domingo o encontrei novamente e algumas diferenças me chamaram a atenção, desta vez, ele não estava rodeado de 5 ou 6 bolsonaristas, estava sozinho. Parei e perguntei se ele ia participar do ato de 7 de setembro no Rio, já que é bem mais perto. Ele, se não chegou a desdenhar o evento, mostrou-se alheio, sem querer conversar sobre o assunto, um claro comportamento de quem anda desolado com a atual situação do bolsonarismo.

Ou seja, o camarada estava murcho, parecia cansado, exaurido.

Esse, a meu ver, foi um ponto bastante emblemático para perceber, de cara, que o ato de 2021 não rendeu os frutos esperados por Bolsonaro, este ano a coisa parece estar muito mais puída.

Some isso ao fato das entidades empresariais e do sistema financeiro assinarem o manifesto em prol da democracia e contra o golpismo de Bolsonaro, que a conclusão é uma noção mais ampla da diferença da força política, que já não era grande em 2021, por inúmeras razões, o clima de entusiasmo deste ano é infinitamente menor. Nem o ativismo fabricado está na área, ao contrário, há um sentimento de acomodação sem qualquer sinalização de que Bolsonaro sairá consagrado do 7 de setembro, coisa que também não aconteceu no ano passado.

Não se sabe exatamente o clima que será encontrado no Rio se comparado ao anterior.

Bolsonaro vai tentar inflar artificialmente o evento com evangélicos, militares, entro outros. Se isso junto vai dar liga ou mesmo um caldo, somente na hora se saberá, mas que Bolsonaro chega no dia 7 de setembro, politicamente muito mais fraco do que 2021, não resta a menor dúvida.

É bem possível que o clima do próximo ato seja um retiro de bolsonaristas vivendo do passado que só existe na memória deles.

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