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Política

Deputados bolsonaristas enviam milhões em emendas a 3 cidades de SC com problemas em contas

Recursos destinados ao “triângulo” formado por Paulo Lopes, Garopaba e Pescaria Brava, três cidades do sul de Santa Catarina, totalizam R$11,4 milhões, oferecendo uma média de R$228 por habitante. Com menos de 50 mil habitantes, essas cidades se conectam via BR-101 e são governadas por prefeitos do PP.

As transferências, conhecidas como “emenda pix”, são diretas e surgem como solução rápida para os cofres públicos municipais, embora analises do Tribunal de Contas do Estado indiquem problemas fiscais e falta de transparência.

Os prefeitos Henrique da Saúde (Pescaria Brava), Fernanda Rodrigues Leite (Paulo Lopes) e Junior Abreu Bento (Garopaba) foram eleitos recentemente e estão ligados ao Centrão, que domina a política local. Curiosamente, o ex-secretário de Administração de Garopaba atualmente exerce a função de prefeito em Pescaria Brava.

Todas as três cidades estão entre as dez que mais receberam emendas parlamentares em 2025, atrás de centros urbanos maiores, como Lages e Florianópolis.Somente Pescaria Brava recebeu dois repasses significativos de Daniel Freitas e Zé Trovão, que somam R$4,95 milhões. Paulo Lopes obteve R$2,97 milhões e Garopaba, a maior delas, recebeu R$3,48 milhões em valor total de emendas.

Outros parlamentares também destinaram recursos ao “triângulo”, mas em montantes menores. Detalhes sobre as aplicabilidades das emendas são escassos: os portais de transparência das cidades não informam sobre obras ou programas específicos que utilizarão os recursos. Em Garopaba, a prefeitura anunciou que a emenda de Júlia Zanatta foi destinada à infraestrutura urbana, mas não detalhou os contratos.

Os municípios apresentaram inconsistências nas informações sobre a aplicação de emendas. A cidade de Paulo Lopes tem dados desatualizados e não fornece registros de 2025, enquanto a seção de Pescaria Brava estava indisponível. Entretanto, a chefe de gabinete de Daniel Freitas informou que o recurso ajudará na pavimentação da Avenida Eliete, atendendo à comunidade quilombola local.

Garopaba abriu créditos totais de R$5,3 milhões para infraestrutura, mas sem detalhes sobre contratos.Artefatos do Tribunal de Contas de Santa Catarina revelam que Garopaba teve suas contas de 2023 reprovadas, enquanto Pescaria Brava e Paulo Lopes as aprovaram com ressalvas, apontando problemas de gestão fiscal. Ambas as cidades falharam em fornecer dados em meios eletrônicos, violando a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O déficit em Garopaba cresceu mais de 300%, com projetos de educação e saneamento não atendidos. De acordo com Amanda Miranda, ICL, a falta de transparência nas “emendas pix” chamou a atenção de órgãos de controle, com o STF intensificando a fiscalização sobre os repasses. O ministro Flávio Dino suspendeu repasses a nove municípios que apresentaram indícios de crime, levando a investigações da Polícia Federal. Em Santa Catarina, pelo menos sete municípios não receberam emendas em 2025, e apenas 28 obtiveram mais de R$2,53 milhões nas emendas pix ao longo do ano.

Em resumo, a análise do uso de emendas e repasses na região do “triângulo” expõe falhas significativas em termos de transparência e gestão fiscal, além de levantar questões sobre a eficácia dos recursos destinados às pequenas cidades. As irregularidades identificadas pelo Tribunal de Contas devem ser tratadas com urgência, visto que comprometem não apenas a governança local, mas também a confiança da população nas instituições públicas.

A resistência de líderes políticos em aprovar pautas que buscam maior transparência reforça um cenário caótico e propenso a fraudes e má gestão, que deve ser urgentemente abordado para assegurar que os recursos públicos sejam aplicados de forma eficaz e responsável.


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Política

Vídeo: Boulos tira a máscara de Tarcísio revelando o plano do governador para o Brasil

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), busca construir uma imagem de “bolsonarista moderado” e, assim, receber a bênção do ex-presidente Jair Bolsonaro para ser o candidato da extrema direita à Presidência da República.

No entanto, o próprio Tarcísio de Freitas mostrou que, de moderado, não tem nada. Na manifestação de 7 de Setembro, em São Paulo, ele disparou ataques contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o classificou como “tirano” — discurso raiz do bolsonarismo.

Diante disso, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), em um rápido e irônico vídeo, desmascarou Tarcísio e revelou qual é o real projeto político do governador, que tenta vender a imagem de “moderado”.

*Forum


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Pesquisa

Ipespe: Aprovação do governo Lula ultrapassa a desaprovação

Presidente Lula amplia popularidade entre eleitores de centro

A aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 50%, segundo levantamento da pesquisa Pulso Brasil/Ipespe divulgado nesta quinta-feira (25). O resultado marca uma virada no saldo de avaliação, já que a taxa de desaprovação recuou para 48%, deixando o governo em terreno positivo.

De acordo com a CNN Brasil, foram entrevistadas 2,5 mil pessoas em todas as regiões do país entre os dias 19 e 22 de setembro. A pesquisa apresenta margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95,45%.

Avanço em relação à rodada anterior
Os números mostram uma recuperação em relação ao levantamento anterior, divulgado em julho. Naquele momento, a desaprovação somava três pontos percentuais a mais do que agora, enquanto a aprovação subiu sete pontos no mesmo período.

O estudo revela ainda que Lula mantém um apoio expressivo entre eleitores de esquerda, com 95% de aprovação. Entretanto, chama a atenção o crescimento em segmentos mais heterogêneos: entre os eleitores de centro, o índice favorável alcançou 49%, e na classe média, chegou a 51%.


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Mundo

Charlie Kirk, o mártir do racismo

Por Luis Felipe Miguel

Direita usa hipocritamente a morte de Charlie Kirk para limitar a liberdade de expressão e criminalizar a esquerda

É engraçada essa mania da imprensa brasileira de não chamar as coisas pelo nome. Lembro que foram anos de patranhas deslavadas e criminosas até que alguns jornais finalmente começassem a usar, de forma bem tímida, o verbo “mentir” para descrever as falas de Bolsonaro.

Agora, Charlie Kirk é citado como “influenciador conservador”, “trumpista”, “de direita”, até “de extrema-direita”.

Mas a caracterização mais precisa é “influenciador racista” – como faz, por exemplo, o noticiário da rádio France Culture. Ele era pró-armas, sim, e homofóbico, negacionista climático, defensor de Trump, o pacote completo. Mas seu ponto principal era o supremacismo branco.

O mártir da direita estadunidense afirmava que o fim da escravidão tinha sido um erro. Que os negros são naturalmente mais propensos a cometer crimes. Que Martin Luther King era um bandido. E assim por diante. Quem quiser ver um show de horrores, procure uma coletânea de suas tiradas em algum buscador da internet.

Foi esse sujeito que, graças ao tiro de um rapaz perturbado, virou o mártir da direita estadunidense – mas não só dela.

Eu estava chegando em Porto Alegre no começo da noite de quarta, 10 de setembro. Peguei um Uber e o motorista imediatamente começou a falar de Kirk. Estava transtornado com o assassinato ocorrido em Utah. Obrigou-me até a assistir um vídeo da hora em que ele era alvejado.

Eu me perguntei: será que no dia anterior esse camarada tinha alguma noção de quem era Charlie Kirk?

Quantas pessoas sabiam da existência dele no Brasil antes do atentado? Poucas, com certeza. Era evidente que tamanha comoção não tinha brotado do nada. As redes do bolsonarismo estavam se articulando para fazer de um trumpista desconhecido um mártir da “liberdade” por aqui também.

Além de tudo, vinha bem a calhar, com um timing perfeito. Mesmo com o voto de Fux, era bom negócio desviar atenção do julgamento no Supremo. Todo mundo sabia que dava para esperar um discurso devastador na ministra Cármen Lúcia no dia seguinte. Melhor fazer a base tratar de outro assunto.

Nos Estados Unidos, como de costume, a situação é pior. Trump também tenta usar o assassinato do influenciador racista como cortina de fumaça, tentando desviar as atenções do caso Epstein, que ainda o assombra.

Mas vai além disso; como muitos comentaristas já apontaram, ele parece ter encontrado seu incêndio do Reichstag, a oportunidade para criminalizar seus adversários políticos, destruir o que resta das liberdades civis e implantar um regime ditatorial.

O discurso, lá e cá, de que a violência política é uma exclusividade da esquerda é obviamente uma falsificação. Para começar, no caso de Kirk, nem estão totalmente claras as motivações do atirador, que certamente não pode ser considerado um militante, que não votou nas últimas eleições e que veio de um ambiente familiar ultraconservador.

Mais importante ainda: como esquecer de casos como o assassinato da deputada democrata do Minnesota, Melissa Hortman, e de seu marido, agora em junho, ou o incêndio criminoso à casa do governador democrata da Pensilvânia, em abril, ambos perpetrados por direitistas radicalizados?

Ou os massacres em escolas, cometidos tantas vezes por incels neonazistas?

Ou o crescimento da violência racial contra a população negra, por parte de supremacistas brancos “empoderados” com o triunfo do trumpismo?

Pelo menos neste último caso, aliás, com o incentivo de Kirk.

Depois da morte do influenciador, não faltaram comentaristas que, mesmo dizendo manter distância de suas posições, exaltavam sua “disposição para o diálogo” e diziam que ele fazia política “do jeito certo”.

Na imprensa brasileira, li colunas com este teor assinadas por Joel Pinheiro da Fonseca, o eterno viúvo do bolsonarismo moderado; por Lygia Maria, a porta-voz, na imprensa paulistana, da ignorância neoliberal satisfeita consigo mesma; e também por Ezra Klein, um jornalista estadunidense, filho de brasileiros, liberal (no sentido de lá, isto é, progressista).

Mas Kirk não tinha nenhuma disposição para nenhum diálogo. Ele fazia performances lacradoras, como é próprio de influencers, não importa se de direita ou de esquerda. Usava sua expertise nas artes retóricas para vencer adversários menos treinados. Diálogo é outra coisa, exige abertura para o contraditório e troca de argumentos, não um tiroteio de simplificações, bordões e frases de efeito.

O primeiro alvo da direita tem sido quem não demonstrou pesar com a morte do extremista.

Trump em pessoa está liderando esta campanha nos Estados Unidos: punir e calar quem tem “ódio no coração”. Fez com que a ABC, uma das principais redes de televisão do país, tirasse do ar o apresentador Jimmy Kimmel, simplesmente porque ele disse duvidar que o assassino fosse alguém de esquerda. (A controladora da ABC tem muitos negócios com o governo e tem medo de retaliações. Como sempre, money talks. E Kimmel já voltou ao ar, fazendo um constrangido e constragedor mea culpa.)

Trump também determinou que sejam negados vistos a quem não apenas comemorou ou debochou do assassinato de Kirk, mas “racionalizou” o atentado – isto é, colocou-o em perspectiva e discutiu as causas do crescimento da violência política aberta nestes últimos anos, um processo do qual a vítima foi ativo promotor.

Aqui mesmo no Brasil, Tallis Gomes, uma das vozes mais ativas do trogloditismo da nossa classe dominante, secundado pela igualmente notória Natália Beauty e por outros, lançou uma campanha para que empresários vasculhem as redes sociais de seus empregados e demitam quem comemorou o assassinato.

Ricardo Nunes aproveitou a oportunidade para cancelar o contrato com a empresa que administra o Theatro Municipal, o que ele queria fazer há tempos porque a considerava independente demais.

O pretexto: a empresa teria se recusado a demitir um funcionário que compartilhou uma postagem dizendo que ninguém devia chorar a morte de Kirk. Para o minúsculo prefeito de São Paulo, houve “incentivo às práticas de violência”. O pior é que a empresa reagiu não defendendo a liberdade de expressão do funcionário, e sim dizendo que “não concorda” com o que ele escreveu e que já instaurou uma sindicância para mandá-lo embora.

Mas há um abismo entre não chorar uma morte e incentivar que ela ocorra. Comemorar a morte de alguém, até mesmo torcer para que ela ocorra – isso não é crime, é apenas humano. É muito diferente de planejar o assassinato de adversários políticos depois de um golpe de Estado. Mas não se viu registro de Ricardo Nunes chocado com a “Operação Punhal Verde e Amarelo”.

Não se sentir penalizado com a morte de uma pessoa não fala contra nossa humanidade, muito pelo contrário. Não chorei a morte de Pinochet, de Figueiredo, de Delfim Netto, de Pol Pot, de Sérgio Fleury, do velho da Havan, de Charles Manson, nem teria por que chorá-las. Isso não me faz responsável por qualquer uma delas.

(Descobri agora que o velho da Havan ainda está vivo. Surpreendente! Mas sei que, quando sobrevier o infausto acontecimento, não verterei nenhuma lágrima.)

Condeno o assassinato político, por princípio e por suas consequências. Por princípio, por ser contra a pena de morte, em qualquer circunstância (ao contrário de uns e outros que queimam o filme da esquerda dizendo que pena de morte é ruim no Brasil, mas boa na China). Por suas consequências, porque seus efeitos são sempre negativos para quem deseja construir uma sociedade mais livre e mais democrática.

Isto não me impede de julgar que há pessoas que fazem mal ao mundo.

É impossível não perceber algo de justiça poética quando alguém que disse que a morte de algumas pessoas inocentes era um preço razoável para se pagar pelo direito de portar armas de fogo, como Kirk, acaba assassinado a tiros.

O armamentismo, aliás, é uma patologia política que a nossa direita importou, com sucesso e em reduzido espaço de tempo, dos Estados Unidos. É impressionante ver como ruiu o consenso que parecia bem estabelecido no Brasil, fundado tanto no simples bom senso quanto nas melhores pesquisas científicas: que uma sociedade com menos armas circulando é uma sociedade melhor.

Outro dia eu estava lendo sobre um processo que ocorreu uns anos atrás em Oklahoma. Uma refinaria de petróleo decidiu proibir que seus funcionários fossem trabalhar portando armas carregadas. Uma medida que parece bem razoável, não? Pois a National Rifle Association, o poderoso lobby pró-armas, pressionou o legislativo estadual para passar uma lei proibindo que os empregadores banissem armas de fogo.

Isso nos Estados Unidos, gente, onde os trabalhadores são despidos de todos os direitos, onde os empregadores podem até impedi-los de se sindicalizar. Mas levar uma Beretta ou, quem sabe, uma AK-47 para a firma, isso é sagrado.

É possível ver o racista sendo morto por um tiro que ele mesmo aceitava como efeito colateral da sociedade com que sonhava e dizer “bem feito!” – e nem por isso ser cúmplice do crime, nem por isso deixar de temer pelas consequências políticas que dele advêm.

Trump e a extrema-direita em geral, que tantas vezes demonstraram absoluto desprezo pelas vidas de tantas pessoas, estão sendo apenas hipócritas. E cabe notar que, entre os democratas e a esquerda, todas as lideranças políticas foram unânimes ao condenar o atentado. A direita caça publicações de anônimos ou semianônimos em redes sociais para criminalizar a esquerda.

Aqui no Brasil, vamos lembrar de como o bolsonarismo reagiu ao assassinato de Marielle Franco. Mas, no caso de Kirk, querem aplicar à esquerda o rótulo de defensora da violência, com base em declarações não de Lula, Gleisi ou Boulos, mas do jornalista Eduardo Bueno (que deve ter se arrependido amargamente, já que a notoriedade que alcançou fez com que viesse à luz seu contrato absurdo, indefensável, com a Caixa Econômica Federal) e de um ou outro youtuber mais.

O caso traz ainda uma reflexão sobre a questão crucial da liberdade de expressão.

Seria engraçado, se não fosse o poder de que eles dispõem, ver Donald Trump e J. D. Vance esbravejando contra manifestações de ódio. A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, como sempre a mais desastrada com as palavras em todo o governo Trump, falou que existe uma clara linha diferenciando “liberdade de expressão” de “discurso de ódio” – o que está em contradição patente com toda a linha de interpretação da primeira emenda por parte da extrema-direita, que é o que justificava, aliás, o direito do Charlie Kirk falar todas as barbaridades que falava.

Mas essa mudança de papéis ajuda a ilustrar também o risco de um uso excessivamente amplo e muitas vezes oportunista que setores da esquerda fazem da ideia de discurso de ódio, com o objetivo de calar oponentes em determinados espaços.

Discurso de ódio não é mera discordância de determinadas políticas afirmativas, nem mesmo a simples manifestação de preconceitos. Devemos ter o direito de falar coisas que são incômodas ou mesmo intoleráveis para outros, mas sabendo que isso nos fará também ouvir coisas incômodas e intoleráveis para nós.

Discurso de ódio se caracteriza por um incentivo claro à violência e à discriminação, descartado o uso de hipérboles e figuras de linguagem assemelhadas. (Falei disso aqui, quando Roberto Justus tentou acusar um professor por pretensamente querer matar sua filha de 5 anos).

É preciso voltar à defesa da liberdade de expressão como princípio, entendendo sempre que as exceções a ela são exceções e precisam ser amplamente justificadas em cada caso.

É fácil de aplicar? Não. O ambiente do debate digital torna o problema mais complicado ainda e se cruzam questões sobre disseminação de desinformação, charlatanismo e incitação à violência. Mas cabe a nós defender a liberdade de expressão. Até porque – como o episódio de Kirk está demonstrando muito bem – se for para impor censura, a direita tem recursos muito maiores em suas mãos.

*Luis Felipe Miguel é professor de Ciência Política da Universidade de Brasília e coodenador do Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades (Demodê)/Viomundo


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Mundo

Espanha e Itália anunciam envio de navios para proteger flotilha humanitária rumo a Gaza

Premiê espanhol alegou que direito internacional deve ser respeitado; ministro italiano disse que segunda embarcação está a caminho e alertou: ‘não poderemos garantir a segurança em águas israelenses’

A Espanha e a Itália decidiram intervir diretamente para garantir a segurança da Flotilha Global Sumud (GSF), composta por cerca de 50 embarcações, rumo a Gaza em mais uma tentativa de romper o bloqueio israelense e levar alimentos e medicamentos à população palestina.

Após uma série de ataques de drones contra os barcos humanitários em águas internacionais, a Itália anunciou o envio de uma segunda fragata para o Mediterrâneo, enquanto a Espanha afirmou que um “navio de ação” partirá a partir de Cartagena nesta quinta-feira (25/09).

“Um navio já está no local e outro está a caminho, pronto para qualquer eventualidade”, afirmou o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto. Ele frisou, no entanto, que o país não poderá “garantir a segurança em águas israelenses” a alertou para os riscos de a flotilha tentar entrar em águas territoriais, pedindo que a carga humanitária seja entregue à Igreja Católica para distribuição.

Horas depois do anúncio do ministro italiano, a premiê italiana, Giorgia Meloni, disse que a flotilha humanitária com destino a Gaza é uma iniciativa “perigosa e irresponsável”. “Não há necessidade de arriscar a própria segurança; não é necessário ir a uma zona de guerra para entregar ajuda a Gaza, que o governo italiano e as autoridades competentes poderiam ter entregue em poucas horas”, afirmou a repórteres antes do seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Nesta terça-feira (24/09), o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, que também participa da Assembleia Geral da ONU, anunciou o envio do navio militar. “O governo da Espanha insiste que o direito internacional seja respeitado e que o direito dos nossos cidadãos de navegar pelo Mediterrâneo em condições seguras seja respeitado”, afirmou. A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, também se manifestou. Ela chamou a operação de “obrigação legal e moral”, destacando que as equipes humanitárias “não podem ser deixadas expostas a ataques em águas internacionais”.

Ataques
Os organizadores da Flotilha Global Sumud afirmaram que os ataques nas primeiras horas de quarta-feira causaram alguns atrasos. “Estamos atualmente a quatro dias da zona de alto risco e a seis dias de Gaza”, escreveu em sua página do Instagram.

“Estamos agora indo para as águas territoriais gregas”, disse o post, acrescentando que a flotilha se juntaria aos barcos da Grécia nesta manhã de quinta-feira (25/09). Os ativistas relataram uma escalada de violência, com drones e aeronaves israelenses lançando dispositivos explosivos do tipo flashbang e bloqueando comunicações por rádio.

Em comunicado, a ONU pediu uma investigação independente sobre os ataques à Flotilha, ocorridos na noite de terça-feira e na manhã desta quarta, dizendo que qualquer pessoa por trás das “violações” deve ser responsabilizada. “Deve haver uma investigação independente, imparcial e completa sobre os ataques e assédios relatados por drones e outros objetos”, disse o porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU, Thameen Al-Kheetan.

*Opera Mundi


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Política

STF discute saúde de Bolsonaro e possibilidade de mandá-lo à Papuda

A saúde de Jair Bolsonaro passou a ser debatida entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pode mudar os rumos da sua detenção. Mais do que o recente diagnóstico de câncer de pele, a maior preocupação envolve o quadro abdominal do ex-presidente, considerado delicado por médicos que também atendem servidores da Corte.

Segundo a coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles, a ideia inicial era encaminhar Bolsonaro para uma cela especial no presídio da Papuda, em Brasília, como forma de demonstrar que ele não teria tratamento diferenciado em relação a outros condenados. A decisão seria simbólica, reforçando a ideia de igualdade perante a lei.

O cenário, porém, mudou. Ministros avaliam que a prisão domiciliar é a medida mais adequada, já que permite acesso rápido a atendimento médico e facilita o deslocamento em casos de emergência. Entre os argumentos citados está o recente caso de um detento condenado pelo ataque golpista de 8 de Janeiro de 2023, que morreu na prisão após sentir-se mal.

A discussão agora gira em torno de duas possibilidades: manter Bolsonaro em prisão domiciliar desde já ou transferi-lo temporariamente para uma cela especial fora de casa, aguardando posterior decisão judicial. Em caso de ida para uma unidade prisional, a defesa poderá pedir rapidamente o retorno ao regime domiciliar.

Atualmente, o ex-presidente cumpre prisão preventiva por descumprimento de medidas cautelares impostas no inquérito que o investigou por coação no curso do processo. Ele foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela trama golpista.

Além da prisão domiciliar e da Papuda, o ex-presidente também pode ser preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília ou em um quartel do Exército, hipótese considerada mais remota por ministros do Supremo, segundo o DCM.

Bolsonaro tem 70 anos e seus advogados devem insistir para que ele cumpra a pena em prisão domiciliar, já que ele sofre de hipertensão, refluxo, esofagite, gastrite, além dos problemas intestinais.


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Política

Sobre Lula e Trump, lembrem-se dos índios Caetés que assaram e comeram o Bispo Sardinha num espeto de Pau Brasil

Li muitos comentários que Lula não deveria ir aos EUA se encontrar com Trump para não cair numa armadilha no salão oval da Casa Branca.

Acho que Lula, nascido em Caetés, cidade que tem esse nome em homenagem aos Caetés que viveram naquela região, é suficientemente couraçado para lidar com qualquer armadilha política, porque Lula nunca se encolheu diante de uma tentativa de constrangimento.

A filharada bandida de Bolsonaro está totalmente sem chão com a possibilidade do encontro de Trump com Lula e, sem ter o que dizer, espalha que Trump é um gênio e está atraindo Lula para a Casa Branca para jantá-lo.

Mas a verdade é que Trump é suficientemente informado para jamais tentar uma bobagem qualquer com o filho legítimo de Caetés, pois, do contrário, se tornará um Bispo Sardinha 2.0.


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Política

Deputados queriam que Alcolumbre fosse burro e ignorasse as ruas e as redes

A rejeição da PEC da Blindagem pelo Senado de forma unânime azedou o amigo-secreto na festinha de final de ano dos partidos do centrão e da direita bolsonarista. Agora, vai ter senador ganhando par de meias de deputado vingativo.

Senadores surgiram como adultos na sala para consertar a molecagem de deputados, que tentaram botar no texto constitucional uma proteção a parlamentares que cometessem crimes, mas a verdade é que o apoio ao texto tinha o suporte de muitos deles. Era matéria pacificada dentro de muitos partidos políticos.

O que aconteceu é que tinha manifestações no meio do caminho, no meio do caminho tinham manifestações.

Deputados reclamam a jornalistas que o presidente do Senado Davi Alcolumbre não cumpriu o combinado com o presidente da Câmara Hugo Motta sobre a blindagem. Mesmo que isso seja verdade, a tradução para o português desse muxoxo é: o Alcolumbre é traidor porque não quis promover um suicídio político coletivo do Senado.

A Câmara dos Deputados e suas lideranças, acostumadas a ver a rua coalhada de manifestantes de extrema direita vestidos de amarelo-CBF, esqueceu que op campo democrático poderia reagir diante da proposta mais picareta (e olha que a concorrência é forte) que passou por lá nos últimos anos.

Com base nisso, votou e aprovou de forma irresponsável uma medida que, dias depois, foi rejeitada por centenas de milhares de pessoas nas ruas e outras milhões nas redes sociais. E, mesmo depois da comoção popular, queriam que os senadores matassem no peito.

Não há acordo que resista à percepção de que o apoio a uma matéria pode render a não-reeleição no ano que vem, lembrando que, em 2026, dois terços do Senado serão colocados em disputa. Senador é cargo majoritário, depende do voto de todo estado e não de um grupo específico. Para entender a pressão, nem os senadores do PL, partido que, na Câmara votou em peso pela blindagem, tiveram coragem de aprovar a matéria. Rejeitaram e ficaram pianinhos.

Em suma, deputados queriam que não apenas Alcolumbre fosse burro, como também burro fossem os demais senadores.

Não satisfeitos com a primeira bobagem, a Câmara de Deputados agora se prepara para colocar em votação o PL da Anistia a Jair Bolsonaro e outros golpistas. Se o texto não vier suficientemente descarado das mãos do relator, Paulinho da Força, fantasiado de Dosimetria, o campo bolsonarista quer fazer mudanças para beneficiar o ex-presidente no próprio plenário.

E já ameaça o Senado caso não chancele o que aprovarem, ignorando que as mesmas manifestações de rua que criticaram a blindagem também atacaram a anistia. Sim, há deputados que são lemingues.

Não só isso: há gente na Câmara dos Deputados usando como chantagem a votação da isenção do imposto de renda de quem ganha até R$ 5 mil, e, principalmente, a compensação através da cobrança sobre o super-ricos. Afirmam que a votacão da medida que ajuda a classe trabalhadora depende de passar pano para golpista.

Não é o fundo do poço, porque aprendemos no Brasil que, no fundo do poço, tem sempre um alçapão. Mas a Câmara deveria tentar se reconectar ao resto do país. Ano que vem tem eleição, né? Fica a dica.

*Leonardo Sakamoto/Uol


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Celio Turino: A elegância da primeira-dama contém uma mensagem no figurino

Tatreez é uma arte ancestral de bordado tradicional das mulheres da Palestina e se tornou símbolo da identidade culturale resistência.

Feito de padrões únicos e ricos, a UNESCO o reconheceu e incluiu como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Cada padrão conta uma história única sobre as pessoas, lendas e crenças locais e cada aldeia tem padrões distintos. A prática é considerada uma forma de preservar e propagar a herança cultural do povo palestino, especialmente em meio ao deslocamento da diáspora, e agora sob o genocídio.

Importante e bela mensagem política da Janja!


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Alcolumbre formaliza arquivamento da PEC da Blindagem: ‘Mobilizou a sociedade brasileira e o Parlamento’

Nesta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), formalizou o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2021, conhecida como PEC da Blindagem ou da Bandidagem. A decisão segue o regimento interno da Casa, após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) rejeitar a proposta por unanimidade, considerando-a inconstitucional e juridicamente inviável.

A PEC buscava ampliar as prerrogativas de parlamentares, exigindo autorização prévia da Câmara dos Deputados ou do Senado para o processamento criminal de deputados e senadores em casos como crimes comuns, corrupção, lavagem de dinheiro e outros. Isso reviveria parcialmente uma regra em vigor entre 1988 e 2001, mas com votação aberta (não secreta).

Críticos, incluindo entidades como Transparência Brasil e Centro de Liderança Pública, argumentavam que a medida criaria uma “blindagem” contra investigações, promovendo impunidade e enfraquecendo o combate à corrupção, especialmente em temas como o Orçamento Secreto e os atos de 8 de janeiro de 2023.

Aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados em 17 de setembro de 2025, a PEC chegou ao Senado sob forte pressão pública. Protestos ocorreram em todas as 27 capitais brasileiras no dia 21 de setembro, liderados por movimentos de esquerda e sociedade civil, contra o que chamavam de “retrocesso democrático”.

O relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), apresentou parecer pela rejeição, aprovado por 26 votos a zero. Vieira classificou a PEC como um “golpe fatal” na legitimidade do Congresso, abrindo “portas para transformar o Legislativo em abrigo seguro para criminosos”. O presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA), elogiado por Alcolumbre, conduziu a sessão.

Arquivamento imediato

Como a rejeição foi unânime, não há necessidade de votação no plenário — recurso só seria possível com assinaturas de pelo menos 9 senadores, o que não ocorreu. Alcolumbre anunciou a medida em pronunciamento no plenário, destacando o cumprimento regimental “sem atropelos, sem ‘disse me disse’, sem invenções”.

 Declaração de Alcolumbre
No discurso, Alcolumbre enalteceu a atuação dos senadores na CCJ, afirmando:
“Senadores da CCJ concluíram com rapidez a votação da matéria no dia de hoje, com coragem, repito, com altivez, com serenidade de enfrentar um tema que tem, naturalmente, mobilizado a sociedade brasileira, mas, sobretudo, o parlamento.”

Ele reforçou que a decisão reflete a serenidade do Legislativo em debater temas sensíveis, mantendo a atual legislação sobre imunidade parlamentar (foro privilegiado limitado a crimes em exercício da função).

O arquivamento encerra definitivamente a tramitação no Congresso, preservando o equilíbrio entre poderes e facilitando investigações contra parlamentares. Especialistas veem isso como vitória no combate à impunidade.


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