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Putin chama de golpe o golpe na Bolívia e manda recado duro a Bolsonaro

Alerta do governo Putin ocorre às vésperas da cúpula dos Brics, em Brasília. Tema ameaça aprofundar o afastamento político entre o Planalto e o Kremlin.

O governo de Vladimir Putin acusou a oposição boliviana de promover uma onda de violência e insinuou que a tentativa de Evo Morales de promover o diálogo foi minada. Moscou também usou a palavra “golpe” para descrever o que havia ocorrido em La Paz nas últimas horas e mandou um recado aos países sul-americanos. A mensagem foi interpretada nos meios diplomáticos como um alerta especialmente dirigido ao Brasil, EUA e OEA.

Num comunicado emitido na manhã desta segunda-feira, o governo russo ainda pediu que as forças políticas demonstrem “bom senso” e atuem “de forma responsável”.

“Causa profunda preocupação que a vontade do governo de buscar soluções construtivas, com base no diálogo, foi rejeitada por eventos que tem um padrão de um golpe de estado orquestrado”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

“Estamos preocupados com a dramática evolução da situação na Bolívia, onde a onda de violência desencadeada pela oposição não permitiu que o mandato presidencial de Evo Morales fosse cumprido”, afirmou Moscou.

“Apelamos a todas as forças políticas bolivianas para que sejam sensatas e responsáveis, para que encontrem uma solução constitucional para a situação no interesse da paz, da tranquilidade, da restauração da governabilidade das instituições do Estado, da garantia dos direitos de todos os cidadãos e do desenvolvimento social e econômico do país, ao qual estamos ligados por uma relação de amizade”, alertou.

Mas o comunicado também manda um recado para a região. “Esperamos que esta abordagem responsável seja demonstrada por todos os membros da comunidade internacional, pelos vizinhos latino-americanos da Bolívia, pelos países extra-regionais influentes e pelas organizações internacionais”, disse Moscou.

O alerta foi interpretado na diplomacia brasileira como um recado especialmente dirigido a países como o Brasil que, imediatamente depois da queda de Morales, declararam que não se tratava de um golpe. O alerta também se referiu, indiretamente, ao governo americano e à OEA.

Nas redes sociais, o chanceler Ernesto Araújo indicou que o Brasil “apoiará transição democrática e constitucional” e indicou que “a narrativa do golpe só serve para incitar a violência”.

Aproximação

O interesse de Moscou não ocorre por acaso e o alerta é lançado às vésperas do desembarque de Putin ao Brasil, onde participa da cúpula dos Brics.

Já esvaziada diante de um posicionamento cada vez mais distante entre Brasília e o restante do bloco, diplomatas envolvidos na preparação do evento admite que a crise boliviana deve contribuir para um certo distanciamento político entre os governos.

Moscou tem visto com sérias desconfianças a aproximação brasileira ao governo de Donald Trump. Ainda que, em termos políticos, o governo Bolsonaro tenha indicado a necessidade de contar com investimentos chineses e de outros parceiros, o alinhamento geopolítico é o que preocupa o Kremlin.

Para os russos, a situação na Bolívia, portanto, faria parte desse cenário de aproximação de líderes da América do Sul à lógica da política externa americana.

No caso de Morales, Putin tem muito a perder. Nos últimos anos, Moscou ampliou sua participação na economia boliviana, inclusive com a assinatura entre a agência de energia atômica, Rosatom, e autoridades locais em La Paz para pesquisas na área nuclear. Moscou nunca disfarçou seu interesse pelas reservas de metais no país sul-americano. No ano passado, Morales e Putin ainda fecharam acordos em diversas áreas estratégicas e a Gazprom passou a ser um importante ator no país.

Recentemente, o site russo Proekt revelou como Moscou enviou consultores políticos para ajuda Evo Morales em sua campanha eleitoral. Os especialistas teriam desembarcado na Bolívia em junho para montar uma estratégia nas redes sociais.

Os sinais de apoio a Morales também vieram de Margarita Simonyan, chefe da Russia Today, um canal estatal do Kremlin destinado a promover a imagem e interesses de Putin no exterior. Num post nas redes sociais, ela sugere a Morales um cargo de apresentador na RT em Espanhol, lembrando como o equatoriano Rafael Correa também seguiu o mesmo caminho.

Em meados do ano, Morales já havia recebido o título de doutor Honoris Causa de uma universidade russa. Em seu discurso ao receber o título, indicou que foi a “estabilidade política que garantiu a estabilidade econômica” de seu país.

 

 

*Com informações do Uol

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Procuradora da Lava Jato comemora golpe na Bolívia e desmoraliza o MP

Na mais pura podridão, a Lava Jato desmoraliza todo o MP, sobretudo se não sofrer punição.

A procuradora da Lava Jato, Monique Cheker, escreveu em seu twitter um post  em apoio ao golpe de Estado na Bolívia e, depois, vendo a repercussão negativa, apagou, mas já foi tarde. Muitas pessoas printaram e espalharam pelas redes.

Desonesta, a golpista Cheker tentou justificar escrevendo:

“Segundo o informe foram encontradas irregularidades que variam desde muito graves até indicativas. Reconheceu-se a existência de manipulação que afetou os resultados do sistema e o cômputo final.”

Ela simplesmente ignorou que a auditoria da OEA recomendou a repetição das eleições e afirmou que não pode endossar o resultado de vitória em primeiro turno.

Evo e Mesa disseram que acatariam o resultado da auditoria, assim Evo convocou novas eleições.

Isso mostra a quem e a que a Lava Jato serviu no Brasil. Uma procuradora paga a peso de ouro pelo povo para defender golpe de Estado.

 

*Da redação

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Vídeos: Povo boliviano reage ao golpe

Golpe na Bolívia. Aparecem os primeiros vídeos da resistência do povo boliviano, o povo que apoia Evo Morales.

“Desde a tentativa de golpe contra Hugo Chavez em 2002, os golpes não foram mais admitidos na região (com a exceção do Brasil). Derrotada nas urnas e sentindo-se sem condições de concorrer a novas eleições contra Evo, a direita fez o que sabe fazer: deu um golpe”, diz o sociólogo Emir Sader sobre o retrocesso democrático no país andino.

https://twitter.com/DGSocialismo/status/1193687065076084737?s=20

https://twitter.com/DGSocialismo/status/1193699321499262976?s=20

https://twitter.com/DGSocialismo/status/1193693170862903297?s=20

 

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Chomsky denuncia: EUA tinham planos A e B: derrubar ou matar Evo Morales

Um dos maiores intelectuais do mundo, Noam Chomsky denuncia a participação dos Estados Unidos na derrubada do governo de Evo Morales, citando inclusive a hipótese de assassinato.

“O golpe é promovido pela oligarquia boliviana (…) e conta com o apoio total do governo dos Estados Unidos, que há muito tempo anseia por expulsar Evo Morales e seu movimento de poder”, afirmou o renomado cientista político americano.

Em comunicado divulgado no sábado, Chomsky alertou que o centro de operações da embaixada dos EUA em La Paz (capital boliviana) revelou dois planos no país sul-americano: “o ‘plano A’, um golpe de estado e o ‘plano B’, o assassinato de Morales ”, afirmou.

Segundo o cientista político, a oposição boliviana prepara um golpe de estado após o fracasso sofrido nas eleições de 20 de outubro contra o Movimento ao Socialismo (MAS), liderado por Morales.

Do site Aporrea – 10 de noviembre de 2019.- El politólogo Noam Chomsky denuncia que EE.UU. está detrás del golpe de Estado de la oposición en Bolivia para derrocar al presidente Evo Morales.

“El golpe es promovido por la oligarquía boliviana (…) y cuenta con el total apoyo del Gobierno de Estados Unidos, que desde hace mucho tiempo está ansioso por expulsar a Evo Morales y a su movimiento del poder”, advirtió el reconocido politólogo estadounidense.

En un comunicado emitido el sábado, Chosmky alertó que el centro de operaciones de la embajada de Estados Unidos en La Paz (capital boliviana) ha dejado entrever dos planes en el país suramericano: “el ‘plan A’, un golpe de Estado, y el ‘plan B’, el asesinato de Morales”, indicó.

 

 

*Com informações do 247

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Urgente!: Golpe na Bolívia obriga Evo Morales a renunciar

Após Forças Armadas adentrarem no golpismo da direita, Evo renuncia e pede pacificação do país.

Eleito para um quarto mandato, Evo Morales acaba de renunciar ao cargo, depois que militares bolivianos sugeriram sua saída do cargo.

Golpe consumado. O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou neste domingo (10) sua renúncia pouco depois das Forças Armadas e da Defensoria Pública boliviana aderirem ao golpismo promovido pela oposição, capitaneada por Luis Fernando Camacho e Carlos Mesa, segundo colocado nas eleições de 20 de novembro. O pleito, rejeitado pela direita, garantiu um quarto mandato ao ex-líder sindical cocaleiro.

Pouco antes de Morales oficializar sua saída do posto, uma série de lideranças do MAS, partido oficialista, apresentaram renúncia. Governadores, deputados, senadores, ministros e a presidenta do Tribunal Supremo Eleitoral deixaram seus postos em meio ao avanço da violência dos golpistas, que queimaram casas e perseguiram parentes dos moralistas.

Por volta das 17:54, horário de Brasília, foi feito o anúncio oficial, na cidade Chimore, província de La Paz. O vice-presidente Álvaro Garcia Linera também renunciou ao posto.

Com o objetivo de tentar pacificar o país, em conflito desde que a oposição pregou o não-reconhecimento do resultado das urnas que garantiu vitória em primeiro turno para o ex-dirigente sindical cocaleiro, Morales propôs na manhã deste domingo a realização de novas eleições gerais. A Organização dos Estados Americanos fez uma auditoria nas urnas e não declarou se houve fraude, mas também recomendou um novo pleito devido ao caos instalado pelos opositores.

 

 

*Com informações da Forum

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“Homem de confiança de Bolsonaro” é citado em áudio e pode estar envolvido em tentativa de golpe na Bolívia

Série de áudios de opositores ao governo Evo Morales revela ainda o apoio “das igrejas evangélicas e do governo brasileiro”, além da articulação com políticos dos EUA e de Israel para “queimar estruturas do partido de governo e atacar também a embaixada de Cuba”.

A tentativa de realizar um golpe de Estado na Bolívia ficou em evidência com uma série de áudios revelados pelo jornal boliviano El Periódico, onde é possível ver como alguns importantes líderes opositores convocam abertamente a uma “mobilização até a queda do presidente”. Em um dos áudios, um interlocutor revela o apoio “das igrejas evangélicas e do governo brasileiro”, e fala de um suposto “homem de confiança de Jair Bolsonaro, que assessora um candidato presidencial”.

O áudio não especifica qual, mas bate com as informações de que o Itamaraty está desde maio em conversas frequentes com o líder opositor Luis Fernando Camacho, do Comitê Cívico, o mesmo partido do candidato Carlos Mesa, segundo colocado nas eleições de outubro.

Presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, que convocou militares para um golpe em Evo Morales, foi recebido por Ernesto Araújo, chanceler de Jair Bolsonaro, em maio para tratar do assunto. Após encontro no Itamaraty, Camacho ressalta que recebeu instruções de Araújo sobre como agir diante da Constituição boliviana, que permite reeleições sucessivas no país e que teve o compromisso “governamental” do Brasil sobre a questão.

“Conseguimos o compromisso pessoal e governamental do chanceler Ernesto Fraga Araújo de elevar como estado brasileiro e garante da cpe a encomenda de interpretação da convenção sobre a reeleição indefinida para a cidh. O Chanceler instruiu de forma imediata e na mesma reunião que se realize a consulta”, relatou o opositor, que aparece na lista do caso que ficou conhecido como Panamá Papers como intermediário e dono de empresas offshore que seria usadas para lavagem de dinheiro de origem duvidosa, especialmente em casos de corrupção.

Ainda no áudio número cinco (a partir do minuto 8), um dos estrategistas da oposição fala que “temos que começar a nos organizar para falar de política nas igrejas, como já se faz a muito tempo no Brasil, que já tem deputados, prefeitos e até governadores da igreja (evangélica)”. No mesmo áudio, nos últimos 3 minutos, se fala no apoio do governo de Israel para o mesmo plano desestabilizador.

EUA e Israel
Entre as muitas gravações – todas elas teriam sido realizadas antes das eleições de 20 de outubro -, chamam a atenção as que mostram como os grupos desestabilizadores contaram também com o apoio dos governos dos Estados Unidos e de Israel.

O primeiro da série de 16 áudios (ouça todos os áudios na reportagem do jornal boliviano El Periódico) mostra a articulação dos opositores com o senadores norte-americanos Ted Cruz, Bob Menéndez e Marco Rubio e a participação da diplomacia estadunidense para fortalecer a estratégia desestabilizadora da oposição. Também se revelam ordens para “queimar estruturas do partido de governo e atacar também a embaixada de Cuba”.

Esta última ideia ainda não aconteceu, mas a estratégia de queimar sedes partidárias, de organizações sociais, e também as casas de figuras políticas de esquerda (como a da irmã de Evo Morales) já está em andamento.

No áudio número 10, um ex-coronel boliviano chamado Teobaldo Cardoso, comenta sobre os preparativos realizados por um grupo de altos oficiais militares, alguns retirados e outros da ativa, que estariam dispostos a iniciar uma guerra contra o governo de Evo Morales.

No áudio 15, os líderes opositores Jaime Antonio Alarcón Daza, Iván Arias e outros membros do partido Comitê Cívicos falam sobre as medidas visando manipular a opinião pública a respeito dos resultados eleitorais, para assim declarar fraude. A conversa cita apoios por parte da Fundação Jubileo, da União Europeia, da Embaixada dos Estados Unidos e de igrejas evangélicas.

Paralelamente a isso, um último áudio, que não consta na matéria do El Periódico e que foi gravado pela ativista boliviana Adriana Guzmán do coletivo Feminismo Comunitário Antipatriarcal, relata o que ela considera “um golpe de Estado com claras características racistas”, com foco na destruição de sede de movimentos sociais ligados à comunidade indígena. Ela conta como as ações dos opositores “destrói sedes indígenas, e sempre atuam queimando as bandeiras indígenas nos locais e içado bandeiras da Bolívia”.

Ouça o áudio de Adriana Guzmán

 

 

*Com informações da Forum

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Moro, desesperado e com medo de Lula, quer que o Congresso rasgue a Constituição

Em nota, ministro da Justiça incentivou parlamentares a mudarem a Constituição ou o Código de Processo Penal para reverter decisão do STF.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, divulgou uma nota em que defende a execução da prisão após condenação em 2ª instância. A declaração ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) finalizar julgamento sobre o tema, na quinta-feira 7, e adotar posição contrária ao cumprimento da pena em 2º grau.

Para o ministro, a decisão do STF deve ser respeitada, mas ele incentiva que o Congresso Nacional faça mudanças na Constituição da República ou o Código de Processo Penal (CPP) para destituir a norma de que o réu pode aguardar, em liberdade, o “trânsito em julgado”, ou seja, o esgotamento de todos os recursos possíveis antes de ser preso.

“Sempre defendi a execução da condenação criminal em segunda instância e continuarei defendendo”, escreveu o ministro. “A decisão da maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) para aguardar o trânsito em julgado deve ser respeitada. O Congresso pode, de todo modo, alterar a Constituição ou a lei para permitir novamente a execução em segunda instância, como, aliás, foi reconhecido no voto do próprio ministro Dias Toffoli. Afinal, juízes interpretam a lei e congressistas fazem a lei, cada um em sua competência.”

A prisão em 2ª instância se tornou um dos pilares da Operação Lava Jato após o STF incorporar este entendimento em 2016. Foi a partir dessa decisão que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pôde ser preso, em abril de 2018, após condenação em 2º grau por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP).

Moro é responsável pela condenação do petista em 1ª instância, em julho de 2017, quando era juiz da Operação Lava Jato. No mesmo processo, Lula foi condenado em 2ª instância pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em janeiro de 2018. Após a decisão do TRF-4, Moro determinou a prisão de Lula.

Em meados de outubro, dias antes do julgamento do STF finalizado na quinta-feira 7, Moro afirmou que a possibilidade de prisão após 2ª instância havia sido uma conquista do poder judiciário. Hoje integrante do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Moro fez a declaração durante evento na Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), onde defendeu pontos do seu principal projeto como ministro, o Pacote Anticrime.

 

 

*Com informações da Carta Capital

 

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Segundo a PF, delegado é suspeito de receber propina de R$ 400 mil para obstruir o caso Marielle

A Polícia Federal afirmou, em relatório reservado ao MP-RJ (Ministério Público do Rio), que o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa deve ser investigado pela suspeita de ter recebido propina no valor de R$ 400 mil para evitar que fossem conhecidos os reais culpados pelo duplo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes.

Sem citar nomes, o MP-RJ confirmou que investiga Barbosa. O delegado nega que tenha sido subornado por quem quer que seja ligado ao Caso Marielle.

Barbosa, que já chefiou a Polícia Civil do Rio, é citado em uma conversa telefônica como recebedor de propina, como consta no relatório da PF.

“Foram trazidas suspeitas de suposta corrupção envolvendo servidores da Delegacia de Homicídios [DH], especificamente sobre o então chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, e servidores a ele relacionados, notadamente chefes da equipe de investigação da Delegacia de Homicídios”, afirmou o delegado federal Leandro Almada, em documento enviado no último dia 2 de maio ao MP-RJ.

Almada comandou o inquérito federal sobre um esquema para atrapalhar as investigações do atentado que matou Marielle e Anderson.

Os fatos [são] merecedores de escorreita investigação, especialmente por investigação de natureza patrimonial, que confirme ou afaste a hipótese de [policiais civis] terem se utilizado dos cargos e da lotação para ganhos ilícitos, haja vista as reiteradas acusações e indícios.

Quem fala tem que provar, diz Barbosa

Procurado pelo UOL, Rivaldo Barbosa afirmou que desconhece o relatório da PF e o conteúdo da conversa telefônica entre o vereador Marcello Sicilliano e o miliciano Jorge Alberto Moreth, durante a qual é dito que o delegado recebeu dinheiro de suborno (leia mais abaixo). Ele ainda negou ter cometido qualquer irregularidade enquanto esteve à frente da Delegacia de Homicídios ou da Polícia Civil.

“Não há nada disso”, afirmou Barbosa, ao telefone. “Trabalhei muito na DH [Delegacia de Homicídios] e nunca recebi nada de ninguém.”

Ele não quis comentar as investigações do caso Marielle. Disse que nunca atrapalhou ou obstruiu a investigação. Afirmou ainda que quem fala sobre as supostas propinas deve apresentar as provas sobre a existência delas. “Quem fala tem que provar.”

A Polícia Civil afirmou que não iria se manifestar sobre o assunto.

Miliciano acusou Rivaldo Barbosa O miliciano Jorge Alberto Moreth afirmou, em conversa telefônica com o vereador Marcello Sicilliano (PHS), que Rivaldo Barbosa recebeu dois pagamentos de R$ 200 mil cada, por meio de um inspetor da DH da Capital identificado como “Marcos”.

O UOL já havia revelado, anteriormente, que Moreth havia dito na mesma conversa que o político Domingos Brazão é o mandante e pagou R$ 500 mil aos assassinos pelo atentado que resultou nas mortes de Marielle e Anderson.

A conversa telefônica ocorreu em fevereiro deste ano e o arquivo foi encontrado no celular de Sicilliano por agentes federais.

Conhecido como Beto Bomba, Moreth é um dos chefes da milícia que atua em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio.

Em determinado momento do diálogo, Sicilliano, que chegou a ser investigado como mandante, perguntou se a DH estaria agindo de má-fé. Leia:

Sicilliano: Mas a DH tá junto na sacanagem, né irmão?

Beto Bomba: Tá junto porque levaram duzentos cruzeiros na primeira e depois levaram mais duzentos porque viu que ia babar. Então o malandragem lá, o delegado, botou tudo em você junto com aquele rapaz lá que tá preso [referência ao miliciano Orlando Curicica, também falsamente acusado de ser o mandante].

Apesar de ter dito que Brazão era o mandante, Beto Bomba não identifica claramente quem teria feito o pagamento ao delegado.

Beto Bomba: E não perderam pouco [dinheiro] não, perderam duas vezes, perderam uma de duzentos e mais outra de duzentos, foram quatrocentos cruzeiros. Para desvirtuar para outro canto, entendeu? Ô, chefe, quem rodar em bagulho de Marielle, porra, meu irmão, tá fodido, chefe.

Sicilliano insiste em saber a qual delegado Beto Bomba se referia. Se Rivaldo Barbosa, então chefe da Polícia Civil na época do atentado, ou Giniton Lages, primeiro responsável pelo inquérito na DH da Capital.

Sicilliano: Mas quem estava na sacanagem era o Rivaldo, né? Ou era o Giniton?

Beto Bomba: Isso aí, é o Rivaldo Barbosa, é ele que levou quatrocentos cruzeiros, chefe. Foi quatrocentos cruzeiro, pô, tô te falando! Na hora que eles viram que ia babar, que o bagulho deu muita repercussão, o troço falhou, o troço ficou cara para caralho! Porque, chefe, quem rodar neste bagulho de Marielle vai para Catanduvas [presídio federal no Paraná] e vai ser esquecido, meu irmão! Porra, tô te falando, papo reto. Entendeu?

No decorrer da conversa, Beto Bomba nega que o delegado Giniton Lages esteja envolvido na trama.

Beto Bomba: “Chefe, quem levou o dinheiro para eles, para esse delegado [Rivaldo Barbosa], foi um inspetor que trabalha com o delegado. Não foi nem o delegado que recebeu o dinheiro em mãos.”

Sicilliano: “Foi o Marcos?”

Beto Bomba: “Isso aí, foi o inspetor que levou para ele o dinheiro! Das duas vezes.”

Exatos 21 dias após a PF enviar o relatório ao MP-RJ, Beto Bomba se entregou, no dia 23 de maio. Ele estava foragido por causa de um mandado de prisão no âmbito da Operação Intocáveis, que investiga milicianos de Rio das Pedras. O MP não respondeu à reportagem se ele já foi interrogado em relação ao telefonema a Sicilliano.

Gaeco confirma investigação

Não é a primeira vez que Barbosa é citado como envolvido em esquema de propina para abafar o Caso Marielle.

Em depoimentos ao MPF (Ministério Público Federal) e PF, o miliciano Orlando Curicica afirmou que o delegado e outros agentes recebiam dinheiro da contravenção e de milicianos para arquivar inquéritos de homicídios cometidos pelo grupo de matadores de aluguel conhecido como Escritório do Crime.

Barbosa já chefiou também a própria DH da Capital e, atualmente, está à frente da Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais.

Ao UOL, o Gaeco do MP-RJ (Grupo de Combate ao Crime Organizado) confirmou que abriu investigação com base no relatório da PF.

“O Gaeco também ressalta que todas as informações contidas estão sendo rigorosamente checadas e investigadas nos procedimentos relacionados ao caso Marielle Franco e Anderson Gomes que tramitam sob sigilo”.

 

 

*Com informações do Uol

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Steve Bannon, guru do neofascismo, sobre Lula: “o maior ídolo da esquerda globalista do mundo” e, com medo de Lula, pede reação

Steve Bannon, que é ideólogo do neofascismo no mundo e manda na política externa do Brasil-colônia de Jair Bolsonaro, pediu uma reação à liberdade do ex-presidente Lula. Ele está preocupadíssimo com a liberdade de Lula. Em entrevista ao jornalista Ricardo Senra da BBC Brasil, afirmou que Lula é “o maior ídolo da esquerda globalista do mundo” desde a saída de Barack Obama do governo dos EUA, e afirma que sua volta às ruas trará “enorme perturbação política ao Brasil”.

“Agora que está livre, Lula vai virar um imã para a esquerda global se intrometer na política brasileira. Ele é o “poster boy da esquerda globalista”, diz.

Não é apenas Lula livre que preocupa Bannon. As condições de governo Jair Bolsonaro também deixam-no amuado. Ele avalia as investigações sobre o uso de laranjas no PSL e suposto caixa 2 na campanha de Bolsonaro à presidência como “puro non-sense” e uma tentativa de desestabilizar o governo. “Aconteceu o mesmo com Trump.”

Bannon atacou o STF, indicando que é “bastante evidente” que o STF (Supremo Tribunal Federal) agiu para atrapalhar Bolsonaro ao decidir que réus só devem ser presos após se esgotarem as possibilidades de recursos – o que permitiu a libertação de Lula da carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, na última sexta-feira.

 

 

*Com informações do 247

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O Campeão Voltou!

Que grande quadro!

Por um inexplicável milagre, Lula, que comove à distância, fez a massa do povo estremecer o chão neste sábado (9) em São Bernardo do Campo.

Para Lula, política é a grande arte. Uma arte tão nobre quanto as obras dos grandes mestres da nossa música. Aquela arte brasileira que nos toma de emoção quando ouvimos Villa Lobos, Nazareth, Pixinguinha e etc.

Lula fala com a alma brasileira como num conto de Machado de Assis, por isso, durante o seu discurso, saltava aos olhos as gargalhadas da multidão quando Lula brincava ou criticava a situação do governo atual, num bailado leve, mas objetivo, levando a água à fervura e produzindo um rodamoínho que levantou a poeira da esquerda brasileira.

Lula nunca esteve tão liberto, tão solto, tão senhor dos seus direitos, tão pleno de conhecimento do cotidiano que assola o povo nesse momento.

Estava ali o indivíduo completo, a liderança forte, o cidadão do Brasil em sua especialidade, conduzindo um tema de convivência de toda uma vida.

O fato é que a classe média miliciana sentiu. Bolsonaro e Moro bambearam as pernas e Lula sorriu. Mesmo a grande mídia teve que admitir que Lula saiu muito mais forte do que entrou em seu cárcere político.

Lula não se importa com a festa que lhe façam aqui ou ali no mundo oficial, já alcançou um certo grau de imunidade que não lhe permite ser tragado pela vaidade no exercício da individualidade.

Não há qualquer dúvida de que o campeão voltou e com uma largada impressionante, com uma explosão que trouxe uma outra perspectiva à disputa política e de classe nesse país.

Lula retornou ao seu palco com uma força que impressiona. O que parece é que, cada dia em que ficou encarcerado, Lula processou cada minuto para representar efetivamente a situação em que vivia. E o resultado dessa reflexão, ontem, foi posto para fora, sem ódio, sem insultos, sem rancor.

Lula acumulou afeto ainda maior para dividir com a massa presente. Polarizou sim, marcou território, mostrou o lado em que está para construir uma nova ordem nacional, um comportamento político que defende os trabalhadores, os negros, os índios, os gays, gente do povo. Um discurso que, além dos direitos humanos, reivindicava os direitos de cada homem, de cada mulher, dando tratamento adequado a cada fração que hoje se sente oprimida por um governo que segue as orientações de uma democracia de mercado em que o centro de sua gestão é o neoliberalismo e a milícia, não o povo.

A condução da esquerda brasileira será outra, completamente outra. A racionalidade e a razão, misturadas com a emoção, foram a tônica do discurso de Lula, tudo cheirando a povo.

A consciência de sua posição foi tão explícita que a esperança e a promessa de um novo país renasceu imediatamente naquele momento e não só o governo como toda a imprensa reagiram, cada um a seu modo, com discursos contra ou a favor, mas não tiveram como ignorar a triunfal volta do campeão.

 

 

*Carlos Henrique Machado Freitas