Comecemos pelo começo: Várias fontes indicam que Ciro Nogueira é um dos principais candidatos a vice na chapa de Tarcísio.
A recém-formada federação União Brasil-Progressistas, o maior bloco no Congresso, considera Nogueira para o cargo de vice-presidente para fortalecer a campanha de Tarcísio, especialmente no Nordeste, onde Nogueira, natural do Piauí, tem influência.
Ciro Nogueira é um traidor contumaz. Isso até as pedrinhas do fundo do mar sabem.
A venenosa frase de Tarcísio, o mais graúdo candidato entre os quatro ratos que Carluxo espinafrou, foi sobre a possibilidade de conceder indulto a Bolsonaro, se for eleito presidente: “Concedo o indulto na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado.”
Ou seja, Tarcisio trai Bolsonaro antes mesmo de ser condenado e preso. Disse que, se for presidente, dará o indulto a ele, negando defender sua anistia, agora, por razões óbvias.
Em meio a essa trairagem de Tarcísio em que enfia um espeto de Pau Brasil no genocida para lhe devorar assado em brasa, como os antigos Caetés fizeram com o Bispo Sardinha, surge um personagem anônimo via ICL e entrega um tijolo que foi parar direto na testa de Ciro Nogueira, candidato a vice rato de Tarcísio.
A denúncia de recebimento de propina, dinheiro em espécie é muito detalhada e só poderia vir de dentro do próprio ninho de ratos bolsonaristas.
O fato é que, se Carluxo, o Pitbull favorito de Bolsonaro, chamou Tarcisio de rato, de forma escancarada, o que ele não faria de forma mais sutil contra o vice rato de Tarcísio, Ciro Nogueira.
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Premiê Ahmad al-Rahawi e ministros morreram em bombardeios contra Sanaa
O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Iêmen, Major-General Mohammed al-Ghamari, condenou o assassinato do primeiro-ministro iemenita Ahmad al-Rahawi e de vários ministros nas recentes ofensivas israelenses na capital, Sanaa. “Saibam bem que, ao cometer este crime hediondo, vocês abriram as portas do inferno sobre si mesmos”, alertou
O líder enfatizou que tais crimes não impedirão o Iêmen de manter sua posição firme de apoio à Palestina, segundo o jornal de Beirute Al Mayadeen.
O Major-General al-Ghamari enfatizou que a resposta iemenita será “dura e dolorosa”, apontando opções militares estratégicas eficazes em consideração. Ele garantiu à liderança e ao povo: “Vocês ouvirão em breve e verão com seus próprios olhos o que curará seus corações.”
Ele prometeu ainda que as Forças Armadas do Iêmen continuarão a aprimorar suas capacidades militares estratégicas para enfrentar a agressão sionista.
Al-Ghamari afirmou que o assassinato de autoridades iemenitas e o bombardeio de bairros civis de Sanaa não abalarão a posição do Iêmen. Reiterando o apoio à Palestina permanece firme, declarando que a retaliação continuará “até que a agressão cesse e o cerco seja levantado, independentemente dos sacrifícios”.
Houthis confirmam morte do primeiro-ministro em ataque de Israel Os Houthis do Iêmen confirmaram que um ataque aéreo israelense no início desta semana matou o primeiro-ministro do governo do grupo, Ahmed al-Rahawi, durante um workshop na capital, Sanaa, junto com vários ministros, segundo comunicado divulgado no sábado (30/08).
O ataque israelense ocorreu em um momento em que as tensões na região continuam a aumentar em meio ao conflito em Gaza. O exército de Israel disse em um comunicado que suas forças atingiram na quinta-feira (28/08) “um alito militar do regime terrorista Houthi na área de Sanaa”.
*Opera Mundi
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“Queriam me deixar tetraplégica”, afirmou a ex-deputada e ex-aliada do clã Bolsonaro sobre episódio polêmico ocorrido em 2021
A ex-deputada federal Joice Hasselmann fez uma acusação grave contra o clã Bolsonaro durante entrevista ao Content Podcast na última semana.
Ex-bolsonarista, Joice revelou que foi agredida por kids pretos – integrantes das Forças Especiais do Exército – a mando de um integrante da família Bolsonaro.
O caso ocorreu em julho de 2021. Na ocasião, Joice acordou em seu apartamento funcional em Brasília com fraturas nas costelas e no rosto, dentes quebrados e marcas de sangue no chão. Na ocasião, disse que não se lembrava do que havia ocorrido e, dias depois, acionou a Polícia Civil de Brasília, que abriu inquérito mas, dias depois, arquivou a investigação, concluindo que não houve invasão ao apartamento de Joice e que a então deputada teria sofrido uma queda.
Anos depois, em entrevista ao podcast na última semana, entretanto, Joice deu uma versão totalmente diferente para a história, afirmando que foi espancada por membros do Exército a mando do clã Bolsonaro. A ex-deputada acusou ainda Anderson Torres, ex-ministro de Jair Bolsonaro e à época secretário de Segurança do Distrito Federal, de ter manipulado e encoberto o caso.
“Eu não caí, eu fui agredida. Aquele negócio de cair… O Anderson Torres era secretário na época, ele foi ministro do Bolsonaro e foi quem investigou meu caso. Fui agredida por alguém da família. Não posso dizer quem se não eu levo um processo. Da família Bolsonaro”, revelou.
Joice Hasselmann disse, ainda, que a câmera funcional que havia no seu apartamento funcional seria “fake” e que os kids pretos começaram a viver no mesmo prédio que ela dois meses antes da suposta agressão para estudar seus hábitos. Ela acusa o clã Bolsonaro de querer deixá-la “tetraplégica”.
“Eu fui agredida. Ninguém cai da própria altura e quebra a coluna em cinco lugares. Só se eu rolasse de uma escada gigantesca. É impossível. Acho que eles queriam me deixar tetraplégica para que eu não andasse nunca mais, vivesse com aquela dor, sabendo que eles fizeram aquilo comigo, para que eu nunca mais mexesse com esse tipo de gente”, disparou.
Assista:
ISSO É MUITO SÉRIO! Lembram que a Joice Hasselmann, ex-líder do governo Bolsonaro, apareceu toda machucada? Agora ela afirmou que FOI ESPANCADA E UM MEMBRO DA FAMÍLIA BOLSONARO FOI O RESPONSÁVEL.pic.twitter.com/1Q8kIVkDv5
Em entrevista exclusiva, testemunha afirma que propina foi enviada ao senador, em Brasília
Por Leandro Demori, Cesar Calejon e Flávio VM Costa
Presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) recebeu uma sacola de papelão contendo dinheiro vivo enviado a ele por Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”. Os dois são, segundo investigação da Polícia Federal, os chefes do esquema criminoso do PCC (Primeiro Comando da Capital) que envolve a gestão de fundos de investimentos na Faria Lima e fraudes bilionárias no setor de combustíveis.
É o que conta, em entrevista exclusiva ao ICL Notícias, uma fonte anônima que teve contato direto com os dois chefes do esquema. A revelação feita ao ICL Notícias foi oficializada em depoimento à Polícia Federal (PF). A pessoa afirma ter ouvido do próprio Beto Louco que uma sacola com dinheiro vivo seria entregue a Ciro Nogueira. Ainda de acordo com a fonte, o encontro ocorreu no ano passado, no gabinete do Senado.
“Sim, ele falou que [a sacola com dinheiro] era para o Ciro Nogueira. Eles estavam indo encontrar o Ciro, em posse dessa sacola”, afirmou a testemunha em conversa gravada com os jornalistas Leandro Demori e Cesar Calejon.
“Era uma sacola de papelão. Era uma sacola grampeada. De uma largura compatível com o tamanho de uma cédula.”
O encontro entre o senador e os chefes do esquema do PCC, quando a sacola de dinheiro vivo foi enviada, ocorreu no mês de agosto de 2024, de acordo com a fonte.
A identidade da testemunha será preservada. Aos agentes da Polícia Federal, a fonte confirmou as mesmas informações reveladas na entrevista gravada ao ICL Notícias.
A propina estaria relacionada à defesa dos interesses dos suspeitos junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e a projetos de lei que tramitam no Senado. Na ANP, eles tentavam reverter a revogação das licenças da Copape e Aster, as principais empresas envolvidas no esquema criminoso, onde contariam com a interferência do senador
Procurado, o senador Ciro Nogueira respondeu com um ofício encaminhado por ele ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em que chamou o ICL Notícias de “site de pistoleiros”, negou as acusações e colocou seus sigilos à disposição da Justiça;
“Ao informar Vossa Excelência que essas pessoas jamais estiveram em meu gabinete, que por jamais ter tido proximidade de qualquer espécie, e portanto nunca poderia ter advogado em benefício delas e a inaceitável hipótese de que poderiam ter me favorecido financeiramente, de qualquer forma, é absolutamente mentirosa, peço a Vossa Excelência que determine, com a máxima urgência, à Polícia Federal, que solicite os registros de entrada em meu gabinete no ano citado ou em qualquer ano, e que requeira as imagens e os registros de entrada na sede ou nos escritórios dessas pessoas”, afirmou.
“Coloco, por meio deste, TODOS os meus sigilos à disposição (a começar pelos de meu gabinete, de meu telefone e todos os demais) para comprovar que em tempo algum mantive qualquer ligação com qualquer facção criminosa.”
Contactados através de seus advogados, Mohamad Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme da Silva também não responderam até o fechamento dessa reportagem. O espaço segue aberto.
Operação Carbono Oculto Primo e Beto Louco estão foragidos desde quinta-feira (28), dia em que foi deflagrada a Carbono Oculto, uma megaoperação que reuniu esforços simultâneos da Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público paulista para desbaratar um esquema bilionário que envolve uso de fundos de investimentos sediados na Faria (avenida na zona oeste de São Paulo que reúne os principais operadores financeiros do país), fraudes fiscais no setor de combustíveis e lavagem de dinheiro para o crime organizado. Há suspeita de que houve vazamento dos mandados de prisão, o que possibilitou a fuga dos dois suspeitos.
Os dois suspeitos seriam os verdadeiros donos da Copape e da Aster. Outras empresas envolvidas no esquema seriam o Reag, um dos maiores fundos de investimento do país, que foi usado na compra de empresas, usinas e para blindagem do patrimônio dos envolvidos, e o BK Bank, fintech que movimentava dinheiro com uso das chamadas “contas bolsão” não rastreáveis.
Um dos políticos mais identificados com o Centrão, bancada suprapartidária de orientação conservadora conhecida por seu voraz apetite por verbas e cargos públicos, Ciro Nogueira foi ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, entre agosto de 2021 e dezembro de 2022. Nogueira é um dos principais defensores dos interesses do mercado financeiro no Congresso Nacional e é defensor ferrenho Jair Bolsonaro, de quem foi ministro.
O senador entrou, recentemente, em uma disputa interna pela indicação da chefia da ANP. Ao lado do líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), apadrinhou a candidatura de Daniel Maia. Mas o escolhido pelo presidente Lula foi o advogado Artur Watt, bancado por Otto Alencar (PSD-BA). O plenário do Senado aprovou a indicação de Watt para a diretoria-geral, no último dia 19.
Emendas de Ciro Nogueira ao projeto de “devedor contumaz” No ano passado, a atuação de Ciro Nogueira foi alvo de críticas de representantes do setor de combustíveis por apresentar emendas a projetos de lei que tramitam no Senado sobre a tipificação e punição do “devedor contumaz”. A avaliação era de que as propostas do senador atrapalham o andamento dos projetos.
O devedor contumaz é uma pessoa jurídica que, de forma reiterada e sem justificativa, deixa de pagar impostos, utilizando a inadimplência fiscal como parte do seu modelo de negócio para obter vantagem competitiva indevida sobre outras empresas que pagam seus tributos em dia. O objetivo dos projetos de lei é o de definir punições a quem recorre a essa prática fraudulenta.
As informações divulgadas sobre a Operação Carbono Oculto demonstram que o modelo fraudulento de negócios das empresas de Primo e Beto Louco é baseado justamente neste tipo de estratagema. Logo, não aprovar o projeto de lei era de interesse dos chefes do esquema do PCC.
Em 18 de junho de 2024, uma terça-feira, Ciro Nogueira apresentou duas emendas ao projeto de lei 125/2022, que tem a relatoria do senador Efraim Filho (União Brasil/PB). Ele rejeitou as duas propostas em seu relatório.
Como mostrou a colunista do UOL, Raquel Landim, a primeira emenda excluía da classificação de “devedor contumaz” os setores com influência estatal na formação de preço, caso dos combustíveis onde operam as empresas alvo da operação. A segunda emenda deixava a cargo da agência reguladora (no caso de combustíveis, a ANP) definir que firma se encaixa, ou não, no critério de “devedor contumaz”.
Em dezembro de 2023, o senador havia apresentado emenda a um outro projeto que trata do mesmo tema. A emenda também foi rejeitada.
Em abril deste ano, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o projeto de lei. Logo após a deflagração da Carbono Oculto, o presidente do Senado David Alcolumbre (União Brasil-AP) colocou o projeto na pauta de votação do plenário, prevista para ocorrer nesta terça-feira (2).
Processos da Copape e da Aster na ANP De acordo com a investigação do MP-SP e da PF, Primo e Beto Louco comandam uma intrincada rede criminosa presente em todas as etapas da cadeia produtiva do açúcar, álcool e combustíveis, e que é formada por uma miríade de empresas que atuam no transporte, fabricação, refino, armazenagem, além de redes de postos de combustíveis e lojas de conveniências.
As empresas Copape e Aster são instrumentalizadas há anos, afirma o MP, “para o desempenho de fraude fiscal estruturada, fraudes contábeis, falsidades diversas e lavagem de capitais.”
As investigações apontam que o grupo criminoso “inflava” artificialmente os preços dos insumos nas transações entre a Copape e a Aster com o objetivo de sonegar impostos e obter créditos tributários indevidos.
O esquema era dividido entre a gestão operacional das usinas e a gestão financeira e patrimonial, utilizando fundos de investimento e empresas de participações para ocultar a origem e destino dos recursos ilícitos.
As suspeitas sobre a Copape e Aster remontam há pelo menos cinco anos, quando as duas empresas experimentaram um crescimento exponencial no mercado de combustíveis.
Em 3 de agosto de 2021, a ANP cancelou autorizações de importação de gasolina e de solventes da Copape. Na época, ocupava a segunda posição no mercado brasileiro.
A Copape é uma formuladora, isto é, compra derivados de petróleo para fabricar gasolina e diesel. Já a Aster, é uma distribuidora de combustíveis.
Uma nota técnica da Secretaria de Fazenda de São Paulo divulgada na época apontou que, no período entre janeiro de 2020 até abril de 2021. a Copape havia sonegado R$ 1,38 bilhão de ICMS para o estado paulista.
O processo na ANP foi marcado por disputa judicial e culminou na revogação definitiva das licenças da Copape e da Aster referendada pela diretoria colegiada da agência, em 29 de novembro de 2024. Uma reunião do colegiado manteve a suspensão, em fevereiro deste ano.
Com a denúncia feita pela fonte ao ICL Notícias, a Polícia Federal abre uma nova linha de investigação sobre o esquema que envolve o principal grupo criminoso no Brasil – desta vez, nos salões da alta política em Brasília. Nossa reportagem segue apurando mais histórias relacionadas ao caso.
*Matéria publicada com exclusividade pelo ICL
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Os ataques ao Hospital Nasser, em Gaza, mataram pelo menos 20 pessoas. Uma análise visual do Times questiona o que os militares israelenses alvejavam inicialmente no local e por que suas tropas atacaram uma segunda vez, matando socorristas e jornalistas.
A análise visual publicada pelo The New York Times em 31 de agosto de 2025 questiona a justificativa de Israel para os ataques ao Hospital Nasser, em Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, que resultaram na morte de pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas e quatro profissionais de saúde. As imagens e vídeos analisados mostram que o primeiro ataque, ocorrido por volta das 10h08 (horário local) em 25 de agosto de 2025, atingiu a escadaria externa do hospital, onde o cinegrafista da Reuters, Hussam al-Masri, estava filmando.
Cerca de nove minutos depois, um segundo ataque, descrito como parte de uma tática de “double tap”, atingiu o mesmo local, matando socorristas e jornalistas que haviam chegado para ajudar ou documentar o primeiro bombardeio.Israel alegou que o ataque visava uma câmera de vigilância do Hamas e militantes supostamente presentes no hospital, conforme relatório preliminar das Forças de Defesa de Israel (IDF).
No entanto, a análise do Times levanta dúvidas sobre o alvo inicial, destacando que a escadaria atingida era frequentemente usada por jornalistas para transmissões ao vivo devido ao bom sinal de celular.
Além disso, a decisão de realizar um segundo ataque, quando equipes de resgate e jornalistas já estavam no local, é questionada, especialmente porque hospitais, profissionais de saúde e jornalistas são protegidos pelo direito internacional humanitário.
A tática de “double tap” é controversa e pode configurar crime de guerra, segundo especialistas, por atingir deliberadamente civis e equipes de socorro.Entre as vítimas, estão jornalistas como Mariam
Abu Dagga (freelancer da Associated Press), Mohammed Salama (Al Jazeera), Moaz Abu Taha (freelancer da NBC), Ahmad Abu Aziz (Quds Feed Network) e Hussam al-Masri (Reuters).
A Reuters e outras organizações de mídia condenaram o ataque, exigindo investigações. A ONU também pediu responsabilização, destacando a falta de resultados em investigações anteriores de ataques similares.
O lider dos nazistas de Israel Benjamin Netanyahu, classificou o incidente como um “erro trágico”, mas não abordou diretamente a tática de “double tap”.
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Presidente ressalta operações recentes da PF defende mudanças com PEC da Segurança Pública
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta sexta-feira, 29 de agosto, a prioridade que o Governo Federal tem dado ao enfrentamento do crime organizado e à reestruturação do sistema de segurança pública no país. Em entrevista à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte (MG), Lula ressaltou a relevância das recentes operações deflagradas pela Polícia Federal e defendeu a aprovação da PEC da Segurança Pública, em tramitação no Congresso Nacional.
Em ação conjunta do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Polícia Federal (PF), Ministério da Fazenda, Receita Federal e outros órgãos, foram realizadas as operações Quasar, Tank e Carbono Oculto nesta quinta-feira (28). O objetivo foi desarticular organizações criminosas envolvidas em esquemas bilionários de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e fraudes no setor de combustíveis.
As ações resultaram em mais de 400 mandados judiciais, incluindo 14 de prisão, além de centenas de buscas e apreensões em oito estados. Foram bloqueados e sequestrados R$ 3,2 bilhões em bens e valores, em investigações que identificaram movimentações ilícitas de cerca de R$ 140 bilhões.
“Descobrimos que tem muita gente ligada ao crime organizado, e fizemos a operação mais importante da história dos 525 anos do Brasil. Agora queremos saber quem é que efetivamente faz parte do crime organizado”, pontuou o presidente.
INTEGRAÇÃO — Segundo Lula, as medidas só foram possíveis graças à integração das forças de segurança, articuladas pelo Núcleo de Combate ao Crime Organizado, criado em janeiro de 2025 pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. “Nós trabalhamos em conjunto com o Ministério Público de São Paulo dentro da operação e tem que ser assim, para a gente fazer valer a força da polícia e da justiça. A gente vai mostrar a cara de quem faz parte do crime organizado neste país”, declarou.
DIVERSIFICADA – Lula ressaltou a complexidade do cenário atual, com redes criminosas que atuam de forma transnacional e diversificada. “O crime organizado é sofisticado. Ele está na política, no futebol, na justiça. É um braço internacional poderoso, com relações no mundo inteiro. É uma multinacional. Mas vamos chegar lá, com investimento e inteligência”, reforçou.
PEC DA SEGURANÇA — Na entrevista, o presidente destacou a importância da PEC da Segurança Pública, que fortalece o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), dá estabilidade ao financiamento do setor e amplia a integração das polícias em âmbito federal, estadual e municipal. “O que aconteceu ontem foi importante. Eu acho que vai facilitar a aprovação da PEC no Congresso Nacional. O que queremos é saber como é que o Governo Federal pode ajudar, junto aos governadores, a fazer a política mais eficiente”.
GUARDAS MUNICIPAIS – O texto prevê a inclusão das Guardas Municipais como órgãos de segurança pública, a atualização das competências da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, e a criação do Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, com participação da sociedade civil.
MANAUS — Lula também antecipou que estará em Manaus nos próximos dias para a inauguração de um Centro de Combate ao Narcotráfico, que funcionará como espaço de articulação entre forças de segurança do Brasil e de países vizinhos, com foco no combate ao tráfico de drogas e contrabando. “Nós vamos inaugurar um centro de combate ao narcotráfico com políticas dos países amazônicos. Ou fazemos isso, ou a gente não vai acabar com o crime organizado, com o tráfico de árvores e de droga. O governo começou a agir fortemente e não tem mais volta”.
*Via Planalto/TVTNews
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O espanto é performático. Como se o crime organizado fosse uma anomalia no sistema, e não sua expressão mais honesta
Na manhã de 28 de agosto de 2025, a Operação Carbono Oculto desembarcou na Faria Lima como um tsunami de realidade sobre o asfalto dourado do capitalismo brasileiro. Mais de 350 mandados de busca e apreensão, 42 alvos concentrados na principal avenida financeira do país, R$ 52 bilhões movimentados entre 2020 e 2024, R$ 30 bilhões investidos em fundos “legítimos”. Os números são astronômicos, mas a surpresa deveria ser outra: por que ainda nos espantamos quando o crime organizado se encontra com o sistema financeiro?
A pergunta que ecoa pelos corredores envidraçados dos prédios espelhados da Faria Lima não deveria ser “como o PCC chegou até aqui?”, mas sim “por que demorou tanto para percebermos que eles já estavam aqui há muito tempo?”. Porque, se olharmos com honestidade para a história do capitalismo, veremos que crime e capital nunca foram estranhos um ao outro – são, na verdade, velhos companheiros de dança, girando ao som da mesma música: a acumulação de riqueza a qualquer custo.
O espanto é performático. Como se o crime organizado fosse uma anomalia no sistema, e não sua expressão mais honesta. Como se a Faria Lima fosse um templo da legalidade, e não o epicentro de uma criminalidade de gravata que há décadas opera sob a proteção do verniz institucional.
Walter Benjamin já alertava sobre a violência que se apresenta como norma jurídica. Aqui, o direito se apresenta como “violência civilizada”. A diferença entre o PCC e os fundos “legítimos” não está na natureza da operação, mas na qualidade da assessoria jurídica. O mercado financeiro é, por definição, uma máquina de extração. Extrai valor do trabalho, da natureza, da vida social. O PCC apenas eliminou os intermediários morais. Onde outros veem crime, deveríamos ver clareza.
A Reag Investimentos cresceu exponencialmente nos últimos anos. Seus gestores sabiam da origem do dinheiro? A pergunta é ingênua. No capitalismo financeiro, a origem do dinheiro é sempre duvidosa. A diferença é que alguns crimes são legalizados, outros não.
Mark Fisher chamou isso de realismo capitalista: a naturalização do sistema como única realidade possível. O crime não é exceção, é regra. O PCC apenas dispensou a hipocrisia. Enquanto a Polícia Federal cumpria mandados contra o PCC, quantos crimes aconteciam simultaneamente nos escritórios vizinhos? Quantas operações de “insider trading”? Quantos esquemas de manipulação de preços? Quantas pirâmides financeiras disfarçadas de inovação?
A investigação do crime cotidiano na Faria Lima exigiria uma operação permanente. Cada fundo que promete rentabilidade impossível. Cada fintech que cobra juros abusivos dos mais pobres. Cada consultoria que vende otimismo fiscal para sonegadores. O sistema financeiro brasileiro (e mundial) é uma lavanderia em funcionamento 24 horas. Lava dinheiro de corrupção política, de sonegação fiscal, de exploração trabalhista. O PCC apenas entrou na fila. Com mais eficiência que muitos concorrentes.
As fintechs mudaram o jogo, como noticiou a imprensa (e os Nikolas da vida). Facilitaram não apenas a inclusão financeira, mas a inclusão criminal. Democratizaram o acesso ao crime de colarinho branco. O PCC foi apenas um usuário avançado da tecnologia disponível.
Benjamin falava da aura perdida na era da reprodutibilidade técnica. Na era digital, perdemos também a aura do crime. Ele se massificou, se banalizou, se tornou app. O crime como serviço, o crime como plataforma. A diferença entre o dinheiro do PCC e o dinheiro “limpo” é cada vez mais tênue. Ambos circulam pelos mesmos canais, usam as mesmas ferramentas, seguem a mesma lógica: maximizar lucro, minimizar risco, externalizar custos sociais.
A história do capitalismo é a história da criminalização seletiva. O que é crime depende de quem define. Roubar um banco é crime. Roubar através de um banco é negócio. O realismo capitalista de Fisher opera justamente essa naturalização. Torna normal o que deveria ser escandaloso. A financeirização da vida, a mercantilização de tudo, a transformação de necessidades básicas em oportunidades de lucro.
O PCC entendeu a lição. Por que disputar territórios periféricos quando se pode disputar fundos de investimento? Por que controlar bocas de fumo quando se pode controlar usinas de álcool? A facção evoluiu do crime de rua para o crime de suite.
Mil e seiscentos caminhões. Quatro usinas de álcool. Um terminal portuário. O PCC construiu um império logístico que faria inveja a qualquer multinacional. Usou as mesmas estratégias: integração vertical, diversificação de portfólio, otimização fiscal. A criminalidade do PCC é espetacular porque é visível. A criminalidade do sistema financeiro é invisível porque é estrutural. Uma mata com arma de fogo, outra mata com planilha do Excel. Uma deixa corpo, outra deixa estatística.
Fisher morreu em 2017, antes de ver o PCC na Faria Lima. Mas já havia diagnosticado o problema: é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo. É mais fácil imaginar o PCC fora do sistema financeiro do que imaginar um sistema financeiro sem crime. O realismo capitalista cria a ilusão de normalidade. Normaliza a exploração, a desigualdade, a violência sistêmica. O PCC apenas dispensou a ilusão. Assumiu o crime como método, não como desvio.
A operação da Polícia Federal e de outras instituições é certamente fundamental. Mas é também sintomática. Não por culpa sua, mas por “culpa” do realismo capitalista, parte de suas ações persegue o crime visível, deixando intocado o crime invisível. Prende os “novos” criminosos, protege os criminosos institucionalizados há décadas, quiçá séculos. “A culpa é do Capitalismo, estúpido”, vocifera o velho comunista.
Benjamin falava do “anjo da história”, que vê catástrofe onde vemos progresso. Na Faria Lima, o anjo veria crime onde vemos mercado. Veria violência onde vemos eficiência. Veria a pura expressão da barbárie onde vemos civilização. O PCC na Faria Lima não é aberração. É revelação. Revela a verdade que o realismo capitalista esconde: o crime não corrompeu o sistema. O sistema é o crime.
*Lindener Paleto/ICL
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Carluxo, o Maquiavel pirata do clã Bolsonaro,, diz em tom piedoso, que o papi, aquele zombeteiro da Covid em que foi responsável pela morte de mais de 700 mil brasileiros e pelas sequelas de milhões, enquanto negociava propina de US$ 1 por vacina, está magro e sem fome e, por isso, não se alimenta.
O sujeito se transformou num gnomo esbaforido, suado e com a cabeça pendida, mergulhado no escuro de suas próprias tocas mentais.
No centro desse enredo está Jair Bolsonaro (PL), acusado de transformar sua derrota nas urnas, em 2022, em um plano de ruptura institucional imitando Trump na invasão do congresso americano comandada por ele que resultou na morte de cinco pessoas.
As acusações contra o carrasco terrorista listam cinco crimes:
Organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado;
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
Dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.
Segundo a PGR, esses delitos não podem ser analisados de forma isolada, mas em concurso, o que pode levar a penas que superam 30 anos de reclusão, especialmente pela autonomia dos artigos 359-L e 359-M e pelo agravante de comando no crime de organização criminosa.
A defesa de Bolsonaro rejeita todas as acusações e sustenta que Bolsonaro é um santo homem, um quaresmeiro fervoroso e que não houve execução de nenhum plano golpista.
Em suas alegações finais, argumenta que trataram-se de discussões e rascunhos sem valor jurídico, contesta a credibilidade da colaboração de Mauro Cid, o delator, e acusa o STF de perseguição política.
Que peninha!
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O título da matéria do Estadão refere-se à filha do ministro, aqui enfatizamos o ministro do STJ.
Esse ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, é o mesmo que recomendou ao juiz ladrão, Sérgio Moro, destruir as provas da Vaza-Jato logo depois de serem divulgadas, é o mesmo que manteve sigilo dos exames de Covid do Bolsonaro, dentre outras decisões em benefício do genocida.
Outras decisões em benefício de Bolsonaro Caso Queiroz: Noronha concedeu prisão domiciliar a Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro e sua esposa, Márcia Aguiar, em julho de 2020, durante o recesso judiciário, citando riscos à saúde de Queiroz.
Essa decisão foi posteriormente revista pelo ministro Félix Fischer, mas gerou críticas por favorecimento.
Noronha foi elogiado publicamente por Bolsonaro durante a posse do ministro da Justiça, André Mendonça, em 2020, “amor à primeira vista” pelo ministro do STJ.
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