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Opinião

Roger, do conjunto “A gente somos inúteu”, diz que nunca precisou da Funarte. Precisaria pra quê?

Roger é talvez o mais resiliente dos decadentes do universo bolsonarista. Seu olhar em torno de si mesmo produz a perfeita caricatura do Brasil, representada pelas classes média e alta desse país.

Preconceituoso até a medula, Roger, quando fala do Brasil, fala muito mais de si e dessa manada patriótica formada por americanófilos de carreira.

Não vou aqui discutir a arte, na verdade, reputo-me à condição de reproduzir a frase do grande guru da cultura brasileira, Mário de Andrade sobre o conceito de arte na sua Conferência na Sociedade da Cultura Artística em São Paulo, quando abriu a sua palestra dizendo: “Gostaria de dizer em primeiro lugar que eu não sei o que é arte”.

Mário de Andrade, que tinha obsessão pelo humano, fez com que ele enxergasse como ninguém o sentimento mais profundo da alma dos brasileiros, tinha um olhar agudo, os ouvidos atentos e a percepção do todo sobre a arte popular no Brasil. Por isso era um aficionado pelas manifestações culturais espontâneas do povo brasileiro, produzindo livros que são verdadeiras obras primas sobre cada filigrana desse universo sem fim de expressões culturais desse país, plantando com isso, um marco de uma espécie de renascença tropical e o período mais fecundo da produção da música sinfônica no país, pois foi grande orientador dos nossos maiores compositores e maestros da música erudita brasileira.

Para Mário de Andrade, como ele próprio escreveu no livro O Baile das Quatro Artes, “na arte, o humano é a fatalidade”.

É aí que começo a falar sobre Roger, esse produto forjado pela nefasta cultura de massa no Brasil.

Em primeiro lugar, é preciso dizer com todas as letras que há uma diferença abismal entre o que é popular e o que é virtualmente popular, porque no Brasil tudo o que é vulgar, é tido como arte pobre para ser consumida pelo povo pobre, quando, na verdade, as manifestações artísticas mais criativas, mais belas e, sobretudo mais independentes de qualquer rasgo estético vêm ou se inspiram nas manifestações culturais protagonizadas pelas camadas mais pobres da população, porque a arte só evolui pelo afeto. E por esse mesmo afeto o Brasil se tornou o país mais miscigenado do mundo, principalmente em sua base social. Em consequência, produziu a maior e mais rica diversidade cultural do mundo.

Isso posto, pode-se afirmar com a mão na consciência, que com a experiência da observação de um produto de mídia que Roger foi e, hoje, uma figura decadente e deprimente, que aquele manequim atochado na sua imagem como representante de uma juventude anarquista, era puro produto de mercado para atender, principalmente, às classes média e alta de imensa maioria branca no Brasil.

É essa ex-juventude, hoje sexagenária, que tinha Roger como ídolo nos seus tempos áureos de “a gente somos inúteu” que tem produzido as paspalhices mais agudas dos verde e amarelo apatetados na vida política do país.

A proporção diante do restante da população, como mostra o Datafolha hoje, diz respeito àquela mesmíssima parcela de alienados que, quando jovens, zanzavam pra lá e pra cá bancando os playboys tropicais, muitos inclusive, filhos das camadas operárias, arrotando burguesia de fachada para buscar um degrau a mais no ambiente social, político e institucional, demandado pelas classes economicamente dominantes.

Por isso Roger e seus ex-admiradores de juventude aplaudiram com entusiasmo o massacre de negros e pobres pela PM em Paraisópolis. E eles que tinham nas drogas o seu ponto de afirmação na juventude, hoje, criminalizam usuários e a comercialização da qual tanto lançaram mão.

Essa gente do “sexo, droga e rock and roll” encaretou? Não, sempre foi uma mentira social, sempre viveu de uma aparência forjada na sociedade de consumo para, através da etiqueta de uma roupa, calçado, de um automóvel ou de qualquer outra coisa banal vinda da futilidade típica da cultura de massa, criar o personagem do idiota perfeito para servir como o grande protagonista do consumo que se deu, sobretudo, a partir da década de 1960, copiando o modo de vida da juventude americana, inspirada nos enlatados hollywoodianos.

O maestro que hoje preside a Funarte, disse que o rock é satânico, entre outras sandices. Roger, depois de ser cobrado por tal declaração de um devoto como ele do fascismo tropical, respondeu, “eu nunca precisei da Funarte, eu quero que ela se dane”. Então, uma pergunta é inevitável, por que Roger algum dia precisaria do apoio da Funarte, Fundação Nacional da Arte?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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Vídeo: Se o preço dos alimentos continuar a subir, é o recado do povo em mais um saque de alimentos, agora em SP

Milton Santos, em seu livro, “Por uma outra Globalização”, escreveu que nenhum momento na história pode ser comparado ao atual pela revolução digital informacional, em que o povo teria em suas mãos pela primeira vez máquinas que servem ao sistema financeiro, mas também são dóceis com a população, seja do ponto de vista da produção ou da informação.

Impressiona a fidelidade dos fatos que Milton Santos previu há duas décadas, quando sequer imaginava que a sociedade teria a seu dispor redes sociais tão potentes quanto hoje, como vimos Facebook e cia. Até os choques de ideias na internet entre as pessoas, foram previstos pelo geógrafo.

Milton Santos ainda previu um segundo momento em que as sociedades marchariam numa só direção em uma mesma pulsação contra um inimigo comum, o sistema financeiro globalizado que corrói o planeta e tira o homem do centro das atenções para, no lugar, colocar o mercado como protagonista.

Pois bem, esses saques que começam a ocorrer agora no governo Bolsonaro, ocorreram também no final do governo FHC no Norte e Nordeste do Brasil. A diferença é que, naquela época, com o monopólio da informação todo nas mãos do baronato midiático, os casos eram abafados. No entanto, hoje, fatos como o saque no Rio e, agora, em São Paulo, certamente, vão inspirar as camadas mais pobres da população penalizadas com o ultraneoliberalismo criminoso de Paulo Guedes a protagonizarem cenas de saques cada vez maiores e com mais frequência.

A conferir.

No vídeo abaixo, um cinegrafista registrou um saque em uma van com alimentos na Avenida Rio Branco, em São Paulo, na tarde de sexta-feira (07).

Duas pessoas que trabalham na região informaram a reportagem sobre a ocorrência de um grande arrastão no local.

https://twitter.com/SilReGra/status/1203281207263420422?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Qual o futuro de um país que, em um ano de governo, 80% não confiam no que o presidente fala?

O Datafolha trouxe uma notícia catastrófica, não só para Bolsonaro, mas sobretudo para o povo brasileiro.

Um presidente sem palavra para a imensa maior parte da população é um defunto político.

De cada 5 brasileiros, 4 não confiam nas palavras de Bolsonaro.

Imagina isso!

Cara de mentiroso, olhar de mentiroso, jeito de mentiroso e fala de mentiroso, mentiroso é.

Isso é o que diz a pesquisa Datafolha sobre o a crença do povo nas falas de Bolsonaro.

Se isso não é uma tragédia política, eu não sei o que é.

Ivan Valente:
“Exemplo de político mentiroso e demagogo, do tipo cínico que se diz a nova política mas joga no submundo, a máscara de Bolsonaro cai.”

E lembrar que depois da crise dos EUA em 2008 que atingiu todo mundo, Lula vai na TV fala para o povo não ter medo de comprar para aquecer a economia brasileira, o povo acredita em Lula vai as compras e faz o PIB chegar em 2010 a 7,5% de aumento e fechar seu segundo mandato com praticamente 90% de aprovação.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Efeito inverso: Após críticas de Bolsonaro, livro de Laura Carvalho tem explosão de venda

Horas após publicar capa de livro de economista brasileira para ironizar novo ministro da Economia da Argentina, a publicação “Valsa Brasileira”, da economista Laura Carvalho, se tornou uma das mais vendidas na Amazon

Ao tentar criticar o novo ministro da Argentina para seus seguidores no Facebook, o presidente Jair Bolsonaro acabou fazendo propaganda de um livro de economia considerado por ele como “esquerdista” na noite da sexta-feira (6).

“Ministro da Economia da Argentina, Martin Guzmán, recomenda o livro da Laura Carvalho, economista do PSOL na última campanha”, afirmou Bolsonaro, postando uma foto da capa do livro “Valsa Brasileira: do boom ao caos econômico”.

Nos comentários, alguns apoiadores pediam que o presidente indicasse obras como as do filósofo Olavo de Carvalho ou parasse de “picuinhas”, mas outras pessoas elogiaram o trabalho da docente da USP e a propaganda feita pelo presidente. “Valeu pela dica, comprando aqui”, afirmou um internauta.

Após a publicação de Bolsonaro, a própria Laura Carvalho utilizou as redes sociais para mostrar incredulidade diante da propaganda gratuita feita pelo presidente. “Esse momento é meu”, brincou a professora da USP. Poucas horas depois, o livro disparou no número de vendas online e se tornou a 51ª publicação mais vendida na Amazon.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) utilizou as redes sociais para fazer brincadeira com o deslize de Bolsonaro. “”Tem horas que só rindo. Sobrou até para Laura Carvalho, que virou ‘economista do PSOL’. Temos orgulho de ter contado com suas contribuições na formulação do programa que apresentamos ao país nas eleições de 2018”, afirmou o partido.

Veja a publicação de Bolsonaro:

https://www.facebook.com/jairmessias.bolsonaro/photos/a.250567771758883/1694500210698958/?type=3&eid=ARD2PyD5NR_565oYkWblLzYtDkcfi-_vTZ1qv1TUHiTJPMJZkWBnMiIgY78vTe2N7dSOA-P_b8rFMHvS&__xts__%5B0%5D=68.ARBBaJps8gGEvKhR0S0UJdx1TcjSpRHT8Ahuz5Yjq9UU8FFc-PVOrxrLYNPYoLAMtiGkiEYiWZ_Nen2stxc4xa799_pWnSjRS0Kykd_Zt04lJnnHJee1lwNusX1CJco2UzIlFMpDQs5MZc0x9kPoRcbhRsQRm9D7jn_a6YqcXNp6pnZamxacUIEPwFghHIuO1f77I6aXmUuSyxaehsDAG7JNbd83VIgNCTmUU7ofxuO3orA0jlR8lp8QK6I2ThJfIPIaOI_z9KJ5LlXQpNbugu9eFj3j9jC_3ANupn0zO6cKJVu0g8rXfGYlGkhAeVYOHKCjSwe2vQTlen5q3y3iqhgdhA&__tn__=EHH-R

 

 

*Com informações do Brasil Econômico

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Após grande repercussão, Bolsonaro recua da decisão de excluir artistas e produtores culturais do MEI

A Receita Federal informou neste sábado (07/12/2019) que vai propor a revogação da resolução publicada no Diário Oficial da União que excluiu 17 ocupações do sistema de Microempreendedor Individual (MEI), a partir de 1º de janeiro.

A lista incluía professores particulares independentes, astrólogos e esteticistas, além de três subclasses, voltadas ao desenvolvimento e licenciamento de programas de computador.

A reportagem do jornal O Globo destaca que “o tema repercutiu em redes sociais e grupos de artistas e produtores culturais. Abaixos-assinados digitais contra a medida ganharam milhares de adesões em poucas horas, e um protesto foi marcado na segunda-feira, às 14h, em frente ao Palácio Capanema, no Centro. O temor é de que muitos profissionais do mercado, que hoje atuam como MEI, voltem à informalidade.”

A matéria ainda acrescenta que “em Brasília, Câmara e Senado já se articulavam para derrubar a medida, através de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) antes do recesso parlamentar, conforme informou a presidente da Comissão de Cultura da Câmara, deputada Benedita da Silva (PT-RJ). Em seu perfil no Twitter, Rodrigo Maia criticou a reoe. “Sou contra esta resolução do Conselho Gestor do Simples Nacional. A cultura — e todos que trabalham com ela — é um patrimônio do país. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, me ligou de Madri e me avisou que vai pautar na terça o decreto legislativo”, adiantou o presidente da Câmara na rede social. Alcolumbre está em Madri para acompanhar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 25).”

No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou a decisão:

 

 

*Com informações do Metrópoles

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Sapatada no cínico: Justiça desanca Veio da Havan por arrotar Estado mínimo e viver de crédito subsidiado do BNDES

Enfim, a justiça brasileira parece voltar a dar o ar da graça, depois de se livrar das garras da mídia e detona o clima de intolerância patrocinado por vigaristas, como o Veio da Havan que sobrevive de compadrio político sugando as tetas gostosas do Estado. Figuras como esta aparecem, publicamente, como liberais de sucesso propondo para a sociedade não o Estado mínimo simplesmente, mas o Estado nenhum.

Esse discurso no Brasil, requentado por Bolsonaro e seu bando, vai caindo no ridículo.

Nesta sexta-feira (6), o banqueiro Paulo Guedes, num discurso maroto, típico dos agiotas mais vis, arrotou investimento em infraestrutura com obras de saneamento básico em nome da privatização da água por empresas que farão isso com financiamento do BNDES que diziam terem sido quebradas pelo PT.

E o que descobriram quando abriram a tal caixa preta do BNDES? Que tinha dinheiro a balde nos cofres dos bancos públicos deixado pelo PT. Aí sim para que Bolsonaro deitasse e rolasse no fisiologismo fascista e no compadrio miliciano com figuras repugnantes do mundo empresarial, como essa coisa inclassificável chamada Veio da Havan.

A sugestão que o juiz deu no muquirana mereceu nota do Jota que segue abaixo:

O dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, perdeu em primeira instância uma ação que moveu no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) para tirar do ar um vídeo que o cita e em que também solicitava uma indenização por dano moral. A reportagem foi ao ar em fevereiro na TVT e citava em tom de crítica empresários que cresceram com a ajuda de empréstimos do BNDES.

Em um primeiro momento, o juiz Trazibulo José Ferreira da Silva, da 2ª Vara Cível do Foro Regional de São Miguel Paulista, concedeu a antecipação de tutela para remover o vídeo da internet, por não ter verificado mínima evidência quanto à veracidade das informações contidas no vídeo quanto a um processo de Hang.

O vídeo, além de Hang, também citava outros empresários, como o dono da Riachuelo, Flávio Rocha, o apresentador Luciano Huck e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Os demandados na ação são a Fundação Sociedade Comunicação Cultura e Trabalho e José Lopez Feijó, autor das críticas na reportagem. A TVT é mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

No mérito, o juiz Trazibulo José Ferreira da Silva julgou a ação improcedente e revogou o provimento que tirou a matéria do ar. No entanto, até o momento a reportagem não foi republicada nos canais da TVT.

Ao julgar a causa, o juiz o considerou que o pronunciamento dos processados se realizou “no legítimo exercício de atividade jornalística, fundamentada na liberdade de crítica e manifestação do pensamento, tudo dentro do limite constitucionalmente assegurado, sem que dela se possa extrair inequívoca ofensa à honra”.

Para ele, a manifestação de pensamento contida na matéria jornalística produzida e divulgada pelos réus buscou apenas formular uma crítica inspirada pelo interesse público.

Segundo o juiz, não há caráter ofensivo na declaração de que Hang e outros empresários utilizaram recursos do BNDES, “tendo essa afirmação sido formulada com a intenção de demonstrar a contradição entre o discurso de Estado Mínimo e o uso de crédito proveniente de instituição bancária estatal”.

“Já a suposta prática de condutas criminosas de natureza fiscal foi noticiada por outros veículos de comunicação social e objeto de apuração pelo Ministério Público Federal, não se podendo exigir do comentário jornalístico a mesma precisão jurídica exigida do operador do Direito”, afirma o juiz.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Havan para saber se Luciano Hang pretende recorrer da decisão, mas a resposta foi de que não comentam assuntos jurídicos.

A ação tramita no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo com o número 1007377-29.2019.8.26.0005.

 

 

*ÉRICO OYAMA – Repórter JOTA.INFO

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Regina Duarte, a namoradinha dos nazistas, diz que a cultura está submetida aos ditames da política do toma lá dá cá

No momento em que a cultura brasileira sofre um ataque de Bolsonaro, segregando toda a cadeia da produção cultural para jogar na marginalidade um sem-número de expressões culturais desse país, excluindo artistas, produtores e professores do MEI, Regina Duarte dá o ar da graça, abrindo a boca para falar, como sempre, suas patacoadas para tirar a paciência de qualquer um com sua estupidez aguda.

Regina Duarte e Globo se confundem, isso já basta dizer o quanto vale o que ela diz.

“Que coisa mais triste, a arte em toda a sua grandeza submetida aos ditames da política do ‘toma lá dá cá’, diz a pastelona medalhonada da Globo.

E ainda solta um clichê de sinhazinha da Casa Grande:

“Fui educada pra não ‘misturar alhos com bugalhos’, termo que talvez se aplique à forma de lidar com as artes da nossa cultura neste momento. Muito triste”

A profunda ainda lasca um chavão bolsonarista pra fechar com chave de ouro:

#SempreporAmoraoBrasil”

Que coisa mais tocante ver a eterna namoradinha dos Marinho com esse discurso tão patriótico! A causa disso reside na incultura da moça.

Forjada no meio da cultura industrial, Regina Duarte não criou um estado de alma que merecesse o qualitativo sentido de artista brasileira. Primeiro, porque nunca trabalhou com independência em uma empresa como a Globo marcada pelos interesses do grande capital e da oligarquia. Segundo, porque suas próprias declarações demonstram que ela não tem compreensão do Brasil, que fará da cultura brasileira.

Pior ainda é revelar, em seu recadinho boboca, perfeitamente alinhado com Bolsonaro, que o artista brasileiro vive de toma lá dá cá, sem saber da missa a metade do que passa o artista operário, daquele capaz de criar um estilo próprio tirado da natureza da sua alma, fruto do meio social em que habita.

Esqueça isso. Falar dessas coisas para Regina Duarte que entende a cultura brasileira pela lei da selva, pela indústria da cultura de massa, é jogar pérolas a porcos.

Essa figura patética já apareceu apoiando o PSDB, por medo dos nazistas numa eleição para o governo de São Paulo, depois, em 2002, volta a carga com medo do Lula. Agora, a obtusa diz estar com medo dos artistas ideológicos, porque, para ela, arte é essa coisa sem alma. Como a própria disse, foi ensinada assim, não misturar alhos com bugalhos. A arte tem que ser feita de forma oca, sem envolvimento com o meio, com a alma, com o sentimento e, consequentemente, com o próprio povo.

O interessante é que ela não tem medo da milícia, essa gente que assassina políticos que se opõem à linha ideológica do clã Bolsonaro, como é o caso de Marielle. Não tem medo do miliciano Queiroz que, de tão unha e carne com Bolsonaro, suas histórias são confundidas.

Artistas internacionais que se rebelaram contra o incêndio comandado por Bolsonaro, ela, certamente, acha que vivem confundindo as bolas. Leonardo DiCaprio, então, é o próprio toma lá dá cá, já que, segundo o mito da namoradinha do clã, foi quem patrocinou o dia do fogo na floresta amazônica, comandado pelo Planalto, que mereceu repúdio mundial, colocando o animal adorador de torturadores, ditadores e fascistas de todas as espécies, como o maior monstro contemporâneo inimigo da humanidade.

Mas a doce menina dos Marinho não foi educada por esses moldes sem modos de artistas de rua, de músicos que batalham dia após dia seu pão em bares, restaurantes e biroscas, essa gente encardida para os padrões globais. Para Regina Duarte, esses mamulengos que viajam por esse país levando arte da mais pura nata da cultura brasileira, nem arte é.

Por isso também não vou gastar mais tinta com essa figura mórbida, patética que representa o crepúsculo bolsonarista e que acredita que arte se limita a ser produzida em palacetes ou dentro dos estúdios do Projac.

Deixo aqui a célebre frase de Noel Rosa

“Quem é você que não sabe o que diz. Meu Deus do céu que palpite infeliz!”

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo – Começam os saques: Caminhão carregado de carne é saqueado no Rio

Cenas impressionantes que não se viam desde o governo FHC

Um caminhão de carne foi saqueado em outubro desse ano na Feira do Acari, no Rio de Janeiro. Segundo informações do Bom dia Rio, bandidos tentaram roubar o caminhão, mas quando viram que o caminhão era de carnes, desistiram, no entanto quando o caminhão voltava de portas abertas na favela, as pessoas que estavam na Feira do Acari no Rio de Janeiro foram até o caminhão e tiraram as carnes.

Segundo os próprios apresentadores do jornal da Globo, as cenas são impressionantes, mesmo tendo ocorrido em outubro, antes das altas maiores no preço da carne, mostram o rumo social que o país está tomando. A inflação para famílias de baixa renda sobe mais que a inflação oficial, é o o que registra o INPC (Índice nacional de Preços ao consumidor).

O deputado federal, Paulo Pimenta (PT/RS) tuitou sobre o fato: “cenas como esta ocorreram com frequência durante o governo FHC e aparentemente tinham acabado. Será?”

 

 

*Com informações do Falando Verdades

*Foto: O Globo

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Quem vai contar para os minions que Bolsonaro está por trás do “erro” na votação de Flávio pela grana do fundo eleitoral?

O que não falta nas redes é gente do mundo obscuro de Bolsonaro xingando Flávio depois que o cínico gravou um vídeo dizendo que votou “por engano” contra o veto do pai, ou seja, a favor da bilionária verba do Fundo Eleitoral que vai tirar dinheiro da saúde e da educação.

O que os bolsonaristas não dizem, porque querem colocar uma venda nos olhos, é que nenhum dos três filhos adestrados pelo pai, dá um passo sem pedir permissão ao papai. Vale lembrar que Queiroz não é um produto dos crimes de Flávio, mas de Bolsonaro que mantém uma sociedade com o miliciano há mais de 35 anos.

O que Queiroz fez no gabinete de Flávio foi organizar uma planilha que deu certo no gabinete do seu Jair, quando era deputado e passou por trocentos partidos do baixo clero.

Ora, não precisa ser nenhum gênio para saber que Bolsonaro está por trás dessa decisão de Flávio “errar” na hora de votar. Até o mais bocó dos idiotas, sabe que aquela luta sangrenta dentro do PSL entre Bolsonaro e Bivar era pela joia da coroa, a milionário verba do Fundo Partidário.

Bolsonaro achava que, sendo ele o cacique eleitoral do PSL, deveria ser ele o chefe da milícia que organizaria o rateio da bolada. Lógico que Bivar retrucou. É o empresário que investiu no partido e, assim como na iniciativa privada em que Bolsonaro apoia a lógica, Bivar quer ter o controle dos lucros de seu investimento.

Assim, somente sendo, como diz Chico Buarque, embriagado ou muito louco para acreditar que Bolsonaro não tem nada a ver com erro o voto de Flávio.

Duas coisas ficam claras aí, a divisão entre aqueles que engolem esse caô por conveniência, sabendo que é mentira e aqueles que acreditam por mera ignorância, estes os mais enfurecidos com Flávio.

Seja como for, o que se observa é que o próprio Bolsonaro já jogou Flávio ao mar que já está sendo devorado pelos bolsonaristas nas redes sociais. O que não deixa de ser uma mostra da manobra arriscada do vigarista mor para controlar a grana tirada da saúde e da educação direto para o seu bolso, mas teve que pagar um preço alto escolhendo o filho que já está na boca do cadafalso por conta das investigações do caso Queiroz que, certamente, num segundo momento chegará na jugular de Bolsonaro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Declarações desastrosas e irresponsabilidade de Bolsonaro são ameaças à economia e ao Mercosul

Na 55ª Cúpula do Mercosul, o presidente brasileiro e seu chanceler voltaram a cometer gafes e fazer provocações gratuitas em ambiente diplomático.

A 55ª Cúpula do Mercosul, realizada nos dias 4 e 5 últimos, em Bento Gonçalves (RS), como se esperava, foi marcada por gafes, avaliações políticas equivocadas e provocações gratuitas do presidente Jair Bolsonaro e seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. “Quero continuar presidente, não dá pra dar um golpe, não?’, brincou Bolsonaro, na quinta-feira (5), aparentemente sem saber que o microfone estava “aberto”.

Já o ministro Araújo proferiu ataques ao socialismo e disse que o Brasil conseguiu “parar esse trem”. “Conseguimos parar esse projeto que havia instrumentalizado o Mercosul. Conseguimos desinstrumentalizar o Mercosul. Queremos ajudar a parar esse trem em toda a região. Os que querem recolocar o trem na marcha insana e destrutiva devemos chamar de ideológicos”, declarou o chanceler.

No final de novembro, Bolsonaro afirmou que não iria à posse do presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández. “Não vou à posse de um cara que se elege falando Lula Livre, não vou”, justificou, contra todos os parâmetros das relações diplomáticas.

Enquanto isso, na mesma quinta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se reunia com o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, em Buenos Aires. Do encontro, uma mensagem de Fernández ao presidente brasileiro. “Se nos respeitamos, é mais fácil conviver. Transmitam ao presidente Jair Bolsonaro o meu respeito e o meu apreço para trabalharmos juntos”, disse o argentino.

“No fundo, estamos vendo algo inédito em relação ao funcionamento do presidencialismo brasileiro, que é um protagonismo do Parlamento, no sentido de colocar a agenda em pauta”, diz o cientista político Vitor Marchetti, da Universidade Federal do ABC (UFABC), sobre as posturas de Maia e de Bolsonaro.

“Sempre vimos, no mínimo desde a redemocratização, que agendas de governo são organizadas e articuladas pelo Executivo, com cooperação do parlamento. O que vemos agora é uma lógica, por parte do Executivo, de obstrução completa de qualquer possibilidade de articulação e cooperação com o parlamento para colocar e discutir uma agenda”, avalia.

Na opinião do analista, as agendas visíveis do atual governo são as propostas do ministro da economia, Paulo Guedes, e nesse caso ele mesmo se articula com o Parlamento, e a agenda do ministro da Justiça, Sergio Moro, sobre segurança pública. “Mas Moro não tem traquejo político nenhum, tanto que o governo foi derrotado em várias questões na votação do projeto anticrime”, aponta Marchetti.

As declarações desastrosas de Bolsonaro sobre agenda ambiental, segurança publica, política internacional, na visão do professor da UFABC, produzem estragos e vão produzir efeitos no curto prazo. “O impacto mais evidente vai ser criar um ambiente de negócios instável e incerto no Brasil, com possibilidade de fuga de capital, crise de credibilidade, desemprego.”

Ele chama a atenção para o fato de o jornal inglês Financial Times ter publicado esta semana reportagem em que mostra desconfiança de dados da economia brasileira. “Isso não é pouca coisa.”

Para Marchetti, quando os efeitos da política do governo começarem a não aparecer para o mercado, “a coisa começa a derreter”. Porém, o analista não crê que o mandato do presidente seja interrompido. “Não aposto no fim do mandato antes dos quatro anos. Mas acho que fazer a sucessão ele não faz.”

Brasil x Argentina

Do ponto de vista do Mercosul, na opinião de Thomas Heye, do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), o bloco entra em uma fase de tensão. “Tirando a taxa usual de gafes de Bolsonaro e Ernesto Araújo, com a eleição de Fernández o bloco vai mudar. Vão aumentar os conflitos dentro do Mercosul.” Na Cúpula desta semana, Bolsonaro passou a presidência pro tempore do Mercosul ao colega paraguaio, o direitista Mario Abdo Benítez.

A perspectiva óbvia é que Brasil, Paraguai e Uruguai estarão de um lado e a Argentina, de outro. Os argentinos devem tomar medidas protecionistas e adotar a perspectiva dos governos Kirchner, apostando no Mercosul como instrumento de promoção industrial e comercial. “Provavelmente, Fernández vai querer manter as tarifas no patamar em que estão, enquanto o Brasil, de Guedes, quer abrir o Mercosul e as economias dos países, e a brasileira em especial, para a economia internacional”, acrescenta Heye.

Como consequência desse braço de ferro entre os dois países mais importantes do bloco e da América do Sul, quem sairá vencedor? “Quem sai perdedor é a região como um todo, porque, para se pensar a interação da América do Sul, o eixo estratégico – desde os anos 50 com Hélio Jaguaribe – é a parceria Brasil e Argentina. Depois de progressos consistentes nas últimas décadas, agora pelo visto vamos ter uma paralisia na integração do bloco”, observa o professor da UFF.

Bolsonaro e Maia

Na questão política, o contraste entre as posturas de Bolsonaro e Rodrigo Maia traça uma linha divisória entre a responsabilidade e a irresponsabilidade institucional, na avaliação de Marchetti. Em sua opinião, o modo de agir de Bolsonaro (por exemplo, em relação a Alberto Fernández e o Mercosul) se explica por duas razões.

“A primeira é que ele não tem, e nunca teve, condições políticas de construir a relação com o Parlamento. Mas tem outra razão: isso é deliberado. Bolsonaro não está preocupado em construir agenda X ou Y, mas em reforçar a lógica para um eleitorado mais coeso e radical de que ele não é político. Ele traduz isso ao não negociar com partido, com o Parlamento, segundo a lógica de que fazer a gestão da política partidária se iguala à corrupção.”

Já Rodrigo Maia é o oposto. Tem o perfil do político que sabe o impacto e as consequências econômicas das agendas como a do bloco sul-americano. Não se trata de política de esquerda ou progressista, no caso da relação do Brasil com a América Latina. “Tem a ver com os interesses do empresariado, do capital, os interesses econômicos do país”, avalia o cientista político.

Para Marchetti, as práticas de Bolsonaro mantêm a coerência de sua imagem, no que ele é bem sucedido, já que visa ao público mais radical que se mantém seu aliado. “Um cara truculento, que não está aberto à negociação. Já Rodrigo Maia age com responsabilidade. Posso discordar das posições de Maia, da agenda que ele representa, mas do ponto de vista da lógica de agir da política, do agente político, ele age de acordo com uma ética da responsabilidade.”

 

 

 

*Com informações da Rede Brasil Atual