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Incêndio em mina de ouro deixa pelo menos 27 mortos no Peru

o menos 27 pessoas morreram em um incêndio em uma mina de ouro em uma zona remota da região de Arequipa, sul do Peru, informou o Ministério Público local neste domingo.

O incêndio teria começado após um curto-circuito na madrugada de sábado (6), declarou o gerente da mina, Esteban Rey Huamaní, a bombeiros locais quando pediu por ajuda em uma cidade a 1h30 de distância da mina, descreveu um comunicado publicado pelo governo local nas redes sociais.

A suspeita era de que as vítimas tenham morrido por asfixia, complementa a nota. Os trabalhadores não tinham sinal de telefone dentro da mina para poderem se comunicar.

Trabalhadores foram dados primeiro como desaparecidos, mas as mortes foram confirmadas na manhã de hoje. O número foi repassado à imprensa por um procurador local. “A informação que temos da delegacia é de 27 mortos dentro da mina”, disse Giovanni Matos.

Duas pessoas foram resgatadas com vida hoje, de acordo com o jornal peruano El Comercio.

Agentes da Polícia Nacional do Peru foram deslocados para ajudar na retirada dos corpos, informou o jornal La República. O Ministério do Interior também está no local.

*Com Uol

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Parlamentares reiteram ao STF que acolha notícia-crime contra fala transfóbica de Nikolas Ferreira

A bancada do PSOL na Câmara, capitaneada pela deputada Erika Hilton, reiterou ao STF seu pedido para que seja acolhida a notícia-crime protocolada contra Nikolas Ferreira após discurso transfóbico em plenário. O grupo quer que o Judiciário tome providências, incluindo a manifestação da PGR sobre as novas informações juntadas ao processo, segundo Lauro Jardim, O Globo.

Relator do caso, André Mendonça encaminhou no mês passado os autos para a PGR analisar se há indício de delito. Augusto Aras pode pedir autorização à Corte para investigar o caso.

Na nova petição, os advogados argumentam que Nikolas tem usado “seu discurso criminoso para promover sua imagem junto às redes sociais” e ganhou milhares de seguidores após o episódio. Segundo eles, a situação ultrapassa por completo os limites da atividade parlamentar.

Diz o documento:

“Nikolas Ferreira, além de manter atividade criminosa constante de disseminar notícias falsas, transfobia e incitação à transfobia por todas as suas redes sociais, ainda está intencionalmente obtendo vantagem com a prática delituosa”.

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Google lança ofensiva contra PL das Fake News

OUTRO LADO: Empresa nega que privilegie links contrários ao projeto e diz que não altera manualmente resultados

O Google lançou uma ofensiva contra o PL 2630, o projeto de lei que regula a internet e que deve ser votado nesta terça-feira (2), mostram emails, prints e relatos obtidos pela Folha, além de um levantamento do NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Quem usa o Google nesta segunda-feira (1º) se depara com um link bem embaixo da caixa de busca, com os dizeres: “O PL das fake news pode piorar sua internet”. O link direciona para um post do blog do Google com inúmeras críticas ao projeto. Segundo o site de dados Statista, 97% dos brasileiros usam o Google para buscas na internet. De acordo com levantamento do NetLab, a plataforma também está privilegiando links de conteúdo de oposição ao PL nos resultados das buscas sobre o projeto de lei, além de anúncios do próprio Google criticando a nova legislação.

Procurada pela reportagem, a plataforma negou que esteja privilegiando links contra o PL em seu buscador e afirmou que seus sistemas de ranqueamento se aplicam para todas as páginas da web, incluindo aquelas que administra.

De acordo com o NetLab, quando se procura por “PL 2630” no buscador, entre os primeiros resultados está um link de publicidade com o título: “PL da Censura”. Ele leva a um post no blog do Google que diz que a proposta “pode piorar a sua internet”.

Além desse, os outros links que aparecem nos primeiros resultados das buscas pelo termo são oficiais, como do Senado e Câmara, de veículos de imprensa e de sites hiperpartidários que se posicionam contra o PL, como a Revista Oeste, PlenoNews, PLdaCensura e Boletim da Liberdade, de propriedade do ex-deputado Paulo Ganime (Novo-RJ), que lidera campanha contra a regulação, além de vídeos do canal do Brasil Paralelo no YouTube.

Conforme o NetLab, os links do Google contra o PL também apareceram na primeira página não como propaganda, mas como resultado da busca orgânica pelo termo “PL 2630”, em consultas realizadas de forma anônima, sugerindo um usuário genérico brasileiro sem histórico, entre os dias 23 e 28 de abril.

Além disso, youtubers vêm recebendo desde sexta (28) e-mails do YouTube afirmando que eles vão perder dinheiro se o projeto for aprovado. As mensagens afirmam que o PL compromete “nosso modelo de compartilhamento de receita”.

Dizem que, ao ser obrigada a pagar por conteúdo jornalístico, como prevê o artigo 32 do PL, sobrariam “menos fundos para investir em você, em todos os nossos criadores e nos programas para ajudá-lo a desenvolver seu público”. No final, insta os youtubers a falar “com seus deputados nas redes sociais ainda hoje”.

Pelo Twitter, o influenciador Felipe Neto respondeu ao email do YouTube, dizendo nunca viu “uma tentativa tão pesada de utilização dos criadores para defender os interesses do Google”.

Segundo ele, o “posicionamento do YouTube é vergonhoso, pois é uma mentira e uma ameaça feita de maneira intencional”.

De acordo com Marie Santini, coordenadora do NetLab, o algoritmo do Google que determina o ranqueamento dos sites na ferramenta de busca normalmente mostra os resultados por ordem de relevância. Está entre os critérios o link ter sido citado por outras fontes de reconhecida reputação na internet.

“O que nos parece é que o Google ponderou os resultados de busca de tal forma a aumentar a relevância de sua própria voz em sua plataforma.”

Segundo ela, “isso pode configurar abuso de poder econômico às vésperas da votação” para tentar impactar a opinião pública e os votos dos parlamentares.

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Luis Nassif: Qual seria o golpe aplicado no governo de SP no caso Antonov?

Caso reportado pela CNN poderia se resumir a uma “barriga” jornalística, não fosse a notícia oficialmente divulgada pelo governo de SP.

Em um primeiro momento, parecia apenas uma fake news com propósitos políticos. O fabricante da Antonov – maior navio cargueiro do mundo -, que pertence a uma estatal ucraniana, teria decidido investir US$ 50 bilhões em São Paulo, mas desistiu por causa de uma frase do presidente Lula sobre a guerra.

A notícia era inverossímil por dois motivos:

  1. O valor corresponde a um terço do PIB ucraniano de 2021. E o País, hoje em dia, está menor ainda.
  2. O investimento seria em 5 anos, o que corresponderia a 3% do PIB da Ucrânia por ano. Para efeito de comparação, todo investimento público brasileiro não chega a 1% do PIB.
  3. Nenhuma empresa séria suspende investimento dessa ordem devido a uma declaração de um presidente da República, que nem foi contra o País.

Logo depois, veio uma nota oficial do governo ucraniano negando a existência de qualquer representante no país ou de qualquer negociação.

Tudo poderia se resumir a uma “barriga” jornalística, soprada por alguma fonte não confiável, não fosse o fato de que a notícia foi oficialmente divulgada pelo governo de São Paulo.

Pontos de análise

  1. O governo de São Paulo admitiu, oficialmente, as supostas tratativas.

“A Secretaria de Negócios Internacionais do Estado de São Paulo informa que, no dia 11 de abril, recebeu representantes de Oleksandr Nykonenko e Victor Avdeyev, conselheiro e vice-presidente da Antonov Company, para audiência a respeito do interesse da estatal ucraniana Antonov desenvolver atividades no Brasil, em especial no Estado de São Paulo”, diz o governo de SP em nota.

A empresa, por sua vez, é uma fabricante de ventiladores de alto desempenho, para refrigeração, máquinas e processos industriais, entre outros.

Na Internet, há um currículo dele apresentando-o como embaixador da Ucrânia em Portugal e também ex-diretor de assuntos militares no Ministério de Assuntos Internacionais na Ucrânia, mas no período 2008-2010, antes da era Zelensky. Também foi embaixador da Ucrânia em Brasília, entre 1995-2000. Mas não se encontra menção no portal da Antonov.

Já na busca pelo nome Victor Avdeyev, que seria o vice-presidente da Antonov, desautorizado pela própria empresa, aparece um perfil no Facebook de alguém ligado à Cúpula Missionária Internacional. Podem ser apenas homônimo. No LinkedIn, há outro Viktor Avdeev apresentado como profissional de vendas especializado em marketing digital.

2. O Secretário de Negócios Internacionais do governo de São Paulo é Lucas Ferraz, que tem passagem pelo banco dos BRICS, BID, entre outros bancos internacionais, além de ter sido secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia.

3. A Beuno Maia Consultoria aparece na web apenas como “consultoria de inteligência financeira”, sem mais detalhes.
Hipótese mais provável

Tentaram dar um golpe no governo de São Paulo, com essa história inverossímil. Em algum momento, o governo fez alguma exigência que não poderia ter sido atendida pelos grupo. Criou-se então essa versão extravagante para o negócio ter falhado.

GGN

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Após publicar fake news burlesca, CNN pede desculpas ao governo Lula

A CNN Brasil pediu desculpas nesta quarta-feira (26) ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após publicar uma fake news sobre uma suposta suspensão de negociações entre o governo brasileiro e a estatal ucraniana Antonov que envolviam investimentos irreais de US$ 50 bilhões.

“Em uma falha de procedimento, a CNN não procurou, antes da publicação da reportagem, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, à qual pedimos desculpas pelo erro”, disse a CNN em recado publicado no site da emissora.

Após ser questionada sobre a informação falsa nas redes sociais, a emissora atribuiu a suposta posição da Antonov ao governo de São Paulo, comandado pelo bolsonarista Tarcísio de Freitas.

O comunicado da CNN veio depois que a Antonov divulgou uma nota oficial desmentindo a informação da emissora. “Atualmente, os meios de comunicação de massa da República Federal do Brasil estão compartilhando a informação falsa de que a Companhia Antonov suspendeu supostas negociações sobre o suposto lançamento da produção de aeronaves no Brasil”, disse a Antonov em nota publicada em suas redes sociais.

O 247 denunciou desde a manhã desta quarta-feira a fake news da CNN, apontando a falta de conexão da informação com a realidade. Nunca, em nenhum lugar do mundo, qualquer multinacional anunciou um investimento de 50 bilhões de dólares. Os grandes projetos de investimento industrial recentes situam-se na casa de US$ 10 bilhões, como um projeto da Tesla, no México, e um da Volkswagen, na Espanha. Nesta semana, houve o anúncio de um projeto de US$ 14 bilhões, também pela Volks, para uma grande fábrica de baterias no Canadá.

Portanto, qualquer jornalista minimamente experiente saberia que a informação sobre a Antonov era falsa. Além disso, tal quantia representa nada menos que 25% do PIB da Ucrânia, um país devastado pela guerra, que tem recebido ajuda internacional para comprar armas, mas que não tem feito qualquer investimento fora de suas fronteiras. Sem contar o fato de que a Antonov é uma estatal russo-ucraniana, sem qualquer presença internacional.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, questionou a conduta da emissora após a notícia falsa. “Publicar notícia falsa sem ouvir os dois lados é jornalismo? Usar um site oficial de um governo de estado para ‘esquentar’ uma Fake News é honesto? É jornalismo ? Onde eu estudei, na @UFSM_oficial e me formei Jornalista aprendi que isso não é jornalismo”, afirmou Pimenta.

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Depoimento de Bolsonaro vira meme: ‘Foi sem querer querendo’

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi comparado ao personagem Chaves nas redes sociais após o depoimento prestado à PF.

Bolsonaro comparado a Chaves. Internautas usaram a justificativa do presidente sobre o compartilhamento de um vídeo contra as urnas para lembrar de uma frase famosa do personagem: “Foi sem querer querendo”.

Bolsonaro disse que postou o vídeo com fake news sobre as eleições “sem querer” e que estava sob efeito de remédios.

Segundo a defesa do ex-presidente, Bolsonaro ia compartilhar o vídeo consigo mesmo no WhatsApp, para assistir depois, mas acabou postando no Facebook.

https://twitter.com/MarcianoBrito13/status/1651346683488247810?s=20

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Bolsonaro teria usado morfina que só provoca confusão mental em doses altíssimas e seria contraindicada ao ex-presidente

Droga causa constipação e poderia agravar casos de obstrução intestinal como o do ex-presidente.

Segundo O Globo, a alegação da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro de que postou sem querer, sob efeito de morfina, um vídeo em que contesta o sistema eleitoral, dois dias após os atos golpistas de 8 de janeiro, causou estranhamento entre especialistas. Isso porque a morfina é um medicamento que causa uma diminuição na motilidade gastrointestinal, ou seja, é usada contra diarreia e teria potencial de agravar o quadro de obstrução intestinal de Bolsonaro. Além disso, ela não seria justificativa para um quadro de confusão metal, a não ser em doses muito elevadas.

De acordo com o advogado Paulo Cunha Bueno, que acompanhou o ex-presidente no depoimento, quando fez a postagem, Bolsonaro estava sob efeito de morfina, usada por causa de uma “crise de obstrução intestinal”:

— Ele teve uma crise de obstrução intestinal, foi submetido a tratamento com morfina, foi hospitalizado e só recebeu alta na tarde do dia 10. Esta postagem foi feita de forma equivocada. Tanto que pouco depois, duas ou três horas depois, ele foi advertido e imediatamente retirou a postagem.

Para a professora de farmacologia e ex-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraya Smaili, a alegação é “estranha”.

— É uma argumentação ruim porque a morfina causa mais constipação, ao provocar uma diminuição na motilidade gastrointestinal. É muito estranho — explica.

“Os opiáceos continuam sendo agentes eficazes para causar constipação ou tratar a diarreia”, diz o livro “Goodman & Gilman, as bases farmacológicas da terapêutica”, conhecido como a “Bíblia da farmacologia”.

Mesmo que tenha sido essa a opção médica, ela não justificaria um quadro de falta de discernimento:

— Em relação ao sistema nervoso central, a morfina causa principalmente sonolência, uma certa depressão… Agora, confusão mental, só numa concentração muito alta — afirma Smaili.

O principal uso terapêutico da morfina é a dor, também sendo utilizada para sedação e indução ao sono. Em alguns casos específicos, a droga e seus derivados podem servir para tratar tosse, dispineia (falta de ar) e diarreia — graças aos efeitos constipantes.

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Homem invade creche com facão, é contido por “tio da van” e vai preso

Um homem foi preso em flagrante após invadir uma creche em Osasco, na Grande SP; profissionais acionaram Botão SOS, segundo o Metrópoles.

Um homem foi preso em flagrante após invadir uma creche em Osasco, na Grande São Paulo, na tarde desta quarta-feira (26/4). O suspeito estava com um facão.

Segundo a Prefeitura de Osasco, funcionários da unidade viram o suspeito e acionaram o “Botão SOS Escola”. A Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) foram acionadas às 13h35.

O caso aconteceu no Centro Municipal de Educação (CEMEI) Mario Quintana, localizado na Rua José da Costa, no Jardim São Pedro.

Segundo testemunhas, o homem tentou abordar uma pessoa na entrada da creche e invadiu o pátio depois. Ninguém foi atacado.

“Não houve feridos. O suspeito não teve qualquer contato com funcionários ou alunos da unidade de ensino”, diz o comunicado.

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CPI investiga por que chefe de Operações da PMDF preso após 8/1 recebeu Pix de subordinados e empresa

A CPI dos Atos Antidemocráticos avalia dados da quebra do sigilo bancário do coronel Jorge Eduardo Naime e deve enviá-los à PCDF e à PMDF.

O ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Jorge Eduardo Naime recebeu Pix de policiais militares subordinados a ele e de uma empresa de segurança privada. As operações financeiras foram efetuadas durante o período analisado, desde pouco antes das eleições de 2022 até janeiro deste ano.

Os dados constam na quebra de sigilo bancário solicitada pela CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A coluna apurou que a CPI deve enviar as informações para que a Polícia Civil do DF (PCDF) e a corregedoria da PMDF investiguem a origem das transferências bancárias.

Naime era comandante de Operações da PMDF e, no dia da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, estava de licença. Ele está preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) sob suspeita de conivência ou omissão com os atos.

Foram levantadas as informações de movimentações financeiras referentes ao período que começa antes das eleições de 2022 e até depois da invasão e depredação da sede dos Três Poderes: de julho de 2022 a fevereiro de 2023.

Os dados revelam que Naime recebeu dinheiro de pelo menos três subordinados no Departamento de Operações da PMDF.

Um deles, o segundo-sargento André Felipe Monteiro Myles, transferiu R$ 6,7 mil para a conta do coronel no dia 11 de agosto de 2022. Ele era motorista do Naime e, naquele mês, recebeu salário líquido de R$ 8,9 mil, conforme aponta o Portal da Transparência do DF.

O segundo-sargento Leonardo Victor Batista fez Pix de R$ 5 mil e mais um depósito de dinheiro, também de R$ 5 mil, totalizando R$ 10 mil, no dia 10 de outubro de 2022. Naquele mês, a remuneração líquida do militar foi de R$ 8,4 mil.

O primeiro-sargento André Luis de Oliveira Jorge mandou R$ 5 mil, via Pix, para o coronel no dia 27 de setembro de 2022. Ele recebeu salário de R$ 12 mil naquele mês.

Ao longo de cinco meses, a empresa H&F Vigilância de Segurança Ltda. repassou ao coronel R$ 15.635,88. A empresa de Goiás fez Pix de R$ 3 mil mensalmente a Naime. O dinheiro foi transferido para a conta bancária do coronel em 13 de setembro, 14 de outubro, 9 de novembro, 6 de dezembro de 2022 e 10 de janeiro de 2023. No dia 7 de dezembro de 2022, foi feito um Pix adicional de R$ 635,88.

O outro lado

De acordo com a advogada do coronel Jorge Eduardo Naime, Izabella Borges, a “defesa esclarece que não teve acesso a esses documentos ainda, mas é importante que se torne público nesse momento que o coronel Naime é pai de um adolescente com hidrocefalia, que já realizou diversas cirurgias para a manutenção de sua vida, com a reposição de válvulas cerebrais”.

“Uma equipe multidisciplinar atende o adolescente e, como todos sabem, manter uma vida nessas condições não é barato. Amigos e familiares já realizaram empréstimos de valores baixos e irrelevantes para auxiliar a família, como é o caso da ajuda familiar de Mariana Fiúza, que girou em torno de R$ 2.000 por alguns poucos meses”, afirmou. De acordo com Izabella, a empresa H&F pertence aos tios da esposa do coronel.

Em contato com a coluna, Mariana disse que o filho “nasceu de 26 semanas, com hidrocefalia, e tem diagnóstico de várias más-formações neurológicas”. “Ele já passou por mais de oito cirurgias e, em razão de todos esses

custos, minha família me apoia há alguns anos”, declarou.

A H&F, por meio do diretor administrativo, Gabriel Fiúza, disse que o coronel possui relação direta de parentesco com os diretores da empresa, “de modo que há mais de 10 anos auxilia no tratamento de saúde do filho, agora com 14 anos”.

“A criança possui um histórico de complicações de saúde como hidrocefalia, síndrome de Arnold-Chiari e outros, devido ao seu nascimento de prematuridade extrema após um estado de pré-eclâmpsia de sua mãe, Mariana”, afirmou.

*Matéria publicada com exclusividade no Metrópoles

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Decisão histórica: Papa permite voto de mulheres em Sínodo dos Bispos

Novas regras também ampliam participação de leigos no principal colegiado deliberativo da Igreja Católica.

O Vaticano anunciou, nesta quarta-feira, que o Papa Francisco vai permitir que mulheres votem no próximo Sínodo dos Bispos, em um movimento inédito que pode abrir caminho para maior inclusão feminina nas decisões internas da Igreja Católica, uma causa defendida pelo Pontífice ao longo de seu papado. Francisco também aumentou o número de leigos que vão participar do Sínodo, em outubro, que é o principal colegiado de deliberação da Igreja, diz O Globo.

O Sínodo dos Bispos é uma instituição permanente de aconselhamento do Papa que reúne bispos de todo o mundo, em encontros periódicos para discutir e votar propostas sobre orientações da Igreja que são enviadas para deliberação do Papa. O tema do evento deste ano gira em torno do estímulo ao maior envolvimento dos fiéis nas questões da Igreja.

As novas regras, publicadas nesta quarta-feira em um documento sobre o próximo Sínodo, marcam uma mudança histórica nas normas da Igreja católica. Pelo documento, a maior parte dos participantes ainda é formada por bispos, mas o Papa adicionou 70 integrantes além deles, com orientação de que 35 sejam mulheres e que a presença de jovens seja incentivada. O texto determina que, por serem integrantes, “eles terão o direito a voto”.

Além disso, cinco freiras vão se juntar aos 5 padres que também podem votar como representantes de ordens religiosas. Nos Sínodos passados, as mulheres puderam apenas atuar como auditoras.

As mudanças vêm ao encontro de manifestações do Papa em defesa da ampliação do poder decisório de mulheres, assim como do estímulo à integração de leigos nos assuntos da Igreja. Francisco também nomeou mulheres para cargos na Cúria Romana — o órgão central de governo da Igreja. Em 2021, o Papa fez uma alteração no regulamento da Igreja para permitir que mulheres pudessem fazer a leitura da Bíblia nas missas e distribuir a comunhão nas missas.

O direito de voto era uma reivindicação antiga das mulheres na Igreja Católica. No encontro de 2018, ocorreram protestos pela ampliação do papel delas, com a entrega de uma petição com mais de nove mil assinaturas ao secretariado do Sínodo.

— (A mudança) É resultado de longa militância e ativismo — comemorou Kate McElwee, integrante de um grupo que defende o direito de mulheres na Igreja. (Com New York Times).

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