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Lula chama a carnificina no Rio pelo nome certo, matança!

Lógico que o bolsonarista Rodrigo Pimentel (Capitão Nascimento), vai aumentar o tom crítico a Lula, já que virou arroz de festa na internet.

O resultado trágico da operação não deixa Lula mentir e pinta um outro quadro diferente do que o ex-capitão do BOPE pinta, dando atestado de ótima conduta a Claudio Castro.

Mas não demora para senador Contarato, na presidência da CPI do crime organizado no Senado condenar essa carnificina como tem que ser.

Pimentel, que tem penazinha de Bolsonaro, julgado e condenado pelo STF já fez seu manjado discurso contra os que foram alvos da operação, sem investigação e conclusão técnica.

Até aqui, foi tudo dito de maneira fantasiosa como uma campanha política antecipada de Claudio Castro, que tomou gosto pelo sangue de pretos e pobres.

Lula, com a autoridade de presidente da República e seu longo percurso na defesa das garantias constitucionais, finda essa versão de mão única que será adotada pelos fatos concretos que a CPI há de trazer à luz do sol do meio dia.


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Política

Contarato é eleito, no Senado, presidente da CPI do crime organizado

A direita só tinha um trágico massacre pra chamar de seu em 2026.
Agora não tem mais!

Isso é o retrato mais cru do patrimônio intelectual da direita no Brasil.
O tema se impõe pela sobrevivência da escumalha política. Não há pra onde fugir.

É o que essa escória política tinha a oferecer.

É um monumento a estupidez humana, mas estava sendo primordial para direita dizer que a treva é o único lugar que ela pingaria suas gotas de sangue para as eleições de 2026.

Mais, não dizem.

Até para os algoritmos, pagos ricamente pelos criminosos aliados, é pesado o fardo de carregar uma direita que vive do fígado porque não pode viver do cérebro.

Esse voo de galinha político é a única coisa que formigou a cabeça oca de um político de direita no Brasil atual.

Bolsonaro não chegou ao poder impunimente.

Tudo tem custos, e como inteligência não dá em árvores, o valor da chacina na Penha e Alemão, impõe limites estreitos demais para o problema de quem não tem causa política além da busca do poder pelo poder.

Os pobres diabos da direita napoleônica são pautados pelo hospício político que os sustenta.

É muita gritaria para ínfimos resultados.

Em menos de uma semana da carnificina nas favelas do Rio, o tema já esfriou e muito nas redes sociais.

Com o Senador Contarato presidindo a comissão da CPI do Crime Organizado, a direita vai fugir desse tema mais que o diabo da cruz, por razões óbvias.


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Brasil Mundo

Nossos ratos querem um Trump para os brasileiros que os americanos repudiam

63% dos Americanos rejeitam o desempenho de Trump.

Isso, segundo as pesquisas da CNN nos EUA, reflete insatisfação com a economia, expansão de poderes presidenciais e política externa, incluindo tarifas e intervenções.

Mas os ratos do consorcio Paraguaçu formado pelos Odoricos, Tarcísio, Castro, Caiado, Zema e outros camundongos querem Trump intervindo militarmente no Brasil,

Assim que soube da pesquisa, imediatamente Trump pediu penico para a China, propondo zerar as tarifas em pelo menos um ano para, depois ver se esse papo de taxar outros países e a bomba cair no colo dos americanos, volta a ser pauta do bobalhão laranja.

Aqui o “Consórcio Paraguaçu” parece saído direto de Sucupira, numa aliança de “coronéis modernos” que, em vez de se unirem contra o crime, dividem pra reinar politicamente, e quem paga a conta é a nação.

A proposta de transformar as facções criminosas no Brasil em narcoterroristas tem apenas esse objetivo, o de dar a Trump carta branca para uso militar contra os brasileiros e transformar o Brasil em penico de Trump.


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Mundo

Desaprovação de Trump bate recorde e economia é apontada como o maior problema

A taxa de aprovação do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, atingiu uma nova mínima histórica em seu segundo mandato, a 37%, aponta uma pesquisa da CNN, publicada nesta segunda-feira. O valor é o menor de sua segunda administração e é próximo das piores taxas de aprovação de seu primeiro mandato, quando chegou a registrar apenas 34% de aprovação.

No mesmo sentido, a taxa de desaprovação atingiu 63%, sendo a maior já registrada de ambos os seus governos e um ponto porcentual acima do recorde anterior, de 62%, quando ele deixou a Casa Branca em janeiro de 2021.

A pesquisa da CNN também mostra que 32% dos entrevistados avaliam que o andamento da situação do país está “Muito bem/Razoavelmente bem”, enquanto 68% acreditam que o cenário está “bastante ruim/muito mal”.

Ainda, foi avaliado que o problema mais importante que os EUA enfrentam atualmente são: a economia e o custo de vida (47%); o estado da democracia americana (26%); imigração (10%); crime e segurança (7%); saúde (5%); e política externa (1%).

*Broadcast


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Política

Para o clã Bolsonaro, Claudio Castro é apenas mais um rato querendo criar asas de ganso

Aliança da direita não cola nem com cuspe.

Foi esse o recado que Carluxo mandou para o desprezível Claudio Castro que sempre reclamou de Bolsonaro por tratá-lo como um ninguém na política carioca e brasileira.

Caiado, Ratinho Jr, Zema e Tarcísio foram tratados pelo clã como ratos de farelo de porco.

Ibaneis e outras porcarias nem aparecem nessa foto dos desprezíveis.
Castro então nem se fala.

Não tem 2ª opção para o clã que não tenha DNA de Bolsonaro.
É o clã Bolsonaro por ele e para ele.

Por isso Carluxão das massas vive berrando que o clã está cheio de hienas por perto. Chegou a hora da faxina!

Moraes quer Bolsonaro na Papuda.

Ou seja, Bolsonaro sempre disse na pandemia de Covid que todo mundo vai morrer um dia e sua morte política já foi decretada.

Nesse caso ele vai apontar o dedo para um de seus quatro filhos vagabundos como ele que nunca trabalharam na vida pra representar sua falange criminosa.

Ou seja, nem clã Bolsonaro e nem o consorcio Paraguaçu formado pelos governadores traíras que já se reúnem sem a participação de filhos de Bolsonaro.

Essa é a direita que está cantando vitória eleitoral com a chacina do Rio?


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Política

Castro e governadores de direita buscaram aliança com EUA sem passar por Lula

De acordo com o governador do Rio, é necessário declarar facções como “narcoterroristas”, o que pode abrir espaço até para uma intervenção militar

Há alguns meses, representantes do governo do Rio de Janeiro foram à embaixada dos EUA entregar um documento confidencial apresentando uma lista do que seriam os benefícios da declaração de facções criminosas brasileiras como narcoterroristas. A informação foi divulgada pela jornalista Malu Gaspar, em transmissão da GloboNews, nesta segunda-feira (3).

Segundo a jornalista, Castro chegou a ir a Nova Iorque para se reunir com autoridades dos EUA e tratar da questão. Ele e governadores de direita tentam fazer uma aliança, independente do governo federal, entre estados subnacionais com o governo Trump, levando possivelmente a alianças voltadas, declaradamente, ao combate ao crime organizado, diz Leonardo Sobreira, 247.

De acordo com as informações, um auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou as articulações como uma “irresponsabilidade”.

As articulações entre estados governados pela direita e Washington pode abrir espaço para uma intervenção militar dos EUA no Brasil, além de colocar o país como um todo na mira de sanções econômicas previstas no país norte-americano contra grupos e indivíduos associados considerados terroristas.


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Política

Aliados apostam que STF enviará Bolsonaro para a Papuda já na próxima semana

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmam que o Supremo Tribunal Federal poderá enviá-lo ao presídio da Papuda já na próxima semana, após a análise dos embargos de declaração apresentados pela defesa. O político cumpre atualmente prisão domiciliar determinada no âmbito de outra investigação. A avaliação circula entre pessoas próximas ao ex-mandatário em Brasília nesta segunda-feira (3). Com informações de Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Integrantes da família de Bolsonaro relataram, sob reserva, que veem a transferência como tentativa de desgastá-lo politicamente. Para esses aliados, o regime fechado seria entendido como um gesto simbólico relacionado ao julgamento dos eventos golpistas. Publicamente, ninguém da defesa confirmou essa interpretação.

Apesar do receio, o entorno acredita que a permanência do ex-presidente na Papuda duraria poucas semanas. Depois desse período, a Corte poderia restabelecer a prisão domiciliar, considerando questões de saúde. Bolsonaro enfrenta sequelas da facada sofrida na campanha de 2018 e, neste ano, recebeu diagnóstico de câncer de pele.

Internamente, ministros do STF discutem alternativas para a execução da pena. Um magistrado com interlocução próxima ao ministro Alexandre de Moraes defende que Bolsonaro permaneça em casa, citando a concessão feita anteriormente ao ex-presidente Fernando Collor. O argumento central é a necessidade de acompanhamento médico constante, segundo o DCM.

Alexandre de Moraes, por outro lado, tem defendido a transferência para uma cela especial na Papuda. O espaço contaria com paredes brancas, televisão e ar-condicionado, medida destinada ao cumprimento de determinações legais de segurança. O desenho desse plano é debatido em caráter reservado.

Quando questionado na sexta-feira (31) sobre a possibilidade da transferência, o STF não divulgou posição oficial. A análise dos embargos depende de movimentação do plenário, e qualquer decisão concatenará aspectos jurídicos e administrativos. O tribunal não estipulou prazo para publicação do despacho.

A condenação de Bolsonaro soma 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado e outros quatro crimes. O ex-presidente também descumpriu medidas cautelares em outra investigação, relacionada a suposto crime de coação no curso do processo, o que resultou em restrições adicionais impostas pela Justiça.

A defesa acompanha a movimentação do STF enquanto aguarda atualização do calendário de análise dos embargos. Aliados monitoram o cenário político na capital federal e afirmam que manterão diálogo com o tribunal para preservar as garantias previstas na legislação brasileira.


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Política

Castro patrocinou evento de Doria sobre jogos de azar um dia antes da chacina

Na véspera da megaoperação policial que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, o governo do Rio de Janeiro autorizou o repasse de R$ 700 mil em patrocínio para um evento empresarial de João Doria, realizado em Londres. O encontro, promovido pelo Lide Reino Unido, discutia justamente o setor de jogos e apostas, tema que o próprio governo fluminense havia liberado por decreto meses antes. As informações são da coluna de Ancelmo Gois.

O contraste entre as duas ações — uma operação policial marcada pela violência e a liberação de verbas públicas para um evento de luxo no exterior — expõe a contradição de prioridades dentro da administração estadual.

  • 27 de outubro de 2025 → Governo Cláudio Castro (PL-RJ) destinou R$ 700 mil em patrocínio para o Fórum de Investimentos Brasil-Reino Unido, promovido pelo Lide (grupo fundado por João Doria).
  •  O evento ocorreu em Londres nos dias 27 e 28/10.
    – Tema central: regulamentação de jogos de azar (cassinos, bingos, apostas esportivas).
  • Palestrantes: Arthur Lira (presidente da Câmara), Michel Temer, Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e executivos do setor de bets.
  • Patrocinadores privados: Betano, PixBet, SportingBet, SuperBet, Esportes da Sorte.
  • 28 de outubro de 2025** → Um dia depois do patrocínio ser formalizado, a Polícia Civil do RJ deflagrou a Operação Contenção nas favelas do Complexo da Penha, Muzema e Jacarezinho.
  •  Resultado oficial: **121 mortos** e 113 presos.
  • Movimentos de direitos humanos, ONU e STF classificam como **chacina**.

Prova documental
Diário Oficial do RJ (ed. 30/10): publicação do Extrato de Dispensa de Licitação nº 039/2025 (Processo SEI-160001/001752/2025) confirma o repasse de R$ 700 mil à Lide Global Events Ltd.
Objeto do contrato: “patrocínio institucional” ao evento em Londres.

Por que o timing chama atenção
O setor de apostas é apontado pelo GAECO/MP-RJ e pela PF como um dos principais canais de lavagem de dinheiro de milícias e tráfico.

A megaoperação policial foi justificada como combate ao “narcoterrorismo”, mas críticos (Anistia Internacional, Human Rights Watch, Conectas) a veem como ação eleitoreira para 2026.

Castro, pré-candidato à Presidência, usou a operação para se projetar nacionalmente, mas agora é cobrado pelo STF (min. Flávio Dino) a prestar esclarecimentos em 48 h.


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Mundo

The Economist: Brasil mostra por que, na era Trump, autonomia nacional exige mais integração global

Após tarifas de Trump, Brasil intensifica laços com países para garantir autonomia e enfrentar pressões políticas externas

Por The Economist
O palácio presidencial do Brasil foi projetado para transmitir uma imagem de poder sereno. Oscar Niemeyer, o grande arquiteto modernista do País, dotou-o de colunas de mármore que se curvam como os rios do Brasil e parecem flutuar sobre um espelho d’água tranquilo – um emblema equilibrado da soberania nacional. Mas a calma pode ser enganosa.

Em 2023, uma multidão inspirada por Jair Bolsonaro, um ex-presidente de extrema direita, invadiu seus portões. A pressão também pode vir do exterior: em julho, o presidente Donald Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, irritado com o processo judicial contra Bolsonaro.

Embora Trump e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (conhecido como Lula), tenham trocado palavras calorosas após uma reunião na Malásia na semana passada, o episódio mostra como é fácil para a superpotência interferir na política brasileira. Isso também serve de lição sobre como conduzir a política comercial no mundo de Trump.

Pelo menos externamente, as autoridades brasileiras permaneceram serenas. Elas enviaram aos formuladores de políticas americanos evidências da independência judicial, confiando que os fatos – e a estatura do Brasil – as protegeriam. No entanto, por trás da postura serena, há uma mudança de estratégia.

Os órgãos multilaterais com os quais o Brasil antes contava perderam influência. Assim, o País buscou proteção da única maneira possível: vinculando-se mais estreitamente a outros países. À medida que as proteções globais enfraquecem, os países estão aprendendo que a autonomia agora vem da integração.

Os economistas há muito tratam a globalização como uma troca entre abertura e autonomia nacional. Em 1933, John Maynard Keynes, desiludido com os fracassos do internacionalismo econômico, argumentou em uma palestra intitulada “Autossuficiência Nacional” que a abertura havia ido longe demais.

Todos os países desejavam “ser seus próprios senhores e ser tão livres quanto possível das interferências do mundo exterior”. Essa tensão ainda molda a ordem global. No início dos anos 2000, Dani Rodrik, da Universidade de Harvard, reformulou-a como o “trilema político da economia global”. Os países não podiam ter simultaneamente integração econômica, política democrática e autonomia nacional total.

Quanto mais profundas se tornavam as regras globais, menos liberdade os governos tinham para definir suas próprias políticas. A integração e a soberania puxavam em direções opostas.

No entanto, a abertura também pode proteger. Albert Hirschman, um economista liberal que fugiu da Alemanha nazista, percebeu que as regras podiam proteger e também restringir. Depois de ver o Terceiro Reich usar o comércio para subjugar seus vizinhos na Europa Oriental, ele alertou que o poder de interromper as relações comerciais se torna um poderoso instrumento de pressão política. Sua resposta não foi se fechar, mas distribuir o risco. A verdadeira independência, argumentou ele, vinha da diversificação – um comércio amplo com muitos parceiros, de modo que nenhum deles pudesse sufocar um fluxo vital.
Em um mundo onde uma potência hegemônica está disposta a coagir, a integração é o que preserva a soberania.

Essa ideia está sendo testada novamente. Trump desrespeitou a regra mais básica do sistema comercial – a não discriminação –, usando tarifas como armas políticas. A Índia foi punida por comprar petróleo russo; o Canadá, por seus planos de tributação digital e por recrutar Ronald Reagan para um anúncio crítico na TV; a União Europeia, por seus padrões de segurança alimentar; e o Brasil, por processar Bolsonaro. Para os alvos de Trump, o isolamento agora parece mais perigoso do que o envolvimento.

O Brasil mostra como isso funciona. Quando Trump anunciou sua tarifa de 50%, as autoridades recorreram instintivamente ao regulamento. O gigante sul-americano é um dos membros mais litigiosos da Organização Mundial do Comércio – apresentando o quarto maior número de reclamações, depois dos Estados Unidos, da União Europeia e do Canadá.

Mas, com a OMC enfraquecida, o Brasil busca aprofundar os laços com outros países. Celso Amorim, principal assessor de Lula, chama isso de “uma vacina contra movimentos arbitrários de qualquer potência”. Em um mundo governado por valentões, a melhor defesa contra a infecção por um país é a exposição a muitos.

Lula, que antes era cético em relação ao livre comércio, tornou-se um improvável defensor da abertura. Em seu primeiro mandato, na década de 2000, ele aumentou as tarifas sobre máquinas industriais e têxteis, impôs regras de conteúdo local no setor de petróleo e gás e concedeu créditos subsidiados a campeões nacionais como a Embraer, fabricante de aeronaves.

Agora, ele está buscando vincular o Brasil mais fortemente à economia global. O Brasil concluiu um acordo de livre comércio com a Associação Europeia de Livre Comércio, está finalizando outro com os Emirados Árabes Unidos e está em negociações com o Canadá, a Índia, o Japão e o México. Mais importante ainda, após 25 anos de atraso, o Mercosul, um bloco sul-americano liderado pelo Brasil, está perto de ratificar um pacto com a UE.

Esses acordos fazem mais do que abrir mercados. Eles garantem reformas internas, prometendo maior transparência e regulamentação mais estável. O pacto entre a UE e o Mercosul, por exemplo, abrirá os contratos públicos do Brasil a licitantes estrangeiros, eliminará gradualmente os impostos de exportação sobre bens essenciais e aproximará suas regras ambientais e trabalhistas dos padrões da UE. Comprometer-se com regras previsíveis e parcerias amplas pode parecer uma restrição. Mas também é uma garantia. Quanto mais regras você compartilha, mais difícil fica para qualquer país pressioná-lo.

Consequências indesejadas
Essas medidas podem vir a ser o legado mais duradouro das tarifas impostas por Trump. Os acordos comerciais têm o hábito de impor a liberalização institucional. Quando a Espanha aderiu à antecessora da UE em 1986, foi obrigada a abandonar a proteção de suas indústrias e adotar a legislação europeia em matéria de concorrência, ancorando sua jovem democracia a uma ordem baseada em regras. Para a Polônia pós-comunista, a adesão significou reescrever milhares de leis; seu obscuro sistema de contratos públicos foi transformado em um dos mais transparentes do bloco.

Em todo o mundo, os governos estão chegando à mesma conclusão. Potências médias como Índia, Indonésia e México buscam autonomia por meio da abertura. As tarifas de Trump estão levando outros países a se vincularem de forma mais segura às regras comerciais. A integração econômica já foi considerada uma ameaça à soberania. Hoje, ela se tornou seu escudo.


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Política

Mendonça suspende julgamento de governador após Roraima contratar seu instituto

O ministro André Mendonça pediu vista e suspendeu, em agosto, o julgamento no TSE que pode cassar o governador de Roraima. Em março, o instituto fundado pelo ministro recebeu R$ 273 mil do governo do estado, em um contrato sem licitação. O caso foi revelado pelo jornal O Globo e confirmado pelo UOL

O governador Antônio Denarium (PP) teve o mandato cassado e recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O motivo da cassação foi abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022, quando Denarium foi reeleito. Foram quatro cassações em nível estadual, as duas últimas em janeiro e novembro de 2024.

Em agosto, a ministra Isabel Galloti, relatora do caso no TSE, votou pela cassação imediata; no mesmo dia, Mendonça pediu vista e suspendeu o julgamento. O pedido de vista, feito em 26 de agosto, era válido por 30 dias. No final de setembro, Mendonça renovou o pedido de vista por mais 30 dias. O TSE não informou ao UOL quando o julgamento será retomado.

Mendonça é fundador do Iter, que foi contratado pelo governo de Denarium, em fevereiro, para dar dois cursos para funcionários estaduais. Naquele mês, Denarium já tinha apresentado recursos ao TSE contra sua cassação. Mendonça já era ministro do TSE — está na corte desde junho de 2024.

Em março, o governo de Roraima pagou R$ 273 mil pelos dois cursos, que tiveram duração total de seis dias — de 19 a 26 de fevereiro. Isso dá R$ 45,5 mil por dia de curso. Foram ofertadas 40 vagas para cada um dos treinamentos.

A contratação ocorreu sem licitação; um dos cursos era justamente sobre como fazer licitações; o contrato foi celebrado pela Secretaria de Licitação e Contratação. O governo de Roraima dispensou a licitação sob a alegação de “inexigibilidade”.

Certificado de curso contratado pelo governo de RR com assinatura de André Mendonça

Em dezembro, a Secretaria de Licitação mandou um email para o Iter solicitando proposta de preços; orçamento de 21 páginas foi enviado quatro horas depois. Além do orçamento detalhado, Iter enviou dois atestados de capacidade técnica e quatro notas fiscais de cursos ofertados por outras instituições públicas e privadas.

Proposta do Iter traz a foto e a biografia de Mendonça, apresentado como “founder” (fundador). Já o presidente do Iter é Victor Godoy, ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro. Mendonça foi ministro da Justiça de Bolsonaro antes de ser indicado ao STF.

Mendonça também assinou os diplomas dos alunos dos cursos. “Prof. Dr. André Mendonça, Founder”. A segunda assinatura no diploma é de “Victor Godoy, CEO”. “Completou o curso sobre Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos — turma in company Roraima com carga horária de 24 horas, no período de 24 a 26 de fevereiro de 2025”.

O Iter se tornou uma sociedade anônima fechada em outubro de 2024, não permitindo saber quem são seus sócios atuais; até então, uma empresa de Mendonça era sócia do instituto. Os demais sócios eram Victor Godoy; Rodrigo Sorrenti, chefe de gabinete de Mendonça no STF; Tercio Tokano, advogado da União e professor do Mackenzie; e o economista Danilo Dupas, que foi presidente do Inep na gestão de Bolsonaro.

Procurado, Mendonça não se manifestou. O UOL entrou em contato com o gabinete do ministro e com as assessorias do TSE do Supremo Tribunal Federal (STF). O texto será atualizado se houver resposta.

O governador de Roraima também não respondeu à reportagem. Foi eleito governador pela p

rimeira vez em 2018, como representante da onda bolsonarista. Apesar da cassação no tribunal eleitoral regional, está no penúltimo ano do segundo mandato.

O Tribunal de Contas de Roraima também contratou o Iter para dar cursos de oratória a três conselheiros, ao preço de R$ 54 mil. As notas de empenho foram emitidas de março a julho deste ano. O UOL questionou o tribunal a respeito. O texto será atualizado se houver resposta.
Proposta do Iter, ligado a André Mendonça, para o governo de RoraimaProposta do Iter, ligado a André Mendonça, para o governo de Roraima
Imagem: Reprodução

*Uol


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